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June 2009

Day-to-Day

Complexo.

June 30, 2009

Eu posso estar puto, cansado, de mau-humor, mas não consigo deixar de gostar de certa pessoa.

De tempos em tempos a saudade consome o espírito.

Day-to-Day

Dia-a-dia.

June 30, 2009

Tenho algo mais ou menos rascunhado sobre “a vida na cidade”, mas não é esse o ponto DESSE post, e sim de um ainda por vir.

O ponto desse é: a vida cotidiana é genial. Só pra quem a vive. São poucas as situações dignas de nota do SEU dia a dia para terceiros. Então NÃO ME VENHAM COM A PERGUNTA: “O que anda fazendo?”. Se eu tiver uma dessas situações que despertam interesse, conta-la-ei espontaneamente.

nota do autor: viva a mesóclise.

Day-to-Day

O.V.N.I.?

June 30, 2009

Eu sou um alien por ser feliz na maior parte do tempo? Só eu gosto de ir pra aula? Só eu gosto mesmo de estudar, ou de me empenhar totalmente no que estou fazendo no momento? De esquecer do mundo ao ler um livro, ou ignorar completamente o caminho quando o propósito é andar sem rumo?

Será que é tão difícil encarar a vida como algo majoritariamente divertido, com um ou outro momento mais complicado? É difícil encarar o caminho como parte do resultado? Que o caminho te dá fundamentos para o resultado? Que quase tudo pelo que a gente passa dá pra tirar uma utilidade?

Acho que um tanto mais de paciência seria REALMENTE útil.

nota do autor: o mais interessante é que o fim do post não tem NADA a ver com o resto! Enfim, precisava escrever, e estava totalmente absorto nesses pensamentos.

Day-to-Day

I'm Nobody!

June 28, 2009

I'm nobody!

Minha nova obra fotográfica favorita.

Foto: Lila Ferradans
Tratamento: Tito Ferradans

Day-to-Day

Reminiscências II.

June 17, 2009

Eu menti no post anterior. Acho meio injusto falar de um lado todo da família, pra depois falar do outro. Intercalemos, pois.

Enquanto na casa dos avós baianos, a vida era agitada, calorenta e sempre com muita coisa para fazer, então, pode-se dizer que havia uma grande diferença em relação à casa dos avós paulistas.

Esse lugar sim, fica num limbo mágico. Não faço a menor idéia de onde fica nessa cidade (mentira, eu sei sim, perguntei para meu pai, já faz algum tempo), e os momentos tinham um clima muito diferente. A casa em si era pequena, mas tínhamos um grande quintal como extensão, um jardim protegido pelos muros, além de a rua toda na frente da casa. Uma ruazinha praticamente sem carros, só com casas pequenas e algumas árvores.

Não são tantas as coisas que lembro, porque éramos bem menores quando moramos em Campinas (outra fase), mas lembro de algumas, sim.

Lembro de Morgana, a doberman do Mané, pela qual ele pulou em pelo Tietê (para resgatá-la depois de uma fuga apressada pelo portão), e também o mesmo bicho que escondia a cabeça dentro da privada ao som de fogos de artifício. Lembro de uma oficinazinha no quintal, mantida pelo Mané.

Foi por aqui que aprendi a brincar com ímãs e lentes de aumento. Ficava a manhã inteira queimando formigas (o sádico) e folhas mortas.  Ah, no fundo da casa também tinha um canteiro com grandes girassóis, e outro habitante ilustre da casa: o Lôro! Papagaio falante e muito esperto, que dava ordens para a cachorra!

Depois de uma manhã brincando na rua com os vizinhos, ou caçando tatuzinhos-bola no jardim, a Carmen chamava a gente para o almoço, um gnocchi ao molho bolonhesa, com muito queijo ralado e que até hoje não encontrei igual, nem sequer parecido. À tarde ia esfriando conforme o Sol se escondia, e a gente se agasalhava bastante porque fazia frio de noite.

Aí as atividades eram mais calmas, dentro de casa. Ver um filme (o clássico “A Ilha Mágica”, com tubarões que vivem debaixo da areia, e piratas, e chiclete), ou ouvir histórias dos avós, ou só ir deitar mesmo, até a cama ficar quentinha e dormir. Minhas breves experiências com gude e subir em árvores se derão nessa época.

Pela manhã, bem cedo, ia com o Mané ao longo de alguns quarteirões, até uma banquinha que vendia miniaturas de carros, em plástico colorido. Aí ele me deixava escolher um, e a gente voltava pra casa. Tinha uma verdadeira frota. Era um momento de grande alegria. Eu ficava com um sorriso radiante pelo resto do dia. hahaha!

