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September 2014

Day-to-Day

Semana Pesada.

September 27, 2014

Nessa semana praticamente ganhamos dois novos assignments a cada dia. Tivemos três dias com nove horas de aula cada, DUAS AULAS DE LIGHTING (AEEE!), review do storyboard, conclusão dos Personality Walks, muita modelagem, e mais.

No review do storyboard, o Mike falou que supercompliquei a tarefa, e precisava tirar uns planos, alterar outros, mas no geral a ordem era “simplificar com base no que já tem aí”. Como agora só tenho a entrega final, daqui a quatro semanas, o tempo tá tranquilo pra fazer. Em modelagem, terminei o bendito prédio hoje de manhã, depois de muito apanhar e sofrer pra conseguir fazer umas cadeirinhas e a pilastra enfeitada nos detalhes do telhado. Tirei muitas horas de um dia pra fazer minhas árvores – que no fim nem aparecem no render abaixo, mas vão aparecer no render do quarteirão completo, no Domingo, e agora tenho mais uma semana pra texturizar essa bagaça toda. É corrido!

Em animação, as duas aulas da semana foram totalmente voltadas pra finalizar o Personality Walk, e acho que esse é o primeiro assignment que gostei bem mais do resultado 3D do que 2D. Na última aula, logo no comecinho, descobri que o arquivo que eu tava trabalhando em casa tinha sido corrompido, e tive que ficar “ensaiando” a aula inteira e anotando, pra aplicar as modificações e ajustes no arquivo que tava em casa. Um inferno, mas bastante produtivo e libertador, ter aquele tempo só pra brincar com o movimento do personagem. Deu pra exagerar bastante alguns movimentos, e colocar esse balanço de cabeça, que era inexistente na versão anterior.


No lado bom das coisas, tivemos duas aulas de lighting e ambas foram incríveis. Temos um SUPER assignment, que vai consumir um tempo infinito de render, pra entregar no fim do term. Durante o fim de semana vou trabalhar nele, porque temos que apresentar – na terça – quatro ou cinco frames de exemplo para o que pretendemos fazer ao longo dos dois planos completos.

Mais coisas legais, o Paul terminou o master assignment dele, desse trimestre, na Think Tank, e como dei uns pitacos e feedbacks ao longo do caminho, tô postando aqui. Ficou incrível, e tô usando como imagem da minha lock screen, quando não tô usando o computador. O link tem mais informações, passes e tudo.

Day-to-Day

Storyboard e Stanley Park (de novo).

September 20, 2014

A May tinha que gravar um monte de ambiências, efeitos sonoros e backgrounds para uma matéria, então ontem de noite a gente combinou de acordar hoje BEM CEDO e ir pro Stanley Park, aproveitar o silêncio pra captações mais interessantes. Saímos de casa faltando 15 minutos pras 6 da manhã, montados nas bikes e usando uma lanterna maluca como farol. No caminho até o parque, que tem uns 3km, a gente passou por UM carro, e DOIS pedestres. A cidade toda dormindo. No parque, encontramos mais alguns ciclistas alucinados correndo um monte e resolvemos entrar numa trilha pra gravar o som do parque ao nascer do dia – e sem trânsito!

Depois de uns dez minutos sentados gravando, vemos um ciclista se aproximando na trilha. Primeiro ele tá com uma lanterninha piscando, depois pára de piscar e começa a pedalar mais devagar. Chegando perto ele faz uma super cara de aliviado e dá bom dia pra gente. “Phew, guys! I though you were coyotes!”. Claro, a May gravou isso. Da outra vez que tentamos gravar no parque, à noite, estávamos andando em círculos de bike, e vem uma voz do BREU: “Are you guys lost? Where do you wanna go?”. Também gravada. Dei a sugestão pra May fazer um blog, tumblr, sei lá, com o tema de “dia a dia de gravações externas”, compilando pessoas que falam com a gente quando a gente só quer o silêncio. Enfim, é mais engraçado de se ouvir do que de contar.

Depois dessa brincadeira na trilha, gravamos passos em muitos ritmos e seguimos para o Beaver Lake, porque os passarinhos estavam começando a acordar e fazer sons mais legais. Aí ficamos mais um tempão sentados, e passou mais um ciclista dando bom dia. A gente literalmente viu o dia nascer enquanto andava pelo parque. E olha, é bonito pra caralho. Em alguns – vários – momentos eu lamentei não estar com a câmera pra tirar fotos decentes da ocasião.

Voltamos pra casa perto das 8h, pedalando mais um monte no caminho de casa e subindo umas ladeiras cruéis. Aí pra alegrar a história, fomos tomar café numa lojinha aqui perto que vende um croissant maravilhoso, junto com chocolate quente. Agora acabou a parte mais emocionante do dia, e o resto do tempo vai ser dedicado a terminar de modelar meu prédio na Water Street. Descobri que o prazo de entrega não é Domingo que vem, como calculei, e sim Quarta feira!

