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April 2013

Day-to-Day

fxphd, I Love You.

April 21, 2013

Uma coisa sensacional da web é a facilidade de encontrar informação. A coisa complica um pouco quando você precisa de informação aprofundada e confiável, concentrada num lugar só. Dá pra aprender quase qualquer coisa a partir de tutoriais, aulas, etc, online. A parte difícil é achar um curso seguro e coeso pro processo.

É aqui que entra o site do título do post. O fxphd é um site de cursos à distância, com duração de dez semanas, e uma pá de assuntos relacionados a audiovisual. De programas específicos (Nuke, Maya, Mari, PFTrack, etc) a conceitos mais amplos, porém técnicos (rotoscopia, direção de fotografia, compositing, matemática e física para efeitos visuais, enfim). A parada é cara, mas, como boa parte do que é pago na net, com algum esforço, você consegue achar de graça.

Na vibe de retomar o que eu gosto de AV, baixei trocentos cursos a partir dos fóruns do CGPersia (acho que uns 30) em assuntos diversos, relacionados aos meus interesses (foto e pós) e comecei a assistir. No funcionamento normal, você tem uma aula por semana, de aproximadamente meia hora. No meio método hardcore, tô assistindo de oito a dez aulas por dia, o que dá quase um curso completo por dia, fazendo anotações infinitas e vendo muita coisa que as nossas queridas aulas do CTR deixaram em branco.

Acho que o ritmo insano tá dando pra manter porque tô matando primeiro os cursos de foto, mas espero desacelerar quando começar os de 3D e pós. É algo muito mais amplo e criativo do que o Videocopilot, porque te explica as ferramentas de forma geral, e conceitos também. Claro, tem falhas que o Videocopilot cobre, como por exemplo: você sempre aprende a fazer o efeito seguindo um tutorial prático!

No fim das contas, vou combinar aulas de um e tutoriais de outro pra afiar as idéias e acelerar a execução das coisas. Enfim, só queria compartilhar a dica, caso alguém tenha interesse em aulinhas virtuais e autocontrole pra não se distrair por meia hora!

Day-to-Day

Decisão. Cadê a Coragem?

April 21, 2013

De uns tempos pra cá, andei percebendo que meu estilo de fotografia, e o equipamento que uso são muito particulares. Mais do que isso, percebendo que – lá vem bomba – eu não quero trabalhar com outro tipo de equipamento! Sério, eu odeio alugar, não dá pra ficar pedindo emprestado, e qualquer outra coisa que não seja uma DSLR exige uma equipe ridiculamente grande. Outro dos meus problemas. Se a equipe de foto tem cinco pessoas, já acho que tem gente demais.

E que solução? Também não é lá uma solução, só uma constatação: o que tem me dado uma renda decente não é fotografia. O mercado tá muito cheio, e eu realmente não tô com paciência pra ficar trabalhando pros outros, pra quem sabe, daqui a vinte anos, fazer alguma coisa que seja minha mesmo. Se eu vou fotografar um projeto, primeiro, tem que ser com amigos, e segundo, pode até não rolar grana, mas se tiver liberdade criativa, já tô interessado. O look padrão, cristalino, quase científico me cansou os olhos – por isso as anamórficas, por isso as lentes antigas e adaptações infinitas que, nem de longe, são uma definição de mercado.

Numa breve constatação, desde que comecei a usar essas lentes sofridas, só usei as Canon quando precisava de auto-foco, ou para alugar, ou pra fazer um job mais “padronizado”. Desde Julho, acho que isso soma quatro ou cinco vezes, e olha que é um set bem bacana (16-35/2.8, 24-70/2.8, 70-200/2.8 IS, 50/1.2, 100/2.8 IS e 135/2). Isso sem falar nas falhas que elas têm para trabalhar com vídeo, como anel de foco que nunca pára e abertura controlada pela câmera. Juntando essa reflexão com a do parágrafo acima, fui investigar outras opções, mais baratas e compatíveis com minha linha de pensamento.

Achei vários artigos sobre uma modificação feita por um sujeito chamado Matthew Duclos, aplicada a lentes Contax Zeiss, para Yashica. Dá pra montar um set inteiro de fixas modificadas com o preço de uma única Canon.

