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Day-to-Day Insight Tudo AV

The Making Of Insight

August 18, 2013

ESSE POST ULTRA MASTER BLASTER HARDCORE E GIGANTE VEIO DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO
Escrito entre Outubro de 2008 e Junho de 2010.

Achei vários outros perdidos pelo mundo e vou colocá-los aqui semanalmente. Acho que vai render uns dois meses de brincadeira. Sempre colocarei as datas originais do texto. Ah, todos os links e vídeos estão funcionando!

Esse em especial, é um dos meus favoritos, e começo a considerar a idéia de refilmar tudo isso, só pra saber se ainda tenho essa capacidade de improviso, e exercitá-la um pouco. Peço desculpas pelas coisas muito pequenas, ou em baixa resolução, mas é preciso lembrar que alta definição em 2008 era irreal. Eu era uma pessoa muito feliz com minha primeira câmera, uma Canon Rebel XTi.

Baseado nesse conto e audioficção, de minha própria autoria, foi meu grande passatempo durante os anos de cursinho.


  1. Introdução
  2. O Teaser
  3. Títulos
  4. Explosão do Apartamento
  5. O Sniper
  6. Bomba no Armário
  7. A Tortura
    7.1. Fazendo Sangue Falso
  8. Binóculos HD
  9. Walking Down the Street HD
  10. Créditos Novos
  11. O Encontro com Gnark
    11.1. Gnark Speaks
  12. I Must Find Foxie HD
  13. Earth Zoom
  14. A Perseguição
    14.1. Construindo um Lança-Foguetes
  15. Bullet Time

INTRODUÇÃO

Depois de matutar um bocado, penso que um tanto de interatividade daria mais emoção ao desenvolvimento desse projeto, além de criar novas idéias, testar coisas improváveis e manter tudo num orçamento reduzido.

Aqui narrarei acontecimentos e planos (principalmente planos) relacionados à produção de todo o material extra de Insight. A forma de organizar imagens e textos ainda é bastante experimental, assim como minha habilidade para storyboards, que chegam a ser abstratos em vários casos.

Já deixando bem claro, a idéia nunca foi fazer o filme completo, mesmo porquê nem mesmo o conto inteiro está escrito, e muitas passagens são incertas, principalmente em relação à trama. Só com essa frase, já devo ter colocado por terra o desejo de alguns de ver um ‘blockbuster’ trash, mas, mesmo sem fazer um filme completo, o objetivo é criar cenas impressionantes e trailers (no mínimo) promissores.

Aos poucos, vou desmontar cada cena já filmada e finalizada, explicar a idéia por trás, o que ainda não foi comentado, as técnicas usadas, material, gastos e tudo mais. Peço que tenham paciência porque o tempo que tenho para dedicar a isso é bem reduzido.

Ainda (por último) antes de começar as explicações, gostaria de agradecer a todos que já ajudaram até aqui, seja com idéias, opiniões, dicas, enfim, ajudaram! Menções especiais para Paul, Lila, Pelé, Donk, Fábio, Audrey e o pessoal todo da comunidade “Cinema Amador Levado A Sério“.

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Insight Specials

“Resolve na Pós!”

June 30, 2010

Logo de cara, apresentemos as cartas que guiam esse texto, e a proposta por trás dele. O que é pós-produção? Na interpretação direta, é tudo que acontece depois da… isso aí, Produção!

Consideremos que a produção é o momento da captação de seu material. Filmagens, sets, e toda aquela situação estressante que se prolonga por um, dois (ou váááários) dias e que todos os envolvidos saem arrasados, física e psicologicamente.

A partir do exato momento em que todos vão para suas queridas casas, e passam todo aquele material para dentro de um computador, aí começa a pós-produção. Montagem faz parte da pós-produção, tratamento de som também, e mais uma meia dúzia de outras coisas, mas o foco aqui é a Pós (vamos encurtar “pós-produção”, ok?) de Imagem. É quando você vai aprimorar o que você já tem, ou até mesmo consertar alguns errinhos. E por que tamanha polêmica em algo tão vantajoso?

