O casal entra numa loja de chocolates finos.
Ele, calado, quieto, observando a esposa e as prateleiras com cuidado. Ela, expansiva, vai pegando, olhando e cheirando vários bombons e tabletes dos diversos sabores enquanto conversa com as duas atendentes do estabelecimento.
– Olha, esse aqui é novidade, começou a ser produzido nesse mês. É em barra, e têm recheio de cupuaçu! – diz uma das moças, enquanto Ela observa a caixa e mentalmente saboreia aquele quitute.
Ele, ainda lacônico, pega uma barra com recheio de castanhas do pará e fica encarando a embalagem, atento aos detalhes e letras miudas, douradas. Ela vai empilhando doces e balas, caixas e mais caixas dentro de uma pequena cesta enquanto as duas garotas vão dando mais sugestões e dicas sobre os sabores e novidades.
Por fim, quando não há mais espaço na cesta nem opções diferentes na loja, Ela se dirige ao marido.
– Amor, o cartão tá com você?
– Tá aqui sim, amor.
Uma das atendentes comenta prontamente:
– Olha só, Ela escolhe tudo e ele só faz pagar!
– É, mas o cartão é dela! – Ele responde, com uma piscadela e um sorriso, para a garota enquanto se aproxima do caixa com um cartão Visa nas mãos, dando um beijo na esposa.
Era uma mentira, mas o desaparecimento da cor no rosto da moça já tinha valido o sacrifício. Depois dessa, quem disse que ela teve coragem de conferir?
Família, ê. Família, ah! Família!
Já tinha mais de um mês que eu tava pra escrever essa história por aqui… Olha só como andam minhas idéias…
… tão boas como sempre!
Família?
Já entendi!hahahaha
Isso aconteceu com vc e com Vick?
Não! Com meu pai e minha mãe, em Manaus. Hahahaha