Day-to-Day

Crítica aos Críticos.

April 12, 2009

Cinema não é só arte, nem só entretenimento.

Faz bem pouco tempo que comecei a ler críticas de cinema e, nesse pouco tempo, uma constante já me saltou aos olhos. Falar mal de Hollywood é fácil. Falar mal do oscar é fácil. Definindo, falar mal do que vende e faz sucesso com o grande público é fácil. O “bom” mesmo é elogiar filmes “supercultos” – tão inteligentes que você tem que fazer pesquisas enormes ou estar informado o suficiente para entendê-los. Meu objetivo com esse texto não é criticar esses filmes, e sim criticar as críticas a todo o resto.

Retomando os “supercultos”, não são filmes que qualquer um que assista entenda. Pessoas sem estudo, ou mesmo aquelas que apresentam dificuldades em entender algumas coisas não conseguem absorver o conteúdo desses filmes. Através disso, é negada a “confiabilidade” de uma pessoa ao dizer “eu gosto de cinema”, simplesmente porque sua capacidade de entendimento não abrange os filmes “bons” da crítica. Sendo bem sincero (e acho que acontece com vocês também), eu tenho uma tendência de não gostar de filmes que não entendo.

Viajando direto para Hollywood. Sim, há, na indústria americana do cinema, uma banalização de imoralidade, uma banalização de sexo  e violência, uma verdadeira tendência “caça-níqueis” emvigor. Só que essa tendência não se aplica a todos os produtos. É raro um blockbuster (orçamentos de centenas de milhões de dólares) te fazer pensar mas, da mesma forma, é raro um blockbuster não te divertir ou te imergir em seu roteiro (nem sempre brilhante, mas nem por isso menos divertido). Muito mais confiável que uma análise, para produções Hollywood, são as bilheterias.

Me parece que, hoje em dia, os críticos ficam à procura de desafios mentais em todos os filmes, quando o princípio básico do cinema é simplesmente acompanhar uma história e se divertir com a forma que os personagens lidam com suas dificuldades, sejam elas “salvar-se de uma explosão nuclear dentro de uma geladeira” ou “lidar com sua paralisia corporal total exceto por um olho e a mente”.

Em pensar que no começo as pessoas elogiavam uma seqüência de alguns segundos que mostrava operários saindo da fábrica ao fim de um dia de trabalho. Se os críticos modernos publicassem, em 29 de Dezembro de 1895, uma nota sobre a apresentação dos irmãos Lumière no Grand Café no dia anterior, acredito que teria sido o fim do cinema, logo em sua origem.

Mais importante do que criticar negativamente as grandes produções, seria fazer análises positivas e encorajadoras sobre os outros filmes. Desde pequeno sempre ouvi que é mais fácil destruir do que construir. Realmente, essa regra parece que se aplica a tudo.

Nota do autor: o texto não ficou bem como eu queria, comecei a escrever num estado de espírito mais inquieto e terminei quando já estava mais calmo, com uma parada para ir ao mercado… Acho que alguma coisa se perdeu pelo meio.

  • Jules April 12, 2009 at 5:58 pm

    Eu gostei do texto. Não acho q vc perdeu nada n. E também concordo plenamente… por isso q n viro crítico. Mas viro paparazzi MUAHUAHUA