Day-to-Day

Los Angeles – Day Ten

March 11, 2010

Here it comes: the end of our journey. Acordamos cedo, umas 6h30, e terminamos de arrumar o que quer que estivesse faltando. O shuttle que nos levaria até o aeroporto internacional de Los Angeles estava reservado para 8h20. Precisamente às 8h20, o carrinho vermelho do Prime Time Shuttle apareceu na nossa rua. Embarcamos com nossas três singelas malas e, pouco mais de uma hora depois, estávamos nas intermináveis filas do LAX.

Fila para fazer check-in, fila para despachar a bagagem, fila para entrar no portão de embarque, fila do raio-x, fila de embarcar no avião. Mais uma vez, ficamos experts em filas. O carinha do raio-x implicou com a lata de filme que eu trouxe na bagagem de mão e mandou inspecionar minha mochila. Só me fez passar mais tempo na fila…

Ah, lembram do nosso primeiro vôo? O de São Paulo direto pra Los Angeles? Então, não lembro se mencionei aqui, mas aquele era o ÚLTIMO vôo daquela rota, que estava sendo cancelada por conta do pequeno número de passageiros. Daí se depreende que, qualquer que seja a rota de retorno, não seria direta. Até aí tudo bem, mas fazer um milhão de conexões foi chato. Atravessamos os EUA da costa Oeste (Califórnia) para a costa Leste (Atlanta, Georgia) num vôo de 4h de duração e mais 3h de mudanças de fuso.

São pertinentes alguns comentários sobre o aeroporto de Atlanta, mais comumente conhecido como Hartsfield-Jackson. É o maior aeroporto do mundo. São seis zonas de embarque/desembarque, cada uma com mais de trinta portões. A gente andou de metrô, DENTRO DO AEROPORTO, para cruzar da zona onde desembarcamos até àquela onde pegaríamos a próxima aeronave.

Depois de chegar no portão de embarque, esperamos por mais ou menos uma hora de meia até decolarmos no vôo para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Esse sim foi um vôo longo, de aproximadamente 10h de duração. Perto da quarta hora eu já tinha dormido tudo que conseguia e fiquei me dedicando a uma leitura não muito frutífera, fuçar as músicas disponíveis no console, jogar coisinhas no iPod e ir até o fundo da aeronave para pegar copos de água. O Geja não teve o mesmo infortúnio e dormiu quase todo o tempo. Chegamos no Rio às 8h20.

Fizemos check-in com a Polícia Federal, confirmando que retornamos ao país, pegamos nossas malas e começamos o processo de rezar para os agentes alfandegários não implicarem com nossas caras. Uma grande sacola do duty-free disfarçava nossos volumes. Fomos nos aproximando do começo da fila. A agente que determinava os que estavam liberados e os que seriam inspecionados indicou a verificação da bagagem de uma senhora um pouco mais adiante. Na nossa vez, o refrão do iPod repetia “We don’t need no more trouble”. A frase mais emocionante do dia foi dita por essa bendita mulher da alfândega. Era mais ou menos assim: “Vocês estão liberados”.

Passada a euforia do momento, fizemos check-in nos próximos vôos – eu para São Paulo, o Geja para Salvador – sentamos e começamos a traçar paralelos entre o país onde estávamos e o país onde moramos. Resolvemos rir para não chorar. Nos despedimos, já ansiosos pela próxima viagem, sem previsão, rota ou qualquer tipo de planejamento em mente, só o desejo de viajar novamente no futuro.

No momento que aterrissei em São Paulo, completava exatamente vinte e quatro horas de jornada, tempo esse que ganhou um bônus, ultrapassando a marca de um dia por conta do ônibus que tomei de Guarulhos até minha humilde residência. O calor é infernal por aqui. Cheguei e espalhei logo todo o conteúdo das malas pelo chão do quarto. O caos perdurou até agora há pouco, quando organizei tudo, coloquei os livros na estante, os eletrônicos sobre a mesa e a roupa suja numa grande pilha encostada na parede.

Ainda sinto como se o chão sob meus pés estivesse em movimento, por conta de tanto tempo sendo transportado – sentado – de um lado para o outro. Sensação essa que já terá se esvaído pela manhã. Aproveitando, prometo para amanhã uma revisão geral da jornada, sob um olhar mais crítico e muito pouco narrativo, afinal, foi a primeira vez que saí do país.

Ah, e amanhã tem aula. Já estão me chamando de “lenda” na faculdade, por não ter aparecido por lá nesse tempo todo…

  • Vinicius March 11, 2010 at 7:43 am

    convença ele a voltar a europa :oP Москва !

  • FiuzaLima March 11, 2010 at 5:12 pm

    Vá a Singapura!