Day-to-Day

No Jedi Here.

February 11, 2009

Well, folks, long time no see, right?

Pois bem. Acontecimentos recentes me fizeram ter vontade de escrever. Tô fazendo dois posts ao mesmo tempo, e o outro aborda o resto de como vão as coisas, mas esse aborda apenas uma situação.

Arrombaram meu carro e roubaram o som.

Esse ‘conflito’ inicial (de acordo com o Manual do Roteiro, drama é conflito, e só assim a história vai pra frente) se desenrolou entre meia noite e seis horas da manhã de hoje. O veículo estava estacionado em frente ao prédio deVick.

Desci, junto com ela, que ia para aulas, 6h30 da manhã. Despedimo-nos e ela entrou no carro que a leva. Virei em direção a meu carro quando me deparo com algo bizarro, no mínimo. Um vidro grande solto no chão, ao lado do carro. A princípio, reação padrão. “Não é possível…”. Vou me aproximando enquanto assimilo que aquele ‘vidro-grande-solto-no-chão’ na verdade ERA minha janela. Aí a reação padrão se transforma na próxima reação padrão. Raiva – e é aqui que justifico minha ‘inaptidão’, digamos assim, para a carreira Jedi. Se eu achava que já tinha xingado muito nessa vida, agora não acho mais. Tenho certeza. O tanto de maldições que apregoei certamente deve ter acordado São Pedro.

Liguei para os meus responsáveis e ninguém atendeu. De certa forma, é compreensível, eram 6h30 da manhã! Falei com o porteiro, ele disse que o colega dele que tava no turno da noite. Alguns minutos depois, o colega aparece e diz que viu tudo, mas não pode fazer nada porque os caras estavam armados. Mas aí, de súbito, me ocorre a idéia que salvou meu dia. Ligar para Donk.

– Alô?
– Donk? Tava dormindo?
– Tava…
– Ah, foi mal. Bom dia.
– Bom dia.
– Man, é o seguinte: (…)
– explico a situação para ele.
– Caralho, que merda.
– Pois é.
– Esqueça as paradas que levaram. E fazer o boletim de ocorrência agora vai ser chato pra caralho. Agora que eu já tô acordado aqui em casa, sem nada pra fazer, se você quiser, a gente pode correr atrás de trocar o vidro.
– Certamente que sim!

Vou até a casa do acima referido. Páro, ligo pra ele. Ele manda entrar, ainda vai tomar café da manhã. Nada mais justo, não? Na entrada, peço atenção especial do porteiro para o ‘carro sem janela, parado logo ali do lado do celta preto’.

De café da manhã tomado, saímos. Onde vamos? – Vasco da Gama! Lá tem loja pra caralho de vidro, carro e som. Finalmente consigo falar com minha mãe, que sugere ligarmos para a seguradora do carro. Ligo. Procuro um tal de Jonilson. A moça que atende me informa que ele não trabalha mais lá há algum tempo. Merda. Qual seu nome mesmo? – Eliene. Certo, Eliene, meu problema é esse: (…) – explico DE NOVO o que aconteceu, deixando bem claro qual foi o vidro quebrado. O de trás, do lado do carona. Ela pega meu telefone e diz que vai verificar para depois me ligar. Ok.

Na saída da casa de Donk, passamos no posto para abastecer. Nisso, um dos caras que trabalha no posto é grande camarada do sr. João Fiuza,  disse que tinha um vidro daqueles, no ferro velho do irmão. Em Canabrava. Ainda nada de resposta do seguro, agradecemos a informação e partimos. Chegamos na Vasco umas 7h30. Tudo fechado ainda. Paramos no Bompreço e ficamos enrolando para as lojas abrirem. Liga Francisco, do seguro. Faz umas perguntas estranhas e por fim diz que só os vidros do parabrisa frontal e traseiro estão cobertos no seguro. Os das portas não estão. Ele já me passa o endereço de um lugar onde existe uma Ordem de Serviço aberta em meu nome, para trocar o vidro. Saímos do bompreço da Vasco rumo à Barros Reis. Decente. Na nossa frente, um carro com um adesivo no fundo. “UTI do Parabrisa” e o telefone do lugar. Ah, não custa tentar. Eu dirijo enquanto Donk faz a ligação. R$105 pra trocar o vidro. Porra, a facada vai ser grande. Pensamos na bizarrice que é o seguro já mandar a gente pra um lugar específico. Ligamos pra a tal da VD Vidros, recomendada por Francisco. R$75. Tá, admitimos que foi uma boa indicação.

Ainda indo para a Barros Reis, amaldiçoamos a falta de um GPS. Depois, perguntamos “onde andará Juliana? Nosso GPS humano?”. Chegando na Barros Reis, sem muita confusão, nos deparamos com TROCENTAS lojas de vidros para carro. Todas do lado oposto da pista em que estamos. “Anota os telefones! Anota os telefones, porra! – Vamos ligando pra todas!”. Ligamos pra várias, antes mesmo de pegar o retorno pro lado certo da pista. O melhor preço (sem ser o da VD) tava em R$80. Passamos em algumas (só algumas. OITO) lojas. O orçamento mais decente tava em R$75, com instalação. Um carinha falou pra procurar a carretilha do vidro, que tem que guardar, pra consertar. Rezamos pra a carretilha ainda estar no quadro da janela quebrada. Outro carinha falou que a galera cobrava pouco no vidro, mas metia a faca pra fazer umas gravaçõezinhas de números no vidro. O cara da loja seguinte desmentiu isso, e disse que se o carro tiver um vidro sem gravações, não tem problema. O que não pode é ter uma gravação diferente dos outros vidros.

