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September 2010

Day-to-Day

Vampires Suck!

September 23, 2010

Convenhamos que estava no ar uma certa ansiedade em torno de Os Vampiros Que Se Mordam. Não são poucas as críticas à Saga Crepúsculo, livro que originou uma verdadeira febre por hematófagos humanóides. Nessa onda de popularização da vampirada, vem um camarada e resolve fazer uma paródia, sátira, misturando tudo que está no topo – com ênfase em Crepúsculo e Lua Nova, mas não deixando passar referências a True Blood e Aprendiz de Vampiro, por exemplo. Essa é a proposta básica do filme.

Uma cópia vazou na internet, algumas semanas atrás, e atiçou ainda mais a curiosidade das pessoas em relação ao que estava sendo feito. Fui para o cinema com um pé atrás, afinal essa coisa toda de paródias já tinha saturado com a série Todo Mundo em Pânico, que foi a única do tipo que me fez rir. Depois disso, tivemos que enfrentar coisas como Liga da Injustiça, Espartalhões e Deu A Louca Em Hollywood – coincidentemente (ou não), todos esses foram escritos e dirigidos por Jason Friedberg e Aaron Seltzer, os mesmos caras que escreveram e dirigiram Os Vampiros Que Se Mordam.

Comecemos pelo fato de o filme não ter um enredo. Não há nem uma série de eventos que guie o espectador por uma possível história. É só uma (tentativa de) piada atrás da outra. No elenco principal, temos Jenn Proske como Becca Crane, Matt Lanter como Edward Sullen (mais uma das piadinhas canalhas do filme), e Chris Riggi no papel de Jacob White. Em relação à proposta original, ele não se mantém, focando quase exclusivamente nos dois primeiros filmes da Saga Crepúsculo, recriando muitas e muitas cenas, incansavelmente, com as tais piadinhas, sem um pingo de graça.

Entre os poucos méritos que podemos apontar, temos a similaridade incrível entre Jenn Proske e Kristen Stewart. A personagem-sátira também tem os mesmíssimos hábitos/tiques de Bella Swan, sua cara de sofrimento eterno, o movimento de colocar o cabelo atrás da orelha, olhar pra baixo e morder o lábio, enfim. Se você viu algum filme da Saga, possivelmente vai rir (um pouco) disso. Talvez eu tivesse achado mais graça se tivesse visto os outros filmes da série – só vi o primeiro. Temos piadas demais envolvendo murros, chutes, coisas que caem – garrafas, tijolos, antenas, carros, cadeiras de rodas, motocicletas, celulares, armas -, ferimentos e brigas. E tudo com efeitos sonoros exagerados. Americanos acham mesmo graça dessas coisas? Pra mim elas simplesmente não têm sentido.

Por fim, chegamos a um baile colegial, onde todos se vestem de vermelho, os vampiros de preto, e Bella de forma aleatória. Edward atrai atenção, brilhando, sem camisa, sob o Sol, quando aparecem bandos de fãs revoltadas, metade da “Edward’s Team” e a outra metade da “Jacob’s Team”, logo começando a partir para a porrada com pedaços de pau, pás e outras armas primitivas, defendendo seu ponto de vista sobre o personagem mais incrível da Saga. Então, da mesma forma sem sentido que começa, o filme acaba, sem mais nem menos.

Quando terminou, agradeci aos céus por ele só ter uma hora e quinze minutos. Se é pra rir de alguma coisa, dá pra rir da dupla de diretores, ou dos produtores que acreditaram que esse filme faria algum sucesso. Não sou fã de Crepúsculo, e acho uma grande bobagem essa febre vampiresca, mas Os Vampiros Que Se Mordam passa longe de conquistar o público que procura qualquer coisa que fizesse graça da trama e personagens de Stephenie Meyer. Não recomendo. Tempo jogado fora.

NOTA: 2/10

Day-to-Day

[JOB] Profissão Repórter.

