Monthly Archives:

October 2010

Day-to-Day

Steadicam.

October 12, 2010

Eu quero um! Por que diabos tem que ser tão caro? Acho que ando na minha fase consumista. Tem que aparecer um bocado de trabalho, pra conseguir fazer meu presentão de Natal no fim do ano…

Day-to-Day Tudo AV

Festival do Minuto – Água!

October 11, 2010

Aí está o tão prometido vídeo do festival do minuto. Já está engatilhado o próximo, sobre Receitas!

Missão Possível

Peço encarecidamente que todo mundo entre NESSE LINK aqui, pra votar! Eu sei, é chatinho: tem que fazer conta no site, mas… Vamos nessa, meu povo!

Day-to-Day

Linha Amarela.

October 10, 2010

Continuando as atualizações pendentes de idéias dessa semana… Na Segunda, depois de passear na Consolação com May, resolvemos passear pela linha nova do metrô. A linha amarela. Só tem duas estações funcionando, a da Paulista, e a Brigadeiro Faria Lima, mas futuramente vai ser a linha que chegará na USP, com a estação Butantã. A inauguração foi em 25 de Maio, mas até então eu não tinha me arriscado a passear por lá. E o mais incrível é que ela conecta com a estação da Consolação, aqui do lado.

A título de informação, fui ler um artigo na wikipédia sobre a tal Linha Amarela, mas era muita história, e técnica, e no fim das contas eu não sei nem o que esperava encontrar!

Enfim, ao que interessa. O visual da estação, das plataformas e dos trens é sensacional. De uma modernidade que chega dá gosto. Descemos um milhão de escadas até chegar aos trilhos, o que me lembrou um tanto a jornada em Los Angeles. Mas aqui a coisa ainda é mais bem cuidada que lá, talvez por ser muito novinha, e funcionar bem pouco (só das 9h às 15h). Conforme íamos percorrendo os corredores, me senti cada vez mais dentro de uma versão real de Half Life, e seus intermináveis complexos secretos subterrâneos, modernos, limpos e desertos, com vozes que saem de caixas de som espalhadas no teto. São muitas semelhanças!

Não tem nada a ver com o que eu falei, mas…

Amanhã vou de novo, e tentarei tirar fotos do lugar para atualizar esse post. Tomara que não achem que sou espião, ou coisa pior. Me prometi que vou tirar um dia pra ficar passeando por lá, tendo idéias, e pensando em algo filmável ali dentro.

Day-to-Day

After Effects com Pão.

October 10, 2010

Ao que parece, tirei o dia de hoje para as duas coisas acima. Nem lembro mais que horas acordei, mas sei que a primeira coisa que fiz foi abrir o After, para continuar a Refilmagem. São exatamente cinquenta e cinco planos a serem retocados, cada um de uma forma diferente, o que acaba me dando, no mínimo, três camadas de ajuste, e no máximo (até agora) dezenove, num único plano (claro, dando desconto para as máscaras e rotoscopias grosseiras).

Tenho dúvidas se já cheguei na metade, porque resolvi fazer pulando partes. O que me parecia mais fácil, ou mais divertido, fui fazendo primeiro. Até que cheguei nos efeitos visuais. São três tiros em cena. O primeiro até que ficou passável, mas os outros dois estão uma negação. Concluo que estou enferrujado nessa arte, o que é um grande problema. Agora bateu uma preguiça, então só vou continuar mais tarde, e provavelmente num outro trecho do filme. Temos que entregar essa bagaça na Quinta. Os outros grupos acreditam que só o nosso vai conseguir entregar, então não podemos decepcionar!

Agora, sobre o pão, depois de ter aberto o After, de manhã, lembrei que não tinha mais comida decente em casa, então fui à padaria. Tava frio pra caramba, mas eu criei coragem e fui. Comprei meia dúzia de pães de sal, e um pacote gigante de pão integral. Pois bem, o tal pacote já acabou. Não sei se era muita vontade de comer pão, ou se o troço era bom mesmo, só sei que no jantar, vai ter que ser pão de sal mesmo.

Day-to-Day

Montagem P&B

October 10, 2010

Montando a Refilmagem, depois de converter para preto-e-branco e jogar o contraste lá em cima para poder brincar com a imagem, todos os pixels defeituosos da codificação da 7D estão aparecendo! O jeito vai ser dizer que o Youtube destruiu a qualidade do vídeo.

O melhor é que essa é uma resposta fácilmente crível.

Day-to-Day

[TCC] Circuito Fechado.

