Day-to-Day

Coincidências/A Profecia Celestina.

November 10, 2009

Ontem foi um dia estranho. Um dia muito estranho e por demais interessante. Das 6h da manhã até as 2h da manhã seguinte, toda sorte de eventos me aconteceu. Vamos na ordem.

Logo cedo, acordei e me desloquei para a casa de um amigo (Cogo), a qual tenho usado como estúdio nesses tempos soteropolitanos. Ele havia me pedido, na véspera, que chegasse perto das 7h, pois era o horário que ele levaria a irmã no colégio, então eu não o acordaria (normalmente eu chego por lá 6h20). Havia prometido a Vick que conseguiria uma rosa de cor verde, então fui encaminhar isso antes de acordar Cogo.

Quando voltei, pouco depois das 7h, me deparei com um porteiro novo, que não me conhecia. Pensei “Vou esperar Cogo aqui embaixo, porque se o interfone tocar lá em cima agora, vai acordar todo mundo na casa”. Qual não foi minha surpresa, enquanto conversava com o porteiro, dizendo que ia pra casa de Felipe, ao ouvir uma buzina e um grito vindo da garagem: “Bora man! Vamos ali levar minha irmã no colégio que eu tô morrendo de sono!”. É, pelo visto, Cogo ainda estava saindo.

Ao voltar, Cogo retornou a seu sono sagrado e eu fui iniciando minha série de coisas a resolver no PC. Abri o After e quando estava prestes a começar, minha mãe me liga, pedindo ajuda com as compras, senão ela se atrasaria para uma consulta. Parti. No mercado, cheguei quando ela estava saindo com o carrinho. Estacionei do lado do carro dela e jogamos todas as coisas no porta-malas. Ela pegou seu rumo, eu tomei a direção de casa. Poucos metros adiante, (poucos mesmo, foi logo na saída do mercado) avisto um Clio preto, com a placa começada por DRK. Lembro-me do carro de minha tia, pensando “Quantos Clios pretos com placa DRK será que existem em Salvador?”. Ligo para mainha, para perguntar a placa do carro de Kátia. Antes que ela conseguisse lembrar, alcancei o carro suspeito e avistei de fato quem esperava, no banco do motorista. Trocamos breves palavras. Pelo visto, ela também estava indo para nossa casa!

Aceleraremos alguns minutos no tempo até a próxima situação. Depois do almoço, pegando carona de volta para a cidade, falei no carro, onde por meses a fio, não escutávamos as rádios locais: “Nunca mais ouvi Capital Inicial… Até que seria interessante”. Nesse meio tempo, a experiência de conseguir uma rosa verde falhou e comecei a pensar onde conseguir rosas de diferentes cores. Já estávamos chegando ao final do trajeto quando minha mãe se lembrou de uma floricultura das redondezas, onde podíamos conseguir uma rosa lilás. É lilás mesmo, acreditem. Não é um rosa escurão. É LILÁS. De verde pra lilás, é só apertar Ctrl+I (Inverter Cores, no Photoshop). Teve que servir. Quando saímos da floricultura, foi só ligar o rádio que começou a tocar Capital Inicial – Primeiros Erros.

Peguei novamente o carro e estacionei no shopping. Me revoltei brevemente com aquele ambiente (aos desinformados, não tenho muita paciência para shoppings ou locais do gênero) e guardei o cartão de estacionamento, pensando no trabalho que teria se perdesse aquilo. Na bilheteria do cinema, encontrei Marcelinho, a quem não via há meses, e recentemente tinha tentado entrar em contato, para pegar umas coisas emprestadas com ele para a produção mais recente. O contato havia falhado, mas nesse encontro, confirmei que ele tinha o que eu precisava, e que estava liberado para buscar na casa dele. Maravilha. Ficamos conversando um pouco sobre trabalho (Arraial, oh yeah!) e os planos da próxima temporada. Descobri que ele e mais algumas garotas (das quais não me recordo nomes) iam para a mesma sessão que eu. Mais uma das coincidências.

Ao entrar na sala, depois de encontrar Vick na porta do cinema, descubro, para minha infelicidade, que tinha conseguido perder o cartão de estacionamento. Genial, não? Depois do filme, no estacionamento, literalmente perseguimos um segurança de moto, que ficou girando e se escondendo em meio às vagas por pura diversão. No começo foi estranho, depois se tornou engraçado mesmo.

Tudo isso me faz lembrar constantemente de A Profecia Celestina, que tem uma teoria sobre coincidências e energias. Um dos livros mais geniais que já coloquei as mãos. É preciso estarmos atentos às coincidências, pois assim percebemos que não são tão ao acaso assim.