No fim das contas, acabamos na loja indicada pelo seguro. Acredita que os caras tinham o menor preço MESMO? R$70, se fosse em dinheiro. Uau, que sorte. Eu tinha R$70 na mão. Ficamos lá um tempo esperando a troca/conserto da pobre janela. A carretilha ainda estava no lugar (ufa!). Refletimos o quanto foi ‘menos desvantajoso’ os sujeitos terem quebrado a janela de trás, e não a da frente – que é elétrica. Conversamos sobre carros fora do comum, sobre a F-150 Harley Davidson, sobre o carro que mistura um tanque de guerra com o novo caveirão do Bope e que está a venda para civis. Conversamos sobre como o órgão onde Donk trabalha não funcionaria se os estagiários e terceirizados parassem de trabalhar – detalhe: eles não recebem salário há dois meses – detalhe 2: são 8 pessoas na sala. Dessas 8, 6 são estágiários ou terceirizados. O pobre Fiuza tinha apenas R$11,25 na carteira, pra trabalhar até o dia que desse, indo para a faculdade também.

Consertada a janela. Não botei a película. Depois coloco. Saímos de lá. Precisamos de internet, acho que dá pra fazer o BO pelo site da Polícia. E dá pra olhar outro som também. Ligamos pra Diego. Em aula. Merda. Ligamos pra Piu. Se eu disser que ela só respondeu monossílabos para as perguntas de Donk, estarei mentindo. Ela só respondeu grunhidos. Fomos para a casa de Piu! Enquanto eu resolvia as paradas no PC, Donk disse que uns arquivos de vídeo não estavam querendo funcionar ali. Paguei o favor com um favor, e baixei codecs pra tudo funcionar direito. Saímos de lá com o BO feito e com o som pesquisado e comprado.

Cultura Útil do Dia:
Furto
– Tomar para si a propriedade alheia.
Roubo – Tomar para si a propriedade alheia, mediante ameaça ou violência.

Sendo assim, fui FURTADO. E graças a isso, me estressei menos – afinal assalto é coisa que tira a gente do sério – e ainda pude fazer o BO pela internet. BO de roubo tem que ser feito na delegacia.

De volta à casa de Donk, decidimos que a saída para nosso começo de tarde era tomar sorvete na Cubana. Almoçamos. Consertei o som do PC de Donk. Pagando favores com favores, ora essa! Ele já tava desesperado com o silêncio do pobre coitado (PC, pobre coitado, sacou? HAHAHA! ok, muito ruim, eu sei).

Já na Cubana, paguei o sorvete de Donk, afinal, ele tem que continuar trabalhando o máximo de tempo possível. Cascalho, dois sabores, como sempre. Chocolate com Avelã e Frutas Vermelhas. “Chocolate com Avelã por baixo!” – Ressaltou Donk para o indivíduo que colocava os sorvetes. Comento: “Velho, se tentassem me roubar hoje, ou eu saía morto, ou preso. Porque, não dá pra não querer se vingar não…” – mais uma prova de que não posso ser Jedi.

Deixei Donk no trampo e voltei pra casa umas 14h. Não, eu não morri, nem fui preso, logo, não tentaram me roubar. Mas não recomendo que tentem nos próximos dias. É, acho que tenho mesmo que desistir dessa carreira de Jedi.

Uma pena.

Ao contrário falar tão legal parecia…

P.S – Deixado de lado meio o outro post foi. Aqui, amanhã ele estará.

  • Jupê February 12, 2009 at 8:43 am

    Seu GPS humano se encontra aqui. Em algum lugar dessa casa vazia, esfomiada pq minha mãe se encontra nos EUA desde ontem. E ela me ama tanto que esqueceu de ligar pra dizer que chegou. Ai minha irmã me liga com voz de sono pra dizer q ela esqueceu de ligar mas que fala comigo depois. Quanto ao post: “Cara, cadê meu rádio” Que tal o clichézão hein?
    bjo

  • Vini February 20, 2009 at 8:46 am

    bizzarro… quem sabe se vc for fazer uma circulada no comercio, não consegue achar seu som novamente… ou compra um toca-fitas com radio fm, assim os futuros ladrões não se importaram em roubar… ou ainda usa um mp3 com caixa de som, pq não seria legal usar fone de ouvido enquanto tiver dirigindo…
    abraço

  • Jumô February 23, 2009 at 10:15 am

    Esperando atualizações…

  • Nádia::: March 1, 2009 at 11:55 pm

    Olha só, faziam eras que eu não passava por aqui, achei que a poeira e as teias de aranha já haviam dominado o espaço, mas não!
    Ahhh, sinto muito pelo seu carro, que raiva, sei muito bem como é a sede de vingança depois de uma situação como essa.
    Uma vez quebraram a minha janela para pegar uma maletinha que estava no banco de trás, quando eu cheguei vi toda a minha maquiagem espalhada pelo chão, junto com minha maleta (de maquiagem que tem cara de mala preta recheada de doletas) e uma poça de cacos de vidro, ódio!!!

  • Donk March 4, 2009 at 2:50 pm

    Vc não escrevia há tanto tempo por aqui que eu parei de vir ao seu blog!

    Corno.

    Mto bom o post. Ri mto lembrando das merdas daquele dia…

    Ah! Valeu pelo sorvete!
    =D

    Beijo na bunda e até segunda!

  • Donk March 6, 2009 at 3:16 pm

    Vale lembrar tb que não foi bem assim…

    Ele me ligou, eu xinguei ele por me acordar.
    Ele me explicou a situação, eu disse que ele se fodeu.
    Eu desliguei.
    Um minuto mais tarde…
    Eu liguei pra ele e chamei ele pra me buscar e resolvermos o pobrema.