Agora, mudando de assunto e tirando mais coisas de atraso, ontem fiquei trocentas horas trabalhando num storyboard pra matéria de Visual Storytelling. É uma matéria mais tranquila pra mim, nesse term, porque a gente fala de direção de olhar, eixo, decupagem, movimentos de câmera, essas coisas todas que a gente cansa de fazer no Audiovisual, até por brincadeira. Nessas horas eu lamento que não sei desenhar maravilhas, porque ia ficar bem mais bonitinho, mas acho que tá compreensível. Como único assignment a gente tem que fazer um storyboard de uma página e meia de roteiro do Alien Encounter of the VFS Kind, “obra” inspiradora do projeto de Design do term 1. É o momento em que as crianças estão na casa da árvore e vêem a nave/meteoro cair do céu, nas proximidades.

O Mike tinha falado que algo entre 33 e 36 planos era a média, e acabei não caindo muito longe disso. Tenho mais quadrinhos porque ele falou que storyboard pra animação é mais detalhado, em termos de movimento e direção das coisas, diferente dos de filmes live action, onde tudo pode ser representado com um monte de setas vermelhas e anotações nas laterais do frame. Tá aí o resultado da primeira versão, e Terça feira temos aula com ele, pra ouvir comentários a respeito do trabalho e ir ajustando pra ficar perfeito.







Continuando nos assuntos atrasados. Ao longo das primeiras semanas tivemos aulas exclusivamente voltadas à apresentação dos três streams que podemos seguir a partir do próximo term. Temos Modeling, Animation e VFX. Em Modeling, aprendemos como melhorar nossos modelos, lighting, render, truques para aumentar a qualidade do resultado sem atrapalhar o processo de desenvolvimento, como detalhar melhor nossos projetos, escultura, essas coisas. Animation é fácil de adivinhar. Tem aulas de atuação, anatomia, e muita animação. O Colin, que é o supervisor do curso de animação fala que se você tem um bom personagem, a historinha do demoreel se desenvolve naturalmente ao redor dele. Finalmente, na Segunda feira, tivemos a última apresentação, que era do stream de VFX, que é o que quero seguir. Envolve compositing, partículas, matchmoving, rotoscopia e essas coisas mais divertidas de fazer. É colocar a ilusão do lado da realidade e fazer tudo parecer uma coisa só.

As aulas de VFX estão ficando cada vez mais interessantes e elaboradas, e até o fim do term, cada um de nós tem que apresentar um vídeo com as “Passport Skills”, que são exercícios de várias matérias feitos ao longo desses últimos quatro meses, e trabalhos anteriores que a gente considerar relevante para avaliar nossas capacidades. Junto com esse Passport, cada aluno apresenta três propostas resumidas de demo reel, que serão comentadas e avaliadas por uma banca de três professores, visando sugerir a mais adequada de acordo com o potencial de cada aluno. Só coisa fina. Tô perdidão com o meu ainda, mas devem começar a aparecer idéias aqui nesse blog sobre isso em breve também.

Agora chega de escrever, e vamos modelar prédio!

Day-to-Day

Intensificando Atividades.

September 18, 2014

O Term 1 era moleza comparado com o segundo. A gente continua usando os mesmo programas (amém!), mas os assignments ficaram bem mais elaborados e exigentes, e agora não é só “replicar”, envolve um tanto de interpretação e criatividade no estilo de fazer cada coisa. Os exercícios agora são mais elaborados, atravessando mais de uma aula, ou com aulas exclusivamente designadas para nos ensinar soluções criativas para os problemas que vamos encontrar na execução das tarefas.

Nesse post vai ter um bocado de coisas de animação, que é uma aula que eu tava achando meio chatinha, mas ontem a gente filmou estilos de caminhada (personality walks), por nós mesmos, e agora estamos animando em cima disso. Só o fato de ser algo “próprio” já dá um super gás pra tocar a idéia adiante, e acho que é a animação que tô fazendo com mais cuidado de todas até agora!

Bom, pra chegar nesse Personality Walk, a gente teve passos (olha o trocadilhooo) anteriores, primeiro animando uma bolinha andando, em 2D. Aí, passamos pra 3D.


Depois, entraram mais elementos em jogo: tronco e braços. Em 2D é bem fácil de fazer isso, porque são só os tracinhos, e se der merda, você vai e apaga.

Em 3D, é um inferno. Cada braço tem quatro controles diferentes de giro (cada controle tem três ângulos), a coluna é composta por seis controles, cada um com seus três ângulos de rotação, os pés tem três eixos de movimento e três giros, joelhos, quadril, cintura e cabeça, tudo pra mexer individualmente ao longo de muitos frames e fazer uma caminhada “natural”. A minha não ficou muito natural, meio exagerada demais, muita ginga, mas nada terrível.