Quem dera que fosse assim fácil de resolver tudo na Pós! Já aqui, nos deparamos com as três frases do cineasta fracassado:

1 – Decupa na hora! (ou seja, “vamos para o set sabendo a história que queremos contar, mas sem a seqüência de imagens elaborada e planejada”)
2 – Falas? Os atores improvisam! (que também quer dizer “não quero escrever diálogos, isso é chato, deixa a galera inventar que vai ficar ótimo”)
3 – Resolve na Pós. (mais conhecido como “o plano deu errado, mas eu não tenho mais tempo pra perder, aposto que aquele meu primo do photoshop sabe resolver isso pra mim. Em Hollywood é tão fácil!”)

“Existe a ilusão de achar que tudo se resolve na pós-produção. Desde gravar errado até a má interpretação dos atores, ou ainda problemas com o texto. Não é assim que funciona e cabe a vocês, da nova geração, mudar este pensamento. É verdade que com as ferramentas disponíveis atualmente a pós-produção pode resolver muitas coisas, mas nunca vai excluir o planejamento” (Roberto Barreira, 19/06/2007)

Quem diria que eu um dia usaria um link da Globo pra sustentar uma tese, não é? Enfim…Vamos deixar de fora as duas primeiras frases fracassadas e focar na terceira, que é o tema do momento. Realmente, Hollywood faz mágica com sua Pós. Um exemplo bastante bom para ilustrar isso é o filme mais recente dos nossos amigos mutantes. X-Men Origins: Wolverine.

Por algum acaso do destino, vazou na internet uma cópia não finalizada do filme. Sorte nossa. Hoje em dia já é bem complicadinho de encontrá-la por aí, mas na época foi fácil, e até agora não apaguei a minha (nem pretendo), é uma aula! Ao longo dessa cópia em particular (ou Workprint, que é o título hollywoodiano para um filme não finalizado), temos a oportunidade de ver várias cenas numa versão de rascunho, onde a filmagem original se mistura com uma Pós parcial, dando várias idéias de como repetir/recriar tudo aquilo.

Tá, não posso postar uma cópia de X-Men aqui, mas posso ilustrar a Pós de outra forma. Bloody Omaha, aí vamos nós.

E o que eles têm que nós não temos? Isso aí, jovem. Eles têm dinheiro. MUITO dinheiro. E por isso estamos fadados a ter péssimos artistas digitais, certo? Errado! Você não precisa de milhões de dólares pra montar uma seqüência impressionante e visualmente (leia-se: aparentemente) cara.

Fuck, I’ve done it MYSELF! E, pra ser mais um pouco exibicionista, aí vai o teaser de Insight. (o conto, original, pode ser lido aqui, em inglês).

Bonitinho? Engana, pelo menos. E parece caro. Muito caro. Não foi fácil, mas ao longo de um ano, tendo aulas de cursinho (pré-vestibular) e outras coisas, eu consegui fazer essa presepada toda. Sozinho! E sem gastar mais do que R$20, das fitinhas. Esse é o principal motivo de defender tão ferrenhamente a Pós digital. Agora já sabemos mais ou menos do que ela é capaz com muito – e com pouco – dinheiro, o que nos leva a um novo problema: o que é que vai ser resolvido com pouca – ou nenhuma – grana? Que tipo de erros eu posso admitir, durante a gravação, acelerando o processo e o cronograma, para depois resolver na pós, em menos tempo do que levaria para se regravar outro plano, perfeito?

Sombras de microfone, por exemplo, são coisas muito facilmente consertáveis. Detalhes de canto de enquadramento também, algumas coisas de exposição, e leves ajustes de cor fazem parte do kit básico de reparos. Errinhos que podem ser admitidos durante a captação para acelerar as filmagens. No fim das contas, todas essas coisas dependem de uma coisa mágica chamada Máscara.

