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June 2015

Anamorphic

Anamorphic on a Budget – Iscorama 54

June 12, 2015

First anamorphic review, I talk about the Iscorama 54, one of the largest and most desired anamorphic adapters. Please let me know what you think, what you like or dislike and what could I improve for the following videos.

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Day-to-Day

Testes de Lente, Afinal.

June 12, 2015

Hoje foi a Sexta Feira com mais cara de Sábado de todas até agora. Terminei de ler mais um livro (o sexto, ou sétimo, em duas semanas), joguei o terceiro episódio de Life Is Strange – que a cada episódio se revela melhor e mais interessante, mantendo escolhas como parte essencial da trama – e comecei White Night, que tem um conceito visual muito foda, mas a jogabilidade não é tão incrível assim.

Trabalhei um bocado no último plano do reel, que de repente começou a se encaixar e funcionar de uma maneira totalmente inesperada, e agora no final da tarde filmei os famigerados testes do Iscorama 54, que tô tentando rodar há MESES. Acho que o vídeo fica pronto até segunda. Vou fazer uma iniciativa de mandar meu guia para o nofilmschool e ver se os caras divulgam por lá. Ouvi rumores que vai rolar uma versão impressa não-oficial para estudantes de cinema em alguma escola na Holanda e tô animado com essas coisas de novo.

Lila me ajudou como modelo, e Kenzo também, como quem tá fazendo favor. Foi divertido, pegamos um solzinho leve de fim da tarde que deixou os planos lindos. De noite vamos gravar os low-light e pronto, é só editar. Já tô convertendo tudo. Vamo que vamo.



Day-to-Day

WeatherCaster – Script.

June 10, 2015

After over eight thousand pictures – half of them thrown directly in the trash – and five days of timelapsing, being the first two and a half a failed attempt due to poor planning, I finally have the background footage for the app’s video. Next monday I’ll shoot the “advertising” part of it, all science-like, and the greenscreen elements to finish the piece. In the meanwhile, here’s the processed HDR timelapse. A triple exposure every two minutes for a little over 48 hours. Around 12 hours of tone mapping on top of that and voilá! Now I need to time remap it according to the script below and the app’s interface, plus enhance the rainy parts in comp – as expected.

Below is the voice over/scientist explanation that runs over the video. Target length is 30 seconds.

Sometimes you get out of bed and the weather isn’t quite what you wanted for the day. To solve this issue, B.A.C. is releasing the Weather Caster, an easy to use app that allows you to suit the environment to YOUR needs!

Woke up late for work? Bring in the rain to take the blame. Or enjoy a sunny day outside. Love sunsets? Sure, not a problem. Want the day or night to never end or go by in a flash? All of this at the tip of your fingers. Download the Weather Caster now!


DISCLAIMER: This product does not prevent the actual passing of time.

Day-to-Day

Sem Saída.

June 9, 2015

Essa história é inspirada em fatos reais. Pra ser preciso, é baseada em acontecimentos de ontem.

Era uma segunda feira normal de inverno na Rua das Calopsitas, número 79. O Sol estava estranhamente brilhante durante a manhã, mas não era lá surpreendente para padrões soteropolitanos. Já era perto meio dia quando Madalena se convenceu que era uma boa idéia sair da cama e se arrastar até a cozinha para ver que tipo de comida encontrava por lá, se seus filhos tinham deixado algo do café da manhã ou se era melhor começar a pensar em almoço.

Com o que para ela parecia o maior esforço do mundo levantou as pálpebras e abriu seus cativantes olhos verdes. Dizem que olhos verdes são um defeito genético. É bem provável que seja mesmo, uma vez que nenhum de seus filhos herdou o traço. “Foi azar”, ela responde quando alguém comenta sobre o assunto. Voltando aos olhos, parecem duas esmeraldas, grandes, enormes, na verdade. Puras e perfeitamente redondas. Dando alguns passos, Mada – sua mãe a chama por esse apelido – pára em frente ao espelho e repara como aquele pijama nunca fica velho. Seus cabelos grisalhos indicam que ela não é tão jovem quanto gostaria.

