I have returned.
Caramba, foi complicado esse tempo sem escrever! Algo totalmente fora dos padrões. Eu até tinha idéias do que postar, mas não tinha inspiração pra botar as palavras no papel (ou na tela, como quiserem). Esse post vai abranger um longo período de tempo, mas não necessariamente será grande. Talvez seja, não sei, estou apenas começando.
Tá, a última postagem é da segunda feira seguinta a “Os Bandidos”. Falemos da peça primeiro. Não vou fazer uma crítica, pois não me julgo apto, nem tentar explicar a história, porque é complexa demais pra contar por escrito. “Tá, e vai falar o quê, então?” – vocês devem estar se perguntando. Bem, vou narrar os acontecimentos, oras!
Tudo começou na estação da Liberdade, onde encontrei meus companheiros de peça. Como todos já devem saber, levei a câmera, na esperança de tirar fotos. Depois de uma “breve” caminhada, chegamos ao Teatro Oficina. Pegamos os bilhetes que estavam reservados para nós graças a Ju e perguntamos sobre a permissão para tirar fotos. A resposta está logo abaixo, afinal, uma imagem vale mil palavras.
A peça começava às 18h. Durava 5h. No meio, dois intervalos de 20 minutos cada. Resultado: só saímos do teatro às 00:02. Não achamos um táxi nas ruas pra voltar pro metrô, até que Nádia deu a idéia:
– Por que a gente não vai à pé mesmo? É pertinho!
Lá fomos nós quatro. Rezando pra uma porção de coisas. Mais uma descoberta importante do dia: o metrô não pára de funcionar à meia noite! Consegui voltar pra casa são e salvo, com um monte de preocupação devido à câmera na mochila. Meia noite e quarenta eu pisei no apê. Depois Nádia veio me contar que eles só chegaram em casa depois das 2h da manhã, porquê quando chegaram em Barra Funda, não tinha mais trens passando…
Tirei 500 fotos na peça. A bateria acabou antes do espetáculo! Um sacripanta dos níveis mais altos da arquibancada deixou cair um copo de vinho semi-vazio, e a porcaria bateu bem em cima da Canon. Fiquei uma meia hora limpando ela, enquanto o espetáculo rolava… No fim das contas, quando cheguei em casa, limpei mais, e não tive nenhum efeito colateral.
De acordo com Vini: “Seu anjo da guarda é forte… Eu sei que vc é um cabeça-dura, mas depois de bater a cara no poste e não ter nada grave, andar na rua de SP depois das 00:00h e não achar nenhum ladrão ou traficante… Bixo, seu anjo da guarda deve ser um negão de 2m pesando 160kg no minimo!”.
Aos interessados, as fotos estão em meu orkut. Levei quase duas semanas tratando todas as sobreviventes. Não posto aqui porque ia ser um saco ficar arrumando tudo. Das 500, sobraram 180, e das 180, botei 60 pra visualizações online. Hoje entreguei o cd com todas em alta resolução pra Ju (a mesma que nos deu os ingressos e facilitou nossa vida pra tirar as fotos). Ela é atriz da peça.
O dia seguinte eu já falei, foi aquela insanidade toda… É, olhando aqui, acho que o post vai ser grandinho! Hahahaha. Foi só começar a escrever que as palavras estão voltando.
Nesse meio tempo, a tal encomenda que eu tinha enviado chegou em Salvador. Era o DVD de Júlio César. Totalmente autorado, impresso, tudo lindo. Só não produzo em maior escala pois o bichinho saiu caro como quê! Temos então apenas quatro exemplares. Dois em Salvador, um comigo e um em Recife, com Voodoo, o roteirista do filme!
Nessa semana também se acentuaram os conflitos dentro da Paperball. As coisas não estavam indo bem, e continuam não indo bem. Uma reunião está marcada e, acredito eu, que este será o fim da PBP, comercialmente falando. Pelo que tenho falado com os envolvidos, e até meu ponto de vista mesmo é de que, se as coisas não vão bem, o melhor a se fazer é dar um tempo. Acho que vai ser meio um “túnel do tempo”, “volta às origens”, pra daqui a um tempo voltar a fazer filmes só “para nós mesmos”, como foi no começo de tudo. O problema, eu acho, é que o grupo ficou sem uma liderança, mas, devido à união muito forte, as coisas até funcionaram por um tempo. Infelizmente, a tendência é a crise, e ela chegou.
Impossível dizer que “não tô nem aí” pro fim da PBP. O fim de um sonho. Sonho daqueles bons. Que começam e você acha que não vai acabar nunca, sacam? A galera que fez Júlio César, Cambalacho, Discriminação do Palavrão, Sexo Explícito, Cuidado: Frágil, Fearing To Bleed, Me Deseje Sorte e diversos recitais dA Poesia Quando Chega. Pelo menos a gente, como grupo, deixou um legado digno… Não sei se é utopia, mas, espero que um dia a gente volte a se unir de novo, como foi em 2007 na primeira metade desse ano de 2008.