Acho que a melhor ferramenta do After Effects são as máscaras. Sem elas, nada disso seria possível. Máscaras são seleções de determinadas áreas de determinada imagem, ou seleções para aplicação de efeitos. Por exemplo, com uma máscara você pode pegar aquele plano em que o rosto do personagem não está claro como você queria, e jogar um pouco mais de exposição pra destacá-lo e deixar o fundo menos chamativo. Você também pode sobrepor imagens, criando todo tipo de efeito visual (no meu caso, principalmente tiros, explosões e coisas mirabolantes). Não é FÁCIL. Nada é fácil, senão não teria graça e qualquer um poderia fazer. Máscaras são trabalhosas, mas dão resultados lindos.

Por exemplo, o último plano de Intervalo, filmamos duas cenas com a mesma posição de câmera. Na primeira, tínhamos a Morte e Simões ao fundo, observando algo que acontecia na cozinha, o foco estava neles. Na segunda, o foco era na cozinha, onde víamos o braço de Simões caindo, morto, e a xícara se espatifando. Como unir isso? Máscaras! Recortei toda a parte da cozinha do take em que o braço caía, e sobrepus ao take dos dois ao fundo. Depois, com as máscaras, fui recortando quadro-a-quadro, o movimento do braço e dos pedacinhos de xícara (esse processo é também conhecido como rotoscopia, famoso por ser o princípio básico para fazer de sabres de luz).

Por fim, tínhamos tudo acontecendo ao mesmo tempo. Eles ao fundo, o braço caindo na cozinha, mas ainda havia uma impossibilidade óptica: os dois planos estavam perfeitamente em foco! Lá vamos nós: combinando um efeito de desfoque, tanto no primeiro plano (xícara e braço) como no segundo (personagens perto da porta), criamos a ilusão de um movimento de foco REAL, feito com a câmera na hora da filmagem, e deixamos tudo muito melhor ilustrado, sem confundir a vista do espectador com muitos detalhes onde sua atenção não deve estar. Para voltar o foco para a mão, depois que eles saem, o mesmo processo foi usado.

Apesar de ser um pouco demorado de fazer isso na Pós, garanto que foi mais rápido do que teria sido pra acertar a ação toda, e os movimentos de foco perfeitos, no set, com um braço que nem seria do personagem de verdade. Ou seja, a Pós acelerou a captação também nesse caso. O mais importante nesses casos de problemas menores, ou composições mais elaboradas, é ter uma noção básica de COMO você pretende resolver isso na Pós. Se não tiver nem idéia, desista, porque não vai dar certo! E isso não é fatalismo. Criatividade ajuda muito nesse aspecto.

Agora, a combinação com a direção de arte da obra. Por isso, logo pensamos em correção de cores. Não pequenos ajustes, e sim o clima geral da coisa. Ter um filme com as cores certinhas, branco exatamente combinado, etc, etc, é legal, mas é um tanto quanto “sem personalidade”. Você pode criar muito mais expressividade com uma simples acentuação dos tons de luzes e sombras. Pense em Matrix. Verde, certo? Agora, Robin Hood, Tróia, ou até O Senhor dos Anéis. Quase dourado, não é? Por fim, Anjos da Noite. Azul! Isso aí! Porém, o mais importante numa correção de cor, por mais que você mude todo o clima do filme, é manter os tons de pele certos. Pele fora do tom é um incômodo e todo mundo percebe isso, e sente – mesmo inconscientemente – que algo ali está errado. Não vou entrar em detalhes porque o Stu Maschwitz já fez um post considerável sobre isso no ProLost (Save Our Skins).

Estamos chegando ao fim, e eu ainda queria falar de um possível relacionamento intrínseco com a montagem, mas vou deixar pra outra ocasião. Só fica a dica que a Pós pode resolver grandes defeitos de timing ou aprimoramento de momentos dramáticos através de Time Remap, um dos recursos mais pesados do After Effects, e dos mais bonitos também.