Ahh, e as longas jornadas no Gurgel. Sim, um Gurgel, meus caros. Aquele carrinho nacional, de fibra de vidro. Eu e Lila acreditávamos que o Mané conseguia levantá-lo numa mão só! Não sei de onde nasceu a lenda, mas, até bem pouco tempo atrás eu acreditava piamente nisso! Tinha um buraco no chão, no banco de trás, que era nosso “banheiro emergencial para xixi” ao longo das viagens! Era emocionante ver o asfalto passando rápido lá embaixo.

Os natais eram ocasiões à parte. Um pinheiro ocupava um canto bem considerável da sala. Luzes piscavam, presentes se amontoavam e toda a família se reunia numa sala pequena a noite era guiada por conversas, risadas e comidas natalinas. Estranho isso de falar de xixi e logo depois de natal, né? Enfim…

Era bem boa aquela casa com sotaque galego. Bem boa mesmo.

Day-to-Day

Reminiscências I.

June 17, 2009

Acabei de acordar de um sonho muito louco e comecei a lembrar de meus tempos quando criança. Não que eu tenha deixado de ser, mas, enfim, quando era bem mais jovem do que hoje.

Se algum dia eu tiver filhos, (olha a viaaaagem que o cara começou a escrever…) tem algumas coisas que eu queria fazer… Agora, deixem-me em minha visão utópica de infância, sim?

Toda criança deveria ter avós muito legais. Não, sério! Os avós são aqueles que contrariam a vontade dos pais em muitas coisas. Na casa dos avós (e em sua companhia), se tem muito mais liberdade. Ter avós que moram em outra cidade, então, nem se fala! É um bônus fantástico. Veneninhos e comida boa por perto o tempo todo. Bolos de chocolate de N andares, onde N é uma progressão aritmética de razão 1 e A1=3.

Porra, esse post não tá tomando a forma que eu queria.

Eu não sei se quero escrever sobre infância ou família. Ou os dois. É complicado, galera! Mudei o título. Era “Infâncias”, agora é “Reminiscências I”.

Ressalva: avós legais não são aqueles que fazem tudo que os netos querem. Avós legais fazem capas de super-homem para os netos! E levam eles para conhecer um gráfica, por exemplo! Tios legais assistem um milhão de filmes com os sobrinhos, e quando já são sabe-deus-quantas horas da madrugada, vai até a cozinha com eles, para comer leite condensado com queijo e fundir a cabeça dos pequenos perguntando “não é sim e sim é não. Você quer leite condensado?”. Avós legais têm cágados no quintal. MUITOS cágados.

Na casa deles não existe tal coisa como “horário de dormir”. Esse foi um fator decisivo nas nossas idas a Itapetinga. Lá (na casa dos avós legais) também existe uma biblioteca enorme, com todo tipo de literatura. Do mais clássico ao gibi, e tapetes e sofás que há muito tempo não são ocupados com frequência. Na cidade dos avós tudo é perto e é sempre seguro sair na rua, mesmo à noite. Há silêncio. Há até mesmo um zoológico (com leão, porque zoológico sem leão não é zoológico) para ir com os avós nos finais de semana!

Lá também se tem um tio genial, que já fez tudo que você sonha em um dia fazer na vida. Ser dono de uma Lan house (sério, que viciado em computador NUNCA quis ser dono de uma lan?), fazer filmes (esse eu nem me arrisco a justificar), ganhar dinheiro em casa (além do trabalho) e ter dezenas, centenas de filmes legais para assistir quando quiser.

“Oi vó! Tudo bom por aí? Você chama o Geja pra mim?”
“Tio, quando é que você vem?”

Taí uma frase que, se eu fosse contar, marca recorde entre as que eu mais falei na vida. Foi com meu tio que eu aprendi a mexer no computador e fazer sites ( http://members.tripod.com/~titao/ – oooh, yeah! já tenho DOZE ANOS online. Isso traduz que… eu tinha oito anos ao fazer meu primeiro site!), aprendi a assistir filmes sem perguntar o que tá acontecendo, aprendi a FAZER filmes (quantos anos eu tinha? Três? “Eu sou um vampiiiiiiiiiiiro!”), fazer sites (de novo, isso mesmo! aprendi DUAS vezes, pra vocês verem como o cara é paciente), apreciar um bom brigadeiro de prato e pipoca às três horas da manhã, e mais uma infinidade de coisas.

Tio que brincava de esconde-esconde no escuro com a gente, depois que o pai e a mãe iam dormir. Essa era a melhor parte! (Ah! Lembrei porque eu comecei a escrever sobre isso! Porque no sonho eu via o apartamento no qual passei toda minha infância!). Tio que morava com TioF e TiaK (aos leigos, pronunciam-se “tiuf” e “tiaká”), num apartamento pequeno e assombrado, perto de uma lagoa que tinha jacaré, no meio da cidade! Isso era simplesmente genial na época, e hoje é ainda mais!

Aproveitando a deixa, falo sobre eles no próximo capítulo. Falo de outra frase famosa também e de histórias que ficam muito mais na imaginação do que na (minha) realidade.