Day-to-Day

Storyboards, Take Dois.

October 13, 2014

Quase um mês depois do post com a primeira versão dos storyboards, estamos de volta com a nova versão, final, para entrega na semana que vem. Depois dos comentários do Mike, revisar e alterar um monte de coisa, saí dos quase 60 planos da versão anterior para pouco menos de trinta – tava com coisa demais – e mais precisa em indicações de movimentos de câmera, transições e formatação, nessa página de três painéis.












Além disso, aproveitei o feriado – thanksgiving! – pra adiantar o trabalho final de Lighting também, que era escolher um enquadramento para o prédio (esse mesmo que apareceu em trocentos posts passados), com um setup de luz para dia e outro para noite. Meu arquivo do Maya tá dando pau – porque eu fiz umas burradas durante o processo – e renderizar tudo pra poder jogar no Nuke foi um sofrimento. Colocar esse interior do restaurante no setup noturno também foi uma novela, e envolveu muitos truques sujos de composição, e renders com erro que por acaso eu tinha salvo. Coloquei aí embaixo um print screen da minha comp tree, pra dar uma noção da loucura.



Tô achando que o texto tá ficando muito confuso, e que o português não tá funcionando direito. Mas foda-se, e vamos continuar com as histórias. Ontem fomos, a May e eu, na casa da Jade, uma amiga canadense que a May fez no show do Jack White, logo que chegou por aqui. Ela convidou a gente pra um jantar de thanksgiving antes da data oficial – que é hoje. A casa dela é meio longe, e achamos que ia ser difícil de chegar. Aí descobrimos que era só pegar um ônibus que passa quase aqui na porta de casa, e descer na frente da casa dela, totalmente tranquilo.

Chegamos por lá perto das 5pm, ficamos conversando e brincando com as crianças antes da hora de comer de fato. Ela tem duas filhas pequenas – Emma e Claire – que são criaturas fofíssimas, e o terceiro participante das brincadeiras era o Arlo, filho do Chris – vizinho de cima, que também tava por lá. Foi um fim de domingo muuuito mais legal que ficar em casa fazendo assignments ou assistindo filme. Conversamos um bocado sobre um bocado de coisas, especialmente não-relacionadas a aulas e VFS, o que também é um alívio!

Comemos peru, purê de batatas, uma cenoura doce, feita com canela e manteiga – nunca tinha visto isso na vida, mas achei muito bom! – uma pasta/geléia que misturava blueberries e cranberries e muffins de milho. Tudo muito gostoso. A Jade tinha feito um monte de comida – e nós dois, que comemos um volume muito pequeno – compensamos aceitando a proposta de trazer um pouco de tudo pra casa! Ainda não sabemos se fomos grosseiros aceitando, mas que a comida aqui tá boa, tá.

O Chris já tinha ido ao Brasil – Rio e São Paulo – e ouvir a interpretação dele sobre a viagem foi uma experiência muito diferente, e passei mal de tanto rir quando ele foi descrever as duas principais comidas típicas brasileiras: churrasco e feijoada. Em uma tradução livre, seria algo como “A feijoada é uma comida infinita, que vem em um monte de potinhos pequenos, parece um ensopado (stew), e as pessoas jogam um pó amarelo que parece areia por cima, pra ficar com uma consistência mais sólida”. O pó amarelo só pode ser farofa, e como ele disse que mal tinha gosto de qualquer coisa, só pode ser farofa da RUIM! Deu muita vontade de ter um potinho de feijoada de vovó Netinha comigo, pra sacar do bolso e falar “experimenta essa aqui, pra ver se não é bem melhor!”.

Pro churrasco, ele disse até a churrascaria que tinha ido, mas não lembro mais. “Você tem tipo um porta-copo, que de um lado fala ‘yes, please’ e do outro ‘no, thanks’, que são indicações para os garçons, que ficam perambulando de um lado pro outro com a carne espetada em umas espadas, e que vêm te servir, oferecendo tudo que é tipo de coisa que dá pra imaginar com carne. Até agora não entendi o porquê daquelas espadas!” – e aí a gente concluiu que o povo não sabe MESMO o que é um churrasco por aqui. Eles nem tem espetos nessa terra, nem conhecem a existência dos mesmos! Quando ele falou “the meat comes in swords” eu comecei a rir desembestadamente e precisei de alguns minutos para me recuperar do ataque. Realmente deve ser uma coisa super exótica comer algo que vem espetado numa espada! HAHAHAHA!

Pra fechar o post com clima de piadinha, tá aqui um vídeo que não deve ser compartilhado, feito como uma brincadeira de montagem, usando o som do trailer de Exodus – filme bíblico com Christian Bale, contando a história de Moisés – e imagens de Kung Fu Panda. No começo eu tava fazendo só de brincadeira, tentando encaixar coisas impactantes com a música, ritmar os cortes, e tudo mais, mas quando coloquei uma fala perfeitamente em lip sync (parece que o personagem tá mesmo falando aquilo), me empolguei e passei muito mais tempo do que pretendia, pra deixar tudo perfeito. Divirtam-se com a experiência!