Falei que o rolê não tá dando grana, e não tá mesmo. O trabalho é muito pesado – fisicamente – quando se é assistente, enquanto tenho tido resultados bem mais interessantes na área de animação, motion e efeitos visuais. Já falei disso: uma das coisas super importantes que a gente não tem nem menção nas aulas do CTR. Comecei então a caçar alternativas de pra onde ir. Vou pular um pouco dessa parte, mas adianto que existem planos sérios de partir, e estamos trabalhando em cima deles. Aí sim, estudar insanamente essa área que me interessa e não voltar mais.

Não vou vender a câmera, nem pretendo me desfazer das anamórficas. Não pretendo esquecer tudo que sei de fotografia, nem parar de estudar. Só tô criando coragem mesmo para ser um sujeito coeso e vender as Canons, comprar as Contax e uma Blackmagic Pocket, porque não dá pra recusar uma câmera que faz o que ela faz, pelo preço que tá anunciado. E aí, só trabalho com foto em projetos próprios, já puxando pro lado dos efeitos e animação!

Esse post ficou vago pra caralho, mas é isso aí. Tito-mercador vai atacar com tudo, muito em breve. Estejam preparados!

Day-to-Day Tudo AV

Rio. Lenine!

April 21, 2013

No fim da semana passsada, tava rolando uma promoção no Facebook do Lenine, chamada Lenine 30 por 1, onde os candidatos tinham que fazer um vídeo mostrando o que significavam os 30 anos de carreira do músico no seu ponto de vista. O prêmio era uma viagem pro Rio de Janeiro, com tudo pago, estadia em hotel, e ir para um show especial do disco Olho de Peixe, com Marcos Suzano e Lenine. A gente tinha pensado em fazer umas coisas, mas acabou que a idéia não criou corpo e a gente não achou tempo. Na noite do último dia, estávamos jantando, May, minha mãe e eu, quando May comentou da promoção. As duas então começaram a debater idéias e possibilidades, e lá pelas 20h20, fecharam o cerco em uma coisa.

Aí a gente foi filmar. Eu ia sair 20h40, então precisava ser rápido. A idéia era um plano só, fixo, bem simples, com uma mudança de luz e de perspectiva sonora. Coloquei uns refletores pra ficar bonito, contratamos minha mãe como assistente de elétrica pra operar o dimmer que fazia a mudança de luz, e rodamos. No terceiro take, demos por encerrado e comecei a desproduzir. Só tive tempo de desligar as luzes, quando o interfone tocou para eu descer e fazer uns outros testes (aqueles do Alberta #3, que comentei no post dos filtros). O prazo final era meia noite.

May ficou por aqui, resolvendo o ponto de entrada e saída, gravando a cobertura da música e juntando tudo no Premiere, pra ficar certinho, porque o tempo limite era de um minuto. Pra ter todos os versos que ela queria, e a entrada e saída do som não ficarem abruptas, precisávamos de 59 segundos. Quando cheguei de volta, 23h30, May me colocou pra corrigir a cor rapidinho, só pra ficar mais elegante, e enviou o vídeo.

A gente achou que o prazo final era meia noite, então estávamos correndo loucamente com tudo. Na hora de enviar, descobrimos que era meio dia do dia seguinte. Aí ficou mais tranquilo, mas já que estávamos tão no fim, ia ser naquela hora mesmo. O Youtube ignorante disse que o vídeo tinha 1:01, então demos um jeito de cortar fora esse um segundo falso e May postou o link na página do Facebook, seguindo as regras exigidas.

O resultado saiu dois dias depois. A gente ficou a tarde inteira atualizando a página pra ver se saía, e nada. Decidimos ver um filme e, com cinco minutos de filme rodando, o anúncio saiu. GANHAMOS! O vídeo tá logo aqui embaixo, pra vocês sacarem qual era nosso objetivo.

