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February 2011

Day-to-Day

[SET] Saltec + Redsail.

February 13, 2011

Tem coisa melhor do que já ter trabalho na primeira semana de volta a São Paulo? Acredito que não. E se o trabalho é com uma equipe conhecida, legal, ainda melhor! Pagando bem, então? Maravilha!

Desde antes de voltar, a Lud já tinha combinado essa coisa com a gente, num estilo Shoptime mesmo. O produto é uma plotter, vinda direto do porto de Santos. O que diabos é uma plotter? É uma espécie de impressora. Só que ao invés de imprimir, ela recorta. Uma coisa tentadora, que dá vontade de ter em casa, mesmo que não se tenha um uso específico. Esse era nosso produto.

O estúdio já tava reservado, eu ia fazer a foto, May no som, Lud dirigindo e Paty na arte. Vanessa era nossa atriz propagandista. Olha a animação da garota.

O plano original era de rodar o comercial pra uma plotter só, mas meio que de emergência, entrou uma segunda, maior, de outro fabricante, e o trabalho que levaria só meia diária acabou se extendendo pra uma diária inteira. E não foi moleza. Reclamações mil!

Encontramos com a Lud e o Igor logo cedo, perto do metrô, e em seguida buscamos a Vanessa, também no metrô, mas do outro lado da cidade. Nosso estúdio era na Zona Leste. Passamos numa padaria pra tomar café e chegamos no estúdio perto das 10h. Tivemos então que esperar até as 11h pra poder começar a arrumar nossas coisas, uma vez que o lugar não estava preparado como havia sido prometido.

Apanhei um bocadinho dos refletores, e no fim acabei com uma luz bem “não emocionante”, mas que cumpria a função. Depois, enquadramos tudo no limite, só usando lentes fixas. A princípio, tivemos um problema com isolamento de luz. Dá pra acreditar que o lugar tinha umas janelas altas, que teoricamente estavam sendo tampadas por uma lona pendurada em tripés? Maior armengue que vi nos últimos tempos. A sorte maior é que estávamos usando luzes frias, e o Sol não esculhambava com a temperatura de cor, mas estavam oscilando bastante na exposição. Rearrumar essa tal “cortina” de forma satisfatória consumiu ainda mais do nosso – já atrasado – cronograma.

Começamos a rodar com uma hora de atraso, mas até a hora do almoço já tínhamos recuperado o tempo perdido. Fizemos até planos loucos com a MACRO, coisa super conceitual pra um Shoptime da vida! O almoço foi tranquilo e divertido, mas a tarde puxou os nervos de todo mundo com tudo.

O grande problema com esse estúdio dos infernos era a absoluta ausência de isolamento acústico. Ou seja: um cachorro latiu, a gente ouve. A gente ouve, o microfone ouve. O microfone ouve, quem tá vendo a propaganda ouve, e aí já esculhamba tudo. Eram caminhões, motos, aviões, helicópteros, cachorros, serras, martelos, e até mesmo outros clientes do estúdio falando alto, tudo isso conspirando pra atrapalhar nossa captação sonora. Saímos em cima do horário, tensos e suados (desligar ar-condicionado, galera! Atrapalha no som!), mas com todos os TRINTA E OITO planos no HD.

Terça feira encontro com a Lud e vamos tentar montar essa loucura, que não foi claquetada, não teve folha de montagem, e nada que facilite o trabalho. É só instinto. Acho que o resultado final vai parar no Youtube e eu posto por aqui. O maior aprendizado, entretanto, foi: nesse estúdio, nunca mais! Ficou no ar a promessa pra um novo trabalho, dessa vez com bicicletas elétricas. É cada coisa, né?

Day-to-Day

Pandora.

