Day-to-Day

Paraguaio – Ep1 – Pé na Estrada

August 6, 2011

Depois do único dia de férias (05), descansando em São Paulo com Cogo e Diego, chegou a hora de embarcarmos na louca jornada que esperávamos do Paraguaio. Cogo, importado direto de Salvador, com autorização da Mari Brecht – Produtora Master – ia se juntar a equipe de Foto, encabeçada por Gustavo Fattori e Carolina Zola – Gu e Lola, daqui pra frente. May assumiria o posto de Assistente de Direção do nosso ilustre Victor Dias – Vi – e eu ia meio de coringa, com função oficial de Logger, mas também pra dar uma mão no que fosse necessário de foto. Ao longo do mês, acabei fazendo muito mais do que isso, como vocês vao acompanhar a partir de hoje, mas retomemos a partida, para que cada dia seja sua própria aventura.

Logo pela manhã, procuramos saber quais empresas de ônibus poderiam nos levar ate São Roque e encontramos duas opções. Cometa e Expresso Regional. Como bom pseudo-paulistano que sou, presumi que os ônibus saíam todos da maior rodoviária, portanto, do Terminal Tietê. Rota fácil, linha azul do metrô. Horário: 15h30. Dedicamos o resto da manhã a fechar as malas, caçar roupas perdidas, organizar equipamentos de câmera. Travesseiros, toalhas, lençóis, colchão inflável, roupas para pelo menos duas semanas, aquecedor elétrico e, o mais difícil, edredons (vários), tudo isso multiplicado para três pessoas. Eram muitas bagagens, muito pesadas. Decidimos pegar um táxi, escolha sábia. Era um meio de tarde de Quarta-feira. Trânsito nulo.

Descemos, entramos no carro. Andamos duas quadras e lembramos que o colchão tinha ficado em casa. Aêê! Voltamos pra buscar. Chegamos na rodoviária em cima da hora. 15h15. Saímos correndo com aquele amontoado de malas para comprar as passagens. Fui no guichê da Cometa, a mocinha me respondeu, muito educadamente: “ônibus pra São Roque só sai da Barra Funda”. Perguntei se alguma outra empresa partia dali pra São Roque. Nenhuma. Só da Barra Funda mesmo. Raciocínio rápido, do Tietê para a Barra Funda. Muitas estações, linha vermelha, passando pela Sé.

Puta que pariu! Desgraça! O próximo ônibus é 16h, e depois só 17h30. Vamos, corre que dá! Nisso, já tínhamos feito uma ilha no meio da rodoviária, com todas as nossas tralhas, até os travesseiros brancos reluzentes já tinham rolado pelo chão. Pensem na Sé, adicionem malas, adicionem mau-humor, adicionem pressa e horário de pico. Foi isso. Mas chegamos a tempo e pegamos o maldito Cometa das 16h.

A viagem de 1h30 levou 2h30, por motivos que até agora desconhecemos, e chegamos na rodoviária de São Roque às 18h30. Ligamos para a Mari, ela tava levando o Gu pro hospital, porque ele tava passando mal. Podíamos esperar a Mari, ou pegar um táxi. Chega de táxis por um dia. “Esperemos na rodoviária então!”. E ficamos zanzando até perto das 21h, quando a mãe da Mari apareceu pra nos resgatar.

“Vocês devem ser os amigos da Mari!”

E foi assim que chegamos à casa da Mari, encontramos Cacau e Pipoca – os cãezinhos habitantes dos jardins, que se tornariam grandes amigos nossos ao longo do mês – e entramos para nos abrigar do frio e esperar a Mari e o Vi chegarem. O Gu, adoentado, acordou e conversou um pouco com a gente sobre o que tinha rolado no Saloon e, perto das 23h Vi e Mari chegaram, afinal, de Ibiúna, onde foi filmada a primeira seqüência do longa, e tiveram infinitos problemas na saída – inclusive com carros, uma vez que o parachoque do carro da Lola DESABOU, sem explicação, enquanto a Bruna (Assistente de Produção, AV10) dirigia, fazendo-a desistir de ir pra São Roque naquela noite -, e até membros da equipe ficaram por lá, para serem resgatados no dia seguinte.

Depois de uma breve reunião, jogamos toda a bagagem de volta no carro da Mari, e tomamos rumo do local que chamaríamos de lar pelos próximos 25 dias. A escola municipal Roque Verani, que, por sinal, era do lado da Rodoviária. Por lá, encontramos o Renatão (AV08, Técnico de Som), o Pato (AV08, Boom), a Lola, a Gisele (AV08, Direção de Arte), Gabi (AV10, Assistente de Arte) e a Mari Chiaverini (AV08, Arte, Maquiagem e Efeitos). Meninas na Sala de Informática, meninos na Biblioteca. Ficamos reunidos até perto de 1h da manhã, discutindo a demo da cena do dia seguinte – um cinema abandonado -, decupagem e ordem do dia. Por fim, enregelados fomos dormir, num dos dias mais frios do mês. Sofrido.

Se de alguma forma você ficou curioso sobre o que aconteceu nesse cinema, é só voltar amanhã, que o post vai rolar! Ah, prometo que esse vai ser um dos únicos posts sem fotos. Hasta luego!

  • Lola August 6, 2011 at 10:48 pm

    Estou curiosa pelo desfecho! =P

    vamos acompanhar……..

  • May August 9, 2011 at 10:05 am

    Dia tenso. Sem dúvida a pior parte foi no metrô com todas aquelas malas e travesseiros…

  • Fernanda Vieira August 9, 2011 at 1:37 pm

    Nossa! Não sabia que vcs tinham passado por todo esse perrengue!