Mada boceja e se espreguiça longamente. Se não tiver café da manhã posto, é bom que o tempo de se espreguiçar já diminui a distância até o almoço. No caminho para a cozinha, passa por Lola na escada. Sua filha mais nova, herdou o cabelo macio e o mau humor. Talvez até um pouco demais do mau humor. Lola grunhe alguma coisa incompreensível conforme cruza com sua mãe. Na cozinha, Mada vê apenas alguns farelos de comida. “Eu devia esperar até o almoço”, ela pensa, sentindo suas gordurinhas balançarem de leve enquanto anda. Seu estomago ronca em resposta. A cozinha está em polvorosa, com pessoas indo de um lado para o outro preparando almoço, café e arrumando a casa. “Alguém aqui vai ter que me ajudar”. Mada é arrogante de vez em quando, mas não é totalmente incompreensível. Ela também tem seus momentos de muito carinho.

Levantando a cabeça, Mada lança um longo miado. Ah, é… Não falei desse detalhe: Madalena é uma gata. SRD – Sem Raça Definida, popularmente conhecida como “Vira Lata” -, doze anos de idade e duas ninhadas de filhotes. Seu filho mais velho, Hakuna, já faleceu. Foi cedo. Nino e Lola ainda vivem por perto. Além deles, Mada divide a casa com Kiko – o mais velho -, Kenzo – o sem teto -, e Piatã – o filhote sem noção. Nenhum deles particularmente importante nos eventos de hoje, mas bastante relevantes na história de Madalena.

Não muito depois desse episódio do almoço, o tempo mudou, e a chuva começou. Mada e seus colegas felinos vivem dentro de casa. Experiências anteriores com resultados terríveis (envolvendo arame farpado, cobras, veneno, sustos, fugas e desaparecimentos prolongados) selaram esse destino para eles. Não que eles se incomodem muito, desde que possam passear um pouquinho de vez em quando, acompanhados por um adulto. Mada tradicionalmente gosta de dar uma volta ao redor da casa, comer bastante grama no trajeto – de diferentes partes do quintal – e um pouquinho de capim santo para refrescar o paladar antes de entrar de volta pela porta da cozinha. Comportada, não precisa de coleira, não corre e não foge, fica sempre por perto dos pés que a acompanham.

Era segunda feira, e agora, com chuva. Todo mundo trabalhando e ninguém para passear. O dia pareceu uma eternidade. “Vocês acham que é fácil conseguir inspiração pra dormir o tanto que a gente dorme? Tem uma hora que não tem mais o que sonhar, colegas!”. A técnica de Madalena pra resolver essa questão é variar as camas. Primeiro perto da mesa, depois no sofá, depois em cima de alguns colchões e intercalar cada etapa com uma excursão ao pote de ração e discussões acaloradas com os outros moradores da casa se eles ficarem no caminho.

O Sol parece que se põe mais cedo nesses dias de chuva ininterrupta, mas as horas definitivamente não passam mais rápido. Lá pelas oito da noite, depois de seis sonecas, depois de ficar assistindo a chuva lá fora, depois de receber dengo de sua mãe, depois de cheirar tudo que estava em cima da mesa, depois de beber água em todos os potinhos espalhados pela casa e mais um tanto de água de chuva, só pra comparar se era diferente, Madalena estava entediada. Subia as escadas depois de seu terceiro jantar, em direção à sala onde seus pais humanos jantavam. Ganhou uns cafunés e por fim se aninhou, sob a proteção da mesa, em cima de uma das cadeiras vazias para ficar assistindo a chuva mais um pouco.

Lola passeava ao redor da mesa, fazendo um escarcéu, pedindo para sair, miando alucinadamente e furando as pessoas com suas garrinhas amoladas. Lola não gosta de ser contrariada, e é preciso muito pouco – quase nada – para contrariá-la. A vantagem desse escândalo perto da mesa é que geralmente funciona, um dos adultos termina de comer, se levanta e abre uma das portas de vidro ao lado, liberando a saída e acompanhando o passeio. Mada queria passear também, mas a disposição para aquele esforço todo minguava a cada gota d’água que batia no vidro. Aí ela viu um vagalume. Ela não sabia o nome “vagalume”, para ela era uma luzinha piscando no ar, lá fora.