September 21, 2010

Como disse anteriormente, Segunda é dia de set! E dia de cabine também – fui ver Vampires Suck, pra escrever uma crítica sobre o filme, mas isso comento com mais propriedade num próximo post. Só pra avisar, todas as fotos desse post foram feitas pelo Caio Leão.


Giovanna Tukamoto e Renato Baragão.

Só pra retomar um pouco, na Sexta fui para a USP a fim de desenvolver uma geringonça que foi usada no vídeo de Domingo. A idéia original era fazer isso com a Lud, mas, quando cheguei no estúdio, ela ainda estava trabalhando na arte desse set, que acabei fazendo parte como assistente de câmera (foi o segundo telefonema irrecusável da Quinta). Cheguei por lá no fim da tarde, ajudei a Didi (AV2006, fotógrafa do projeto) a terminar de posicionar as luzes, depois o Gustavo Fattori (AV2006, diretor) chegou e a Didi partiu, então ajudamos a montar (só montar mesmo, porque já tava tudo construído e pintado) o cenário, que é esse que vocês vêem abaixo, na comparação “plano original” e “resultado final”.


Também pintamos chão e paredes de preto, para sumir com o fundo poluído da imagem na hora da captação. Saímos de lá quase meia noite e ganhei carona pra casa, sucesso! Infelizmente, não participei da diária que aconteceu no estúdio, no Sábado. O Cauê (AV2009) é que estava por lá. Mas, ainda assim, fiquei babando com o visual da coisa. Sério, olhem isso aí, tá melhor que o desenho original!

Resultado final, com pessoas!

Esse projeto era no mesmo esquema do Dois Dedos de Prosa, Dois Dedos de Poesia, com finalidade educativa (pelo que entendi, ambos vão fazer parte da lousa digital, iniciativa da fabricante de computadores Dell). Dessa vez, fazíamos uma imitação do Profissão Repórter, onde Caco Barcellos e uma equipe de jovens repórteres vão às ruas juntos para mostrar diferentes ângulos do mesmo fato, da mesma notícia. O programa original vai ao ar às Terças, na Globo.

Nessa outra versão, o reportér se chama Cássio (como sempre, aquela criatividade brilhante nos nomes – hahaha) – interpretado pelo Renato Baragão -, e investiga a situação apresentada por Mariana (Giovanna Tukamoto), que escreve uma carta ao repórter, contando que na sua escola o diretor teve a brilhante idéia de fechar duas salas de aula, e criar uma biblioteca no espaço. O programa foi dividido em duas partes, uma delas era um gameshow (esse do cenário super legal), e a segunda era numa escola (essa foi a parte que eu estava).

Era divertido tentar encarar a coisa com um caráter documental (onde não se pode controlar todos os aspectos do que vai acontecer em cena) e perceber que somos muito apegados à ficção, fazendo uma infinidade de takes até conseguir um mais convincente, ou com um som melhor. Na direção, Gustavo Fattori (um dos fotógrafos do Paraguaio), fotografia por conta da Didi, produção da Bia (AV2008) e da Taka (AV2006). No set, a arte, figurino e maquiagem estavam sob a responsabilidade de Lud, Caio como assistente de direção – sempre comentando que tínhamos tempo sobrando e dava pra fazer outro take -, Som pelo Pato, e a montagem ia ficar a cargo do Jotagá (AV2006), com suporte do próprio Gustavo.

Filmamos coisas na quadra, durante uma aula de educação física, correndo pra fugir das bolas que vinham em direção à câmera e à Giovanna, rodamos também conversas subindo uma ladeira muito inclinada – fizemos onze takes dessa, acabando com as pernas dos nossos queridos atores -, perturbamos a academia que ficava na casa ao lado, pedindo para a galera baixar o volume da música, invadimos uma sala de aula, e fizemos uma cena com uma luz muito “publicitária”, entre outras coisas menos emocionantes.