February 12, 2011

Só não faço desse post um guia ilustrado porque os exemplos seriam por demais anti-apetitosos. Como vocês não devem saber, Lila chega de volta por essas paragens amanhã e como sou um irmão muito cuidadoso, resolvi dar uma geral, daquelas bem grosseiras, na casa. Mal comecei e já tenho a impressão de que: ou será mais desagradável do que deveria, ou comecei pelo lugar errado.

A cozinha. Sabe quando você acha que a geladeira precisa de uma atualizada? Toda vez que você abre, estão ali as mesmas coisas, nos mesmos lugares, por vários dias, semanas, meses seguidos. Como hoje é O dia, resolvi brincar de adivinhação. Como se brinca de adivinhação sozinho? Você abre a porta da geladeira e vai apontando pros itens que acha que estão vencidos. Modéstia à parte, acertei nas nove primeiras tentativas (quatro iogurtes diferentes, dois queijos, um pacote de pão – com uma faca dentro -, uma caixa de leite e uma de suco), depois errei, sobre um chantilly, acertei sobre uns sacos com cebola e alho, e aposto que vou acertar quando tiver coragem de abrir o tupperware com coisas coloridas dentro…

Para falar a verdade, estava prestes a fazê-lo, quando meu instinto Sherlock Holmes – ou Sentido Aranha, o que preferirem – apitou acerca de um pote de sorvete dentro da pia. Fiz algumas suposições, e errei em todas. A reação imediata após a abertura do recipiente foi um sonoro “Porra!” e o arremesso do pote dentro da pia.

O que o nome “Pandora” te lembra? Se você for cult, certamente lembrará da mitologia grega, a jovem Pandora, que abre a caixa e deixa toda a desgraça se espalhar pelo mundo. Se você for pop, vai lembrar de Avatar, cujo planeta se chama Pandora, e tem fauna e flora bizarras. Quando abri o pote, foi uma mistura das duas coisas. A Desgraça se espalhou, porque imediatamente pensei que a arrumação possa ser uma péssima idéia. Juntamente com a Desgraça, toda a fauna de Pandora saiu voando pela cozinha, na forma de insetos diminutos, nos mais diversos tamanhos. A flora do planeta remoto permaneceu lá dentro do pote, como mini-florestas de bolor, mofo, whatever you wanna call it. Verdinhos e brancos, se alimentando alegremente de um resto de sorvete de flocos abandonado ali há pelo menos uma semana.

Por esse acontecimento, estou com medo de mexer no tal tupperware coloridinho, numa vasilha com bolo e um pirex aberto, com um líquido transparente, viscoso, e um garfo dentro. Todos eles dentro da geladeira.

Isso porque não comentei a panela de óleo e alho que descansa na pia. O que esperar do banheiro? Alguém me ajuda?

Cabe aqui uma ressalva: eu e Lila dividimos o apartamento com mais um ser humano! Essas são conseqüências de atos que não cometemos.

Day-to-Day

Why We Photograph.

February 12, 2011

Retirado do Digital Photography School, por Matthew Dutile.

Photography is a part of the lives of hundreds of millions of people around the globe. The widespread availability and ease of owning a camera is a product of the digital age – and aren’t we all so fortunate for it. Whether you have a simple point and shoot to capture family moments and day to day ramblings or a multi-thousand dollar medium format with a digital back for large production advertising, photography touches all of us. It begs the question, why do we photograph?

For some it’s as necessary as breathing. It’s as much a part of who we are as the clothes we wear, the music we listen to, the friends we associate with and the values we hold dear. It’s who we are. To others it’s an enjoyable hobby or past-time – a great way to spend some free time or a way to capture little family moments. Whatever your personal level of involvement in photography is, taking photos is something we all love to do.

Perhaps there is a deeper psychological explanation. Our time on this earth only lasts for so long, and a camera allows us to preserve memories far past when they might have slipped our mind. It helps us pass those memories into the hands of future generations. Our photos are little legacies of the life we have led – our travels, experiences, food, family, friends, work relationships and more. Each photo is a window into a moment, and the collections of images we take over the years are a window into who we were and what we valued. Ultimately it comes down to a simple truth – seeing that moment captured makes us genuinely happy.

