December 2015

I mentioned it a few times in the videos and reviews, but didn’t get to make an official post about the subject, so here it goes.

A few months ago me and my friend Rob Bannister partnered up combining our arsenal of unusual gear (my anamorphics, russian primes and zeiss set, his anamorphics, Dog Schidt Optiks and Kinemini, plus a lot of smaller gear from the both of us) into this gear-renting enterprised named Creative Camera Rentals. Our goal is to reach the people who got bored of shooting Canon L or super clean and sharp and clinical footage and want to add some character that can only be achieved optically. Add that uniqueness to the look of your project, that Hollywood touch without the Hollywood budget.

I reckon this might interest quite a bunch of film students and independent filmmakers out there as I was interested myself and would’ve loved to find a rental place like this while I went through film school. We’re running a small operation, just the two of us, our offices are our homes and we haven’t started advertising anything yet except a few posts on facebook, close friends and the random people that talk to us on the streets with curious looks about the weirdness of the gear in our hands.

So like us on Facebook, share it with friends that might be into this kind of crazy and drop a line if you’re interested or curious about anything!

You (more than) once said you liked me and I replied “I like you too, and maybe a little more than I should“. I never got to explain, so here it goes.

There couldn’t be a better time for you to show up. Actually, scratch that, there couldn’t possibly be a worse time for you to show up and that is part of the reason that makes it so good. I was broken. I am broken. I’ve been broken and it’s not new. After the latest turn of events I thought I could use the time alone to figure myself out and gradually shine some light onto the things I’ve stored away in my memory, in my dustiest inner shelves. That strategy would play out nicely and in a few months – few? months? – I’d be back to what I assume is my normal state. I’ll just go ahead and admit it was a failed plan which wouldn’t work because it takes more than me to fix whatever is wrong in my head, result of a 1+ year of a messy life – in all possible aspects.

A 1+ year of going mad and trying to fix things I didn’t know if could or not be fixed. Things I didn’t know if should or not be fixed. 1+ year of feeding fears and insecurities, of making myself smaller and as invisible as I could, as quite and by myself as humanly possible.

So, in a direct answer, I wasn’t ready for this. I am not ready for you. You can’t be real, you fit in too many of my dream categories – including some of the weirdest and most secret ones -, so you can only be made of the stuff dreams are made of. The fact that I’m not ready didn’t stop me from keep going – well, it did at times, and then you revealed yourself to be even more dream-like than before – and this desire to continue fuels my resolve to fix myself faster and better than I’ve been before.

I’m not BEING sweet. I do the things I do because they’re the only viable option at the time. It’s like we talked the other day: I can’t imagine being any different because that’s how it is and I don’t feel the need to think about it. It’s simple – but quite complex at the same time – just how it should be when it works. I know I usually think too much about pretty much everything. One of the few things that escape my awful overthinking habit is the way I am when I’m with you.

I don’t know if this is indeed Something or if it’s just a temporary state. I know it creates a mess and I apologize now – as I did before. I tried to avoid it as much as I could but it’s not just up to me. I’ve played a few different roles in situations like this before, I do have an “ideal outcome” in mind, but I’ll play with whatever comes out of it because I want you as part of my life.

You were (more than) patient when you didn’t have to. You were interested and honest when all I could think of myself was “boring” and all I could reply to your daring questions was “I don’t know”/”I don’t remember”/”I never thought about it” even though I had a million other answers that I didn’t feel comfortable enough spitting out yet. You’re changing the way I see myself and how I go about life. You’re warm where I’m cold and you got me figured out from the start. I care so much I have to pretend I don’t care at all so I’m never disappointed. I play safe because it’s the only way I know how to play.

Time for a bit of chaos. Will you still dream with me, or I better wake up now, and let it all go?

É engraçado escrever sobre felicidade nesse momento da minha história. Sempre me considerei uma pessoa feliz, mas de uns tempos pra cá, acho que ela resolveu tirar férias e a vida ficou complicada pra caramba. Foi difícil do tipo “qual o objetivo disso tudo que eu to fazendo?”, e faltava justificativa pra sair da cama. Tinha menos de um ano morando fora, longe de tudo que eu conhecia, falando uma língua diferente, estudando o que eu quero fazer todos os dias da minha vida – efeitos especiais, caso você esteja se perguntando. Parece um cenário bem positivo, mas não era. Enfim.

