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August 2008

Specials

Angels – part 01

August 7, 2008

09 de Janeiro de 2008

Dia de sol. Cruzamento movimentado, poucos pedestres caminhando na calçada. Os carros refletem a luz intensa, ofuscando a visão dos passantes.

Um jovem rapaz caminha tranquilamente à margem do trânsito. Ele veste uma calça jeans um tanto quanto gasta e uma camisa branca sem estampas. Seus olhos vagueam pelo ambiente, atentos a pequenos detalhes. Uma folha que se desprende da árvore, um criança tomando sorvete, uma calota solta no meio fio…

A alguns metros de distância, era possível ver o tecido bege do vestido marcar o corpo da garota que, com um singelo sorriso, caminhava, como que pisando sobre nuvens. Sua beleza se destacava, fosse pelas maçãs de seu rosto, tão vermelhas e redondas quanto as da estampa do vestido ou pelos olhos, que teimavam em brigar com o céu pra ver quem era o mais azul.

Andavam os dois, já numa mesma direção, mas em lados opostos do passeio. Cada um andando a seu jeito, estavam praticamente lado a lado, separados apenas pelos carros que passam velozes.

Num movimento fugaz, ambos se vêem, porém, não se reconhecem. Alguns metros mais adiante, ele pára. Seus olhos param de percorrer o cenário, voltando-se para o anjo do outro lado da rua. Ele se recorda de uma garota. Não, não é uma garota qualquer. É AQUELA garota. Ali, em sua frente, do outro lado da rua. Ele quer gritar por ela, mas as palavras parecem fugir de sua boca. E ele só consegue observá-la.

Percebendo o sujeito que a observa, a garota pára também, e vira em sua direção com ar de curiosidade. Ao bater os olhos nele, seus pensamentos se confundem e o mundo parece congelar. Uma eternidade se passa naqueles breves instantes em que seus olhos mergulham na profundidade, um do outro.

Então, como que guiados por uma força superior, eles pisam na pista de asfalto quente, que estranhamente agora não tem mais nenhum veículo. Sem desgrudar os olhos, eles se tocam, se abraçam…

Continua…

Day-to-Day

Pão e circo.

August 7, 2008

Coisa de Roma. Eu estou paulista, então vou atravessar a rua pra comprar pão. E leite. E queijo.

Depois, ENEMs!

Observação 01: PUTZ! Oitavo post de hoje! Juliana vai enfartar.

Day-to-Day

Biologia!

August 7, 2008

Agora, um pouco de coisas “fora de órbita”. Aula de Biologia, teorias evolutivas, origem da vida. Abiogênese. Panspermia Cósmica. PAUSA.

O que é a Panspermia Cósmica? A teoria de que a vida da Terra teria se originado em outro lugar do universo, e depois trazida pra cá. Meio absurda, não? Tudo bem, vamos desenvolver.

A Nasa, toda semana, solta uma notícia nova sobre Marte. Em dezembro de 2006, confirmou-se a existência de água congelada lá. Agora, no dia 31 de Julho, confirmou-se a existência de água LÍQUIDA. Decente, a Nasa já pensava em montar uma colônia lá, afinal, a gente já fodeu tanto com a Terra que é sempre bom ter uma rota de fuga, certo?

Um único problema até aí. Logo no começo, se soube que não existe oxigênio na atmosfera marciana. O gás. O elemento oxigênio existe, na água, e em outros lugares, mas o gás O2 não existe na atmosfera, o que “dificulta” um pouco nossa mudança pra lá, certo? Pensemos então como a Nasa. Porquê não desenvolver uma alguinha? Uma alga, bem simplesinha, genéticamente modificada pra sobreviver em Marte, na água líquida? Lá ela adiantaria nossos planos! Ia se reproduzindo, fazendo fotossíntese e assim liberando O2 na atmosfera marciana. Decente, não? Pronto, suponhamos que a gente mande essa alga pra lá.

Certo, agora vamos voltar alguns anos na história. Hiroshima, sessenta e três anos atrás. 6 de agosto de 1945. Bombardeio nuclear. Depois, guerra fria. Quem domina as armas nucleares? Americanos e Russos, certo?

De um lado, os americanos, fazendo bombas atômicas feito loucos, e pensando:
“Ai meu Deus, os russos devem estar se enchendo de ogivas. Tenho que fazer mais para mim!”

Do outro lado, os russos, fazendo o mesmo, e pensando:
“Ai meu Deus, os americanos devem estar se enchendo de ogivas. Tenho que fazer mais para mim!”

O mundo todo iria pelos ares se um dos dois grandes líderes apertasse um botão.

Só de pensar em guerra nuclear, as pessoas tremiam nas bases. A idéia era morrer logo na primeira, porquê o mundo que ia sobrar, ia ser só desgraça. Invernos mortais, radiação, mutantes, guerra eterna entre a humanidade. Pouquíssimos ou nenhum sobrevivente! Nossa, ainda bem que não aconteceu nada. Cada dia podia ser o último! Fim da guerra.

Hoje em dia. Vamos a uma análise rápida. Quem tem armas nucleares? Hmm.. EUA. Claro, Rússia. Certo, quem mais? Coréia? Decente. Índia? Paquistão? Sim, sim, amigos de longa data, que sempre tiveram uma relação muito boa de amizade. Irã? Será? Ai meu deus, a gente não tem mais controle! Qualquer um pode ter uma arma nuclear hoje em dia! E é só um deles fazer um movimento em falso, que os outros lançam suas bombinhas atômicas sobre ele!