Para finalizar, os campos que eu pouco me arrisquei até agora, mas que pretendo investir até o fim do ano: 3D e Matte Paint. Com essas duas coisas, quase tudo se torna possível. Matte Paint permite recriar cenários a partir de diversas referências ou até mesmo grandes habilidades com desenho (óbvio, optarei pela primeira forma, sou nulo em termos de desenho), e 3D, ah, isso todo mundo sabe do que é capaz. Esses dois campos porém, são tão amplos que não acho que podem ser considerados como parte da “base” de Pós de Imagem. Mereciam ser citados, entretanto.

Espero que tenham sobrevivido ao post, talvez um tanto técnico demais, e que tenham sido incentivados a brincar mais de Pós, confiar mais em suas capacidades e nas capacidades de resolver probleminhas/melhorar coisas em seus filmes! Vamo aê, povo!

Em caso de dúvidas, deixem comentários! Por que diabos ninguém comenta nisso aqui? Hahahaha.

Day-to-Day Insight Tudo AV

Insight: Color Correction I

October 10, 2009

Na mais recente postagem de material relativo a Insight, apresentei quatro cenas breves, ambientadas na selva, com fortes correções de cor. Algumas pessoas pediram para que eu explicasse melhor – em detalhes – como obter o visual em questão. Aqui astou para apresentar uma solução envolvendo plugins, conceitos e uma certa quantidade de paciência para tratamentos. O vídeo que será usado como exemplo é esse aí embaixo.


Jungle Sniper Attack

Um simples “Antes/Depois” mostra a potência das correções de cor quando usadas na medida certa. Dois frames em particular do vídeo. Passe o mouse sobre as imagens para ver o resultado.

Alguns aspectos são dignos de nota. As sombras, pouco perceptíveis no original, foram acentuadas e receberam uma coloração azulada. O verde claro excessivo foi transformado num azul esverdeado, escuro e pouco saturado, quase cinza. Os pontos de luz, principalmente os personagens, tiveram foram realçados ao mesmo tempo que sua pele quase não sofreu alterações de tom. Vale atentar também para as partes mais iluminadas da grama que também ficaram amareladas, indicando highlights amarelos.

Por que é tão importante manter os tons de pele das pessoas quando fazemos correções de cor? Em primeiro lugar, é fácil distinguir um simples filtro de contraste e cor aplicado a uma imagem em relação uma elaborada e cuidadosa correção de cores. Em segundo lugar, mantendo a pele constante, você cria um destaque em relação ao cenário, contribuindo com o clima gerado pelas outras cores, além de tons agradáveis de pele se adequarem melhor a nossos olhos. Dois artigos no blog de Stu Maschwitz ressaltam esse ponto.

Hue Are You? apresenta a tese de que o tom da pele humana é mais ou menos constante ao longo do tempo, independente das pessoas em cena. Para fortalecer sua afirmação, ele faz uso de uma ferramenta chamada vectorscope, que nada mais é do que um gráfico Hue x Tempo, mostrando as cores mais presentes na imagem ou ao longo do vídeo. Para gerar o gráfico ele usa o plugin Scopo Gigio.

No segundo artigo, Save Our Skins, ele reforça a teoria apresentada acima com diversos exemplos de Hollywood que passaram por intensos processos de correção de cor. Dá pra notar que todos os gráficos têm uma parte em comum, que é, justamente, a parte mostrada no primeiro artigo, ou seja: o tom da pele. O resto do artigo glorifica um plugin (Colorista) que facilita esse processo. Tentei, sem sucesso, baixar e instalar o plugin. Se alguém achar, me avisa!

Certo, terminada a parte chata teoria, vamos à prática. Para tal, precisaremos de alguns arquivos, encontrados logo abaixo. São eles os dois frames originais mostrados acima, em resolução um pouco maior, o preset Rebel CC e o projeto de After Effects que une as duas coisas.

Frames Base
Insight – Sniper Attack
Rebel Color Corrector

Explicando o Rebel CC.

Para começo de conversa, a coisa mais certa a se fazer é aplicar o preset numa Adjustment Layer. Então, sua guia de efeitos deve ficar idêntica a essa da imagem abaixo.

