Day-to-Day

Ah, Os Velhos Tempos.

August 6, 2015

Como essas são as duas últimas semanas de VFS, resolvi que ia dar um gás master no reel, finalmente me animei pra isso, e terminar – possivelmente até amanhã. Esse pique, porém, ia acabar afetando a produtividade dos vídeos das anamórficas, que agora, oficialmente, são semanais, publicados todos os domingos. Decidi, na sexta passada, que não ia mexer no reel durante o fim de semana, e me dedicaria ao extremo a esses vídeos, pra montar tipo um “buffer” de vídeos prontos e me liberar durante essas duas semanas.

Pra isso, passei o fim de semana todo filmando um monte – desde sexta, na verdade. Filmei minhas apresentações, escrevi uma porrada de roteiros, filmei as lentes, e aí só faltava rodar uns testes práticos mesmo. Como a Gabi Akashi ainda tava por aqui até Domingo, combinamos de, no Domingo mesmo, sair pra rodar esses testes. Precisava fazer uns planos de dia e outros de noite, então nos encontramos no meio termo, pôr do Sol. Saindo da casa do Nicko, fomos – a Gabi, Amanda (irmã da Gabi) e eu – rumo ao Canada Place pra procurar coisas interessantes pra filmar.

Nesse meio tempo conversamos sobre a USP, projetos mais recentes, regras que mudaram, o CTR de forma geral, TCCs, vida e por aí vai. Lembra que eu falei, em algum post por aqui, que tava me coçando pra voltar a filmar? Então, depois de passar umas muitas horas com a Gabi, conversando um bocado sobre o assunto, a coceira já tá virando necessidade. Outra coisa que colaborou nesse processo foi a colaboração. Uma coisa é sair pra filmar só, carregar tudo e ficar meio equilibrando o equipamento, decidindo o que colocar em cada momento, usar mesas aleatórias, pernas e janelas como apoio. Outra coisa é sair com alguém de foto junto, como é a Gabi, e a diferença que isso faz no processo, facilitando tanto a parte técnica como a criativa, porque a gente fala a mesma língua – e não, eu não me refiro a “português”. É a comunicação truncada de foto, que tem mais número que palavra, mas cada um só pode corresponder a uma coisa (distância focal, shutter, abertura, foco, frame rate e outros tantos – até preço!).


Gabi sendo awesome, com seu flare de estimação

Esse tipo de comunicação – de set – me pega ainda mais que falar em português, porque parece que rola uma telepatia entre todos os envolvidos, de todas as áreas. As vezes não tem nem palavras na frase, só uma troca de olhares e uns gestos e o outro já sabe que você quer trocar de lente, de 50 pra 85mm e ajustar o contraluz pra ficar mais certinho no ator.

Vou parar esse post aqui e, já que eu não posso filmar, tentarei ir traduzindo essas sensações em outros posts, uns que já tenho idéias pra escrever faz tempo, pra vocês sentirem como set me inspira.

Em suma, obrigado, Gabi, por ter topado sair pra rodar os testes, e por todas as conversas, onde deu pra esquecer um tantinho toda a loucura da vida ao meu redor. Não tenho dúvida que a gente vai trabalhar junto de novo, de verdade, no futuro, você é genial!