Day-to-Day

Caixas, fotos, carteira de estudante.

September 27, 2008

Lá venho eu novamente continuar minha saga por estas terras bravias e inexploradas que representam o sudeste de nosso glorioso país.

Comecei a escrever o post ontem, e esqueci do que ia falar, mas tudo bem. Vai voltando enquanto eu continuo.

Mais um dos filmes surreais que assisti essa semana foi “Mais Estranho Que a Ficção”. Sabe aqueles filmes que batem e você precisa de um tempo sem fazer nada, só pra absorver a história? É desses. Não é pesado. É genial. Assim que acabou, peguei o mp3, vesti uns casacos e me mandei pra a rua. Eram 20h30. De Quinta feira.

Fui sem rumo. Passei pela Oscar Freire, um monte das paralelas e perpendiculares, e numa esquina vi mais caixas do que a gente juntou durante toda a produção de Cuidado: Frágil. Eram caixas demais. Fiquei um tempão sentado num banco, só olhando aquelas pilhas gigantes. Depois Pearl Jam substituiu Phoenix em meus ouvidos, e me pus em movimento de novo.

Ainda sem rumo, deparei-me com uma padaria, “Juliet”, ela se chamava. Foi amor à primeira vista. Entrei e comprei uma rosca/torta/bolo/doce de chocolate. Aí resolvi que já era hora de voltar pra casa.

Ontem, desenterrei a câmera fotográfica do armário e retomei as fotos. Em conseqüência a isso, peguei uma oportunidade única, perto das 20h40. Ouço uma gritaria do lado de fora da janela e quando abro, me deparo com a rua toda tomada por ciclistas. ERAM MUITOS! Eles gritavam “Vá de bicicleta!”, “Deixe o carro em casa!”. Fantástico. Consegui tirar umas duas fotos. Nada espetacular, só registros mesmo.

Por fim, hoje arrumei minha carteira de estudante. Tava precisando, pra ir ver uma peça no dia 10, com a srta Vasconcelos. Tava caminhando de volta, depois de comprar meu maravilhoso almoço, tirando fotos por aí, quando vejo um rapaz perto de um carro e acenando em minha direção. Tiro os fones de ouvido e olho pra ele.

– Tira uma minha aqui, parceria!

Sorri, tirei a foto do sujeito. Ele agradeceu, acenei de volta, e peguei meu caminho de casa. Ri o tempo todo. Mas não só por achar graça da situação, mas, por ser algo totalmente inusitado! Ganhei meu dia com essa!

Enfim, hoje ainda não sei o que vai rolar, mas, amanhã vou ao teatro, na Liberdade. Ver “Os Bandidos”, com Nádia. A peça dura 5h. CINCO horas. Vou de fotógrafo! Com crachá e tudo! Ahá! Agora eu quero ver!

É, acho que lembrei de tudo que eu tinha pra falar! E agora vou partir, pra botar a lasanha no forno! Quando terminar de mexer nas fotos, coloco algo mais por  aqui!

  • Jupê September 27, 2008 at 12:32 pm

    Incrível como todos os seus dias se tornam aventuras… Me ensina a fazer isso?

  • fátima September 27, 2008 at 1:28 pm

    Tito, você se lembra dos versos de Quintana que diziam que cientistas achavam continentes e os poetas encontravam moedinhas perdidas? Acho que você é um híbrido de cientista e poeta… esse post está magnífico! um beijo

  • Vick September 27, 2008 at 2:58 pm

    Fantástico mesmo.

    ps.:a peça é no dia 10, na verdade. :}
    Vamos receber o cuspe de Wagner Moura!

  • Tito Ferradans September 27, 2008 at 10:44 pm

    Sim, sim, claro! Dia 10! O que foi que você tinha lido?
    (adoro poderes de manipular as coisas!)

    J. Riccio, vou lhe dar as dicas…
    1 – observe cada acontecimento como se fosse a primeira vez que você passa por ele.
    2 – escolha as palavras bem! que tipo de vocabulário você encontra em contos de aventura? Ahá!
    3- Be spontaneous!

    Inevitavelmente, além de o texto ficar mais legal, você também pega uma visão diferente do seu dia, e passa a gostar mais dele! Hahahah!

    Doutora fátima, claro que me recordo destes versos! Tento ao máximo me misturar entre os dois. É bom poder conversar com os dois lados, e entender os dois também! Hahahaha! Que bom que gostou!

    beijos a todos. hoje tô eufórico.