Depois do almoço, a Bia mostrou duas vasilhas cheias de brigadeiro, que (admito) lutamos muito para conseguir acabar, mas falhamos. No fim do dia ainda tinham uns três ou quatro quitutes numa delas. Pra fechar a diária, fizemos vários takes do momento que o repórter Cássio chega na escola da Mariana, procurando a garota, e tínhamos a figuração de quase trinta crianças. O Gustavo, antes de começarmos esse plano, explicou tudo para a garotada, e depois ajudou a coordená-los pelo pátio, em movimentos/reações conforme a câmera passava, seguindo o repórter.

Didi: “Ah, então quer dizer que meu nome de cena é ‘Claudionor’? Ok…”

Por fim, voltamos para USP, logamos os cartões que faltavam da HVX-200 (finalmente aprendi a logar essas coisas loucas!), saí de lá quando o Pato tava começando a logar o som. Logar, para os leigos (olha só, aliterações!), é passar o material da câmera para dentro do computador, de forma organizada e fácil de trabalhar na montagem.

Comentário especial sobre a câmera: ela roda o mundo todo ano, em documentários para o Discovery Channel – a última visita tinha sido à Mauritânia – e era totalmente louca, fazia o que queria, quando queria, como queria. No primeiro dia, filmou muita coisa em câmera lenta, sem som, depois, sem nenhuma mudança de configuração, voltou a filmar em velocidade normal, e com som. Na diária da escola, só filmou sem som, mas em velocidade normal, ao que parece.

Ah, e esse trampo vai render uns trocados também! No fim do ano vou me entupir de lentes, ê beleza!

Day-to-Day

[TCC] Cão.

September 20, 2010

Acho que o último post de CHUVA que narrei por aqui foi Minha Nossa Senhora da Penha!, então tenho um novo, pra divertir vocês a partir das enrascadas de quatro pessoas.

Esse sim foi, literalmente, cair de paraquedas num projeto. Cão é um TCC do AV2004, dirigido por Íris, que conta uma história que desconheço, foi filmado por uma equipe que desconheço, enfim, não sei nada dele. Mas, como é a vida, acabei caindo lá dentro. Na quinta à noite, entre aqueles telefonemas irrecusáveis, um era da Amanda (AV2004), que foi atrás do Fattori (AV2006), que indicou o Ricardo (AV2008), que me indicou pra ajudar no trampo. Topei, como de costume.

Posso não saber muito sobre o filme, mas a Íris me explicou detalhadamente os motivos da filmagem. Durante a montagem ela deu por falta de um plano que ambientasse os personagens numa mata, com neblina. Procurando pelo mundo, ela conseguiu uma imagem de arquivo, filmada em 35mm, que cumpria essa função. Na hora de substituir a versão de baixa qualidade que ela tinha, pela de alta resolução, foi surpreendida ao descobrir que os originais tinham sido descartados, e que agora só existiam versões em Betacam (uma fita enorme, usada bastante em TV, com boa qualidade de imagem e som, mas bem longe de um 35mm ou das câmeras HD atuais). Ou seja, “é hora de correr atrás desse plano!”.

Essa era nossa situação. Quatro pessoas num carro, (eu – assistente de câmera -, Amanda – fotógrafa -, Íris – diretora -, e Diogo – não sei a função dele no filme. Shame on me), com três tripés, uma sacola de comida, uma Panasonic HPX-500 e casacos, capas de chuva, roupas de frio e caixas de equipamento. Quatro pessoas dentro de um carro, às 5h30 da manhã, em direção à Serra do Mar, baseados numa previsão de chuva e tempo nublado, à caça de neblina e mato. Não dava pra sair coisa boa, convenhamos.

Acordei às 4h10 e Íris me buscou aqui às 4h40. Fomos para a casa dela e esperamos a outra dupla chegar, para colocar tudo no carro e pegar a estrada. Como passei boa parte da minha noite de Sexta no estúdio B, ajudando a Lud na arte de filmagens que também tomei parte, e fazendo a geringonça do vídeo de Domingo, acabei dormindo tarde demais. No carro, apaguei completamente e só acordei quando já tínhamos mais de uma hora de estrada. Tempo nubladíssimo, vento frio e cortante, muitos e muitos vales, encostas e coisas do tipo que você só vê na serra mesmo.

