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March 2010

Day-to-Day Tudo AV

Vídeo de Apresentação.

March 21, 2010

Sem muito propósito em termos de tema ou abordagem, a idéia era familiarizar a edição com o Vegas. Contei com a ajuda de Vick para operar a lente e a câmera nas filmagens de fundo verde. Tem umas cenas rodadas em Salvador, outras coisas bem antigas, de Júlio César, Cobalto, Gtoys, enfim, um resumo bem grosseiro de mim mesmo.

Specials

Veludo.

March 21, 2010

Tarefa: Em até uma hora, elaborar um texto de dois a quatro minutos sobre o tema “Veludo”.

De certa feita, enquanto peregrinava pelas ilhas britânicas, me chegou aos ouvidos uma história que pode interessá-los. O ano é 1326. É uma noite fria e sem lua nas extensas planícies ao norte da Inglaterra. O vento forte arrasta árvores e animais. O solitário viajante Donald Lamont tenta se agasalhar dentro de sua tenda, sem sucesso. Não muito longe, ouve o balir de animais num celeiro. Usando suas últimas energias para chegar até o abrigo, Donald abre mão de sua tenda. Passa a noite aquecido sob o teto e em meio a uma dúzia de cabras. Na manhã seguinte, ainda sonolento e sonhando, Padre Lamont imagina estar numa enorme almofada, macia e agradável. Ao acordar completamente, percebe o mau-cheiro dos animais, mas isso não é suficiente para apagar suas memórias quentes e macias.

De volta à sua abadia, após a longa jornada, passa noites relembrando a sensação do couro dos animais contra sua pele friorenta. Acredita estar apaixonado pelas cabras, uma condição execrável sob os olhos do Senhor. Decide que vai se empenhar para recriar tal sensação, eliminando a conturbada associação com aquele semelhante da Besta. Durante as próximas semanas, mal sai de seus pequenos aposentos, costurando, fio por fio, ponto após ponto, pêlos numa malha suave e fina. Surgia a primeira manta de veludo da história, saciando assim os desejos animais do Padre Lamont.

Por temer que seu segredo caprino fosse algum dia revelado, Donald sempre mantivera sua pequena manta em segredo, mas com a chegada de sua morte, poucos anos depois, o veludo foi redescoberto, sem a imaginação tortuosa de seu criador. Seu agradável toque disseminou o tecido por toda a Europa, e o trabalho necessário à sua confecção acabou tornando-o um artigo de luxo, acessível apenas à elite nobre. Essa, meus caros, é a origem do veludo, que tenta a todo custo, se manter em segredo.

Day-to-Day Tudo AV

Animação I – PacMania.

March 21, 2010

O objetivo era desenvolver uma animação curta, em stop motion, a partir de recortes de papel. Seguimos uma inspiração meio arcadiana (de “Arcade”, ou fliperama) e resolvemos fazer um Pac Man alucinado, que come cogumelos ao invés de cerejas. Batemos aproximadamente 130 fotos, distribuidas numa velocidade de 8 fotos por segundo (um terço da velocidade normal de um filme). O resultado foi um tanto apelativo.

Specials

Auto-Retrato Falado.

March 20, 2010

Tarefa: Em até 15 minutos, criar um retrato falado – de características não-físicas, afinal a platéia está te vendo – de si mesmo, com duração máxima de dois minutos.

RG 1290106XXX
CPF 04188335XXX
Passaporte CV119XXX

O que esses números significam para mim? Absolutamente nada. Isso é, se eu estiver seguindo a linha da primeira pergunta que fiz ao microfone. “Estou me ouvindo?” Estou.

Sou melhor ouvinte do que falante, e silêncios de qualquer tipo não me incomodam. Gosto da contradição pelo simples fato de ser. Dar uma resposta “do contra” é quase um reflexo natural. Gosto de tudo que faço e, do que não gosto no começo, logo procuro aprender um jeito de gostar. Gosto particularmente desse ramo, dessa coisa de cinema, de fazer o irreal se tornar realidade – não consigo mais me imaginar fazendo algo diferente disso.

O perfeccionismo e a dedicação praticamente me garantem uma vaga no time dos que são mais apaixonados pela profissão que por qualquer outra coisa na vida. Topo tudo que aparece, o que frequentemente se torna um problema, pois os dias não são longos o suficiente.

Ah, sim, meu nome é Tito, mas pode me chamar de Timóteo.

Specials

Paisagem Sonora.

March 20, 2010

Tarefa: Criar a descrição de uma paisagem que possa ser caracterizada por seus sons.

Além das barreiras de areia que a separam das outras enseadas ouvem-se latidos de cachorros e gritos de crianças brincando na água, mas isso é quase tudo que chega até aqui, de barulho do mundo exterior.

O bater das ondas na areia macia da praia se mescla com as ocasionais passadas das criaturas que percorrem a linha do mar. O vento sopra com brandura, sacodindo a palha dos coqueiros em conjunto com as poucas gaivotas nelas empoleiradas. O mar não está para peixe, as aves não gritam dos céus em busca de cardumes e são poucos os barcos embalados pelas ondas, rangendo à mercê da maré. Os marinheiros se escondem do sol que abrasa as embarcações de proa a popa.

Com o cair da noite, os barcos partem e as gaivotas se abrigam em seus ninhos. O silêncio só não é absoluto pela inexorável maré e pelo vento forte. A lua cheia, da mesma forma que o Sol, ilumina a planície de areia com sua luz homogênea e branca.

Day-to-Day

Refeições At Home.

March 16, 2010

Como sempre foi alardado por aqui, eu não sou um sujeito de muitas habilidades culinárias. Como também foi alardeado por aqui, os habitantes dessa residência tem variado um pouco em número e gênero, e isso acabou afetando o balanço da participação na cozinha. Com Vick e Lila na jogada, algumas coisas mais elaboradas que pizzas e lasanhas vêm se tornando freqüentes.