Photography should make you happy. Never let someone impede on your personal happiness. You love HDRs and someone else doesn’t – who cares? You are enamored with landscapes but your friends think they’re droll – don’t let it bother you. You’re a fashion nut but no one gets your style – just keep being you. Enjoy your photography for what it is – your own. Know that not everyone will appreciate it, but if it personally fulfills you, that’s all that truly matters. Be true to yourself and you’ll never regret a day of your life.

Share with us, why it is you photograph.

Day-to-Day

Associação de Memória.

February 11, 2011

Levanta a mão quem não tem memórias associadas a coisas! Que coisas? No meu caso, músicas são exemplos bem fáceis. Tenho várias coisas associadas a músicas. Por exemplo, AC/DC – You Shook Me All Night Long me lembra “noites viradas jogando Neverwinter Nights em 2005”.

Beirut (as músicas, não o sanduíche!) me lembram “a mudança pra São Paulo”, Weird ‘Al Yankovic – Pancreas me lembra “Daniel, professor de biologia do Etapa”, mais uma do Weird Al’ – Drive Thru me lembra “Juliana Riccio, a bróder que foi morar fora”, enfim, eu podia ficar citando exemplos a noite inteira. Agora que o conceito tá explicado, você também já tá lembrando de várias das suas? Mas músicas não são um caso único. Tenho memórias associadas a imagens, sons, nomes e, o que pretendo abordar, comidas e cheiros!

Primeiro a parte boa da história. Nunca fui muito saladístico. Desde sempre, dispenso as plantas na minha alimentação, abrindo exceção apenas para couve-flor e, depois de um tempo, brócolis. O brócolis faz parte da história. Essa incorporação começou quando vim pra São Paulo. Na falta de coisas decentes pra comer em casa, encontramos um brócolis congelado que é sucesso. Minha mãe começou a tradição, e Lila é adepta forte do brócolis entupido de azeite.

A memória associada ao brócolis se dá no Reveillon de 2009 pra 2010. Como a segunda fase da FUVEST era logo no comecinho de Janeiro, e São Paulo e Salvador são cidades muito distantes, preferimos não arriscar, e virar o ano por aqui mesmo. Estávamos eu, meu pai e minha mãe, olhando a noite pela varanda, depois de uma incursão até a Paulista só para descobrir que preferíamos ficar em casa, em nossa própria companhia. A fome bate, e lá fomos nós até a cozinha. Na falta de alimento mais relacionado à virada de ano, acabamos apelando pro brócolis. Foi o melhor brócolis que eu já comi na vida, e desde então, sempre que vejo ou como brócolis, me lembro desse dia.

Primeira parte já explicada! Faço aqui um breve interlúdio para ambientar esse post no dia de hoje. Estava indo almoçar, hoje, claro, quando – pela primeira vez em muito tempo almoçando no mesmo restaurante – decidi colocar brócolis no prato. Logo vi uma garrafa com um líquido amarelo e não tive dúvidas: “Azeite!”. Grande erro. Vinagre. O elemento chave para a segunda parte da trama do post!

Aposto que vocês estão achando que tenho alguma memória culinária associada a vinagre – a menos que você seja minha mãe, ou Lila, que sabem EXATAMENTE a memória que tenho de vinagre -, mas, provarei que vocês estão errados! Enquanto muita gente pensa em “vinho”, “química”, ou “salada” quando vê, ou sente cheiro de vinagre, eu só tenho uma coisa em mente: piolhos! Oh yeah, avisei que era surpreendente, não?

“Mas por que vinagre, Tito?” – Motivo simples! Minha mãe, sempre muito radical, não acreditava nos shampoos tradicionais de matar essas pragas de cabelo, que toda criança pega na escola. Nem confiava tanto no scan de pente fino diário. Saído de algum lugar remoto da medicina não-tradicional, chegou a seus ouvidos que VINAGRE matava piolhos. Como fazer pra manter o vinagre na cabeça dos moleques, entretanto? Toucas plásticas, oras bolas! Tão simples!

