Day-to-Day

Aventuras em São Paulo 2 – Misturas Vocabulares.

February 18, 2010

Pela segunda vez na história desse blog, temos um post DUAL! É isso mesmo, amiguinhos, boa parte desse post foi escrita por mim, assim como boa parte também foi escrita por Diego. Caso sejam pessoas repetitivas, Cliquem no link para ler o mesmíssimo texto no blog do rapaz!

Pensamundo – Aventuras em São Paulo 2 – Misturas Vocabulares.

Essa lenga-lenga é semi-repetida, mas ainda assim, cria uma dinâmica única, quase interativa. Só para informar, Diego chegou aqui na Segunda-Feira, então já tivemos bastante tempo para fazer bastantes coisas (Diego diz: Estou sempre tentando usar “bastantes” da forma correta, com plurais).

1 – Resgate no Metrô

“Aqui cheguei, uma hora da tarde, no aeroporto de Guarulhos, malandramente arrumei um buzu gratuito para Congonhas. Ao fim da jornada, liguei para meu correspondente local”

“Aqui cheguei, no metrô, duas e meia da tarde. O celular estava sem sinal, ligava para meu contato desesperadamente, torcendo para que ele não se perdesse na grande metrópole paulistana. Ouço gritos. Um grito só, na verdade. ‘Ô viado!’ – várias pessoas olharam na direção do grito (majoritariamente homens…), era ele que gritava. Entramos no trem e tomamos o caminho de casa.”

“Até que foi rápido. Imaginava São Paulo mais lenta e mais cinza. Botamos as conversas em dia enquanto o dia passava. No caminho de casa, passamos no mercado e compramos algumas pizzas para o almoço tardio. Já passava das 16h quando chegamos ao apartamento na célebre esquina. Maldito horário de verão.”

2 – Charutos de R$1,80

Para representar esse trecho do texto, podem considerar a foto do post abaixo (Smoking Area). No espírito de filmagens, aproveitamos o poente (aparentemente mais duradouro que na zona intertropical, de acordo com Diego), com reforço de 1000W de luz para dar ênfase às imagens. Vick ficou como fotógrafa, e que fotógrafa!

“Charuto é um troço ruim da desgraça. Gosto ruim, cheiro RÚim e faz mal! Mas fica bem em cena. Aproveitei meu ‘estojo de fumante’ – coisa que não sou, nem pretendo me tornar -, contendo isqueiro, cortador de charutos, e claro, charutos achocolatados, comprados no shopping Barra, por apeeeeenas, R$1,80. Eles se desmancham LITERALMENTE na boca. Não, isso não é bom.”

“Não segura o charuto com dois dedos, porra! Sopra a fumaça! Não, isso ficou feio, sopra mais não. Deixa pra lá. Sorry!”

No fim das contas, deixamos os charutos desintegrados queimando no cinzeiro e partimos da cena para só retornar no dia seguinte.

3 – Livros, livros!

Depois de um breve lanche, fomos apresentar a livraria (Quanta!) Cultura ao Senhor Diego. “Quanta Cultura!”. Folheamos inúmeros volumes, olhamos preços de mais volumes ainda.

“Estava eu a procurar algo sobre Direção de Atores quando me deparei com um livro que parecia interessante a ao mesmo tempo pertinente. Aproximei-me do leitor de códigos para me informar sobre o preço. O QUÊ?! É, no fim das contas, eu nem achei esse livro tão interessante assim…” (R$215, é complicado…)

4 – Caminhada na Paulista

Vick partiu para jantar num restaurante indiano e nosotros fuímos a caminar por la Avenida Paulista. Caminhamos MUITO, quase uma hora e meia. Chegamos em casa perto das 22h30, pouco antes de Vick. No caminho, passamos pela Fnac, pelo Starbucks e por algumas alamedas obscuras, ou simplesmente escuras.

Antes de sairmos, vimos luzes no céu, piscando com a intensidade de relâmpagos e clareando toda a cidade. Mas não havia som! Nossa caminhada foi com o principal objetivo de encontrar a fonte de tais emissões, mas não chegamos a nada com sucesso. Nenhuma conclusãozinha sequer. Scary.

