Day-to-Day

It Feels Good to be Back.

July 16, 2015

Era pra ter escrito esse post logo que cheguei aqui, mas os dias foram passando tão cheios de atividades que acabei enrolando até hoje, quando as atividades ainda não acabaram, mas tenho que esperar uma hora (literalmente) pra renderizar o projeto aqui na VFS, para a apresentação de amanhã.

Chegamos por aqui no comecinho de Julho, viemos todos, eu, Lila, meu pai e minha mãe. Eu pra ficar, eles pra passarem pouco mais de duas semanas. Foram embora hoje, levei todo mundo no aeroporto e voltei direto pra escola pra poder começar o ritmo de trabalho que pretendo seguir daqui pra frente. Antes disso, só tava vindo pra aula quando era obrigatório mesmo, e organizando os planos. Tô terminando o último shot do meu demo reel, AFINAL. Logo mais posto ele no youtube, vimeo, instagram e o escambau!

Bom, nesses dezesseis dias de caos completo e atividades enlouquecedoras tivemos muitas invenções de receitas – com minha super dieta restrita, tenho que aprender a fazer alguma comida que preste, senão fico só com frutas e legumes. Aí me quebra. Aprendi um arroz integral muitcho louco, que pode misturar com literalmente qualquer coisa, e uma feijoada vegetariana, usando feijão enlatado e tofu defumado. Pois é, aquele queijo SEM GRAÇA, sem consistência e sem sabor, quando defumado faz maravilhas. Tem muito tempo que não como uma feijoada “legítima”, mas essa invenção de minha mãe não deixa nada a dever. Na verdade, é tão sucesso que depois não bate aquele peso/cansaço de comer muito. Tô com um tupperware cheio na geladeira, e almoçando isso por vários dias seguidos.

Nas atividades turísticas da viagem tivemos idas ao Stanley Park, Lynn Canyon, North Vancouver, Granville Island, rodar pra cima e pra baixo em downtown, comprar coisas pela internet, mudar de um hotel pro outro, se amontoar todo mundo em um quartinho – nosso apartamento microscópico alojou a família toda por quase uma semana!

Fizemos o tradicional passeio “bem vindo a Vancouver” de ida ao Walmart e posterior lanchinho do lado de fora, com o Sr. Paul H. Paulino, que colou na gente vários dias. Tive até noites em claro jogando Left 4 Dead com o Nicko, Fernão e Paul, ou Catan, com os já mencionados e incluindo Lila e a Gabi Akashi, que apareceu por aqui com a irmã pra passar um tempo.

Andei de bike. Pra caralho. Com Lila. Fizemos a seawall (15km) três dias seguidos, de manhã cedo. Tô pensando em ir de novo no fim de semana, tentar ir umas vezes de noite pra ver como é a paisagem.

Agora que comecei a falar de Lila, vou até aprofundar o assunto. A gente fez MUITA coisa em parceria. Fotos pra ela, testes de lente pra mim, vários tipos, todos os horários, qualquer tarefa. Anamórficas mil, mais outras tantas loucuras pela rua com as máscaras de raposa e vaca que Lila tinha trazido pra uns projetos dela. O jeito mais fácil de traduzir é que um compra a idéia do outro, e acrescenta mais um tanto.






Testes com o Rectilux

Pegamos uma onda de calor ABSURDA aqui. Começaram a rolar vários wildfires pelo estado e em um desses dias a cidade amanheceu ABSOLUTAMENTE coberta em fumaça. Não era neblina. Era FUMAÇA. Amarela, com cheiro de queimado. Parecia coisa de outro mundo. Tem uma pá de fotos rodando pela net. Nesse dia, eu e Lila saímos pra andar de bike e escoltamos alguns pontos de interesse no trecho casa-Stanley Park, para fotos que dona Lila tinha em mente. Torcemos pra fumaça não se dissipar completamente. No dia seguinte, de manhã cedo, carregamos câmera, lençol vermelho, figurino e tentamos, do melhor jeito possível, atingir o objetivo das fotos. As minhas versões estão aí embaixo. Lila deve publicar as dela no futuro.

A idéia era passar uma sensação meio de sonho, de vazio, um lugar apto a receber qualquer coisa, sem nada muito pré-definido. O ambiente beira-mar somado à fumaça criava exatamente o feeling monocromático desejado. Claro, rola um bocado de Photoshop aí pelo meio, fotógrafo que se preza não descarta a ferramenta! Tem vezes que a realidade não é suficiente!







Por fim, chegando ao evento que desencadeou essa vinda de todo mundo para terras canadenses: minha formatura na VFS. Sim, eu larguei o curso no fim, e tô cumprindo o tempo que falta, mas como meu demo reel já tava quase pronto, deu pra convencer a administração a deixarem me formar com minha turma original, com quem eu passei onze meses de aperto e aventuras, 3D111.

Depois vou escrever direito sobre a turma, mas a formatura em si foi MUITO divertido. Seis meses de trabalho pra resultar em um minuto e meio de filme. Ver o projeto no telão dá outro gás pra terminar tudo lindo e maravilhoso. Fiquei tão aturdido com os aplausos – e o Fernão me atacando na cadeira do lado! hahahaha – que no fim tive que perguntar se meus créditos passaram direito. No dia anterior à formatura, recrutei Lila pra uma missão muito especial: me ajudar a achar uma roupa chique-mas-não-tão-chique-a-ponto-de-não-ser-minha-cara. Meu pai e minha mãe não podiam perder essa e foram com a gente, dando mil pitacos no processo. No fim das contas, acho que fiquei bem apresentável!



Depois da projeção a gente foi pro café da VFS, onde tinha umas comidinhas e champagne. Depois de lá, fomos de galera lá pra casa, arrastando o Paul, Fernão e Maísa, onde ficamos conversando até a hora de ir pro bar encontrar com a galera da sala. Lá a gente ficou conversando mais mil horas e voltamos pra casa de madrugada. Deixamos Lila no hotel e o Paul dormiu lá em casa. Não jogamos L4D nessa noite, coisa rara!

Depois saí com Lila mais algumas vezes pra comprar roupinhas novas – chega de camisas de $3 do Walmart -, fui com minha mãe ao mercado – ponto turístico mais visitado durante toda a viagem, sem dúvidas – e trouxe todo mundo para conhecer a VFS por dentro, e entender como funciona a maluquice onde quase perdi o juízo.

Ainda não deu pra registar a partida do povo, devo escrever mais um tanto sobre esses últimos dias quando passar o frenesi de Presentation – amanhã o dia todo. Já temos Catan e Left 4 Dead marcados pra esse fim de semana, porque a vida não PODE ser tão séria como tava levando!