Então, lá estávamos nós, todos os dias, por longas semanas, ou meses, já não lembro mais, com toucas de banho na cabeça por inúmeras horas por dia, em casa, com o cabelo entupido de vinagre. Sei que vocês são criativos e conseguem imaginar o cheiro que saía quando a gente tirava a touca. O pior é que essa desgraça funcionava, e os piolhos não voltavam, por um bom tempo. Mas quando voltavam, tome-lhe mais vinagre, porque essa segunda geração já era mais forte, e acostumada aos remédios da medicina traidicional…

Retomando a história, agora vocês já sabem que brócolis me lembra ano-novo e vinagre me lembra piolhos. Na hora que eu joguei o suposto azeite no prato, ainda tive uma breve esperança de que fosse qualquer molho bizarro na face da Terra, e não vinagre, mas quando sentei, e o cheiro subiu, foi foda. Tive que sair catando grãozinhos pra comer/não comer e, a todo instante, esperava ver pequenas pragas saindo das arvorinhas de brócolis, soltando fogos de artifício… Foda.

Day-to-Day

Operário: Linha de Montagem.

February 8, 2011

Cá estou eu, de novo, para falar do Operário em Construção. Passei o dia quase todo mexendo na primeira parte. May, Hannah e Yugo estão responsáveis pelas outras três, cada um trabalhando em separado, pra depois juntar tudo e ver no que dá, ajustar os encaixes, e pronto! Está terminada nossa apoteose – a idéia é que isso aconteça ANTES do começo das aulas… Já que o tema é Operário, vejam o cenário da minha obra!

Day-to-Day

Quinta Temporada.

February 5, 2011

Seguindo a tendência da última temporada, com múltiplos banners, por enquanto vamos só com três. Quem sabe não surgem mais?




Quinta Temporada: With a Spoon!

2011 é o ano da Simples Colher, e em referência direta, um vídeo, que não é nosso mas, que é deveras famoso e deveras divertido. É sempre bom de assistir e dar risada.

Day-to-Day

02 de Fevereiro.

February 5, 2011

Depois de um bocado de tempo sem postar fotos decentemente por aqui, estou de volta! Estamos de volta também à cidade grande, São Paulo, por tempo indeterminado. Porém, voltemos alguns dias no tempo, para a data-título, acompanhand

O dia começou nas trevas, às 3h30, quando os despertadores tocaram. Caçamos roupas brancas, escondi a câmera e duas lentes numa mochila e partimos. Dia 02 de Fevereiro é dia de Yemanjá, e todo ano o Rio Vermelho pára para a festa acontecer. Pela manhã acontece uma série de rituais, homenagens, cantos. Vai um bocado de gente, de tudo que é crença, para dar presentes à rainha dos mares. Flores, perfumes, velas e coisas de maior valor são oferecidas às águas, muitos vão com pedidos, outros tantos vão com agradecimentos. É uma coisa muito bela de se ver, sentir e fazer parte.

Mais tarde – sempre vale lembrar que esse “mais tarde” é em relação às 5h da manhã – começa uma festança sem tamanho, com trios elétricos e tudo mais, em homenagem à deusa. Há, na parte da madrugada, uma verdadeira enxurrada de fotógrafos, com todo tipo de equipamento, e eu estava lá no meio também, tentando conseguir umas imagens bonitinhas. Da série abaixo, quase todas foram com Lensbabies, e adoro os efeitos colaterais da luz nesse treco.







Que Yemanjá abençoe mais esse ano, já joguei minha florzinha no mar, fiz meus pedidos e agradeci outros tantos acontecimentos. Vamos nessa! Termino o post com Salvador ao nascer do sol.