Day-to-Day

IKEA e a Mobília.

July 14, 2014

Fim de semana agitado rende mais de um post! Era pra ter escrito ontem, mas acabei de arrumar tudo muito tarde e precisava dormir pra ir pra aula hoje.

Bom, o domingo começou de madrugada. Apaguei às 22h de sábado, derrotado pela montanha. Resultado, acordei antes das 4h da manhã de Domingo. Tinha combinado com o Fernão de ir na Ikea umas 10h30, então tirei umas horinhas pra resolver os benditos desenhos da aula de Design (que ainda tenho que terminar hoje), e umas paradinhas de Team Building. No fim das contas, todo mundo atrasou, e partimos (Fernão, Maísa e eu) para a Ikea perto de meio dia, com direito a gato-e-rato no metrô, onde eles desceram por uma escada e eu subi pela outra, e depois o contrário, tudo isso enquanto mandávamos mensagens pelo celular.

A viagem de Skytrain e ônibus levou uma hora, e no meio do caminho a gente ficou vários minutos perdidos procurando o ponto de ônibus certo. Ah, e tava fazendo UM CALOR que não é desse país, e a gente na rua, debaixo de um Sol de rachar. Aquelas camisas de $3 foram uma benção, porque já tava estreando uma delas.

A Ikea é tipo a Tok Stok, com algumas diferenças básicas. Tudo é de boa qualidade, e você consegue mobiliar uma casa inteira em poucos minutos. Ao invés de tudo ser ridiculamente caro, como é na Tok Stok, é ridiculamente barato.

Eu e a May já tínhamos escolhido nossos móveis a dedo pela internet, e fui lá porque tava indicando que a loja tinha todos os itens que queríamos. O delivery tava salgado a $99,e podia ser que melhorasse indo pegar na loja. A idéia original era dividir a entrega entre nós, pra ficar mais em conta pra todo mundo.

Depois de três horas passeando pra cima e pra baixo, anotando código e discutindo possíveis alterações por whatsapp com a May, resolvemos começar nossa jornada de saída do showroom. Nesse processo, encontramos com o Luka, um colega de curso, que tava lá pra comprar uma mesa, e resolveu entrar na festa do delivery.

Depois do showroom, quando achei que a loja tava acabando, começavam os setores de acessórios. Pratos, copos, toalhas, almofadas, tapete, vasos, plantas falsas, coisas de cozinha, decoração, o caralho a quatro. Muitos e muitos espaços disso.

Depooois disso tudo – eu passei quase correndo, porque não tinha nada que me interessava lá. Aí chegava a parte do self-service de verdade, onde você pega todos os códigos de produtos (com corredores e prateleiras indicados no showroom), e vai colocando as caixas no carrinho. Tudo bem se você for comprar pouca coisa, mas quase me quebrei todo nessa parte, levantando caixas pesadíssimas, apelando pra todo o meu senso de equilíbrio e colocando as paradas no carrinho.

Essa parte é um galpão. GIGANTE. Sério, acho que é o maior espaço que já estive dentro. Surreal, com prateleiras, caixas, corredores e estantes do chão ao teto, abarrotadas de móveis de todos os tipos.

Saí feito barata tonta procurando os lugares certos e carregando as caixas. No fim das contas, tinha achado tudo, menos a mesa, que o computador dizia “request personal assistance”. Fiquei quase meia hora até conseguir achar um diabo de um funcionário. Por fim, o carinha imprimiu uma folha de papel com um código de barras e disse pra apresentar no caixa.

Depois disso, consegui a mesa – que pesava mais 30kg. Todo mundo já tava com suas mobílias e fomos investigar jeitos de transportar tudo pra nossas casas em downtown. O transporte da Ikea só ia chegar no dia seguinte, e custava $79. Resolvemos pegar dois táxis, e rachar os custos. Vim com o Luka, e cada um de nós gastou $25.


Carrinho de compras, com uns 80kg de madeira.

O taxista despejou a gente aqui no prédio – ele literalmente disse que não podia continuar a corrida, que precisava voltar pra Richmond. Tiramos tudo do carro, inclusive as coisas do Luka, que ia ficar em oooutro lugar. Ele me ajudou a carregar minhas coisas pra cima, e como eu precisava entregar o robô escorpião, peguei uma carona no táxi dele até perto da VFS.

De lá, AFINAL, fui almoçar – já eram 6pm e o calor continuava ridículo. Combinei com a Luísa de pegar as ferramentas dela pra montar os móveis, e fui encontrá-la na praia. Desci de bike e, literalmente, pedalei uma única vez, ao longo de oito quadras, porque era tudo descida.

A praia tava LOTADA. Nunca vi uma praia tão cheia antes – e olha que vi muita gente em Salvador. E era um clima muito festivo, uma coisa louca. Peguei as ferramentas com a Luísa, que tava lá aproveitando o Sol e desenhando (as coisas de Design também).

Cheguei em casa umas 7pm, e queria terminar de montar toda a mobília (duas cadeiras, dois pufes, um móvel de TV, uma estante e uma mesa expandível) até 22h, pra dormir cedo. Até parece que eu consegui, né?

Fui acabar quase meia noite, suando feito um condenado, porque o calor não deu trégua, e mesmo com a varanda aberta, o ar não tá circulando nos últimos dias. No processo de montar os móveis, prendi bem uns cem parafusos, coloquei suportes, apertei tábuas, levantei e me perdi no manual, foi um Lego, versão doméstica, com instruções tão complexas quanto qualquer cenário elaborado.

Meus dedos já estavam todos no bagaço, e eu já tava morrendo de cansaço. Só tive força pra tomar um banho, pra voltar a ser gente, cair na cama e dormir.

Hoje de manhã dei uma olhada na sala, e apesar de ter móveis, o apartamento agora parece maior do que vazio. Que tal? Agora já tenho mesa e cadeiras, que tornam o processo de trabalhar e escrever algo muito mais agradável!


A casa, mobiliada.