A situação é quase a mesma da guerra fria, mas só que sem a atenção que tinha antes! Hoje em dia a gente fala de guerra nuclear e dá risada. Será que isso é bom? Enfim. Do nada, BOOOOM. Acabou. Uma fatalidade, e todos morremos. E agora? Voltando na conversa, tem as algas lá em Marte, né? E a gente já foi dessa para melhor.

Digamos que essas algas se reproduzam, e evoluam, e que, algum dia, cheguem a um patamar de “vida inteligente”, que se desenvolva, que comece a passar o conhecimento de geração em geração, que busque suas origens. Aí, em um dado momento no futuro, um homenzinho verde, com antenas entra numa sala ampla, onde estão vários outros homenzinhos e mulherezinhas verdes, com anteninhas, na condição de alunos. O professor vai até a lousa, explicar Origem da Vida em Marte… Abiogênese… Panspermia Cósmica…

o.O

Dá pra dar uns arrepios, né? Será que não foi assim com a gente?

trilha: “The Hills Have Eyes Soundtrack – More and More”

Day-to-Day

Manual da FUVEST

August 7, 2008

Duas coincidências primorosas, sendo que uma delas é “3 em 1”. Analisem as fotos!

Na primeira, a capa do manual. O cubo foi Vick que me deu. Ela já sabia? Chega arrepiei aqui quando abri o manual. Sério.

Na segunda foto, o “3 em 1”.
Lapa = cursinho de Renato
Colégio Módulo = colégio de Ju, Kau…
R. Tito = não vou nem comentar isso.

Day-to-Day

Breve análise

August 7, 2008

“Daydream” e “Cuidado: Frágil” são os primeiros contos com tom de romance que escrevo, e facilmente vemos alguns paralelos, não?

Em ambos os casos, os personagens não têm nome no começo. Na verdade, até demoram pra seus nomes aparecerem, quando aparecem.

Em ambos os casos, são encontros aleatórios. E em elementos que conectam níveis diferentes. Escadas, elevadores. Nos dois, as mulheres tropeçam, e assim começa a cena. E elas são sempre os elementos que começam tudo.

Os beijos também, não são coisas naturais. E nos dois casos, a coisa toda esquenta antes de entrar em casa…

Agora, uma observação estranha, voltada pra “Cuidado: Frágil”. Eu tô morando no décimo terceiro andar. O elevador tem câmera de segurança. O referido rapaz da história também vai pro décimo terceiro andar.

Aqui é um apart-hotel, as pessoas chegam e partem com grande freqüência – se mudam – transportando malas e caixas direto pelo elevador.

Será que sou uma vítima em potencial?

trilha: “Kid Abelha – A Fórmula do Amor”

Insight Specials

Insight – part 03

August 7, 2008

“A big explosion takes place. Window’s shards rain on the sidewalk. I bet you can guess. Yes, it was my apartment. Second floor. I hurry up the stairs. The door has been ripped of the hinges. The whole place is upside down. Something is burning. Shit, it’s my bedroom! The smoke is spreading really fast, and so does the fire.

Kitchen. I grab a small piece of cloth, throw it on the stuck – and full of water – sink and put it around my nose and mouth. Rush inside the room. Hell! It’s hot in here! On the shelf, partially in flames, there’s a metal box. The one thing I went here to get. Damn, it stings!

Another detonation shakes the building again. My living room is gone! There’s no way out! Unless I…”

A heavy metal safe hits the concrete on the street. A small man comes right after the safe, through the same broken window, landing in an unbalanced way. The rain chills out the box and Jackie opens it up. From the inside, he draws a small 9mm semi-automatic pistol, fake passports, casings, a few thousand dollars, a handful of photos and, at last, he picks up a fragile necklace and puts it around his neck.

Not far from there, a firetruck approaches really fast. Jackie is gone when it arrives. The fire destroyed everything.

To be continued..

Specials

Daydream – part 00

August 7, 2008

Tudo começou com um beijo. Assim, meio clichê mesmo, mas nada comum. Ele, jeans, camisa azul escuro de botões, cabelos levemente em desalinho. Ela, longos cabelos escuros, sandálias de dedo e um vestido azul, curto. Curto talvez até demais para ser comum.

E também não era um beijo comum. Era um beijo por acaso. Muito por acaso. Ele saía do metrô, subia as escadas rumo a céu aberto. Ela descia, em direção à estação. Ele, tranquilo. Ela, apressada. Ele a vê, estão na mesma escadaria. Ela fala ao telefone. Estão se aproximando. Ela escorrega. Ele a apara. Ou melhor, TENTA apará-la.

No momento seguinte, estão os dois no chão. Ela sobre ele. Durante a queda, seus rostos se encontram e seus lábios se tocam. No chão, eles continuam unidos assim por alguns instantes, atordoados. Ela levanta o rosto, rubra, terminando assim o “beijo por acaso”. O celular dela, a alguns metros dali, fala sozinho. Ele a puxa novamente, agora num beijo-não-mais-por-acaso que chama a atenção dos passantes. O celular desiste de falar sozinho.

Foi ASSIM que tudo começou.

Continua.