Passei a última semana fazendo essa brincadeirinha, a partir da faixa de áudio da introdução de Portal 2. Aproveitei que podia inventar o que fosse, e corri atrás de aprender a manipular de forma decente as câmeras e luzes do After. Gosto bastante do que saiu, e vocês?
Canon 7D + 11-16mm f/2.8 – ISO 800, 1/50s, f/3.2
Feita com a – na época – recém-chegada Tokina 11-16mm, para experimentação. Dia 02 de Julho de 2011, durante uma temporada do Arraial. Nesse mesmo dia, a grande graça era testar essa lente, e essa é uma dessas fotos-teste. O ambiente nunca melhor ilustrado é a salinha da Comunicação, onde passamos a maior parte dos nossos dias durante a temporada, resolvendo pepinos, e inventando moda. Esse painel na parede tem muitas fotos históricas do Arraial, que estão aí desde antes de eu começar a exercer minha função na equipe – em 2007. Todo mundo que chega perto dele, se encanta ao descobrir conhecidos muito mais novos ali.
O ambiente amontoado é assim mesmo, as vezes até pior, e a lente fez a sala parecer muito maior do que de fato é. No canto de baixo, mal dá pra ver, mas tem um teclado ali, e um computador inteiro que ficou fora de quadro. Gosto das cores dessa foto! Também gosto da equipe! May, Cogo, Celo e eu, penando por nove dias no lugar mais divertido de todos!
Canon 7D + 50mm f/1.4 – ISO 100, 1/250s, f/1.4
Ok, essa foto não é minha, é de Cogo, mas fui eu que arrumei o esqueleto nessa posição, e emprestei a lente pra ele, então devo ter algum crédito na história. Clicada no dia 30 de Outubro de 2010, e eu realmente não sei o que estava fazendo em Salvador nessa época, porque deveria estar em aula, aqui em São Paulo… Em todo caso, estávamos na fazenda de Diego, caçando fotos legais já perto do pôr-do-sol, quando encontramos esse esqueleto de cabra em um trilha. Acho que tem quase dez fotos desse esqueleto por aqui. A câmera de Cogo ainda era novíssima, e ele estava se divertindo a valer torrando o obturador – afinal, todo mundo faz isso no começo.
Olhando nos arquivos do blog, de fato, falo que fui pra Salvador nessa época, mas não tenho nenhuma lembrança do que me levou até lá. Alguém aí lembra?
Criando coragem pra começar uma tipografia, mas a animação realmente não tá fluindo. O design tá praticamente todo pronto, mas os movimentos nunca pareceram tão intrincados. Quantas dúvidas existenciais uma pessoa pode ter enfrentando uma timeline de After? Céus!
Canon XTi + 18-55mm f/3.5-5.6 – ISO 800, 1/13s, f/5.6
Essa é do dia 16 de Dezembro de 2008, nas primeiras férias depois de ter me mudado pra São Paulo, então ainda era muito “PRECISO VOLTAR PRA SALVADOR!”, ainda tava começando a me acostumar com a distância – mentira, nunca tive esse desespero de voltar… só uma vez! Só pra matar a curiosidade, o sujeito na foto é Diego. Nessa época eu também tava viciadíssimo no swing-poi, e começando a brincar com o de fogo. Tinha acabado de perder na FUVEST – não lembro se já tinha saído o resultado.
Curiosamente, esse é o ÚNICO mês na história desse blog que não teve NEM UM post sequer…
E não é que três dias depois do fim das filmagens do Sequestradores eu tava filmando de novo? Nesse fim de semana de Carnaval, o trabalho era pra Astronauta – mesma do Profissão Repórter e Profissão Repórter 2 – produtora do Vieceli, Nicko, Luciana Arakaki e Taka. Quem me chamou foi o Cauê Jannini (AV09), que tava produzindo, e, pela primeira vez – YEAH! – fui como chefe, e fotografei a parada!
Na equipe, tínhamos o Albanit (AV11) como assistente de Produção e de Direção, o Gustavo Fattori (AV06) como Diretor, Gabi Akashi (AV11) na assistência de Fotografia, Carol Rodrigues (AV10) como Logger, Anna Julia Azambuja (AV08) como Diretora de Arte e o Pato (AV08) no Som.
No primeiro dia – Sábado – filmamos na ETEC Guaracy Silveira, em Pinheiros. Chamada bem cedo, 6h40, por medo da chuva no fim do dia, e de ficarmos sem luz natural! A van passou aqui em casa cedo pra caralho – 5h20 – para irmos resgatar o equipamento de luz. Coisa pouca, duas PLs e um fresnel. Aí passamos na casa do Gu e da Anna e, por fim, no metrô Faria Lima pra pegar o resto da equipe. Na escola, descarregamos tudo, armamos o café da manhã e organizamos a base enquanto o zelador não aparecia para abrir nosso primeiro set, e os atores mirins começavam a chegar.
Armamos o circo numa sala grande, fingindo uma aula dos anos 80. Aline Filócomo fazia o papel de professora, e tínhamos mais sete – ou seriam oito? – crianças como alunos. Desculpem gente, não consigo lembrar o nome de todos. As janelas gigantes facilitavam minha vida, e tudo que eu tinha que fazer com as PLs era reforçar essa luz nas crianças que estavam mais longe da bendita janela. O fresnel era sempre pra fazer um contraluz divino, quase um fetiche. E lá fomos nós escada acima com os cases, tripés, prolongas, transformadores e sacos de areia. O dia pela frente era longo.
A ordem do dia também era longa. Muitos, muitos planos, mas relativamente simples. Fomos então, acelerando ao longo do dia, e eliminando tudo, um a um. Muitos detalhes, coberturas e planos próximos onde a luz era realmente fácil de montar. A Gabi é uma assistente genial, e ocasionalmente o Albanit também dava uma mão pra apertarmos o passo. A parte mais curiosa é que me vi fazendo muita coisa que – quando assistente – achei que era frescura e só agora percebi que na verdade fazia bastante sentido. Isso já tinha acontecido no Sequestradores, mas dessa vez foi bem mais perceptível, porque dava tempo de pensar nas coisas antes de sair rodando!
Pela manhã, toda a nossa programação foi nessa sala dos anos 80. O acontecimento mais incrível de todos, ainda nos primeiros planos, foi quando uma pomba louca invadiu a sala de aula, enquanto rodávamos, e todo mundo caiu na gargalhada. O Gu aproveitou a deixa pra usar essa situação como indicação várias vezes durante os takes! Depois, liberamos essa leva de atores mirins e fizemos uma breve turnê por outros espaços da escola, com outros atores mirins recém-chegados, fazendo uma série de (quatro) depoimentos presentes no roteiro. Um no Laboratório de Informática, um num corredor, outro no pátio – nesse, a PL tava quase encostando no rosto do garoto, pra compensar o fundo iluminado pelo Sol, mas deu super certo – e por fim, um na quadra, onde fritamos o juízo por breves minutos.
Então, lembra quando eu falei que o acontecimento mais incrível foi a pomba invadindo a sala de aula? Horas depois, descobri estar errado, quando encontramos um pombo VERDE – mesmo, brilhante – e sem uma perna. Concluímos que ele deveria ter complexo de Papagaio-de-Pirata-E-Pirata-Ao-Mesmo-Tempo. Até tirei umas fotos, mas não sei onde foram parar. Se eu encontrar de novo, coloco aqui! Era absurdo…
Fomos então almoçar, quando chegou ninguém menos que a Gilda Nomacce, que faria o papel da Professora Marina. A tarde então foi uma das coisas mais impressionantes que eu já testemunhei num set. A forma que a Gilda se enturmou e fez fluir as cenas com as crianças era surreal, quase inacreditável. Os planos então passaram a ser enormes, porque o Gu só dava ação, e a gente ia enquadrando de várias formas diferentes enquanto a Gilda conversava com a criançada, e contava histórias, e fazia graça, tudo com ar de professora.
Rodamos então no pátio, numa horta apertada – quase tomei umas duas quedas nessa parte -, voltamos pro Laboratório de Informática, filmamos um plano numa escada, alguns no Laboratório de Química/Biologia, voltamos pra primeira sala, mudando o enquadramento para parecer algo do presente, e fizemos também um plano-créditos no corredor do andar de cima. Esse aí da foto!
Perto das 18h30, encerramos a diária na Biblioteca, com a luz natural já caindo rapidamente e as PLs se fazendo mais do que necessárias. Por idéia do Gu, chamamos até os pais das crianças para assistirem a feitura desses últimos planos!
Catamos toda a nossa tralha, desarmamos o circo, jogamos tudo na van e partimos, porque o dia seguinte também prometia.
No Domingo, a van passou por aqui pra me resgatar com as coisas de som e câmera às 7h30 da manhã. Também já estavam esperando por aqui a Carol e a Gilda. Fomos então resgatando o resto da equipe e pegando o rumo da locação que seria a casa da Professora Marina. Começamos com um atraso imenso, mas só porque a diária estava bem mais leve. O Albanit fez uma ordem do dia pessimista, e pouco antes do almoço, já tínhamos eliminado quase tudo. Como o ambiente era muito apertado, foi só um setup de luz mesmo, com algumas alterações de acordo com cada plano. Deixei a Gabi fazer alguns planinhos também, pra ela se divertir, aproveitando que o dia tava tranqüilo.
Quando estávamos para rodar o ÚLTIMO plano, começaram a cair umas gotas enormes na rua, e em poucos minutos a chuva se intensificou e as gotas viraram pedras de gelo. Mais um pra lista dos inacreditáveis do set: chuva de granizo no último plano da diária. Não tinha muito o que fazer, terminamos de rodar e fomos desmontando tudo enquanto a chuva não aliviava. A produção apareceu com umas cervejas, fazendo a alegria de todos, e ficamos mais alguns muitos minutos conversando e contando histórias até a chuva ficar mais tranquila e conseguirmos carregar a van. E aí acabou!
Canon 7D + 70-200mm f/2.8 IS II – ISO 320, 1/200s, f/4.5
Pra chutar o balde, essa é das últimas férias em Salvador, no primeiro dia de 2012, perambulando por Imbassaí com Diego e Cogo. Passamos o dia no ócio, e depois fomos ver atividades incendiárias nas proximidades. Tem várias fotos de fogo por aqui, mas ainda não decidi a melhor forma de encará-las, então escolhi esse cavalinho simpático que pastava enquanto passávamos pelas redondezas, cheirando a fumaça e de câmeras em punho.
Esse dia me fez pensar se 2012 ia ser um ano de incêndios e emergências, de soluções apressadas e contenção de danos. Até agora, a pegada tá mais ou menos assim, mas o Carnaval tá prometendo calma.
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