Paperball Productions

Retrospectiva Paperball – Parte 02

August 13, 2007

Novembro de 2005
É chegada a hora de minha mudança. A gente sai do apartamento, que ficava pertinho do colégio e que era a base de operações dos VagalRangers, para um condomínio na Avenida Paralela (e que continua sendo nossa base de operações). Dia 14/11 fomos eu, Fábio, Donk e Lukete, pela última vez ao apartamento 702. Foi uma despedida emocionante. Brincamos de Lego, tiramos fotos ridiculas, e relembramos a importância de cada um daqueles quartos, e tudo que passamos lá.

Dezembro de 2005
Depois de uma monumental cagada de Fábio, que passa direto, sem ir para a recuperação de matemática, os integrantes da Paperball (até então denominada de VagalRangers) se separam por alguns meses. Fábio e eu passamos as férias quase todas juntos, ora consertando minha casa aos pedaços, com meu pai designando tarefas e a gente fazendo as paradas, ora passando um tempo em Itapetinga (onde foi filmado o episódio piloto de Crazy Brother Mad Sister), ou em Vilas, jogando truco durante dias e noites, sem parar. Heron, como sempre, foi para sua casa na ilha, Donk foi pra Morro de São Paulo, comer água, e Lukete, só pra variar, sumiu. Nessa época não havia o grande espírito de união que há nos tempos modernos, então, não queríamos saber muito onde os outros estavam, pois não produzíamos nada juntos.

Fevereiro de 2006
Recomeçam as aulas, do terceiro ano. Tito, Donk e Heron estão na mesma turma, o 3ºA, a turma dos nerds. Lukete tá no 3ºB e Fábio no 3ºC, a turma dos vagabundos. Diego, até então desconhecido, faz parte do 3ºB.

Março de 2006
Logo se familiarizando com o fundão do 3ºA, eu e Donk conhecemos a galerinha CDF (hehehe! Se eles virem isso, me matam!). Sofia, Sheu, Sarah, Tiusson, Taiane, Lobão, Guiné e Ribeiro. Essas pessoas foram fundamentais para o surgimento da Paperball em seu atual formato. Sofia consegue fazer eu e Donk parármos de conversar para prestar atenção nas aulas a partir de um jogo de forca. Isso mudou nossas concepções de conhecimento e atitudes.

Abril de 2006
Os churrascos dos VagalRangers continuavam, agora com menos ibope e cada vez mais vazios. Mariana e sua galera aos poucos nos abandonava, e vice versa. Numa aula qualquer de gramática, a professora se refere a nosso canto da sala como “O Cantão”. Essa frase é mais que suficiente para nós, reacionários, criarmos o PARC – Partido Altamente Revolucionário do Cantão, visando retaliar atitudes negativas de quaisquer indivíduos para com seus membros. Lobão (grande Lobo!) escreveu uma cartilha para o PARC, que podia ser encontrada neste link. O PARC constituiu as bases e fundamentos filosóficos da Paperball. Esse partido tão poderoso em breve teria seus dissidentes, eu e Donk, que o abandonamos fisicamente, mas nunca espiritualmente. Fundamos então o DARK – Direita Altamente Revolucionária do Kantão. O “Direita” provinha do fato de termos abandonado o Cantão para obter melhor rendimento em termos de aprendizado e nota, e então passamos a sentar na primeira fila, bem próximos de seres os quais abominávamos. O DARK teve um caderninho próprio, com capa personalizada! Esse, quase todo escrito por Donk e eu, seria o grande registro de atividades durante o ano de 2006.

Capa do Caderno do DARK

Em sua contracapa haviam os seguintes dizeres:
“Coligação DARK/PARC, por uma revolução mais revolucionária”.
apoio: Paperball Productions

“Parabéns. Você acho o livro de registros altamente revolucionários do partido. Nele você encontrará informações de todos os gêneros, sem distinção de classe, cor ou ideologia. Mas cuidado! Sua mente frágil pode não resistir a esse maremoto informativo e entrar em colapso. Entretanto, se você tiver o espírito revolucionário necessário para mudar o mundo, seja bem vindo, companheiro.
A Direção”

Maio de 2006
Dia 20/05, para ser mais exato. Estava eu à toa, no MSN, quando Heron aparece de repente e pergunta: “Titão, bora pra uma festa de 15 anos e 18 anos?”. Nem pensei muito antes de responder, e, algumas horas depois estavávamos quase todos (eu, Heron e Fábio) na casa de Diego, que ainda não tinha nenhum contato conosco. O sujeito nos recebeu bem, como se nos conhecesse de longa data. A festa foi bala. Casa enorme! Tudo show! Eu, coitado, que dormia em todas as aulas, porque não haveria de dormir numa festa de aniversário? E assim o fiz, enquanto ouvia violão. Acordei azuado, depois de levar uma violada no pé do ouvido, e fiquei meio cambaleante pelo resto da festa. Fomos todos embora, na cara de pau e nunca mais ouvimos falar de Diego.

Junho de 2006
As inspirações nas aulas de biologia são apenas exemplos das mais variadas viagens alucinógenas dos membros da Paperball. Essas loucuras aconteciam na maioria das aulas, pelos mais variados membros (eu, Donk, Tiusson). Era difícil se concentrar por inteiro nas aulas sobre mitocôndrias. Vamos ressaltar aqui a frequente desatenção de Donk nessas aulas. Quando se tratava de aulas com Valdê(rrrr) então… Pois bem, eu estava decidido que tentaria a sorte na selva de pedra paulista da USP, e Donk, no âmago da sua dor de perder um amigo, somado à inspiração que só uma “boa” aula de biologia pode dar, compõe a música que viria a expressar o que todos os queridos de Tito sentiam:

“Titão, ô titão! Vá embora não, bora não…”

A música foi escrita, originalmente, numa das páginas de uma prova mal sucedida do autor. A avaliação que antes emblemava o fracasso de João Guilherme Fiuza Lima (Donk), agora servia de moradia à mais profunda das letras criadas pela Paperball.

Acho que chega por hoje, senão ninguém vai aguentar ler isso tudo. Infelizmente não tivemos nada pra postar nesse período. Acho que foi nosso período das trevas. A próxima época a ser narrada, entre Julho/06 até Janeiro/07 vai ser entupida de links e referências a material, então, preparem a conexão rápida! :D