5 – Acordar cedo nas férias?

Essa só entra no post porque é recorrente. Três vezes seguidas tentamos acordar cedo para filmar coisas nas ruas desertas do carnaval paulistano. No primeiro dia, Tito acordou e Diego não. No segundo, nenhum dos despertadores tocou, por fim, hoje, no terceiro, Diego acordou e Tito acordou. Mas a chuva também acordou. Aí fudeu tudo e a gente continuou preso em casa.

6 – A Varanda

Resolvemos, em conjunto de três, limpar a varanda. Em um ano morando aqui nunca limpamos essa varanda. NUNCA. Resolvemos limpar. Água, vassouras, desinfetante, rodo e sangue.

Sangue? É… A cena se desenrolou mais ou menos assim:
– Cuidado com seu pé porque uma dessas portas já quebrou uma vez, e tem uns cacos de vidro espa…
– AI!
– Que foi?
– Furei meu dedo.
– Tá de brincadeira, né?
– Não – squiiiiiiiiiish, e a poça de sangue vai se formando no chão.
– Merda…

No fim das contas, ficou tudo limpinho! E ainda serviu de palco para novas atividades, a serem narradas daqui a instantes.

Diego diz: Sua varanda parece com a de Fallout!
Tito diz: Como é?

Fizemos uma foto comparativa com uma cena do jogo. Parece mesmo!

7 – Parque Tenente Siqueira Campos (vulgo Trianon)

“Até aqui eu sou famoso! Depois de mais de uma hora tocando violão insistententemente, passando por Lenine, Oasis, Caetano, Jason Mraz, Titãs, Pink Floyd, Legião Urbana, Beatles, clássicos da Disney, Djavan e composições próprias, duas garotinhas acompanhadas de sua mãe se aproximaram para pedir autógrafos. A mãe disse ‘quando a gente passou aqui na frente, Raíza disse que sua voz era muito boa, então ela voltou para pedir seu autógrafo’. Assinei dois papéis – de formas diferentes! -, um pra cada garota.”

Os bancos ao nosso redor foram todos ocupados, por casais de todos os gêneros e pessoas sem melhores programações, para ouvir as músicas discretamente, como quem não tá prestando atenção. Entre nossos “convidados”, um casal que aprendeu a não respirar, depois de se empenhar num beijo de (no mínimo) trinta minutos, alguns vários casais homossexuais, estudantes desconcentradas, transeuntes, aranhas e cachorros (poodles alucinados).

8 – Starbucks

Depois do parque, fomos ao Center 3, comer/beber quitutes no Starbucks. Dois Frapuccinos de chocolate, um pão de queijo e um brownie.

Diego diz: Esse é o melhor broooownie que eu já comi na VIDA!

9 – Cronos (Tic-Tac)

Chegamos de volta perto das 19h, quando fomos acometidos pela obrigação moral de escrever um roteiro, do começo ao fim. Foi demorado, mas por volta das 23h30 o troço estava pronto até os últimos detalhes. A chuva tá dificultando as filmagens, mas ainda temos esperanças. “São tantas emoções…”

Aguardem novidades.

10 – Maná – En El Muelle de San Blas

Vício descontrolado. Quase saturado.

11 – Parque do Ibirapuera

Vick gosta de ir contra ordens expressas de sua mãe. Antes de sua prova da UNIRIO, resolveu aprender a andar de patins no parque do Ibirapuera. Fomos todos.

“Não ande no asfalto!”
“Não ande no concreto!”
“Não ande no meu pé! ARRGH!”

Policial se aproxima.
“Olha pessoal, desculpa interromper, mas é que ali, onde aquele pessoal tá andando de bicicleta, o chão é bem mais liso e é mais fácil pra ela aprender.”
“Obrigado!” – agradecemos e partimos para a nova locação. Ficamos por lá umas boas horas.

12 – Violindo

“Obaaa, comprei um violino! Como é que monta esta desgraça?!”
Luthiers são uma classe unida, redirecionadora. Fácil de perceber após alguns telefonemas informativos, que nos instruíam para novos telefonemas informativos. Até agora, sem sucesso na montagem do instrumento.