Fomos então pro Rio no dia 18, perto de meio dia. Chegando por lá, já tinha um motorista com nossos nomes na plaquinha pra levar a gente pro hotel. O camarada se chamava Jorge e era muito gente boa. Sobre o hotel, ficamos no Othon, então era um negócio MUITO chique. Fomos pro show bem cedo, às 17h – começava 21h30. Ficamos por lá vendo passagem de som, conversamos com Lenine e várias pessoas da equipe de produção – a esposa dele, Anna, disse que era óbvio que a gente tinha alguma coisa com audiovisual, porque o “vídeo tinha muito poder de síntese”! Gostei da expressão.

O show foi muito foda. Eu tava meio gripado (ainda tô) e acabei ficando totalmente sem voz. Aproveitamos que estávamos no Rio e pegamos um táxi até Niterói pra resgatar umas coisas que o Michael – aquele que vendeu o gravador pra May, nem sei se comentei isso aqui – tava se desfazendo. Chegamos por fim no Hotel perto de 1h da manhã e morremos. Pra vocês terem uma idéia da vista, tirei uma foto na varanda, com f/1.2 e ISO 5000.

No dia seguinte, logo cedo já fomos pro aeroporto, pra começar a volta pra casa. Por aqui, ficamos derrotados, pela viagem, pelo cansaço e pela gripe. Mas, mesmo assim, foi uma experiência incrível!

Anamorphic Day-to-Day

[Anamórficos XVI] Rehousing LA7200.

April 20, 2013

Esse post é um projeto/plano/pedido de ajuda! Tenho começado a sentir que o Panasonic não anda muito bem das pernas, portanto, comecei a elaborar um desenho de rehousing para o felizardo. O que diabos é um rehousing? Em suma, é você aproveitar uma parte original da lente – nesse caso, os elementos ópticos – e fazer um corpo totalmente novo. O corpo do Panasonic, na real, é a origem de seus maiores problemas. Claro, pro mercado de mini-dv e vídeo até 2006, ele é excelente, mas de lá pra cá muita coisa mudou, inclusive (especialmente) a sua utilização.

Que problemas são esses que acometem o corpo da lente? O primeiro fator é o plástico. 95% de sua constituição é um plástico fajuto e fácil de quebrar, rachar ou trincar. Além disso, os parafusos são muito pequenos (menores até do que deveriam) e fáceis de perder ou folgar a rosca. A rosca para prendê-lo à lente base também é escondida e precisa de um anel a mais para ser alcançada, aumentando a distância entre o elemento frontal da lente base e o elemento traseiro da anamórfica. Por ser uma focus through, seu desempenho em planos próximos ou lentes mais teladas é bem fraco, mas, como dá pra ver no vídeo abaixo, essa questão pode ser resolvida modificando a distância entre os dois elementos, numa espécie de “foco duplo” simplificado e muito mais eficaz. Por fim, como a frente da lente é quadrada, é praticamente impossível colocar um close up de forma segura, e ainda assim, ele precisa ser imenso.

Motivos mais que de sobra pra complicar a vida, não? Por isso mesmo passei uns dois dias debruçado sobre a lente tirando medidas dos elementos de vidro e do corpo plástico, e rabiscando muito num caderno, até encontrar um desenho satisfatório capaz de resolver todas essas questões. Ok, é um conceito, e a maior parte do caminho ainda precisa ser percorrida, por isso, estou aqui escrevendo esse post explicando as minhas intenções. Uma vez que – se? – o desenvolvimento chegar ao fim, todo o processo estará disponibilizado aqui, para qualquer pessoa consultar e fazer seu próprio rehousing sem uma necessidade de compra de um produto que, por ser relacionado a um mercado de nicho, tem seu preço exorbitantemente alto.

Quais as características ou vantagens do projeto que tenho em mente?

– Formato circular, totalmente de metal (alumínio, a princípio)
– Mecanismo de alinhamento interno, baseado em três parafusos de nylon ao invés de um só
– Rosca traseira de fácil acesso, 67mm
– Rosca dianteira de 114mm, com anéis adaptadores customizados para qualquer tamanho sem aumento da distância para o elemento frontal
– Muito simples de retirar o vidro para limpeza
– Foco ajustável, baseado num mecanismo de push-pull, para foco próximo ou passagens de foco.

