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October 2009

Day-to-Day

Perguntas sem resposta.

October 12, 2009

Encontrei um panfleto de propaganda de pizzaria em minha geladeira. Dentro do freezer. O que ele estava fazendo lá? Como ele chegou lá?

Sei que nunca descobrirei essas respostas. Tomara que não caiam na FUVEST.

Day-to-Day

Louça.

October 12, 2009

Antes de começar a história propriamente dita desse post, é necessário estabelecer alguns conceitos e definições acerca do tema abordado.

Consideremos uma pessoa que mora sozinha e tem apenas um conjunto de peças de louça e uns três conjuntos de talheres. Um conjunto é composto por quatro unidades de cada item. Um conjunto de louça tem quatro pratos grandes, pratos de sobremesa, pratos de sopa e pires. Talheres são garfos, facas, colheres, garfos de sobremesa e colherinhas.

A refeição modelo adotada será o almoço. A situação está normal quando você almoça num prato grande, com garfo e faca normais. Por preguiça de lavar a louça, falta de tempo, água muito fria, e uma série de fatores, você vai gastando seus pratos grandes, garfos e facas, que se acumulam na pia. As coisas já ficam levemente mais complicadas quando se acabam os pratos grandes e você tem que almoçar num prato de sobremesa, chegando a um nível crítico de ter disponíveis apenas pratos de sopa e pires, dando preferência, claro, aos pratos de sopa.

A situação é INSUSTENTÁVEL quando o almoço passa a ser feito nos pequenos pires, você já usou todas as facas e tem que se virar com garfinhos de sobremesa. Xícaras grandes para cereais, sopas e mingaus são coisa ausente a muito tempo, e acenam pra você lá de baixo da pilha de outros pratos sujos. Inexplicavelmente, as facas são os primeiros talheres a desaparecerem da gaveta. Me parece que pra comer qualquer coisa, usa-se uma faca…

Se você é bem organizado, consegue administrar toda a louça de forma compreensível no volume oferecido pela pia. Quando esse espaço acaba e você começa a empilhar os pratos e copos nas laterais, já está perdendo um tanto do controle da situação. É chegado um momento em que o caos é tão grande que nem ver o fundo metálico da pia você consegue mais. Sua visão é obstruída pelas dezenas de talheres, copos, pratos, xícaras e acessórios que foram usados ao longo das refeições. Esta é outra situação INSUSTENTÁVEL.

Agora, passemos ao plano dos acontecimentos. Aqui em casa a situação se tornou insustentável por parte da louça na quarta feira. Por parte da pia, demorou um pouco mais, mas conseguimos atingir esse nível com sucesso ao sábado, com uma colaboração espetacular de uma assadeira engordurada. Só de ver aquela pilha colossal de pratos, acumulada durante quase duas semanas, a coragem ia embora e ninguém se aproximava da pia.

Determinado, me prometi que lavaria tudo no sábado, pela manhã. A sabotagem foi interna e acordei gripadíssimo no dia de cumprir a promessa. Pelo bem da sobrevivência, adiei para domingo, com uma leve esperança que Lucas lavasse as coisas. No domingo, logo cedo, ele fala que vai viajar e só volta domingo que vem. “PUTAQUEPARIU!” penso em relação à louça. “Agora só eu posso resolver esse problema!”. Domingo, ainda gripado, fiquei longe da cozinha.

Acordei hoje, com o Sol no rosto – coisa muito rara nos últimos tempos – e uma manhã deveras agradável. Botei uma música alta pra tocar e afirmei sozinho: É HOJE! Ao longo de toda a manhã, dediquei-me com afinco à pia maligna. Foram mais de duas horas, sem pausas ou intervalos, até terminar de lavar tudo. DUAS HORAS! Pelo menos, agora estamos de volta à situação ‘normal’, tendo à disposição quaisquer pratos e talheres que minhas refeições solicitarem!

Day-to-Day

Violence!

October 11, 2009

Começando por uma afirmação, no mínimo, bizarra: eu gosto de violência. Só na ficção, vale ressaltar! E tudo tem seus limites. Dá pra perceber essa preferência com base nas minhas idéias, estruturas, projetos, contos e afins. Existem exceções, mas a maioria delas descamba pra esse lado ausente (ainda bem) da minha vida cotidiana.