October 10, 2010

Esse TCC é, claramente, uma daquelas histórias que você lê, ou assiste, e a originalidade combinada com simplicidade é tanta que você pensa: “Porra! Eu queria/podia ter escrito isso!”. Já que não escrevi, e a produção é no melhor estilo de guerrilha, a maioria das cenas requer equipe pequena, então acabei ficando mais de fora do que de dentro, e até o momento só participei de uma diária, que tomarei como referência para todo o projeto.

Meu primeiro contato com Circuito Fechado foi no Profissão: Repórter, quando o Fattori comentou sobre a engenhosidade do roteiro, um filme todo pelo ponto de vista da câmera, ela como protagonista efetiva da história. Assim que chegou o email do Richard (roteirista e fotógrafo da parada), falando que eles estavam precisando de assistentes, me candidatei e pedi uma cópia do roteiro para saciar minha curiosidade.

O próximo parágrafo contém detalhes sobre o fim da trama. Se você não quer saber, pula!

Definitivamente, o Fattori não me enganava quando disse que era engenhoso. Circuito Fechado começa numa praça, onde uma equipe de TV roda uma reportagem. Durante as filmagens, a equipe é assaltada por dois homens armados, que matam o câmeraman levam a câmera embora. Desse ponto em diante, ela passa por um traficante no morro, policiais corruptos, um puteiro, um passeio real na Vinte e Cinco de Março, e por fim pára na vitrine de uma loja de contrabando, onde acaba sendo comprada por… exatamente, a mesma equipe de filmagem, mas isso só é revelado na última cena, no galpão de equipamentos, depois de filmar a campanha de um político também corrupto.

O detalhe mais importante sobre essa coisa toda: SEM CORTES! O filme todo é como se fosse um grande plano-seqüência, com seus cortes muito bem escondidos ao longo da trama, destinados a passarem despercebidos pelo espectador.

A diária que a gente participou, na Terça, foi justamente a da primeira seqüência, onde a câmera é roubada. A cena toda é uma coisa só, mas tem dois cortes escondidos que vou exemplificar aqui. E a idéia é parecer real. Mínimo de equipamentos, orçamento apertadíssimo e muuuuita criatividade para resolver todos os problemas.

Tá, retomando a cena. Começa com a câmera no tripé, operada pelo próprio Richard, num plano fechado da atriz, que vai falando seu texto e andando para frente. Conforme ela anda, a câmera vai abrindo o quadro com o zoom, revelando a praça ao redor. Ao fundo, percebemos uma moto que passa devagar, e um homem aponta em direção à equipe de filmagem. A moça erra o texto, o diretor repassa a fala dela e ela recomeça. O câmeraman (ator) limpa a lente e diz que vai fazer o take na mão. A câmera sai do tripé, e continua, mais uma vez do começo do texto da moça. Ouvimos gritos, a câmera vira para o lado, a moto está parada perto deles, e um cara ameaça a todos com uma pistola, anunciando o assalto. O câmeraman continua filmando, o bandido vai em sua direção, apontando a arma, chega bem perto e atira. “Filma agora, filho da puta!”. A câmera cai junto com seu operador, vemos o bandido se aproximando, a pegando pela alça – sem parar de filmar – e revelando o corpo, com um tiro na cabeça. No braço do ladrão, uma tatuagem de cobra que morde o rabo. Então, ele vai em direção à moto, mas câmera fica apontada para a equipe de filmagem que corre para tentar ajudar o câmeraman morto. A moto arranca com tudo, câmera apontada para trás, apontando para a rua.

A gente chegou na tal pracinha, aqui nos Jardins, umas 7h, começou a rodar umas 9h30, e só saiu ao meio dia. Primeiro, eram os cachorros. Um milhão de cachorros e seus “passeadores”, correndo alucinadamente pela praça, cagando em tudo, tentando mijar nos equipamentos e sendo duramente repreendidos por nós. Os equipamentos podem ser velhos e acabados, mas xixi de cachorro não agrega valor às coisas!

Depois dos cachorros, foi a ameaça de chuva, quando ficou tudo nublado e a equipe inteira lembrou que a previsão de tempo era de chuva. Mas no fim abriu o Sol de novo, e a gente conseguiu até uma iluminação decente. Ver a cena se desenrolando na realidade, com toda a equipe (a verdadeira e a falsa), e ver a cena pelo monitor que mostrava o olhar da câmera eram coisas totalmente diferentes. Assistindo no monitor, você tinha certeza de que o filme ia funcionar. Assistindo a realidade, você tinha certeza que o processo cinematográfico é muito mais criativo do que é possível imaginar.