Mais detalhes técnicos nos desenhos abaixo. Agora só preciso de dicas de um torneiro mecânico muito camarada (tanto em personalidade como em preço). Alguém tem indicações? Vou fazer uns outros adaptadores também, mas esse projetinho seria bem legal se desse certo.



Day-to-Day Tudo AV

Almeida.

April 17, 2013

Nesse doczinho a gente entrevistou o fotojornalista Lalo de Almeida, pra saber as opiniões dele sobre o futuro do jornal, sua carreira, grandes coberturas e uma história incrível sobre crianças que moravam na Praça da Sé. Sério, acho que é um dos mais legais até agora, feito totalmente com Iscos, estreando aquele Widescreen que postei um tempinho atrás. Vejam aí!

Day-to-Day

Fuckin’ Filters.

April 16, 2013

Há algum tempo eu já tinha uma idéia de filtros estranhos para fazer. Majoritariamente, todos dependem de luz incidindo sobre eles para funcionar e produzir efeitos interessantes. O problema era cortar redondinho, com a milimetragem exata e encaixar numa rosca de outro filtro, e por aí vai. Uma gambiarra atrás da outra.

Não sei se vocês já pararam pra reparar, dentro de um carro, quando chove, a gente sempre fica olhando pra rua e o que acontece lá fora, ignorando o vidro. Quando é de noite, a coisa fica uma beleza. Cada gotinha tem o reflexo de tudo que tá na rua. Todos os pedestres, carros, prédios e, mais importante nesse caso, faróis acesos. São muitos micropontos refletidos de fontes de luz direta. Pelos olhos da câmera, poderiam ser comparados a luzes de natal, em menor escala, mas mais numerosos.

Nesse fim de semana, não por um acaso do destino, estava a filmar com as anamórficas, na chuva, operando foco de uma 50mm numa grua, com aquele controlador de foco Okii. Ele funciona a partir do mecanismo de auto-foco da lente, então era uma Canon f/1.8, e conforme você gira o controle, o autofoco vai dando passos para perto ou para longe, mudando o foco da cena. A gente ensaiou por umas quatro horas, e era um plano complicadíssimo, com três momentos principais. Começava com um carro chegando da rua e parando com o farol apontado para a câmera, bem próximo. Depois, saíam pessoas do carro, e uma dessas pessoas ia tocar numa banda. A grua pegava esse movimento, e o camarada passava por baixo da grua. Depois da banda, tínhamos a multidão de pessoas assistindo e terminava num letreiro luminoso com o nome do bar: Alberta #3.

O primeiro take não deu certo. O segundo, tinha muitas gotinhas na lente, e o terceiro ficou maravilhoso. Todo mundo acertou tudo, e era nossa última tentativa. Ou dava certo, ou já era. Nesse, a lente estava enxuta. Assistindo o material depois, fiquei impressionado com a personalidade daquelas gotinhas na lente, refletindo a luz do farol que batia diretamente sobre tudo.

Aí resolvi juntar tudo. Queria fazer os filtros, tinha a teoria dos vidros de carro na chuva, e agora o resultado de gotículas na lente: era o visual desejado para sujar ainda mais as imagens de forma orgânica e relativamente aleatória. Aproveitando que o mattebox tem gavetinhas para filtros, peguei as medidas que precisava e fui numa loja de molduras aqui do lado. Em cinco minutos eu tava saindo com três pedacinhos de vidro cortados (140mm por 100mm) e quinze reais mais pobre. Sério, 15 reais por três filtros 4×5.65″ tava bem barato. Tudo bem que eles não tinham nenhum efeito ainda, mas ô!

Cheguei em casa com os três, e fui testar no porta-filtro. Como eu imaginei, o vidro usado era fininho, e ficava com uma folga substancial. Cacei umas tirinhas de gaffer e fiz calços para os três. Agora tá rolando bonitinho. Hoje tô ensandecido aqui com umas aulas virtuais, mas amanhã já faço testes e posto por aqui, com essa experiência de desfoques luminosos propositais, estrategicamente posicionados usando um contagotas!


A foto é meramente ilustrativa!

Anamorphic Day-to-Day

[Anamórficos XV] Century na Marra.