Não acho que seja um recurso necessário para todas as boas histórias de ação e aventura, mas é válida em muitas delas. Tramas violentas põem em risco nosso bem mais importante: a vida. Se seus personagens estão arriscando suas vidas por alguma coisa, essa tal coisa tem que ser deveras importante, concordam?

Gosto da sensação de adrenalina, de me sentir no lugar dos personagens, dos riscos que cada ação traz, assim como seus benefícios. Sou contra o maniqueísmo, mas já gostei muito do mesmo. Bem e Mal fortemente definidos facilitam os pensamentos e decisões, entretanto não geram dúvidas nem dão profundidade aos personagens.

Mais uma reflexão de domingo.

Day-to-Day Insight Tudo AV

Insight: Color Correction I

October 10, 2009

Na mais recente postagem de material relativo a Insight, apresentei quatro cenas breves, ambientadas na selva, com fortes correções de cor. Algumas pessoas pediram para que eu explicasse melhor – em detalhes – como obter o visual em questão. Aqui astou para apresentar uma solução envolvendo plugins, conceitos e uma certa quantidade de paciência para tratamentos. O vídeo que será usado como exemplo é esse aí embaixo.


Jungle Sniper Attack

Um simples “Antes/Depois” mostra a potência das correções de cor quando usadas na medida certa. Dois frames em particular do vídeo. Passe o mouse sobre as imagens para ver o resultado.

Alguns aspectos são dignos de nota. As sombras, pouco perceptíveis no original, foram acentuadas e receberam uma coloração azulada. O verde claro excessivo foi transformado num azul esverdeado, escuro e pouco saturado, quase cinza. Os pontos de luz, principalmente os personagens, tiveram foram realçados ao mesmo tempo que sua pele quase não sofreu alterações de tom. Vale atentar também para as partes mais iluminadas da grama que também ficaram amareladas, indicando highlights amarelos.

Por que é tão importante manter os tons de pele das pessoas quando fazemos correções de cor? Em primeiro lugar, é fácil distinguir um simples filtro de contraste e cor aplicado a uma imagem em relação uma elaborada e cuidadosa correção de cores. Em segundo lugar, mantendo a pele constante, você cria um destaque em relação ao cenário, contribuindo com o clima gerado pelas outras cores, além de tons agradáveis de pele se adequarem melhor a nossos olhos. Dois artigos no blog de Stu Maschwitz ressaltam esse ponto.

Hue Are You? apresenta a tese de que o tom da pele humana é mais ou menos constante ao longo do tempo, independente das pessoas em cena. Para fortalecer sua afirmação, ele faz uso de uma ferramenta chamada vectorscope, que nada mais é do que um gráfico Hue x Tempo, mostrando as cores mais presentes na imagem ou ao longo do vídeo. Para gerar o gráfico ele usa o plugin Scopo Gigio.

No segundo artigo, Save Our Skins, ele reforça a teoria apresentada acima com diversos exemplos de Hollywood que passaram por intensos processos de correção de cor. Dá pra notar que todos os gráficos têm uma parte em comum, que é, justamente, a parte mostrada no primeiro artigo, ou seja: o tom da pele. O resto do artigo glorifica um plugin (Colorista) que facilita esse processo. Tentei, sem sucesso, baixar e instalar o plugin. Se alguém achar, me avisa!

Certo, terminada a parte chata teoria, vamos à prática. Para tal, precisaremos de alguns arquivos, encontrados logo abaixo. São eles os dois frames originais mostrados acima, em resolução um pouco maior, o preset Rebel CC e o projeto de After Effects que une as duas coisas.

Frames Base
Insight – Sniper Attack
Rebel Color Corrector

Explicando o Rebel CC.

Para começo de conversa, a coisa mais certa a se fazer é aplicar o preset numa Adjustment Layer. Então, sua guia de efeitos deve ficar idêntica a essa da imagem abaixo.

Não é por enfeite que os três primeiros campos estão numerados como 1, 2 e 3. Eles devem ser preenchidos nessa ordem. No Step 1: Set Black, você define o preto. Com o conta-gotas clique na parte mais escura da sua imagem, que ficará definida como sendo preto. Algumas modificações já são visíveis. Se você escolheu certo, as sombras da imagem agora devem ter uma aparência mais neutra. No Step 2: Set White, adivinha só? Você vai dizer à ferramenta o que é branco na sua imagem. Aqui se apresentará uma grande diferença caso você passeie pela paleta de cores. Step 3: Set Gray por fim, determina o cinza. No caso de um vídeo com o White Balance desregulado é aqui que você corrige o desvio. A correção é feita de forma invertida, claro. Se você selecionar um tom mais azulado, sua imagem vai ser puxada para o amarelo, e assim por diante. Perceba que quanto mais próximo do preto, menores são as modificações, e mais pro branco, elas se intensificam, junto com as highlights. Faça suas experimentações até chegar numa imagem estáevel, bem definida.

O Rebel CC é um corretor de três níveis, modificando separadamente os tons de Highlights (partes brilhantes), Shadows (hmm… sombras mais fortes) e Midtones (tudo que não pertence aos dois casos anteriores). Você pode (e eu recomendo) definir cores para os três. Para Shadows, pegue tons bem claros, sempre muito perto do branco, pois, como você deve observar, quando você pega cores mais fortes, a imagem toda acaba indo pro espaço e ficando uma coisa distorcida. Particularmente gosto de usar azuis tanto para Shadows como para Midtones, e equilibrar ambos com Highlights amarelo-alaranjadas, mas essa parte de combinações fica pra outro post também.

Nos três passos seguintes, você tem a liberdade de aumentar/diminuir a luminosidade em cada uma das fases. Levels, dispensa explicações, por favor. Acho que todo mundo que chegou até aqui do post já entende alguma coisa sobre isso! Caso esteja enganado, deixe um comentário, que explicarei, com calma.

O pulo do gato, no vídeo-exemplo desse post é exatamente no ÚLTIMO dos efeitos contido no Rebel CC. Hue/Saturation! Admito que, até então, nunca tinha entendido como usar essa coisa direito. Meu erro: tentar sempre mexer no canal Master.

A idéia é justamente ir mexendo em cada matiz separadamente (Channel Control), ampliando ou reduzindo sua área de influência. Mais uma vez passando pelo exemplo, tirei a saturação do verde, predominante na cena, modificando tambem seu Hue para um resultado azul, destacando os atores em meio ao cenário – detalhe importante quando comparado com os frames originais, em que as pessoas simplesmente se misturam com a luz e cor do matagal.

Como modificações secundárias, são visíveis uma dessaturação (e encurtamento) da área amarela, além de escurecimento dos tons naturalmente azuis. Tudo feito separadamente. Isso tudo você pode analisar com mais detalhes no arquivo do projeto original, mas com explicação as coisas fazem mais sentido!

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p style=”text-align:justify;”>Esse artigo já tá bem longo e ainda falta falar de correções secundárias. Afinal, tudo que é bem feito, não é de primeira. Para o bem de todos – exceto dos apressados – deixarei isso para a próxima ocasião. Acreditem em mim: eu não aguento mais digitar!

Day-to-Day

Verborrágico.

October 10, 2009

Estou escrevendo demais e não achando que os posts tem real importância… Momento egocêntrico, talvez?

Day-to-Day

Leitor Faminto.

October 10, 2009

Falei, alguns posts atrás, que tinha relido meus textos favoritos, mas não expliquei muito sobre o que veio antes. O fato é: da noite para o dia, voltei a ser um leitor faminto para ficção.

Tudo começou na sexta-feira passada, há praticamente uma semana, quando chegou pelo correio um pacote um tanto quanto aguardado, enviado pela senhorita Samy. Dentro, um livro. “Amanhã – Como a Guerra Começou“, por John Marsden – 256 páginas.

Eu não tava fazendo nada de importante mesmo então, por curiosidade, peguei o livro para ler o começo. Talvez esse tenha sido meu grande erro daquela sexta-feira, ou talvez dos próximos meses. A história começa bem mamão-com-açúcar, sem muita aventura, nem muito suspense, um clima de livro de adolescente – não é muito meu estilo, mas a sinopse me incentivou a seguir.