Enquanto isso os humanos terminam de tirar a mesa do jantar e se preparam para ir dormir. Apagam a luz da sala e isso desencadeia um estalo muito mais alto que o usual.

Se você já conviveu com gatos, sabe como o bicho fica quando alguma coisa pega sua atenção. Pois bem, Mada estava completamente hipnotizada. Ela sentia seu corpo deitado confortavelmente na cadeira, mas só ouvia o bater das asas do inseto. Sua visão era apenas aquela coisa piscando no ar, a chuva era só um pano de fundo pra tudo. Suas pupilas dilatadas pelo instinto de caça, os bigodes praticamente sentiam cada gota que passava ao seu redor. O tempo se dilata. Lá fora, na grama verdinha e macia que ela não sentiu hoje, no ar com cheiro de mato que não chega dentro de casa, nos vários tipos de chão que passam debaixo de suas patas, tão diferentes do chão de pedra lisa do lado de dentro, do horizonte distante e colorido ao invés dos rodapés bege e paredes brancas…

Madalena subitamente se vê do lado de fora da casa, pulando em direção à presa e acertando o alvo com a suas patas. “Peguei!” ela comemora por uma fração de segundo antes de aterrisar no chão de pedra molhada. A chuva cai sem piedade. “Como eu vim parar aqui?!”. Mada se vira para a porta de vidro e ela está fechada. Maçaneta fora de alcance. “Será que eu…”, mas seus pensamentos não conseguem se organizar com toda essa água caindo do céu. Suas vontades entram em conflito, sair de casa e passear versus estar do lado de dentro, protegida da chuva. O temor de água vence e ela dispara de volta em direção à porta de vidro, miando desesperada por socorro.

“Alguém me resgata, gente! Eu não quero estar aqui fora agora! Me ajuda!”

Para sua sorte, os humanos também acharam aquele estalo estranho e foram investigar se alguma coisa tinha caído, quebrado, batido ou se algum outro gato estava aprontando arte. Qual não foi a surpresa ao verem Madalena do lado de fora, com seus olhos verdes esbugalhados, chorando para entrar em casa?

“Mas Mada, como você chegou aí fora?” – Perguntaram em voz alta enquanto abriam a porta de vidro.

“Nem se você entendesse o que eu falo, eu ia saber explicar!”, ela mia em revolta, tentando colocar as patinhas no chão e se sacodir pra secar aquele aguaceiro todo.

A partir de então, por motivos de falta de explicação racional, as portas de vidro passaram a ser trancadas. A única justificativa plausível para os humanos é de que a gata virou a maçaneta sozinha, saiu e a porta se fechou atrás dela. Mada sabe que não foi bem assim. Ela não sabe como foi, mas sabe que não foi assim. O frio da chuva começa a espairecer, e depois de um bom banho de língua, a melhor saída é voltar a dormir, porque essa história toda de teletransporte é muito cansativa e ela precisa dormir bem pra pensar no assunto no dia seguinte. “Quantas possibilidades!”

Day-to-Day

(m)Eu Monstro.

June 6, 2015

Eu sou um sujeito calmo, a essa altura do campeonato não é mais arrogante falar sobre mim mesmo. Também sou uma pessoa boa, majoritariamente. Não faço nada com objetivo de desagradar ou ferir ninguém, inclusive quando percebo que isso possa ser uma consequência indireta dos meus atos. Acho que meus momentos mais “agressivos” são dirigindo, e mesmo assim, o ápice é xingar com as janelas fechadas, questionar a existência de certos motoristas e não dar passagem pra um ou outro perdido que não usa a seta sinalizar ou que tenta cortar filas, se achando malandrão. Fora esses casos, eu sou bom e quieto.

