Day-to-Day

Matte Painting.

December 17, 2014

Matte Painting foi uma matéria bem aleatória. As aulas começaram muito bem, e no meio do processo eu peguei birra de alguma coisa que ainda não sei – a idéia, o conceito, a execução, meu trabalho, não faço idéia – mas fui deixando de lado, enrolando e fazendo esforço mínimo até agora de manhã. Hoje é o último dia para entrega de trabalhos. Tinha uma porrada de coisa pra fazer e tirar o atraso, outras que a gente tinha feito em aula, semanas atrás, e eu não lembrava direito como reproduzia, enfim, só emoção!

Pra começar, o que é, exatamente, esse assignment? A idéia aqui era construir uma imagem 2D no Photoshop, quebrada em camadas bem definidas, seguindo o conceito de “city on the edge”, e depois usar essas camadas já divididas pra criar paralaxe e sensação de movimento tridimensional através de projeções no Maya. Para a minha, achei que seria legal ter uma coisa no deserto, com tons quentes e fugir do tradicional montanhas, castelos e neve.

O primeiro passo era fazer um documento-referência com imagens que seguissem o estilo que a gente queria alcançar no final do projeto. É um arquivo gigantesco, tá aqui embaixo.

A partir dele, cada um tinha que fazer cinco sketches bem simples, pequenos, em preto e branco, com variações de composição para a cena.

Depois, com o feedback recebido em aula, escolher dois desses e acrescentar cor na mistura.


Nesse passo eu mandei os meus pra pedir feedback nas cores e o Tom mandou de volta essa outra composição, misturando elementos variados de tudo que eu já tinha apresentado até aqui. Gostei MUITO da imagem dele, e acabei seguindo com essa como base até o final.

Em seguida, começamos a empilhar fotos por cima dos desenhos até chegar na imagem final, que seria convertida em 3D. Minha evolução foi em grandes passos, como dá pra ver abaixo.



Comecei a mexer no Photoshop pra fechar a composição da minha imagem e recortar todos os elementos direitinho – pelo menos esse pedaço eu já tava mais encaminhado. Não que não tenha mudado um monte, mas eu já sabia o que tinha que fazer. Fui começando a me divertir fazendo a parada, e quando chegou a hora de jogar tudo pro Maya, que as pecinhas foram se encaixando, fiquei decepcionado comigo mesmo por não ter começado a fazer esse assignment mais cedo.

Do Maya eu voltei pro Photoshop pra arrumar um mooonte de detalhes, a fim de deixar o movimento mais fluido, e fiquei nesse dueto Maya-Photoshop por algumas horinhas. Por fim, terminei de montar o quebra cabeça, criei uma depth pass rapidamente, já usando a estrutura existente – ao invés de usar o padrão de depth pass, que ia foder meus planos todos e mandei renderizar. Então, com as layers separadas bonitinhas, no Maya cada uma vai para um plano diferente e elas são espaçadas entre si para criar a sensação de movimento. Tá aqui uma imagem angulada de como é essa estrutura.

E aí vem a animação, pro resultado final: