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May 2011

Day-to-Day

Down With The Sickness.

May 29, 2011

Tudo começou na quinta. Frio pra caralho, cheguei em casa meio gripado. Na sexta teve o Muletas, ETS que fotografei, e portanto consegui dar uma segurada na doença. Well, efeitos colaterais desabaram sobre mim na sexta à noite mesmo, nariz na pior, só consegui dormir sei lá que horas. Sábado, devia ter ido ajudar o Cauê no Estamos Todos Bem, mas só levantei perto de meio dia, e passei o dia inteiro me arrastando pela casa. Nesse meio tempo, quebrei um copo e cortei o dedo.

Hoje tinha mais um ETS, Decisões, com chamada às 6h30 na USP. Acordei 5h30, na dúvida se ainda tinha nariz e um ouvido. Dor absurda. Mandei uma mensagem pro Plínio, que disse que se virava sozinho por lá. Lhe sou muito grato, colega. Agora, estou aqui, morrendo – no sentido mais extremo da palavra – de dor de ouvido, esperando May voltar do mercado com sopas e remédios.

Frio do inferno, apesar do Sol. Fim de semana incrível, esse.

Day-to-Day Tudo AV

DemoReel.

May 22, 2011

E então, incentivado pelo Murilo, fiz meu demoreel de animações e derivados do After, com diferentes técnicas. Podia ser mais acelerado, mas até agora estou gostando bastante do resultado.

Day-to-Day

Mudanças.

May 17, 2011

E então eu me mudei, saí daquele apartamento tão interessante, na Augusta, para um a duas quadras de distância. Não sei definir se é maior ou menor, na prática, mas a sensação é mais agradável, mais claro – entra mais luz do dia – e tem espaços comuns! Salas, cozinha grande! Até o banheiro é muito incrível (parece de hotel).

Na prática, a mudança começou na quinta, quando começamos a empacotar tudo. Na teoria, começou na primeira semana de Maio, quando foi dada a largada nas obras – mínimas – para torná-lo perfeitamente agradável. Repintamos tudo, lixamos o chão e trocamos uma banheira vitoriana por um box (viva a modernidade).

Pois bem, retomando a parte prática, a May chegou lá em casa já depois da Produção Musical da semana passada, na quinta (estamos preparando algumas coisinhas novas por lá), e a casa já estava ficando de pernas pro ar. Ao longo da sexta, sábado e domingo, minha vida pode ser resumida a “caixas”. Enchê-las de coisas, numa ordem racional, ser capaz de lembrar o quê vai onde, e alguns metros adiante (uns 400), descarregá-las, e esvaziá-las, improvisando lugar pra tudo numa casa sem armários.

Numa solução pensada por May e aprimorada por mim, o guarda-roupa ficou sensacional. A cortina foi feita de casacos (só durou um dia, já desfiz e coloquei tudo numa estrutura mais adequada), grande parte das tralhas de filmagem (armas antigas, claquetes, etc) está disfarçada de enfeite, espalhada pela casa. A estante de livros é algo de dar gosto só de ver.

Tem até um armariozinho lá no fundo onde deu pra esconder as coisas mais nonsense de elétrica! Fios, luvas, pedaços de cano, querosene, sprays de tinta, corda, tudo tem abrigo mais adequado. Ainda tem muuuuuuuita coisa sem destino, espalhada, mas que será encaminhada em breve. Até que desmontamos tudo relativamente rápido!

Ontem cheguei mais cedo em casa pra resolver mais coisas e me dediquei a turbinar a sala de TV. Peguei meu sisteminha de som que ficava no computador, e que estava parado há meses (desde que o referido computador quebrou), instalei na sala, no DVD. Tá potente, e muito interessante. Depois, mexendo em mais fios, deu pra conectar o ipod, e alternar entre o DVD e o ipod com o controle remoto. Ainda tô aprimorando, mas já tá bem interessante assim.

Continuando no aproveitamento do espólio do PC morto, arranquei fonte, processador e memórias para o computador de Lila. Tentei usar umas placas de vídeo velhas, pra ver se funcionavam. Uma tava com defeito no núcleo, outra no cooler. Tentei tirar o cooler funcional de uma e juntar com o núcleo de outra, mas não rolou. Tirei uma das super-placas de 1gb também do finado PC, e instalei. Tá funcionando lindamente. Hoje, instalei mais um monitor aqui, e um som legal também. Ressuscitei os HDs do morto, e tô atualizando a bibiloteca de filmes e séries. O plano é criar algo vasto, pra deixar conectado direto no DVD, como uma locadora, grátis, sempre lá, com o conectar de fios.

Falando desse jeito pode ficar confuso, mas… em números, o processador novo é 4x mais potente que o anterior, a memória é o dobro da anterior, a placa de vídeo é 10x melhor (literalmente), e a fonte tem o triplo da capacidade. O único revés disso tudo é que o computador só tá funcionando deitado. Quando levanta, ele desliga. Vai entender…

Depois dessa loucura toda, fiz três viagens de ida e volta ao apê velho, para resgatar as coisas que tinham sobrado por lá. Máquina de fumaça, isopor, quadros, detalhes. A cada jornada, a coisa ficava mais estranha. Na primeira, eu tinha uma toalha no pescoço, e duas malas na mão. Na segunda, era um steadicam no pescoço, e a terceira, vim abraçado com um balde de lixo grande (novo, mas igual!) um quadro e um guarda chuva colorido.

Mais tarde vou ao mercado, porque a casa tá quase sem comida. Tivemos que esvaziar a geladeira (comendo tudo) para transportá-la, então, tá branquinha, branquinha. E a cozinha é muito legal para ficar sem preenchimentos alimentícios.

Falando em mudança, esse blog tá retomando a cara que eu gosto. Aleluia. Depois posto fotos do apê. By the way, nesse processo de mudança, perdi um set de EQS, o Sequestro, dirigido pelo Léo. Em 3D, ação, tiroteio e perseguição de carros. Oh, vida.

Day-to-Day

[EQS] Pedro Morreu.

May 17, 2011

E então recomeçam os Cines/EQS! Para abrir com chave de ouro, Pedro Morreu, roteiro da Piera e do Vitor Coroa, que já teve, até o momento, três diferentes títulos (Se Fizesse Sentido, Incompreensível e, por fim, Pedro Morreu). Como dá pra adivinhar, tem um Pedro no filme, e ele está morto. Pedro, era Paulo, esse rapaz sorridente da foto abaixo, mas, o filme não teria muitos acontecimentos se ele aparecesse morto mesmo, não é?

Interagindo com esse fantasma/memória/coisa parecida, há Alice, já conhecida pelas bandas desse blog como Mari Rattes, que, com a gente, no ano passado fez o Arco Íris, Pedro e a Cigana e o Final Feliz.

A direção ficou por conta da Bia Pomar e Felipe Mafasoli, que colocaram toda a história num número mínimo de planos (16, estou errado?), mas quase todos de grande complexidade, trazendo desafios para toda a equipe e, claro, também para os atores. “Perfeccionismo” é pouco pra descrever o funcionamento da dupla de diretores. Exemplo especial para o tavelling out com zoom out, com passagem de foco e entrada de personagem em quadro, além de diálogos e saída num único plano, e um “morto” em cima da mesa (perdoe-me, Régis, por diminuir sua função, colocando-a entre aspas!).


Já que os planos eram tão poucos e complexos, as diárias tinham (claro) poucos planos. Na primeira, eram quatro ou cinco, na segunda, dez, e na terceira, apenas três. Dilson era o dono do set, controlando o tempo de cada um deles, e sempre apertando a equipe de foto para cumprir os horários. A gente sempre atrasava, mas o plano era feito. Pedro (não o que morreu), era o fotógrafo, e cumpriu muito bem sua missão, com quadros espetacularmente belos.

Por conta das aulas, não pude participar ativamente da primeira diária, e o Manfrim tava por lá, pra fazer as correções de foco e tomar conta da câmera – o que ficou sob minha responsabilidade nos próximos dois dias. Nessa primeira diária foram rodados os planos da funerária. Ok, mais um pouco de rasgação de seda, dessa vez para o Renato Sircilli, que comandava a direção de arte. Os cenários estavam incrivelmente convincentes e muito cuidadosamente detalhados.

Na segunda diária, eu e a May – que ficou com a função de logger – chegamos na USP às 6h da manhã. Era sábado, então estava tudo deserto, mas a equipe de foto e elétrica e som, já estava praticamente terminando de carregar o caminhão. É dia de externa. Externa é uma coisa terrível, sempre. Você tem que brigar com o sol, brigar com barulho (entenda-se: carros, helicópteros, aviões, caminhões, pessoas, ciclistas, baterias, reatores nucleares – estávamos filmando em frente a um prédio da Física), e torcer para não chover. Tudo ao mesmo tempo.

Pra piorar nossa situação, a Yolanda, que trazia o café da manhã, se perdeu, e a gente tinha que continuar a montar butterflies gigantes, com cuidado para que eles não voassem, enquanto o Marcute puxava energia elétrica de dentro do prédio com pelo menos uma dezena de extensões. Para aquecer (literalmente) e depois quase queimar os atores com 7000w de luz quente nas costas! O ponto é, ficou bem convincente na câmera, durante o dia todo.

Não dá pra dizer que o Sol foi nosso maior inimigo nessa externa. Tínhamos os butterflies montados cobrindo toda a ação. O problema era o som. Carros, caminhões, helicópteros, aviões, rádio (os cabos funcionam como antenas, captando interferência e jogando direto na gravação), tornando a diária um verdadeiro pesadelo para o Vitor e o Mister X (o operador de boom pediu para não ter seu nome mencionado), com direito a motoqueiros radicais parando para assistir, e bandos de ciclistas parando para descansar do lado do set. Lá pro fim do dia, descobriu-se que as mantas de som ajudavam a bloquear a interferência, mas até uma abordagem ao estilo “Sinais” teve chance, embrulhando o zepelim em papel alumínio!

Mister X

O Sol resolveu então ser bondoso, e criar a luz perfeita, para casar com a iluminação falsa do dia inteiro, possibilitando um master-over-ultra-plano geral, que exigiu que tudo fosse retirado e escondido da pracinha onde estávamos rodando. foi uma correria organizada e eficiente, contra a descida da luz natural, onde nossos queridos assistentes de elétrica foram parte fundamental da ação. Todos (Fran, João Pedro, Henrique, Flávio, Ana Laura, Albanit e Matheus) mandaram muito bem ao longo de todas as diárias, e parece que se divertiram no processo, que é o mais importante.

Estou sendo sincero quando digo que foi master-over-ultra-plano geral.

Dilson, o homem do relógio.

A diária terminou exatamente na hora prevista, com descarregamento de caminhão e tudo. Uma das caixas de cabos (aquelas extensões infinitas, mencionadas antes) era tão pesada – sem parecer ser tão pesada – que quando a gente foi tentar pegar, quase caiu no chão. Foram cinco cabeças pra carregar, e o Marcute só dando risada.

Isso nos leva diretamente à terceira diária, com uma chamada um pouco mais tarde. “Equipe reunida às oito. Oi, você é de foto? Ah, sete horas, pra vocês!”. Fiquei deveras surpreso ao conferir com o Dilson e descobrir que tínhamos apenas três planos para rodar. Um no necrotério, aquele, mencionado no segundo parágrafo, com travelling out, zoom out, mudança de foco e entrada de um personagem em quadro. O trilho tava bem complicadinho de não sacodir, mas o resultado ficou bem convincente. Qualquer coisa, é só aprimorar com umas estabilizações de pós produção!


Mari e Paulo cantam, Régis se finge de morto.

Depois desse, saímos correndo para o segundo andar, levando toneladas de equipamento de foto, para isolar a luz do Sol e fazer a que o Pedro tinha planejado. Foi complicado, e demorado, mas deu certo. A melhor forma de definir a estrutura montada é dizer que estávamos brincando de cabaninha, com recursos que as crianças invejariam. Tripés, sarrafos, panos pretos, crepe, janelas, mantas de som, garras jacaré e (muitos) sacos de areia foram muito bem empregados nessa estrutura de fazer inveja a engenheiros – mas que ainda assim desabou na cabeça do Marcute, que xingou todo mundo.

Escrito assim, em um parágrafo, parece que foi coisa rápida, mas a gente levou bem umas duas horas pra montar essa coisa. E éramos cinco trabalhando sem parar. Se foram cinco pra montar, na hora que acabou, eram pelo menos dez pra tirar tudo. TUDO mesmo, e voltar o corredor à condição original. Esse processo todo levou mais algumas horas, e as pessoas foram indo embora aos poucos. Sempre sobra a equipe de foto na desprodução final. Dessa vez, o Vitor e o Mister X ficaram também, ajudando e colaborando com a cota de risadas do dia.

Foto de equipe é fundamental, não?

Claro que fizemos a piada mais repetida ao longo do set, colocando o Pedro (dessa vez o Pedro Pedro mesmo, e não o Paulo Pedro) num caixão. Tem umas cinquenta fotos nessa seqüência, mas essa é de longe a melhor.

Day-to-Day

[Roteiro I] Pra Amanhã!

May 11, 2011

Depois de uma aula onde cada aluno levou algo que gostava na TV, o Rubens pediu para que nos dividíssemos em grupos e fizéssemos uma proposta de programa, a ser desenvolvida ao longo do semestre. Juntamo-nos Luke, Mari, May e eu, decididos a fazer uma série de comédia.

Depois de muita conversa e discussão infrutífera, buscamos inspiração em uma certa professora, para ser nosso ponto de partida. O resto da turma gostou da idéia, e fomos encumbidos com a missão de estruturar uma proposta para essa série, juntamente com a sinopse do episódio piloto e storylines para mais dois. Está aqui, para vocês, a proposta. A sinopse vem em breve, assim como outros desenvolvimentos desse projeto.

(more…)

Day-to-Day Tudo AV

Chroma!

May 9, 2011

Já tem umas três semanas isso, mas não postei por aqui porque não tinha o material finalizado. Mentira, foi por falta de tempo mesmo. Mas, agora tenho as duas coisas e estou postando. Ao longo das semanas antecedentes, andei testando chromas nas mais diversas circunstâncias, para não decepcionar na minha função adquirida no EQS Takeshi, onde hei de substituir uma janela num estúdio por uma “noite de tóquio”.

No roteiro, o personagem assiste um programa culinário na televisão, e então, para já esquentar os motores (ou processadores), decidimos que era melhor, tanto para a pós como para a fotografia, filmar esse programa com antecedência, e colocar ele pra passar de verdade na TV do set. A grande diversão é que o programa não passa de um enorme chroma.

Portanto, aqueles experimentos prévios foram muito valiosos, tanto no tempo de montagem da estrutura, como escolha e posicionamento das luzes junto com o Manfrim e o Marcuti. Fizemos experiências no CanECA, e no semestre passado, com o CTR Agora. O resultado, já com a arte, ficou registrado na imagem abaixo.

Foi nesse dia também que eu conheci a filha do Almir, essa bela jovem da foto. Sério, é impressionante, não?

Depois de alguns dias e mais experiências com o computador da May (mais uma vez ela me salva!), fiz os grafismos e finalizei o fundo verde, com uma foto bem brega, escolhida pelos diretores, justamente pelo fato de ser brega. Nos reunimos uma última vez para arrematar últimos detalhes e agora tá aí o resultado (são seis vídeos curtinhos, com no máximo 20 segundos), sem som, porque no filme a TV tá em mute!

Day-to-Day

ETS e EQS.

May 9, 2011

E então, por uma questão didática, os Jobs e Cines passaram a se chamar ETS e EQS, respectivamente. O que diabos são essas siglas? Exercícios do Terceiro Semestre e Exercícios do Quinto Semestre. Os professores concluíram que os alunos estavam levando os exercícios a sério demais, então, isso é para lembrar-nos da proposta.

“Mas, o que são mesmo esses tais de Jobs e Cines, que eu ainda não entendi, mesmo com a mudança dos nomes?”. São os exercícios práticos do segundo e do terceiro ano de curso, e cada um tem uma função mais específica. Nos Jobs/ETS, você desempenha todas as funções possíveis (direção, foto, som, produção, montagem e assistência de direção) em sets diferentes (vamos rodar 18 curtinhas nas próximas semanas), cada um com apenas uma diária, para descobrir que caminho deseja seguir no curso. Nos Cines/EQS, você já desempenha apenas as funções que te interessam, com mais intensidade, em curtas que são rodados ao longo de três diárias.

Pronto, tudo explicado, então não estranhem quando eu não falar de Cines nesse ano, e sim de EQS! Já rodou o primeiro, e depois entro em detalhes, o Pedro Morreu. Como tem um bocadinho de fotos legais, adianto algumas pra vocês.











Reparem que a última é ampliável. Afinal, que tipo de foto geral é boa de ser vista pequena? Já tava com saudade de postar material original por essas bandas.