Descemos numa parada da estrada, uma espécie de “ponto de descanso”, com uma escultura muito bizarra, montamos a câmera com a proteção de um guarda-chuva (sim, já estava chovendo) e filmamos uma meia hora de neblina subindo pelas árvores ao redor da estrada. Toda vez que a neblina se acentuava e dispersava, caía uma chuva correspondente ao tamanho da névoa. Menos névoa, menos chuva, mais névoa, mais chuva. Conseguimos umas imagens bem legais, retomamos a estrada, já bastante ensopados e com frio.

Dormi mais, até que paramos num ponto de onde se via uma cachoeira ao longe. Eram umas 9h15 da manhã. Várias pessoas paravam por ali, pra tirar fotos. Sinceramente, a gente não tava nem aí para a cachoeira. Com câmera coberta por uma capa de chuva, começamos novamente a filmar neblina. Dessa vez ainda não tava chovendo, só o vento que tava do mal. Vimos várias nuvens se formando – sério, a serra parece um berçário de nuvens – e se desfazendo com o vento, em meio à floresta lá embaixo. Em um dado momento, a neblina começou a ficar mais espessa, e se espalhar loucamente. A câmera já via quase tudo como cinza, então fomos engolidos pela névoa. Sério, uma loucura. Não dava pra ver nem mais a estrada, a dez metros de distância, só as luzes dos carros que passavam. Ficamos ainda mais alguns minutos a filmar na névoa total. Quando olhei no relógio, eram 11h30. Mais de duas horas se passaram enquanto a gente estava ali. Era tão pouca a mudança ao redor, que eu achei que tínhamos ficado no máximo uns quarenta minutos…

De súbito, um pensamento nos ocorreu: “se quando temos pouca névoa e ela se dispersa, chove pouco, o que vai acontecer quando ISSO AQUI começar a dispersar?”. A resposta veio quase imediatamente quando começaram a cair gotas que mais pareciam bolas de gude. Arrancamos a câmera do tripé (a bagaça pesava uns dez quilos, o tripé mais dez) e saímos correndo pro carro. Entramos, mais uma vez, ensopados e nos preparamos para partir. Um único problema: os vidros estavam absolutamente embaçados. Qua a solução? Minutos depois, quatro pessoas encharcadas tremiam de frio descendo a serra, dentro de um Celta prateado bastante molhado por dentro, com o ar condicionado ligado no máximo, para desembaçar os vidros, prensadas em meio a quilos e mais quilos de equipamento de câmera.

O tempo de jornada até a próxima parada era de mais ou menos quarenta minutos. Dormi de novo. Quando acordei, estávamos passando à beira-mar. Pensei ser um sonho, mas o frio por demais desagradável me convenceu que de fato estávamos no litoral paulistano. Placas indicavam “Bertioga” e “Barra do Una”, além de outros nomes igualmente desconhecidos para mim. Paramos em muitos lugares à beira da estrada, tentando conseguir mais takes legais de neblina, sempre usando o apoio do guarda-chuva para não molhar a lente. Já estávamos molhados há tanto tempo que eu mal sentia meus dedos do pé.

Já passava das 14h30 quando finalmente nos demos por satisfeitos – os últimos takes foram feitos praticamente às gargalhadas, onde ríamos da nossa situação. A essa altura o carro já estava com cheiro de roupa guardada molhada em lugar abafado. E o frio persistia, porque senão embaçava os vidros. Paramos para almoçar coisinhas do mar num restaurante que já não me lembro do nome. Comida ruim, todos concordamos. Entramos de volta no carro, um tanto mais organizado e espaçoso, mas ainda abafado e frio, nos concentrando na viagem de volta. Metade do caminho, brincamos de “Eu vou pra Lua e vou levar…”, na outra metade, não sei dizer, porque apaguei completamente.

