Day-to-Day

[EQS] Takeshi.

November 14, 2011

Nessa semana (28/05), foi a vez do Takeshi. Por causa dos ETS, não pude participar de todos os dias, mas fui em dois deles (ou teriam sido três?). Em contraponto ao Pedro Morreu, esse tinha 110 planos, dentre eles, uma quantidade enorme de detalhes. Para casos de perda de memória recente, o Takeshi é o EQS daquele Chroma que apareceu por aqui algumas semanas alguns meses atrás.

Logo aviso que os créditos da maioria das fotos vai pro Yuri Zveibil, que ficou mais tempo que eu no set – e eu mal levei minha câmera. Devido ao tempo já passado da empreitada, não sei se tenho muita pertinência pra escrever, mas vou tentar mesmo assim.

O Takeshi conta a história de um assassino de aluguel japonês – interpretado por Luis Massa -, e acompanhamos seus serviços numa ordem que se encaixa com a receita que ele prepara na TV. Aquela do chroma. Produção do Cauê Jannini e da Nath, direção era do Bruno Lottelli e Yuri Serafina, e a fotografia – meu chefe – era o Manfrim. No primeiro dia, filmamos no prédio principal da ECA, na sala do Mauro Wilton. Depois de transportar alguns (muitos) quilos de equipamento no carrinho do CTR até o set, fiquei responsável pela montagem da câmera e do shoulder, ali pelos corredores – nossa base -. Enquanto isso, o Manfrim, Gnomo e Filipe se matavam pra ligar e posicionar todos os refletores dentro da sala pequena. O Mosca e a Mari Zatz corriam com a Arte, enquanto o Caio Zampronha e a Júlia Alves tinham dificuldade em achar um lugar para o boom não fazer sombra em quadro.


A Sarah era assistente de direção e determinava o ritmo da filmagem. Fiquei na dúvida de quantas diárias eu fiz porque lembro claramente desse dia do prédio principal, tem o outro, mais tenso, da escadaria, e também lembro do estúdio, onde armei e iluminei o chroma para uns poucos planos de efeitos visuais – que farei assim que chegarem em minhas mãos! Me ajudem, galera, essas três coisas aconteceram em dois dias ou em três?





Retomando então as memórias garantidamente certas, na diária seguinte, enquanto o pessoal rodava num beco atrás do CAC, eu fui com o Manezinho e o Filipe Valerim, montar uma plataforma pendurada numa escada do ICB. Era uma escada pra fora do prédio, e a plataforma ficava, literalmente, do lado de fora da escada, engenharia própria do Mané. Para que a construção fosse bem sucedida, precisávamos de um bocadinho de materiais, ferramentas pesadas e contrapesos que sustentariam quem ficasse sobre a plataforma – com a câmera – além de eventuais refletores. Passamos a tarde quase toda montando essa traquitanda, subindo e descendo pelo elevador mais legal que já existiu, esmagando a mão com coisas pesadas e criando calos de empurrar e encaixar coisas umas nas outras.

Quando a galera chegou, já à noite, descobrimos que a plataforma estava no andar errado, e que tínhamos ZERO tempo para desmontar tudo e levar pra CIMA! Aí foi tenso. Corre-corre, esmaga dedo, pega refletor quente, carrega cabo, se pendura, cintos de segurança, e foi. Lá foram feitas algumas dessas imagens abaixo. Caso as cores estejam estranhas é porque foram roubadas de planos, não são fotos mesmo, então a qualidade estática fica comprometida.



Depois dessa canseira absurda, acabei pegando uma carona até o ponto de ônibus com o Cauê, onde tiramos uma foto muito parecida com essa, ilustrando o set.

Me desculpem se pulei coisas, queria ter escrito isso muito antes e com muito mais detalhe, mas, acreditem, tava difícil, e ficou na pasta de rascunhos muito tempo. Entre escrever isso, e não postar, preferi postar as coisas que lembrava!