Muito, mas muito mesmo, raramente eu explodo com alguma coisa, e são situações pontuais. Nada acumulado ao longo de mais do que três ou quatro horas. Pra passar uma noção de quão incomum isso é, meus amigos mais próximos só devem ter visto acontecer umas duas ou três vezes nos últimos doze anos. Eu mesmo vi mais algumas, mas estava sozinho, “contra o mundo”, contra o Detran ou contra filas imbecis. Nessas ocasiões a explosão não passa de um mau humor e uma linha de xingamentos ininterrupta em voz baixa, questionando a validade da coisa que me irritou.

Gosto de tudo em que trabalho e apesar de me estressar com alguns pedidos de alterações, geralmente é por achar que são desnecessárias ou por preguiça/vontade de declarar o serviço por terminado. Esse stress também não é lá grande coisa, tipo um “Ai, caralho, lá vamos nós arrumar essa porcaria de novo, cadê aqueles keyframes todos?”.

Uma das minhas alegrias de vida foi a mudança de Salvador para São Paulo. Sempre me identifiquei mais com o ritmo paulistano do que com o soteropolitano. Achei meu próprio ritmo lá e fui com ele por uns bons seis anos. Aí eu e a May resolvemos ir pra Vancouver. Fui na frente, três meses. Já contei essa parte mil vezes, mas dessa eu vou tentar entender – e explicar – como tudo isso escrito até aqui se junta e afeta esse momento de minha pífia existência.

Por motivos de entendimento visual, digamos que eu tenha três “tanques”, um para trabalho, um para coisas de casa, e um só pra May, que ficam um em cima do outro e a tampa do de baixo só se abre quando o de cima tá leve o suficiente. Quando um sobrecarrega, explode, e aí eu viro bicho, como explicado acima. Trabalho, Casa e May. São os três elementos principais que compõem meu dia-a-dia. Nesses três primeiros meses sozinho, o tanque da May tinha espaço de sobra. Eu já tinha passado por um relacionamento à distância – dos difíceis – e a gente tava super bem nesse processo. Quem viveu sabe: a melhor parte de um relacionamento à distância é o reencontro. Voltemos aos tanques. Em trabalho agora entrava a VFS. Entrava não, inundava, enchendo e esvaziando a cada dia, a cada assignment, onde sempre me lancei como se fosse o único, mirando alto e fazendo sacrifícios pra alcançar. O tanque da casa tava ok. Tão ok que eu comecei a encher ele com a VFS também, porque não tava dando conta. Quando eu devia estar relaxando, passeando, socializando, whatever, eu comecei a trabalhar noite a dentro por antecipação ao fim do Term que indicava uma sobrecarga.

Inconscientemente comecei a jogar a escola no tanque da May também porque os outros dois constantemente chegavam perto de estourar. Aí foi chegando a hora da May chegar, a melhor parte de tudo. O problema é que quando ela chegou os outros dois tanques estavam cheios e eu não conseguia chegar no dela, pra estar inteiro no que quer que fizéssemos. E isso era durante o break entre um term e outro. Quando começou o term 2, a parada ficou ainda mais tensa porque o ritmo era ainda mais intenso, e agora eu tinha que lidar com tudo ao mesmo tempo, a gente morando junto e tal. Não é difícil prever, antes do fim do term, dois desses espaços quebraram. O do trabalho e o da May. Não necessariamente nessa ordem.

O do trabalho quebrou de um jeito pessimista, não me sentia confiante no que tava fazendo, não achava que ia conseguir qualquer coisa quando acabasse o curso, “qual o objetivo de tudo isso, se a gente vai voltar pra mesma coisa depois?”, “e se a gente não conseguir ficar no Canadá?”. Insegurança do caralho, que é algo totalmente fora da lista de coisas que sei lidar. Sério, minha assinatura do gmail foi “Gênio de Plantão – A modéstia nunca foi o meu forte” por anos e anos, de tão seguro e brincalhão que eu era em relação às minhas habilidades. Depois de um tempo eu tirei a assinatura, por motivos profissionais, pra lidar com pessoas que eu não conhecia ainda e que podiam levar aquilo tudo muito a sério.