Por fim, fui deixado em casa. A May tava chegando de metrô, então corri para tomar um banho quente. Ficar gripado anda fora de moda, e impede as pessoas de trabalharem direito! Assim que saí do banho (que banho maravilhoso, devo admitir), corri para o metrô, para buscar a jovem. Então ficamos aqui cantando musiquinhas (a May) e ouvindo musiquinhas/cochilando (eu), até a hora de sair pro show do Lenine. Que show! Fechou o dia maravilhosamente bem, e depois de quase meia hora tomando chuva e vento nas ruas, conseguimos pegar um táxi. Dormimos à 1h30, para acordar às 7h30, afinal, Domingo é dia de filmagem! Mas isso eu conto em outro post, porque agora tô caindo de sono. Justificativa: Segunda é dia de set!

Preciso parar com essa sobrecarga, ou vou morrer muito novo!

Day-to-Day

[CINE] Rito.

September 20, 2010

BEWARE: Fui contatado pessoalmente pelo diretor, para que tirasse o post do ar. Mudei umas coisas, e agora não é mais possível saber quem é o “Que-Não-Deve-Ser-Nomeado”.

Depois de muito enrolar e quase chegar à decisão de abortar o post sobre o Rito, resolvi escrever logo essa bagaça, e também porque tenho mais outros TRÊS sets pra narrar, então se acumular, já era!

Honestamente falando, esse foi o Cine com mais problemas. Mas não eram problemas espalhados, todos eles se concentravam ao redor de uma única pessoa. Um dos motivos de não querer falar sobre esse Cine, é que não daria pra falar dele sem deixar passar os enormes deslizes do nosso querido diretor Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.

A grande insegurança do elemento fez com que o filme mais simples se tornasse um verdadeiro pesadelo. Com um storyboard e decupagem mal definidos, mudava a câmera de lugar de acordo com sua vontade (claro, jogando o peso da Arri nas costas dos fotógrafos). Falando em foto, era responsáveis Camila Luppi e Anna Júllia Santos, (diretora do Comando e diretora de arte do Vingativa Dra. Vanessa respectivamente, entre outras funções), uma luz bem difusa, com destaque para os pontos próximos aos abajures em cena. Ah, como deu pra notar pelo comentário sobre a câmera, o Rito foi feito em película, Super 16mmm, novamente com uma câmera da JKL.


Se “fotógrafa”, então “egípcia”.

No roteiro da Ludmila (que também fez a direção de arte), acompanhamos a descoberta da sexualidade (será que dá pra dizer isso?) por Eduarda, que começa a flerta com Júnior, amigo de seu irmão, e que acabou de chegar do exterior. Eduarda é interpretada por Nina, Júnior por Tiago e Tomas, o irmão da garota, é Erick. Tomas, assistindo de fora a situação, acaba tomado de ciúmes e tendo reações inesperadas.

Nessa onda de mudar enquadramentos, lentes e o escambau, não é de se admirar que a equipe e os atores ficassem ociosos por muito tempo, deitados nas mantas de som, ou no sofá que fazia parte do cenário, e tirando verdadeiros cochilos de longa duração. So quem não dormia eram as fotógrafas, sempre argumentando com o Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, sobre as mudanças de quadro, e os pitacos na iluminação. Sério, galera: ou você dirige o filme, ou você fotografa!

Felipe (que fotografou o Zero) era o operador de câmera, e eu era seu assistente, brincando um bocado com foco, fotometrando – medindo a luz -, trocando as lentes e ajudando a posicionar a câmera. Mais ou menos o que fiz no Raposa, só que agora já entendendo melhor cada coisa e objetivo.

Definitivamente esse foi o set onde tirei menos fotos de ação ao longo do filme. Era tanto tempo entre cada take que eu desanimava de ficar por perto, com a câmera a postos. Então a 7D passeou pela mão de quase todo mundo, que colaborou com alguns cliques. Honestamente falando, se esse fosse um dos primeiros Cines, eu pensaria muitas vezes antes de querer repetir a dose do exercício. Cortou GERAL o clima.

