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September 2009

Day-to-Day

Brevidades.

September 10, 2009

1 – Assistam Up – Altas Aventuras. É a melhor animação que assisto desde Procurando Nemo.

2 – Duas vezes, pombos atingiram minha cabeça enquanto pousavam em um mesmo lugar da Av. Paulista, num mesmo horário (seis e meia da manhã), em dias totalmente diferentes.

3 – Mainha vem pra cá no final de semana! Uhu!

UPDATE: 11/09 – Sobre os pombos, me atingiram de novo hoje. E só esclarecendo, eles não estão CAGANDO em mim. Eles se batem em mim.

Day-to-Day

Banner Novo?!

September 6, 2009

Quero opiniões sobre o mesmo. :D
Os detalhes em verde escuro, do lado direito estão muito visíveis? Meus monitores não são 100% confiáveis!

Foto por Júlia Coelho.

Segunda Temporada: Soteropaulistano
Day-to-Day

Sabedoria de Professor II

September 5, 2009

“Quem tá aqui fica pensando que um dia vai estar ali! Mas, quem tá ali só tá ali porque tem um monte de gente aqui, achando que vai estar ali. E é assim que as coisas funcionam até hoje. Por isso as coisas são o que são.”

Thomas – História.

Day-to-Day

Sabadão Aulífero!

September 5, 2009

O título do post é tão completo que dispensa quaisquer comentários. São Paulo não sabe se esquenta ou se esfria, mas tem certeza de uma coisa: CHOVE.

Specials

Co-Respondentes – Prólogo

September 5, 2009

Co-Respondentes

Rafael está confortavelmente acomodado na sua poltrona do vôo TAM 3272, de Belo Horizonte rumo a São Paulo, decolando às 23h50 e aterrisando nas primeiras horas do dia 10 de Julho. Faltam alguns minutos para a decolagem e, apesar de todas os assentos estarem vendidos, alguns deles ainda estão vazios.

— Senhores passageiros, pedimos sua compreensão e paciência. Aos passageiros em conexão, favor dirigirem-se a seus lugares para que possamos decolar sem maiores atrasos – A aeromoça, sempre muito suave, informa no sistema de som da aeronave.

Gradativamente, os assentos vazios vão sendo ocupados. Há um ao lado de Rafa. Uma moça vem apressada pelo corredor, carregando uma grande bolsa no braço esquerdo e com o ticket da passagem na mão direita.

— 7F – ela confirma para si mesma em voz alta, olhando para a cadeira vazia ao lado do rapaz – É esse mesmo. Boa noite, desculpa pelo incômodo.
— Sem problemas – ele responde, educado – Boa noite.

Rafael vira para o lado da janela, distraindo-se com os ônibus e carros que circulam pela zona de embarque do Aeroporto Internacional de Confins. A noite está bonita e o céu, salpicado de estrelas, cintila enquanto o avião acelera para decolar.


O vôo de Carol atrasara e ela entra às pressas, com uma meia dúzia de outros passageiros, no avião que fará a conexão entre Salvador e São Paulo.

Carregando sua bagagem de mão, ela procura seu lugar.

— 7F – ela confirma para si mesma em voz alta, olhando para a cadeira vazia ao lado de um rapaz – É esse mesmo. Boa noite, desculpa pelo incômodo.
— Sem problemas – ele responde, educado – Boa noite.

Sem cara de muitos amigos, ele se vira para observar a janela enquanto o avião decola. Carol, ainda num ritmo apressado, folheia nervosamente as revistas de bordo.

— Sabe que essa é a segunda vez que entro num avião, em toda a minha vida? – ela tenta puxar assunto para relaxar um pouco.
— É mesmo? – o homem responde, ainda olhando pela janela, sem muito ânimo.
— É. A primeira foi algumas horas atrás. Nunca achei que esse negócio de conexão, e voar, e essas coisas todas fossem tão desconfortáveis – ela insiste, apesar de achar que aquela conversa não vai levar a lugar nenhum.
— Ah, tenta relaxar. Se você dormir, a viagem passa mais rápido. Depois de algumas viagens, você acostuma.
— É bom acostumar mesmo, porque segunda-feira eu tô embarcando de novo pra casa.