Esse texto não é pra ficar chorando sobre os entraves da vida, mas essas informações aí são relevantes porque pra sair desse estado eu tive que pensar e descobrir muita coisa sobre mim mesmo, especialmente “o que é que me faz feliz?”, porque é um processo muito mais interno do que externo. Pra ser feliz eu preciso estar em paz comigo mesmo, eu preciso de Sol, eu preciso estar empenhado em algo que goste, trabalhar, de preferência em mais coisas do que eu acho que dou conta, que me motive a testar idéias que nunca pensei antes. Ser feliz pra mim é descobrir que sou capaz de coisas que não achava possível. Eu sou feliz comigo mesmo, sendo minha companhia pra aventuras de bicicleta, idas ao cinema sozinho e incontáveis conversas com todo mundo que mora dentro da minha cabeça. Felicidade não é um estado permanente – o que é uma bênção, porque senão a gente provavelmente cansaria muito rápido – mas eventos pontuais que dão aquela descarga de euforia e a sensação de que meu corpo não é suficiente pra conter toda aquela energia.

Depois de todo esse drama, de perder 12kg e ganhar tudo de volta a muito custo, eu consegui definir algumas metas pra vida e são essas as coisas que me fazem levantar todo dia às 7 da manhã – inclusive aos Domingos. Como da vida a gente não leva nada, tô determinado a deixar uma marca pros que ficam ou vêm depois. Ainda não sei exatamente que marca é essa então tenho trabalhado em muitas coisas ao mesmo tempo. Meu objetivo é fazer o que eu gosto com pessoas que gosto e confio, mesmo que o retorno financeiro não seja essa maravilha.

Não faço muita questão de uma vida segura – acho que minhas mudanças de Salvador pra São Paulo pra Vancouver já dão pista disso – mas faço questão de uma vida onde cada dia tenha algo digno de lembrar e onde eu acorde pensando “Ae, hoje eu vou fazer (preencha com atividade) e vai ser muito daora!”. Pra conseguir chegar onde estou e continuar seguindo essa minha rota, tenho uma pá de gente que me apóia até nas decisões mais estúpidas – aquelas que nem eu mesmo me apoiaria! – e são essas que fazem toda a diferença no caminho. A todas elas eu sou grato, começando pelos meus pais e Lila – piegas? é só porque você não conhece o trio, e se conhece, tenho certeza que entende meu ponto! -, seguidos de perto pela Paperball Productions, que é minha segunda família e a quem eu recorro quando o assunto é daqueles que a gente não conversa com os pais.

Tito Ferradans, escritor/fotógrafo/filmmaker/vfx artist – 26 anos – 29 de Julho, 23 de Novembro.

(só pra fechar, eu TIVE que ir com esse título por causa do filme – que não é bom e não vale a pena assistir!)

Fazer um filme é um puta desafio. Fazer um filme a dois então é um desafio muito maior. Tudo é dividido, todas as decisões são discutidas e o produto é resultado da combinação de duas cabeças completamente diferentes.

Sei que muita gente já começou a fazer um filme e abandonou no meio. Chegar no fim e dar por terminado é absurdamente complicado. Geralmente é o prazo de entrega pra um festival ou contrato, mas quando esse não é o caso, a produção pode levar anos. O nosso levou anos. Achamos que ia levar muitos mais, que ia ser daqueles que nunca ficam prontos e que o processo é mais importante que o produto.

Não foi assim, infinito, mas o processo ainda foi muito mais importante que o produto. Não que o produto tenha ficado aquém do esperado. É um clássico, daqueles que quando não tem nada acontecendo, vale a pena voltar na memória e assistir um trechinho ou outro, lembrar do roteiro, de todos os pontos de virada, rir nas partes mais engraçadas, aprender com as partes mais trágicas e vibrar com todas as nossas conquistas ao longo desse tempo. É, May, você acertou em cheio:

Nosso filme ficou lindo.