Paperball Productions

“A Paperball É Que Nem Alfabeto Japonês…

February 19, 2008

a cada dia surge uma nova letra!”

Frase de mais uma nova integrante. Olívia

Sobre as pendências da semana passada, não tivemos nenhum dos “serás”. Ficamos com o mesmo título de antes (“Arquivos Placebo”, pra desencargo de consciência), TEREMOS um beijo técnico, mas no próximo final de semana, e, bem… a história do hospital merece um destaque maior.

Estava eu, ligando insistentemente pro hospital Aeroporto, e sem obter respostas, ou então em horários que não adiantavam mais, pois a pessoa responsável já havia saído… Enfim, num dado momento, passei essa tarefa para Fábio, e fui num laboratório de exames bastante conhecido em Salvador, mas não irei citar nomes para não constranger a pessoa. As descrições podem estar levemente exageradas para dar mais graça, mas em sua essência, a história é real.

Enfim, estava eu na sala de espera, aguardando a referida Diretora Comercial aparecer. Eram oito e meia da manhã. ABSOLUTAMENTE ninguém faz exames a essa hora. Nem crianças nem idosos, nem adultos. A sala de espera é só das atendentes, que conversam alegremente sobre amenidades enquanto um porteiro mal encarado vigia quem passa pela rua.

Ela surge, vestida de amarelo, de um estreito corredor. Me apresento como “Tito Ferradans, membro de um grupo de cinema amador”, apresento brevemente a Paperball.

Vamos para a sala dela, logo ao lado dos banheiros. É uma sala ampla, branca e… vazia. Por fim falo sobre o filme que queremos rodar ali. Na sala de espera mesmo, num sábado, perto de meio dia, o horário mais vazio. Ela ouve tudo, pergunta de novo sobre o filme, eu conto a história, explico o projeto e o funcionamento das filmagens, que vamos ser breves, colocaremos a marca do laboratório entre os colaboradores, e continuo, meio perdido de por onde seguir. Por fim, ela fala. Ao longo do texto há algumas inserções minhas, de oportunidades perdidas.

“Olha só, filho. Como você deve ter percebido, as nossas salas de espera são todas iguais, padronizadas. Elas são uma marca do laboratório (resposta perdida 01: “então você não vai nas outras filiais tem tempo, né? A de lá é totalmente diferente dessa…”) e eu não sei se esse tipo de filme seria interessante para a nossa imagem. Entende?”

“Mas, se você pensar bem, dá pra você fazer uma sala de espera de clínica na sala de sua casa mesmo! É! Já tinha pensado nisso? Você pega uma parede, puxa um sofá branco, daqueles de três lugares, ou então umas cadeiras mesmo! Pega uma mesinha, bota um monitor em cima, um teclado, chama uma menina pra ficar de ‘atendente’, a roupa você arranja dessas de atendente mesmo, se quiser, pode se basear na nossa (comentário perdido: “putz! não acredito que tô ouvindo isso!”). Acho que ia ficar bem legal, tipo assim, improvisando bem.”

Gentilmente agradeço a sugestão, agradeço pelo tempo e pela paciência dela, e saio. Agora, uma análise geral minha:

Porra, se a gente tava lá pedindo pra usar a sala de espera DELES, é ÓBVIO que a gente não queria ter que armengar algo! A cabeça das pessoas ainda é muito bitolada em relação a cinema. É só você ser jovem e dizer que é cinema, que já pensam logo naqueles filminhos de fim de semana, com um pai fazendo churrasquinho ao fundo e dizendo “oi filhão!” enquanto na trama do filme o garoto está andando por um laboratório secreto nos subterrâneos russos durante a terceira guerra mundial, passada em 2556, fugindo de espiões invisíveis e atirando com uma Magnun .357 (que na realidade é uma pistolinha de água). Cinema amador NÃO É ISSO! Cinema amador é cinema de quem não tem o$ recur$o$ do profissional, é o cinema de quem não tem FORMAÇÃO ACADÊMICA, mas que ainda assim pode dominar a técnica da mesma forma. Eu me irrito com essas coisas… Falta de cultura é o que me mata. Já vi casos sérios de pessoas que fizeram teses de mestrado baseadas no cinema amador. Isso sim é algo a se pensar e elogiar!

Enfim, nos reunimos no final de semana, mais ao estilo “reunião de família” mesmo, todo mundo conheceu todo mundo, delegamos algumas tarefas, entreguei os cartazes do show da Cobalto pro pessoal espalhar nas faculdades e remarcamos as filmagens pra esse sábado que vem agora. Já temos o cenário, o elenco e tudo mais. Só chegar o dia, ir lá e filmar. Amém (e isso porque eu não sou religioso).

No domingo, fomos à casa de nosso ex-professor, e atual contratante, Zé Bastos, para fazer um vídeo com “Tropicália” de Caetano Veloso para ele usar em uma aula em Vitória da Conquista, nesse final de semana. O resultado de cinco horas de trabalho vocês conferem abaixo. Foi muito mais fácil fazer com ele assistindo o processo e dando sugestões o tempo todo, do que fazer sozinhos, meio perdidos e sem saber por onde seguir. Temos inserts de cenas de Macunaíma e um trecho de vídeo-aula de Nanini, professor de história bastante conhecido a nível nacional. O objetivo do vídeo, mais uma vez, era explicitar a identidade brasileira, seus caminhos e misturas. E já temos uma breve noção de mais quantos trabalhos temos pela frente com Zé. Massa.

Zé Bastos – Tropicália

Voltando agora ao Gtoys, tivemos nossa reunião, e mudamos um bocado da idéia. Agora vamos fazer um talk show semanal, no qual Donk vai interpretar… tchan tchan… Marisa Vizicovisque (a de Cambalacho mesmo)! Nesse programa serão respondidas dúvidas sexuais dos internautas. Eles terão o email marisa.vizicovisque@gmail.com pra mandar suas dúvidas, e a gente vai escolher três delas, por semana, pesquisar as respostas de verdade, com sexólogos e etecétera, para então levarmos ao ar semanalmente. Como é característico da Paperball, teremos um programa sério, mas com inúmeras pitadas de humor e irreverência. Além dos vídeos, teremos um blog só do programa, mantido por nós também, com dicas, propagandas, e mais algumas respostas! Criei agorinha, e ainda nem modifiquei nada, mas o endereço é Sexo Explícito!

A divulgação vai ser imensa! E o nome nem tá apelativo, né? Até agora o pessoal da Gtoys tá gostando. O bannerzinho abaixo foi rascunhado por mim e melhorado por Pelé. Temos que fazer uma vinhetinha pro pessoal, né? Graças a esse programa, teremos também que providenciar diversos spots de luz. Tá, não são tantos assim, mas TRÊS já é um grande desafio de fazer!

Sexo Explícito

Ah! E vamos filmar “Paixão Virtual” nesse sábado também! Esperem e verão!

PS – Os cartões já estão rodando na gráfica, devem estar com a gente até o final do mês. Ficaram bacanas demais. Fizemos logo MIL, que é pra ter pra todo mundo. E as pesquisas das camisas continuam, acelerando e progredindo!

Hasta la vista.