Ontem, entretanto, resolvemos pegar pesado e investir num jantar decente. O resultado foi tão satisfatório que hoje, enquanto almoçava no bandejão, sonhava com a comida que tinha sobrado na geladeira de casa. Os preparativos começaram no mercado – onde pegamos filés de frango, temperos, batatas e cerveja preta – e se prolongaram ao longo do entardecer. Cada um com sua especialidade. Vick nos preparativos maiores do frango, Lila com o brócolis e eu com as… torradas! Yeah! Isso não significa que nenhum de nós entrou na área de competência dos outros dois!

Como o frango bêbado (nome do prato) era o mais complexo da refeição, acabamos todos colaborando. Cortei cebolas e batatas, Vick picotou a carne e Lila ficava supervisionando o descongelamento violento – na água quente – ao qual submetemos a carne.

O brócolis ficou pronto rapidíssimo, então ficamos todos com olhos compridos para o lado dele, mas conseguimos nos controlar. O frango quase cozinhou sem tempero nem nada, porque a água já tava muito quente e, pra completar, a primeira leva de torradas literalmente torrou, virando carvão. A segunda, entretanto, deu muito certo e as fatiazinhas de pão ficaram saborosíssimas. Regamos tudo a suco de laranja falso e não conseguimos acabar com o banquete. O restinho de brócolis, entretanto, morreu hoje no café da manhã – Lila tratou de exterminá-lo. O que sobrou do frango – quase um prato – foi devorado no mesmíssimo instante que cheguei da aula. Ahh, delícia.

Day-to-Day

Los Angeles – Play Time

March 11, 2010

Falei que faria e estou aqui, novamente, cumprindo promessa e escrevendo um pouco sobre todos os novos brinquedos incorporados ao arsenal da TFerradans. Já fazia um bom – enorme, na verdade – tempo que eu não investia sequer centavos em upgrade de equipamento, então, como andei fazendo uns trabalhos relativamente rentáveis, torrei tudo de uma vez e renovei praticamente toda a parafernália, começando pela câmera.

Sony HCR-HC9

A primeira câmera, uma Panasonic PV-GS320, está comigo desde 2007. Com o aprimoramento das tecnologias, o surgimento da possibilidade de filmar em HD (High Definition) e posterior barateamento dos preços, comecei a fazer pesquisas. Como a idéia é sempre manter o máximo de qualidade, a única solução é rodar câmera de fita – e não essas loucuras de DVD ou HDD. Por fim, decidi-me por essa Sony, que parece atender a todas as minhas necessidades. Não decepcionou em nenhum teste até agora.

Jag35 PRO Canon EF Adapter

Esse brinquedo é um pouco mais recente. Minhas primeiras experimentações com coisas do tipo não têm nem seis meses, mas já foram suficientes para me convencer a evoluir. Um adaptador para lentes 35mm é FUNDAMENTAL se você quer deixar suas imagens mais bonitas e cinematográficas. Primeiramente usei um modelo estático, com um encaixe de lentes obsoletas da Canon. Satisfação tamanha que migrei para um vibrante, com o encaixe de lentes atuais da Canon, o que significa que as mesmas lentes usadas na máquina fotográfica agora podem ser adaptadas na filmadora.

Canon 50mm f1.4 EF USM + Canon 75-300mm f3.5-5.6 EF

Já que falamos em lentes, por que não entrar no assunto das novas belezinhas óticas do time? Uma 50mm f1.4, comprada especialmente para o adaptador (que é um enorme devorador de luz, escurecendo tudo), mas que se revelou uma maravilha de outro mundo para fotografias em close-up. A segunda aquisição, especialmente voltada para o Oscar e frustrada pela mesma ocasião, foi uma 75-300mm f3.5-5.6. Ainda bem que ela não seria útil só para a cerimônia, senão eu estaria me sentindo lesado neste momento. Ela permitiu excelentes fotos no Zoológico, outras maravilhas no Aquarium, algumas gracinhas como as fotos do prêmio embrulhado e desembrulhado no tapete vermelho, entre outras coisinhas que vocês viram por aqui e nem desconfiam.

Sony SPK-HCE

Beeeem, esse artigo não tem exatamente uma explicação racional. É que desde que meu pai comprou a primeira câmera digital em casa, e comentou que não comprou uma capinha para tirar fotos subaquáticas por ser quase o preço da câmera, fiquei curioso para experimentar tal situação. Essa história foi em 2005. Finalmente vou poder fazer agora minhas fotos e tomadas subaquáticas para impressionar a platéia. O grande detalhe é que o tanque não era mais caro que a câmera. Na verdade, não chegou nem perto da metade do preço, no meu caso.

Cinemount 3025

Isso é exatamente o que parece. Como assim “não parece com nada?”. Parece com uma ventosa, galera. Uma ventosa para prender a câmera em superfícies planas e lisas como mesas, paredes, janelas e, o mais divertido, carros e outros meios de transporte. Funciona à base de vácuo, com bombeamento manual do ar para fora da ventosa. É de papel essencial para aquela lendária cena de perseguição que UM DIA sairá do papel.

Ok, além desses itens de suma importância óbvia, estou com novos filtros – inclusive um infravermelho, que promete resultados bem divertidos -, uma meia dúzia de livros, filmes e roteiros, baterias, claquete, props e outros enfeites. Ainda não sei como as coisas vão caber no armário e estante, mas estou começando a arquitetar esses encaixes… Por enquanto, uma boa parte delas simplesmente está largada em cima da mesa, ou embaixo da mesma.