April 8, 2013

De vez em quando, as condições não são muito favoráveis, mas você já cometeu o engano e começou a brincadeira. O importante agora é seguir adiante, e resolver os pepinos. Fiz mais ou menos isso quando comprei um Century Optics com encaixe de baioneta, para a Canon GL1, que é uma câmera mini-DV.


Encaixe de baioneta, totalmente inútil nas lentes comuns.

Meu pensamento foi: “Ah, fazer um anel convertendo essa baioneta pra filtro é tranquilo! Várias pessoas já devem ter feito!”. Achei um exemplo no Google, de um Amit Bayo Ring, mas nenhum para comprar – só o oposto, transformando lentes baioneta em lentes de rosca. Deixei o Century de canto por um tempo, até que percebi que um anel de 52mm encaixava perfeitamente ao redor do bloco traseiro. Daí, foi só achar o diâmetro exato pra travar a baioneta, desmontar o encaixe, enfiar o anel lá dentro e colocar o encaixe de volta!

O tamanho era 67mm. Mas colocar o encaixe de volta se provou verdadeiramente desafiador, porque a trava da baioneta precisava ocupar um espaço que o anel agora ocupava. Era hora de brincar de açougueiro e fazer um serviço sujo – e ainda nem eram 8h da manhã. Nessa hora, lamentei ter só um alicate de pressão, e não um de corte, mas como já tinha começado a tragédia, não podia voltar atrás. Cavei um buraco no anel, grande o suficiente para caber a trava da baioneta, e recoloquei tudo no lugar. Fechou, e parecia que funcionava. Testei com uma lente, e de fato funcionava!


Depois de detonar o anel 52-67mm e fechar a lente de volta!

Bom, agora só tinha mais dois problemas. O primeiro, arrumar uma tampinha de rosca 52mm, pra proteger o bicho, e inventar um jeito de fazer um anel de filtro dianteiro de 72mm. A tampinha chegou pelo correio. O anel de filtro só me ocorreu anteontem, depois de re-organizar o lote de anéis adaptadores sobressalentes. Fui testando cada um, pra ver qual tinha o encaixe mais justo. O de 82mm passava completamente, mas a folga era muito grande. O de 77mm entrava a parte fêmea da rosca, mas a parte macho era muito estreita. “Ah, se eu tivesse um spacer de 77mm, só com a parte fêmea…”.

Nessa hora, meu olhar se dirigiu pra um Polarizador quebrado – tentando fazer uma clamp, trinquei o vidro e fiquei só com a parte móvel da rosca. Depois de olhar um pouco pra cara dele, achei que dava pra serrar fora a parte móvel e ficar só com a ponta, que é basicamente um spacer de 77mm, que passava pela frente do Century.

Se a adaptação do encaixe parecia suja, essa aqui foi uma verdadeira carnificina de alumínio. Com uma serrinha de construção comum e um suporte muito porco, fui serrando sobre a parte giratória. Levei perto de uma hora, cansei as duas mãos e quase acertei meu dedo com a serra uma meia dúzia de vezes. Foi divertido. Por fim, ele soltou. A parte de trás ficou com tudo que era mais grosso, a parte da frente quase só com a rosca de 77mm. Tentei encaixar no Century e não deu certo. Ainda tinham umas pontinhas muito afiadas que impediam a passagem

Retomei meu espírito hack and slash e detonei as infelizes com aquele alicate sem corte, tomando todo cuidado do mundo pra não empenar o anel. Agora passava bonitinho, mas tava folgado. Passei duas camadas de fita isolante para servir de calço, além de proteção contra as farpas, e coloquei na frente um anel 77-72mm, afinal, a rosca mais comum pros close-ups anamórficos é de 72mm. Encaixei na frente da lente, e tudo funcionou. Consigo rosquear filtros, prender numa lente base e alinhar sem qualquer problema de coisas ficando folgadas, soltando ou caindo.



Isso tudo pra no fim tornar a menina mais amigável para a venda. Tô pensando em colocar no mesmo bloco ela, a Helios e a Pentacon com aberturas ovais, e ver se alguém se interessa. Já é tudo que você precisa pra todos os aspectos anamórficos! Desfoque oval, cinemascope e flares azuis!