Com a May foi diferente. Bem diferente, porque com ela não deu a “sorte” de eu “só” ficar inseguro. Em uma noite, que não lembro nem mais entramos no assunto, eu explodi e não foi com violência. Eu falei coisas que até hoje me entristecem pra caralho só de lembrar. Eu tenho pra mim que nunca vi a May tão triste, e pior que isso, triste por algo que eu fiz. Descobri essa coisa dentro de mim, capaz de tanto estrago com tão pouco esforço que me assustei. Até hoje não me perdoei por essa conversa porque não consigo lidar e aceitar que isso também seja eu. A capacidade de machucar tão profundamente outra pessoa – a que eu mais amo e mais me ama -, que vai contra tudo que eu me esforço e luto. Foi tão terrível que não teve nem briga, ela só caiu. Depois veio a insegurança, o medo de que isso acontecesse de novo, o medo que me fez sabotar tudo que a gente tem junto – ainda inconscientemente – pra não correr risco de repetir o feito, em nenhuma escala.

Ao longo das semanas e meses seguintes, isso ficou em mim. Não tinha conseguido identificar direito até uns dias atrás, já aqui em Salvador. Uma sensação de não querer lutar, de não querer seguir adiante, de não querer enfrentar os desafios, de não achar que eu mereço fazer parte de qualquer coisa, porque me vejo como o monstro, sempre esperando a pior ocasião pra foder a porra toda. Um sentimento de não ter valor que vem de mim mesmo, e não de terceiros, e um medo sempre presente de deixar essa coisa sair. Por isso que eu me saboto, me enfraqueço, não sinto fome, é uma parte de mim tentando enfraquecer o todo, porque assim, a parte ruim enfraquece também. O que mais me preocupa agora é que não sei como sair do ciclo, nem sinto que eu – como um todo – quero sair. Uma parte de mim quer, e tô tentando redirecionar toda a força pra ela, mas tá foda.

Isso é uma primeira leitura, com algumas linhas de raciocínio interconectadas. Pode ser que não seja tão trágico como eu coloco aqui, pode ser que seja exatamente isso.

Day-to-Day

Wastelands: Stories of the Apocalypse.

June 1, 2015

Tô numa fase de leitura, matando um livro atrás do outro, e tirando o atraso. Sou peba e gosto de ficção. Quando minhas opções do Kindle acabaram, fui procurar novidades, e pra não sair completamente perdido, procurei um tema que tem me interessado bastante nos últimos tempos, que é o fim do mundo como o conhecemos. No Amazon, achei o livro que intitula o post e resolvi comprar. Tava $3, então mesmo que fosse péssimo, não era uma grande perda. O livro consiste de uma compilação de muitas histórias curtas, independentes entre si, por diversos autores, que tratam do apocalipse da humanidade. Tem Stephen King, George R.R. Martin, Orson Scott Card e por aí vai. Não temos invasões alienígenas ou zumbis. São pragas, guerras, ou muitas vezes, eventos que não são explicados, já começamos direto no futuro onde tudo foi à merda.

A Terra de cada autor é muito diferente, e temos vários desertos, ruínas e poluição. Alguns poucos tratam do momento em que a jiripoca piou e acompanhamos um ou mais sobreviventes. O último que li, mais ou menos na metade do livro, chama When Sysadmins Ruled the Earth, e pelo título eu achei que ia ser bem fraquinho, tendo em vista que os personagens são Sys Admins, ou administradores de sistema. Acompanhamos Felix, um desses administradores que, no dia que tudo acaba, está trabalhando na manutenção da internet – não da internet de casa, ou coisa assim, e sim da coisa internet, num data-center. De longe é uma das melhores que li até agora, e também a mais longa. Me identifiquei com o protagonista em diversos momentos, nessa coisa de tentar unir as pessoas em torno de um objetivo comum, de não ter certeza se as decisões são as certas, mas de não desistir e recomeçar quantas vezes forem necessárias.

Joguei no Google – que também tem participação na história – e achei o conto completo aqui, caso alguém tenha coragem de ler. Tem umas 60 páginas, e não tá de um jeito muito gatinho nessa página, pelo menos não na tela do notebook. Talvez fique melhor num tablet, sei lá. Vou guardar o link aqui também pra lembrar disso qualquer dia no futuro.

When Sysadmins Ruled The Earth