Tínhamos o quarteto de ProduSom. As duplas Mari Chiaverini/Helena, e Fábio/Ana Paula, fizeram Produção e Som, respectivamente no Rito, mas no Zero, Fábio/Ana Paula fizeram produção e no Comando Mari Chiaverini/Helena fizeram som. Tinha tanta comida, mas tanta comida, que todo mundo saiu empanturrado, todos os dias, e ainda sobrou no fim do filme – ganhei um pacote de Bono de morango! Como diz a Bia “equipe bem alimentada é equipe feliz!”

No segundo dia, eu e a May saímos levemente atrasados, já com medo de chegar tarde demais, quando nos deparamos com uma das situações mais bizarras que já passei em São Paulo. O motorista do ônibus (Cléber, para os íntimos) NÃO SABIA a rota que estava fazendo. Nem o cobrador. A princípio, uma velhinha estava dando as indicações, o que achamos muito estranho (“quem essa mulher pensa que é, pra ficar dando pitaco na rota?”). Por muita sorte do destino, não passamos da catraca logo na entrada, e pudemos ir guiando o camarada até dentro da USP – depois da indicação dessa mesma velhinha, que nos explicou que era o primeiro dia do cara no trampo. Ao longo do trajeto, ainda indiquei caminhos para duas outras moçoilas quase tão perdidas quanto o motorista, que se encontravam na parte dianteira do ônibus. Dá pra acreditar nisso? Ah, e mesmo com o atraso e o ônibus louco, chegamos antes do diretor.


Nessa diária as coisas estavam tão paradas que resolvi animar Amanda (responsável pela maquiagem) e pedi pra ela fazer um olho roxo em mim. O primeiro saiu um fiasco, o segundo ficou mais caprichado. A moda pegou e até o fim do dia era grande a quantidade de pessoas com a cara pintada dentro do set.

Fernanda/Lady Gaga, assistente de direção.

Por conta desses longos intervalos entre os takes, a equipe tinha muito tempo de conversar, e foi a partir daqui que surgiu um novo grupo de produção. Somos parte da parada eu, a May, Ludmila, Felipe, Erick, Camila e Simon (único elemento externo ao set, apresentado pelo Erick). Tenho peripécias dessa galerinha da pesada pra contar, mas ainda preciso de tempo! Rodamos um vídeo pro Festival do Minuto aqui em casa ontem e quase destruímos o apartamento!

Fábio, preparado para uma quadrilha. Ana Paula também tava na pegada!

Esqueci de mencionar que a cantoria rolava solta nos momentos descontraídos do set. Tirando os (poucos) momentos em que estávamos de fato rodando a película, sempre tinha alguém – ou várias pessoas – cantando alguma coisa. Não faltavam dotes musicais. Na terceira e última diária, tínhamos um violão na base de produção. Ficou combinado que quando acabasse o filme, iríamos nos reunir num sarau. No fim das contas, poucas pessoas de fato ficaram, mas ainda assim foi deveras divertido!

Com uma direção mais confiante e um mínimo de planejamento, o Rito podia ter sido rodado (com folga) em duas diárias. Num filme onde a ênfase está nos olhares, reações e outros traços dos personagens, ficar fazendo planos abertos é desperdício de tempo, película e atuação. Adivinhem o que mais aconteceu? Exatamente, planos gerais. Céus, fico irritado só de lembrar. Melhor encerrar o post por aqui. Em resumo, o fim do Cines passou longe de uma chave de ouro, mas a diversão no set foi incomparável.

Day-to-Day

Absent.

September 16, 2010

Pessoas, venho desculpar-me pela ausência prolongada. Andei um pouco revoltado com assuntos diversos, e com calor-frio-calor-frio dessa cidade. Enfim, ia reclamar da saudade dos móveis do meu quarto, mas depois que a Gi me pediu desculpas DUAS vezes hoje (em momentos diferentes) pela demora em devolvê-los, até fiquei menos triste.