Sem obter resposta, ela desiste dessa tentativa. Sua cabeça está a mil. Ela tenta fechar os olhos para dormir, mas está muito inquieta. Será que esse será o fim de semana mais incrível de sua vida?


A moça ao lado de Rafael insiste em puxar assunto naquele lotado, mas ainda assim vazio, vôo noturno. “Segunda vez que eu entro num avião“, ele pensa com ironia. “E eu com isso?“.

Pelo reflexo da janela plástica, ele a observa enquanto ela primeiro tenta dormir, depois pega um livro velho na bolsa e começa a ler, ou folhear. Não dá para saber ao certo, dada a velocidade que ela passa as páginas. Forçando um pouco mais a visão, ele identifica o título do livro. “Perto do Coração Selvagem”. Isso só faz o estômago do rapaz dar mais voltas. Não por conta do desconforto do vôo, e sim pela ansiedade em relação ao que está combinado para acontecer nesse fim de semana. “Definitivamente o destino está a fim de brincar comigo“. Sutilmente ele olha no bolso interno do paletó, certificando-se novamente de estar com a gravata vermelha.


Carol folheia nervosamente as páginas do livro que originou toda essa situação. Lê um parágrafo aqui, outro ali. Ocasionalmente lê apenas uma frase ou a página toda. Seu vizinho de vôo já pegou no sono faz alguns minutos e a poltrona dela é uma das únicas iluminadas no avião.

Ela estende o braço e desliga a pequena lâmpada, guardando o livro em seguida. No escuro, de olhos fechados, ela lembra da promessa.

Estarei lá sim. Terei uma grande flor enfeitando meus cabelos.”

Specials

Co-Respondentes – Parte VIII

September 4, 2009

Co-Respondentes

Quando entram na agência, o clima fúnebre continua enquanto os dois percorrem o corredor ao som, unicamente, de seus próprios passos no assoalho de madeira.

— Acho que vamos ter algum tempo de paz e tensão por aqui – Rafael comenta assim que fecha a porta da sala.
— Não sei se isso é bom ou ruim para você, mas eu, particularmente, gosto – Os dois sorriem.
— Agora, vamos ao trabalho! – enfatiza ele.

E ainda não eram nem onze horas daquela conturbada manhã de quarta-feira.

Passada a turbulência inicial, na quinta e na sexta daquela mesma semana, Rafael e Luísa descobriam cada vez mais coisas em comum e o trabalho voava. Estavam num ritmo alucinante, e a agência nunca tinha sido tão divertida para Rafa.  Na sexta feira, pela manhã, Marina chama Rafa pelo telefone e diz que é uma ligação importante. Ao atender, é surpreendido por uma voz desconhecida mas, ao mesmo tempo, bastante familiar, que lhe faz abrir um sorriso de orelha a orelha. Era Maurício Antonini, representante do Grupo Pão de Açúcar no estado de Minas Gerais.

— Então quer dizer que finalmente estou falando com o jovem de sucesso que fez a campanha do refrigerante Toobah?
— Sim, senhor, sou eu mesmo.
— Você faz idéia de com quem está falando, rapaz?
— Perfeitamente, senhor Maurício. Como não reconhecer sua voz após assistir e estudar centenas de vezes o último comercial do Pão de Açúcar? – ele ri um pouco, nervoso. Luísa está montando um gráfico comparativo num quadro plástico e não presta atenção na conversa.
— E qual sua maior observação sobre o comercial? Se me permite perguntar…
— Definitivamente, a ousadia e liberdade da peça, senhor.
— Bom, bom. Gosto de sua percepção, meu jovem. Apenas uma última pergunta e não mais tomarei seu tempo de trabalho.
— Não, não! Nenhum problema, senhor – Rafa ainda mais nervoso, quase gaguejando ao telefone. Luísa se dá conta de que algo está estranho. Ele está com o rosto vermelho e suando enquanto a sala está bastante fria.
— Quer que eu pegue uma água? – ela pergunta sem emitir sons e através de sinais. Ele responde positivamente com o polegar.