Numa outra aula, de Surfacing dessa vez, a gente tava vendo como reproduzir pele, em 3D, reagindo de forma natural à luz. Foi aí que eu realmente percebi o quanto a gente estuda o mundo real pra poder recriar as coisas no computador. Uma tecla que eles não cansam de martelar é “se você acha que sabe como algo funciona, provavelmente tá errado. Sem referência, sua imaginação vai preencher as lacunas, e não vai ficar algo convincente”. E é muito verdade. Nas aulas de animação a gente vê centro de gravidade, como a gente equilibra nosso peso enquanto anda, ritmo, peso, nessa aula de Surfacing a gente tava vendo o que compõe a pele, epiderme, hipoderme, espessura de cada uma, como a luz atravessa, cor, melanina, etc. Em rigging, a gente tá vendo como ossos, músculos e juntas funcionam e, pra completar o kit, a gente também tem Life Drawing uma vez por semana, que é a grande surpresa desse term (achei que ia detestar, porque não sei desenhar, e já tô achando divertidíssima) – no term passado, esse prêmio foi pra Team Building.

Voltando pra animação, pra coisa ficar bem feita, a gente filmou as caminhadas de frente e de lado, pra poder ver direitinho onde tá indo o centro de gravidade, que ombro tá pra frente, que braço e que perna tá fazendo o quê, essas coisas, pra depois jogar isso no computador e desenhar por cima das poses principais. Já fizemos a base em 3D hoje – mas só vou postar a animação quando estiver totalmente pronta – e vamos fazer a 2D na semana que vem, a partir desse cheat-sheet aí embaixo.


No processo de converter esses vídeos pra folha acima, aproveitei pra desenhar grosseiramente os frames intermediários e centralizar o movimento no After. Coisa rápida, só pra ver como a animação vai ficar em 2D, quando fizer direito.

Parando com a onda de animações, vamos pro outro mega assignment que temos até o momento, que é modelar um quarteirão inteiro da Water Street, em Gastown (a duas quadras da escola). Nosso grupo tem quatro pessoas, e temos sete prédios pra matar. Fiquei com o maior, enquanto o povo ficou com dois prédios, cada um. O meu é esse aqui ó. Tô indo pra lá quase todos os dias no intervalo de almoço, pra fazer desenhos e anotações sobre detalhes das vitrines, medidas (feitas com uma trena, no meio da rua), alturas (usando o bendito Teorema de Pitágoras). Eu até postaria as anotações, mas elas estão por demais caóticas.

Enfim, semana passada a gente entregou uma versão proxy da coisa, que é algo sem muitos detalhes, mas do quarteirão inteiro, juntando os prédios de todos nós. A imagem gigantesca fica aí embaixo. A entrega final é daqui a dez dias, e tenho uma lista considerável de detalhes pra corrigir ou modelar do zero, em meio aos outros assignments. Diferente do Term 1, a gente tá modelando a vizinhança no tempo livre, e nas aulas estamos modelando um personagem. É muita tarefa de casa, colegas.

Tem um monte de coisa ainda não contada, mas vou deixar pra outro post, senão vai a tarde inteira embora, e ainda tenho um monte de coisas pra fazer por aqui.

Day-to-Day

Dia Chuvoso.

September 3, 2014

Ontem foi o primeiro dia de aula da May, e meu último de férias. Choveu pra cacete do começo ao fim. Quando tava dando a hora do Sol se por, o aguaceiro deu uma trégua e apareceu esse sol. O celular não dava conta de capturar a beleza da coisa e tive que pegar a câmera de verdade. Mas perdi os melhores momentos, porque fiquei uns quinze minutos só assistindo as nuvens abrindo, e prestando atenção nas cores de tudo!



Em temas (bem) menos relevantes, peguei pra assistir o Need for Speed, que é baseado nos jogos da EA, e tem o Aaron Paul, de Breaking Bad. Tem suas semelhanças com filmes genéricos de corrida (leia-se: Velozes e Furiosos), mas consegue ser bem divertido, e lembra um bocado dos jogos, pelo menos, os últimos que eu joguei (Underground 1 e 2, Most Wanted e Carbon, não sei definir exatamente o quê. Ah, e eles se livraram de toda aquela maluquice de neon, nitro, e alucinações de enfeites para carros. São só os carros, e os pilotos mesmo. Tem seus momentos.

Além disso, na terra do ócio do break, zerei Last of Us de novo, dessa vez no famigerado Grounded Mode, um modo de dificuldade descrito como “mais realista”, onde inimigos causam mais dano, são mais inteligentes e atentos, suprimentos são mais escassos, e não há o hud (ou seja, você nunca sabe como anda sua saúde, nem munição). Foi difícil, levei muito mais horas do que a última empreitada, no Hard, mas não impossível. Tem trechos enoooormes sem nenhum checkpoint. Perto do fim, teve uma sequência de mais de vinte minutos sem salvar. Morreu? Volta pro começo da ação. Jogo escroto da porra, mas sempre vale a diversão.

Hoje já tive aulinhas, mas nada muito absurdo. Vamos ver como vai ser esse Term 2, e aproveitar o ritmo menos tenso da primeira semana. A chuva deu uma trégua, e deve voltar daqui a umas duas semanas, pra ficar.