13 – Chove, Chuva, Chove sem parar… (Correndo na Chuva)

Numa tarde multitarefas, fomos em dupla, respectivamente a um brechó, papelaria, padaria, livraria, mercado e bancos. A chuva começou a cair pouco depois da padaria, e ficou realmente pesada depois do mercado. Voltamos pra casa rezando para os livros não encharcarem enquanto corríamos em meio a poças, rios, torrentes e carros. Chegamos a salvo, mas não se pode dizer o mesmo de nossas pobres indumentárias. Os livros estavam seguros, incrivelmente secos. O saco de pão, por sua vez, não teve a mesma sorte e chegou quase todo rasgado, necessitando de cuidados médicos.

Descobrimos também um eficiente sistema de delivery de Lixo, via transporte fluvial, descendo a Rua Augusta a velocidades estonteantes.

Diego diz: Essa é a chuva mais forte que eu já vi na VIDA!
Tito diz: Essa é uma das chuvas mais fortes que eu já vi por aqui.

14 – Edição de Fotos

Como num mágico laboratório, as fotos entravam em nossa visão de uma forma, sendo bastante vitalizadas em alguns poucos minutos, em meio a gritarias, brigas, “nãos” e “desfaz!” sucessivos. Inspirações fortes a partir de Smallville, aproveitando cores fortes e brilhantes (Tito diz: E irritantemente vivas) para acentuar os contrastes entre cenário e sujeito.

15 – Habib’s e Reuniões

Não, a reunião não foi no Habib’s. Poderia ter sido, mas não seriam as mesmas pessoas reunidas. Vick e Diego foram comprar bibsfihas (que nomezinho estranho…) enquanto Tito ficou em casa, para mais uma de suas intermináveis reuniões com Tio Geja, sobre uma viagem que está sendo arquitetada.

Retornaram da rua vinte esfihas, depois de um perigoso encontro com Maria (a maluca que cuspia). Sobraram na caixa apenas duas esfihas. Com azeite fica uma delícia! Com suco-de-laranja-que-não-é-de-laranja também fica uma refeição mais completa e saborosa. Todos concordam nesse ponto: sucos de caixa, supostamente de laranja, podem ser de QUALQUER coisa, EXCETO laranja.

Em meio a uma discussão, Diego afirma sobre Victoria:
– Você é ridícula!
– Seja mais respeitoso – ela replica de pronto.
– A SENHORITA É RIDÍCULA! – diz ele, de supetão.

De agora em diante, críticas apenas com respeito.

The End

  • Aventuras em São Paulo 2 – Misturas Vocabulares. « Pensamundo February 18, 2010 at 10:31 am

    […] Ferradans – Aventuras em São Paulo 2 – Misturas Vocabulares. […]

  • fátima February 18, 2010 at 8:32 pm

    Senhores ridículos, com licença da palavra, mas esse post tá muuuuito legal! Dei muita risada. Muuuita. Vocês podem escrever um livro que a linguagem é perfeita, leve, divertida, criativa e surpreendente. Parabéns à dupla e ao trio.

    beijos

  • Vick February 18, 2010 at 8:45 pm

    Eu amo a gente. Somos senhores e senhoritas ridíííículos(las)!

  • Fiuza February 19, 2010 at 4:10 pm

    E a música é mesmo linda.

  • Fiuza February 19, 2010 at 4:10 pm

    Já escutou Todo es de Color?

  • Samy February 22, 2010 at 4:52 pm

    Afinal quem está narrando isso? Achei que cada pedaço tinha sido escrito por um, mas quando chegou a parte “Vick e Diego foram comprar bibsfihas (que nomezinho estranho…) enquanto Tito ficou em casa…” fiquei perdida!

    Jornada a animada!

  • Tito Ferradans February 23, 2010 at 7:52 pm

    Samy, o narrador anti-presente. Todos e ninguém narram este post, em conjunto, como um ser só. Exceto os trechos em primeira pessoa, que estão entre aspas.

    Donk, claro que já. Belíssima música. Lembro quando você me apresentou a ela, acho que no terceiro ano.