Não é por enfeite que os três primeiros campos estão numerados como 1, 2 e 3. Eles devem ser preenchidos nessa ordem. No Step 1: Set Black, você define o preto. Com o conta-gotas clique na parte mais escura da sua imagem, que ficará definida como sendo preto. Algumas modificações já são visíveis. Se você escolheu certo, as sombras da imagem agora devem ter uma aparência mais neutra. No Step 2: Set White, adivinha só? Você vai dizer à ferramenta o que é branco na sua imagem. Aqui se apresentará uma grande diferença caso você passeie pela paleta de cores. Step 3: Set Gray por fim, determina o cinza. No caso de um vídeo com o White Balance desregulado é aqui que você corrige o desvio. A correção é feita de forma invertida, claro. Se você selecionar um tom mais azulado, sua imagem vai ser puxada para o amarelo, e assim por diante. Perceba que quanto mais próximo do preto, menores são as modificações, e mais pro branco, elas se intensificam, junto com as highlights. Faça suas experimentações até chegar numa imagem estáevel, bem definida.

O Rebel CC é um corretor de três níveis, modificando separadamente os tons de Highlights (partes brilhantes), Shadows (hmm… sombras mais fortes) e Midtones (tudo que não pertence aos dois casos anteriores). Você pode (e eu recomendo) definir cores para os três. Para Shadows, pegue tons bem claros, sempre muito perto do branco, pois, como você deve observar, quando você pega cores mais fortes, a imagem toda acaba indo pro espaço e ficando uma coisa distorcida. Particularmente gosto de usar azuis tanto para Shadows como para Midtones, e equilibrar ambos com Highlights amarelo-alaranjadas, mas essa parte de combinações fica pra outro post também.

Nos três passos seguintes, você tem a liberdade de aumentar/diminuir a luminosidade em cada uma das fases. Levels, dispensa explicações, por favor. Acho que todo mundo que chegou até aqui do post já entende alguma coisa sobre isso! Caso esteja enganado, deixe um comentário, que explicarei, com calma.

O pulo do gato, no vídeo-exemplo desse post é exatamente no ÚLTIMO dos efeitos contido no Rebel CC. Hue/Saturation! Admito que, até então, nunca tinha entendido como usar essa coisa direito. Meu erro: tentar sempre mexer no canal Master.

A idéia é justamente ir mexendo em cada matiz separadamente (Channel Control), ampliando ou reduzindo sua área de influência. Mais uma vez passando pelo exemplo, tirei a saturação do verde, predominante na cena, modificando tambem seu Hue para um resultado azul, destacando os atores em meio ao cenário – detalhe importante quando comparado com os frames originais, em que as pessoas simplesmente se misturam com a luz e cor do matagal.

Como modificações secundárias, são visíveis uma dessaturação (e encurtamento) da área amarela, além de escurecimento dos tons naturalmente azuis. Tudo feito separadamente. Isso tudo você pode analisar com mais detalhes no arquivo do projeto original, mas com explicação as coisas fazem mais sentido!

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p style=”text-align:justify;”>Esse artigo já tá bem longo e ainda falta falar de correções secundárias. Afinal, tudo que é bem feito, não é de primeira. Para o bem de todos – exceto dos apressados – deixarei isso para a próxima ocasião. Acreditem em mim: eu não aguento mais digitar!

Day-to-Day Insight

Review: The DV Rebel’s Guide

October 9, 2009

Se você está pegando esse livro, há grande chance de que você tenha planos de desenvolver o gênero de filme de orçamento-zero que ninguém se arrisca a tentar – filmes de ação. O DV Rebel’s Guide é seu manual de campo ao longo de explosões à lá Hollywood, tiroteios, perseguições de carros e todo o resto que você jamais pensou que pudesse fazer.

Stu Maschwitz, autor e expert em efeitos visuais o acompanhará através de cada etapa da criação de um filme: planejar seu roteiro, escolher a câmera e acessórios, filmagem, criação de efeitos, edição e masterização do produto final. Ao longo da jornada ele o apresentará a seus segredos testados e confirmados desde cenas imprevistas, passando pela confecção de estabilizadores de câmera baratos à criação de tomadas com efeitos realísticos.