Subitamente, Ellie (protagonista da história) e seus amigos se encontram no meio de uma guerra em escala nacional (a trama se passa na Austrália). Os jovens não são super-heróis nem militares incrivelmente treinados, agindo – quase – sempre de forma realista e adequada a seus perfis. O livro se divide entre os momentos de ação, onde os garotos (e garotas) se organizam numa forma de “resistência”, elaborando operações contra o exército inimigo, e os momentos de reflexão de Ellie, que pensa muito sobre o que está acontecendo, como aquilo repercute na vida deles, lembranças do passado e mais pensamentos.

A obra é um pouco mais grudenta do que eu esperava, e terminei de ler na mesma tarde. Como uma boa série, o fim da primeira parte deixa várias pontas soltas, às vésperas de um momento grande. No sábado à tarde, saí decidido de casa e fui à Livraria Cultura. Rodei, rodei, procurei, procurei, e nada. Mais adiante, percebi que isso era tinha sido um sinal, porque, ao chegar até o caixa, na Livraria da Vila, descobri que meu cartão de cliente tinha pontos suficientes para levar o livro inteiramente de graça! Eu tinha o bônus EXATO para o valor! Na noite de sábado, terminei de ler a segunda parte – 236 páginas.

Domingo, depois de Pelé ter saído daqui, no meio da tarde – estávamos trabalhando num site, terminado no domingo mesmo – fui novamente à livraria e comprei o terceiro volume da série e terminei de ler – 240 páginas – antes da hora de dormir (22h). Então, ao pesquisar sobre os volumes subsequentes, descobri que ainda não foram traduzidos! Oh céus! Estou à procura deles no Amazon.com, pra comprar em inglês mesmo, que importar vai ser mais barato do que esperar todos serem traduzidos e publicados aqui (fiz as contas). São sete livros no total (sendo que eu já li três), mas o sexto está esgotado, então tenho que esperar uma nova impressão…

Enquanto isso, tenho lido de tudo. O Cortiço, jornais, revistas e o que mais aparecer pela frente.

Day-to-Day

Conquistas!

October 10, 2009

Minhas descobertas podem parecer simples a vocês, mas são muito significativas.

1 – Encontrei minha vizinha de apartamento! Em UM ANO morando aqui, nunca tinha visto a cara dela!
2 – Esqueci o que era o número 2… Quando lembrar, posto aqui.
UPDATE  (23:02) – Lembrei agora! Descobri que criar classes CSS no meio de um post e modificar o style geral do blog é um efeito que funciona, mesmo quando jurei que não funcionaria.
3 – (Hoje) Consegui vencer a batalha contra o bolor radioativo que havia se instalado no cesto de lixo da cozinha!

Trilha do dia: Alceu Valença – Anunciação

Ironia do dia: Ontem à noite, estava eu assistindo Taken, série produzida por Spielberg em meados de 2002, e numa determinada cena, um dos personagens tem um pesadelo e acorda gritando. O volume estava razoavelmente alto, pra criar mais ambiência. Pensei sozinho: “Poxa, nunca acordei com um grito…“. Esse foi o pensamento, mas na verdade a idéia era “Nunca acordei gritando“.

Continuei a assistir e, como já era tarde, peguei no sono. Para minha infelicidade, descobri – da pior forma – que os episódios estavam passando em REPEAT. Tinham 3 na playlist, cada um com uma hora e meia de duração. Essa cena do grito era no primeiro da lista (episódio 06), eu dormi no começo do segundo (episódio 07). Foi às 4h30 da madrugada que Spielberg atendeu meus pensamentos da noite anterior, no replay do episódio 06. Acordei aturdido na cena EXATA do grito do rapaz, que foi BEM alto. Fiquei olhando para os lados, no escuro, tentando entender o que se passava, até perceber que era o computador que falava sozinho suas histórias de alienígenas.

Agora que confirmei essa capacidade de antever como acordar, acho que vou pensar em opções mais agradáveis na próxima oportunidade…