Orquestravam-se, dois booms (aqueles microfones que ficam presos numa vara, pegando o som por cima), um verdadeiro e um falso, ambos inicialmente fora de quadro, o movimento da moto, coordenado por Vini, assistente de direção, que ficava dando sinais de “mais rápido”, “mais devagar”, “mais ênfase”, com os braços para a galera que estava a muitos metros de distância, passando na rua lá atrás. A movimentação da câmera, coordenada pelo Richard e com ajuda do Mosca, soando o mais natural possível, e as atuações de todos que apareciam quando o quadro se abre, revelando o assalto e a equipe falsa.

Caso você não tenha reparado, o primeiro corte é quando o câmeraman é baleado, que a câmera cai. Nesse movimento, tudo acaba ficando branco/azul, por causa do céu, e é tanta coisa passando na tela que dá pra cortar sem preocupação. Aí o Lucas (que interpretava o bandido armado), vem pela frente da lente e pega a câmera, no que ele vira para o morto que está no chão, Richard assume o controle novamente e o ator sai correndo para não aparecer em quadro. Richard entrega a camera pro Mosca, que já está a postos na moto, e corre para não aparecer também, Nicol (diretor) arranca com a moto, e o Mosca acaba jogando a visão da câmera para o asfalto, onde é o segundo ponto de corte, para uma rua mais movimentada.

Além de lidar com os “passeadores” de cachorros, Caio (produtor) também teve que conversar com a polícia, quando algumas pessoas que passavam pelo local não repararam que a moto e os assaltantes estavam junto com a equipe de filmagem, e chamaram uma viatura. Aí a situação toda foi explicada e o carro acabou ficando pelas redondezas, escondido. Depois desse momento, percebemos que era sempre possível achar alguém que se assustava quando o assalto era anunciado. A grande vencedora foi uma mocinha de verde, que se aproximava da praça, e ao ouvir os gritos e ver a moto e o camarada armado, saiu correndo loucamente pelo caminho por onde veio, tentando se esconder e se proteger ao mesmo tempo.

O mais engraçado de filmar essas seqüências é que, da mesma forma que a gente só conseguiu acertar quando já era meio dia, podia ter acertado na primeira, e todo mundo ter sido liberado às 10h da manhã, ou não ter acertado em momento algum. É um jeito um tanto imprevisível, e muito heróico, de se filmar! Imagino que as outras seqüências não fossem tão complicadas quanto essa, em termos de controlar muitas coisas ao mesmo tempo, coordenadas com o movimento da câmera, mas ainda assim é algo deveras difícil de fazer! O filme tinha quatro diárias nessa semana (na verdade, eram seis meias-diárias), e tem mais duas meias diárias na semana que vem. Acredito que vou participar de mais uma na próxima Sexta, e venho aqui contar pra vocês.

Esse é um dos projetos que mais quero ver prontos.

Day-to-Day

Tropa de Elite 2.

October 9, 2010

Antes de qualquer coisa, nesse post, é importante saber que sou grande admirador de filmes de ação, e que ainda não perdi toda a esperança no cinema nacional. Sempre estou bastante desapontado, mas ainda há futuro.

Tropa de Elite foi um divisor de águas, vi o primeiro quatro vezes antes de estrear no cinema, e ainda assim, fui mais uma vez, porque merecia o valor do ingresso. Hoje, tenho uma cópia original do filme (coisa rara), e assisto ocasionalmente, pra ver algo decente, com pessoas falando em português (coisa ainda mais rara).

Fui hoje ver Tropa de Elite 2, um tanto ansiosamente. Quando ouvi, mais de um ano atrás, que o segundo filme trataria de políticos, política, e esses outros assuntos mais burocráticos, fiquei temeroso. Me parecia uma daquelas propostas ideológicas de mudar o país, usando uma marca consagrada, que foi o primeiro Tropa. Alguns dias antes da estréia, entretanto, um de nossos professores comentou em sala que seus amigos críticos já tinham assistido o filme, e afirmaram categoricamente que era superior ao primeiro. Confiar ou não nos críticos?

E não é que os caras conseguiram manter o espírito do primeiro filme, mesmo abordando o tema dos políticos? Por quase duas horas, uma longa e intrincada história se desdobra diante do espectador que acompanha atônito, tentando prever o que acontecerá a seguir. Admito que foram poucas as vezes que consegui acertar de onde partiria a próxima virada. Saímos do cinema com uma vontade absurda de rever o filme, de tão bom que é. Excedeu as expectativas, e olha que elas eram bem elevadas!

Eu não sou de fazer propaganda (até parece), mas assistam! Acho que vou de novo amanhã, ou Segunda.