Ao abrir a porta para buscar a água, a garota se depara com todos os colegas à porta da sala, olhando fixamente para o homem ao telefone. Dá para sentir a eletricidade no ar. Ela ainda não consegue entender o motivo de tanta ansiedade. Não se ouve nem o barulho constante das impressoras. Já na recepção, ela enche o copo com água gelada e é alcançada por Rafael no meio do corredor.

Ele vem a passos largos, em meio à multidão de publicitários atônitos que abrem passagem. Com uma mão ele pega o copo, com a outra ele pega o braço da garota e continua em sua marcha para o lado de fora, praticamente arrastando-a consigo. Assim que cruzam a porta, ele despeja a água sobre a cabeça e esfrega as mãos no rosto que já começa a voltar à coloração original. Ela ainda com cara de ponto de interrogação.

— E aí, vai ter aquela explicação básica ou eu vou continuar no escuro?
— O que a gente vai fazer agora é absolutamente contra as regras da agência, mas, se tudo der certo, eles não terão margem para reclamações.
— E… se der errado, seja lá o que for?
— Aí, provavelmente, outra pessoa vai passar a ser seu chefe. Eu te explico tudo no carro.

E, dessa forma, menos de uma hora depois, estavam os dois à mesa do melhor restaurante da cidade, almoçando e conversando (quase) descontraídamente sobre negócios e contratos com Maurício Antonini. Ao ser interrogado pelo acionista sobre quem era a moça, Rafael explica que era sua parceira, com quem trabalhava já há bastante tempo. Ao se despedirem, os principais desejos do publicitário tomaram formas concretas.

— Obrigado pelo convite, senhor Maurício – Rafael, sempre educado, ao levantar-se da mesa e oferecer a mão a Luísa, selando um forte aperto de mãos em seguida com Maurício.
— Oras, um almoço  de negócios sempre faz bem aos envolvidos. Ainda hoje á tarde, assinarei o acordo com a agência e vou deixar bem claro que quero vocês dois como responsáveis pelos produtos. Não espero nada menos que excelência vindo de vocês dois.
— Será uma honra trabalhar para o senhor, Maurício – Luísa devolve as palavras gentis com grande classe enquanto se despede do acionista.
— Ah, e Rafa, provavelmente já te disseram isso mas, você tem uma parceira brilhante. É cada vez mais difícil de encontrar uma garota assim, hoje em dia – ele procura seus óculos escuros no bolso do paletó.
— Obrigada.
— Obrigado – ambos respondem simultaneamente, sorrindo – Eu cuido direito dela, não se preocupe, senhor.

Muito discretamente, ambos ficam com rostos corados, e ambos percebem. O acionista, entretanto, não repara nesses detalhes por trás de suas fortes lentes escuras.

Dentro do carro, no caminho de volta, há um silêncio confortável no ar. Sendo estagiária, Luísa só trabalha meio período, então Rafa a deixa em casa. Na agência, ele é recebido com festividade e até direito a champagne. Ele é carregado e brindado por todos os colegas, todos cantam e dançam pelo corredor e recepção. A gerência decretou folga para o turno da tarde. É o maior contrato da história da empresa.

Em meio a tanta confusão e graça, o jovem rapaz  ainda se sente um tanto deslocado. Num canto, manda uma mensagem para Luísa, convidando-a para um jantar, naquela noite. Chegando em casa apressado para se arrumar e ir buscar a moça, ele se depara com a carta de Carol, que só chegara algumas horas antes. Por alguns instantes, ele fica dividido entre adiar o jantar para ler e responder a carta, ou deixar a carta para o dia seguinte e ir a seu jantar.

A carta é deixada sobre a mesa da cozinha, ainda fechada, enquanto ele ruma para o chuveiro.

Day-to-Day

It Ain't Me Babe.

September 4, 2009

You say you’re lookin’ for someone who’s never weak but always strong to protect you and defend you, whether you are right or wrong. Someone to open each and every door

You say you’re lookin’ for someone who’ll promise never to part, someone to close his eyes to you, someone to close his heart. Someone who will die for you and more.

But it ain’t me babe. No, no, no it ain’t me babe. Well, it ain’t me you’re lookin’ for babe.

Go lightly from the ledge, babe. Go lightly on the ground. I’m not the one you want, babe, I’ll only lead you down.