O quarto tá no mais extremo de bagunça que jamais existiu. Tô dormindo num colchão no chão há um mês, porque as coisas se acumularam sobre a cama, e não tenho espaço livra pra tirá-las de lá e limpar um pouco!

Então, tentando justificar minha ausência, ando bastante ocupado, além desse tanto revoltado que mencionei antes. Tô fazendo uma vinheta pro Murilo e isso tem consumido quase todo o meu tempo livre (é nessas horas que você dá graças-a-deus por já ter adiantado todos os trabalhos), mas acaba hoje à noite. Foi divertido fazer, aprendi um bocadinho de 3D pelo After Effects. No fim das contas, a cliente preferiu a versão 2D. Uma pena, depois ela vai querer mudar, e eu vou poder exigir algo em troca! Há!

Quando (se) eu puder, posto ela pronta por aqui. Se tudo der certo, o programa vai passar no GNT. A Casa da Vida, com Miriam Izabel. Amém.

Além disso, desde que terminou o set do Rito, formamos uma equipe de ponta e estamos numa corrida alucinante contra o tempo para produzir um vídeo pro Festival do Minuto. Temos um desenvolvimento legal. Não importa o que aconteça, rodamos no Domingo. Ou na USP, ou aqui em casa. Nessa vibe de Festival, comecei a esquematizar vários outros videozinhos, pros temas do concurso, afinal é tudo simples de fazer, é experiência, e ainda pode render uns trocados.

Não bastasse isso tudo, provavelmente ainda vou fazer (na semana que vem) animações pro camarada que mantém os twitters da Nossa Senhorita e da Rádio Vanusa, pra ele poder dar entrevistas sem se identificar! By the way, recomendo a Rádio Vanusa para visitas constantes. Sempre passo mal de tanto rir.

Como se isso fosse muito, exatamente entre 18h e 19h, recebi dois telefonemas (uma indicação do Ricardo, outra do Fattori) com propostas irrecusáveis de trabalho, ambas como assistente de câmera, e uma com um pagamento pelo meio. Felizmente (?) acho que esse rush todo termina no meio da semana que vem. Ainda não tive que recusar nada, o que é uma alegria.

Ah, e segunda-feira de manhã eu vou pra uma cabine de imprensa com missão de escrever uma crítica para o Pipoca Combo de “Vampires Suck”, filme-paródia da “Saga Crepúsculo” e essas outras coisas de vampiros que andam na moda.

Show de Lenine no Sábado a noite, por sinal. Vai ser bom. Muito bom.

Agora, deixem-me desdobrar-me em múltiplos pra fazer tudo isso com empenho! Mais novidades em breve! Ah, e as almas boas que me quiserem bem, desejem-me sorte.

Day-to-Day

Rituais.

September 13, 2010

Tudo que posso dizer, por ora, é que o fim dos cines não foi tão apoteótico como poderia ter sido. Mais informaçõeso no post detalhado do Rito. Pra não quebrar a tradição, e não abandonar os que vêm aqui todos os dias, algumas imagens do que tivemos por lá.





Anna Ju sensualizando com a Color Bar.

Camila is EVIL.




Day-to-Day

Quarta Temporada.

September 13, 2010

Seis meses se passaram, e chega a hora de abandonar o banner mais legal que esse blog já teve até agora. Confesso que me esforcei um bocado para superar o nível, mas não sei se fui bem sucedido. Apelei pra um truque que queria usar faz tempo (com base nos últimos posts dá pra ver que eu faço muitos planos, né?), múltiplos banners!

Entrei no embalo das produções sucessivas, que é o título novo – admito, não é uma criação minha. Sempre subindo o nível, aí vamos nós, rumo a novas aventuras nesse universo paralelo que é a USP.









Quarta Temporada: HollywUSP

Fico devendo ainda dois banners, dos Cines que ainda não rodaram. Assim que eles acabarem, até fim da semana que vem, coloco aqui também, completando o superkit de oito banners.