Paperball Productions

Aventuras no Motel.

May 14, 2008

Sempre que eu digo que vou continuar a escrever, eu paro subitamente. Complicado, isso, mas, vamos ao que interessa.

Videoclipe – Once

Versão final, completa e não-tão-nova-assim do clipe de Once. Já tá no youtube há vários dias, ou seriam semanas? Só a divulgação que tá furada mesmo.

Quanto às novidades agora. Estamos desenvolvendo um trabalho em parceria com Paulinho Oliveira, filmando todos os shows dele que acontecem no Sitorne esse mês. Já foram dois, tem mais dois por vir. O show tem pirotecnia! Achei que fosse passar a vida inteira sem ver um desses! São toneladas de fitinhas com material. Vai dar pra fazer muita coisa. Temos Gill trabalhando ao nosso lado. Passando as informações, para os interessados: Café-Teatro Sitorne, 19h, R$5,00. 17 e 24 de Maio. Toda semana tem convidados diferentes, das melhores bandas de Salvador, tocando em algumas participações especiais! Quem quiser encontrar com a Paperball, estaremos por lá, com CERTEZA.

Prévia solta na rede, pra divulgação. Infelizmente o áudio não é o definitivo, e tá bem tosquinho porque foi o microfone da câmera, mas, nas versões finais, temos um áudio muito bom, 24 canais. Show de bola. Uma de qualidade boa deve ir ao ar na TV Bahia ainda essa semana.

Paulinho Oliveira – Um Bom Motivo [ao vivo]

Além dessas novidades, temos também uma espécie de documentário em fase de produção. O roteiro não é nosso, e é muito bom. O tema abordado é “Alienação e Tecnologia”. Temos entrevistas de rua, propagandas, animações e muito mais. Tá dando trabalho, mas vai ficar deveras interessante. Contamos com a ajuda de Danilo Vieira em uma das animações, grande companheiro da comunidade Filmes Trash Caseiros e fundador da Ideologia Filmes. A Paperball agradece profundamente pela ajuda! Gravaremos as narrações nessa sexta feira, à noite, eu, Diego e Juliana. Tinha uma aposta pra terminar isso em uma semana, mas não conseguimos, e o prazo estourou ontem. Que droga.

Mais, mais novidades. Diego vai participar de “Ídolos”, se não muito me engano, a prova é nesse sábado. Será que ele vai aparecer na televisão? Torçam para que sim, desta forma poderemos rir mais e por mais tempo! “Diego! Diego! Diego!” – quero ver a multidão gritando, clamando, IMPLORANDO por sua voz.

*Isso é sério, meu povo*

Caramba, quase esqueço da melhor das histórias recentes! Quinta feira, Murilo do Gtoys me ligou, pedindo ajuda num vídeo de seu trabalho de conclusão de curso (Publicidade e Propaganda, na Jorge Amado). A referida ajuda era “filmar uma parada no domingo, à tarde“. Maiores informações, adquiridas com o tempo:

1 – Domingo era dia das Mães
2 – a tal “parada” era num motel. No Playmotel, para ser mais exato.
3 – o horário, 15h, meio da tarde.
4 – roteiro todo pensado, uma propaganda sensual. Entrarei em detalhes mais à frente.

No domingo, chegam 15h e nada. Espero, às 16h ele me liga, dizendo que a viagem atrasou um pouco, mas que vamos filmar sim, e fala que vai me buscar. No fim das contas, ele passa lá em casa às 19h. A atriz (Daisy Andrade, da companhia de teatro Finos Trapos) já está no carro, partimos para o Playmotel. Ao meu lado, no banco, uma caixa. Murilo explica “aí tem as fantasias“. Massa. Chegamos ao motel, paramos na portaria (é assim que chama?). Murilo pede um quarto com cama redonda. A moça diz que tem disponível, faz umas ligações, e por fim, fala:

– Senhor, quantas pessoas tem nesse carro?
*Murilo titubeia*
– Três.
– E quantos são homens?
*Medo*
– Dois.
– Senhor, você sabe que o pagamento é por homem, não é?

Murilo explica toda a questão, que é um trabalho de faculdade, que ele já tinha reservado um quarto anteriormente, que ele já foi lá mais de vinte vezes, que vai lá desde os dezoito anos, etecétera. O superior da moça se recusa a falar com a gente. Deu errado. Partimos. No carro, enquanto rodávamos:

“Vamos no Fantasy, então. O programa vai ser mais barato!” – risos – “Ah, Tito, e vê se some aí atrás!”

Me meto atrás dos bancos. Por experiência própria, eu digo: É APERTADO. Ainda mais se o carro é um Uno. Completavam meu disfarce: um tripé, uma sacola de câmera e, o melhor, uma caixa cheia de fantasias eróticas. É em situações assim que a gente pensa: “é esse o rumo que eu quero pra minha vida?“. Concluo. “Definitivamente!“.

Nada de muita conversa na entrada, ao que pareceu, meu disfarce funcionava. Passamos. Entramos na garagem, Murilo fecha o portão. Saio do esconderijo. Meio quebrado. Umas costelas reclamam, nada muito preocupante. Vamos para o quarto. Preocupação de Daisy: maquiagem. Preocupação de Tito e Murilo: armar o cenário. Ok, tudo corre bem. Murilo lembra que esqueceu o roupão do roteiro E o vibrador, elemento mais importante de todos no desenvolver da trama. E agora? Ligamos pra Rafael, pedimos pra ele levar o vibrador lá, assim que pudesse. “O prata ou o dourado“, ele especifica.

Abrimos a caixa das fantasias, mais uma reflexão. “Meu deus, o ser humano é de uma criatividade sem limites!“. Daisy se veste, ou seria “des-veste”?

Damos continuidade ao trabalho. Vamos filmando tudo que nao envolve o vibrador. A cada dez segundos, um telefonema pra a recepção, perguntando alguma coisa, ou pedindo outra coisa. A mulher já devia estar de saco cheio. Alguns goles de vinho depois, tudo vai numa boa. Murilo faz cada cena como ele quer, antes de Daisy interpretar, o que nos rende umas cenas de making of hilário.

Rafa aparece por lá, entrega o vibrador. Continuamos as filmagens. Nosso período de quatro horas está chegando perto do fim. Adelmário Coelho faz a trilha sonora ambiente. Acabamos. Me escondo de novo, saímos. Pulo pra fora do espaço mínimo que há entre os bancos, respiro profundamente. Chego em casa umas 22h30.

Na segunda e na terça, sou quase habitante do laboratório de edição de vídeo da Faculdade Jorge Amado. O dvd com o vídeo capturado deu pau no Mac, tivemos que decupar a fita, capturar, e editar tudo. O processo se encerrou ontem à noite. Ficou muuuito legal. Um minuto e vinte segundos. Trilha sonora seguindo o estilo do vídeo. Estaremos (eu e Murilo) entrando em contato com Daisy pra ver se ela autoriza a gente a soltar o vídeo no Youtube. Torço para que sim. Colocarei IMEDIATAMENTE aqui. Ah, antes que eu termine, o slogan do vídeo: “Liberte-se“.

Chega de escrever. Pelo menos, por agora. Depois conto da saga do ferro-velho, do estágio e dos novos equipamentos.