Ao fim desse livro, você não só se tornará um DV Rebel como também estará no processo de criação de seu próprio blockbuster de ação!

O “DV Rebel’s Guide” é, até o momento, o melhor livro de como fazer filmes com pouco ou nenhum orçamento. Escrito por Stu Maschwitz (autor do blog ProLost e co-fundador do The Orphanage, companhia de efeitos visuais ), focado precisamente na situação dos cineastas sem recursos financeiros, o livro não fica divagando sobre película, aspectos artísticos do cinema, como lidar com atores, auto-estima do diretor ou a simbologia por trás de cada imagem. Muito pelo contrário, ele aborda diretamente a tecnologia do vídeo digital em combinação com softwares de edição (principalmente After Effects) para atingir resultados grandiosos.

O guia parte do pressuposto que mais da metade do tempo de criação, passando por todo o processo de idealização do roteiro até o produto final, será gasto em frente a um computador – mesmo que seu filme não precise de efeitos especiais! Um dos destaques é a grande atenção dada a aspectos técnicos e aplicações práticas para que você consiga excelentes resultados gastando o mínimo de grana, e melhor ainda, visando o gênero de ação – que é comumente evitado entre os que levam seus trabalhos a sério e não querem fazer investimentos financeiros nas produções.

A comunicação com o leitor é clara e simples, se utilizando de dezenas de fotos servindo como exemplo e um DVD com mais exemplos – em vídeo -, capítulos extras e presets de After Effects. Um dos pontos mais enfatizados por Maschwitz é que os truques baratos (no sentido de “não caros”!) e a atitude “rebelde” promovida pelo livro não são exclusivos para artistas independentes ou iniciantes, mas também valem para profissionais, que utilizam essas técnicas sempre que podem. Mantenha-o sempre por perto enquanto estiver com um projeto na cabeça pois os capítulos, sempre muito pontuais, servem como fonte para consultas!

Ao logo de cada capítulo, cenas de diversos filmes consagrados são usadas como exemplos de aplicação das técnicas descritas. Dividido em seis capítulos de papel (The Approach, Planning, Shooting, Effects, Editing, Onlining) e mais um capítulo extra -mas ainda assim fundamental – (The Camera) no DVD. O disco também contém algumas situações particulares explicadas na forma de texto (POVs e Car Chases, por exemplo) em arquivos PDF. Ao final de cada capítulo há uma lista dos filmes citados, agilizando o processo de estudo.

É notável que o livro infelizmente não foi traduzido para português, assim como também não o encontrei em livrarias (mesmo naquelas com importados), portanto, a única solução é comprar pela internet e esperar a encomenda internacional. Por experiência própria, digo que é um processo tranquilo e totalmente seguro. O único defeito é o tempo de entrega que chega a ser maior que duas semanas.

Não preciso nem dizer que muita coisa do projeto de Insight teve seus primeiros rabiscos originados a partir de situações possibilitadas por esse livro, assim como vastos conhecimentos relativos a correções de cor (que serão abordados num post mais adiante).

DV Rebel’s Guide
Stu Maschwitz
2006, 320 páginas + DVD
US$32-50 (Amazon.com)

Day-to-Day Insight Tudo AV

Insight Video Updates!

October 1, 2009

Howdy partners!

Desculpem pela demora com novos posts. Não dá pra dizer que estou inspirado, no momento as idéias parecem que fogem. Vou ver se escrevo novidades aqui hoje, mais tarde, depois das aulas.

Enquanto isso, fiquem com mais coisinhas relativas a Insight, filmadas nas férias de Julho, em Salvador.

Insight – Jungle Sniper Attack

Insight – Jungle Sniper

Insight – Outpost Attack

Insight – The Wall Pursuit

Também em breve colocarei esses vídeos (e mais outros), junto com informações sobre eles no Making Of da coisa.

Insight Specials

Graywolf.

July 29, 2009

Graywolf Poster

Not much else left to say about it. Insight’s first birthday is just around the corner.