O clima do término não parece que vai ser legal. Tá mais pra ‘lar desfeito PBP’ do que ‘família PBP’. Espero MESMO que todo mundo continue amigo, continue junto, marcando regs por aí, na casa de cogo, ah, sei lá. Sejam felizes. Algumas coisas dão certo do jeito que a gente quer, outras não. Fazer o quê?
Tá, passada a parte tristonha, vamos retomar o andamento da carruagem.
Vi uns trocentos filmes nesses tempos, mas só filminhos divertidos, nada digno de nota. Armei o tripé aqui no meio do quarto. O bicho tem um plástico fedorento da desgrama. Minha solução: “Bora passar desodorante nessa bagaça!”. Não é que funcionou? E eu nem exagerei na dose!
Nessa sexta que passou agora, Caio me chama no Gtalk. Caio era meu semi-irmão gêmeo na UFBA. A gente fazia tudo junto. As mesmas idéias, as mesmas abordagens. Enfim, Caio me chama no Gtalk.
– E aí véeeeei, cadê você?
– Tô aqui, em São Paulo
– Eu sei véi, eu também tô aqui! Vc tá onde?
– Você tá aqui?! Fazendo o quê?
– Tô aqui pra uma palestra! Venha aqui no hotel daqui a pouco!
Aí ele me disse o hotel, e o quarto. Era aqui perto. Localizei pelo Google Maps. Dei um tempo, me vesti pro frio e saí. Cheguei lá, encontrei o sujeito. Ficamos quase duas horas e meia conversando sobre a vida. Depois, me mandei porquê ele tinha que dormir. Ele tinha sido avisado que vinha na véspera da viagem, então tava congelando aqui, pois não tinha casaco. Nessa hora que ter dois casacos no corpo é mais útil e solidário! Dei um dos dois pra ele! Hahahaha! Eu, estúpido, tinha achado que ele vinha ver uma palestra, mas NÃO! Ele veio FAZER uma palestra, na Mackenzie, representando a UFBA! Genial!
Depois disso, passei uma boa parte do fim de semana adquirindo novos conhecimentos de After Effects, cujos resultados vocês devem ver em breve. Ou talvez não. Tô aplicando tudo num trailer pra Insight. Tá ficando BEM legal, apesar de meio vazio e trabalhoso feito o inferno.
Sábado jantamos na casa do Marcos. “A mai” fez tortillas e tinham uns abarazinhos por lá também. Uma maravilha, típico programa de família! A discussão maior girou em torno de burros, bestas, jegues, jumentos, cavalos, mulas e asnos. Não chegamos a conclusão alguma, e a pesca no dicionário mais atrapalhou do que ajudou! Depois, vimos um filminho interessante, sobre a participação de mulheres na segunda guerra mundial. “Mulheres das Sombras”, se não me engano sobre o título. Vale a pena, apesar de ser um filme bem “deprê”. Tudo que pode dar errado, dá errado…
No domingo, fui ao Dante, colégio aqui perto, justificar meu voto. Não levei mais do que 20 minutos nisso. Cidade vazia vazia… Fui e voltei cantando as obras do magnífico mestre Sidney Magal. Cantando em alto e bom tom. Fones no ouvido e pronto, não tô nem aí pra quem passa! Hahahaha!
Agora, explicando sobre o vídeo do post abaixo. Paulo é um companheiro de “profissão”. Conhecido na Filmes Trash Caseiros (comunidade no orkut, para os desinformados). Então, eu acompanhei o desenvolvimento do trabalho, praticamente do começo. Desde ajustes detalhistas no roteiro, idéias de ângulos para a filmagem, trilha sonora e detalhes finais de edição. Tudo isso através da nossa amiga internet. Por isso que meu nome tá nos agradecimentos. Hahaha.
Hoje, conversando com Nádia, descobri que ela também sempre queima a boca comendo lasanhas Sadia! Eu não sou o único! Ahá! Almoçamos juntos. Eu, ela e Ju. Na verdade, eu almocei antes, quando elas me ligaram, eu já tava no meio do rango. Aí, terminei e fui encontrá-las no outro restaurante. Eu achei que já tinha visto pessoas magras comerem muito, mas Nádia superou todos os meus outros testemunhos. Galera, ela bateu três pratos GRANDES. Fora do sério! E ainda comeu sobremesa depois! Nem Diego consegue. De verdade. O grande tema de debate foi o “R”. “R” carioca, ou baiano, que é aberto, “R” paulista, que é do Jornal Nacional, e o “R” do interior, que é aquele mais foRRçado. Altas discussões. Tudo isso por causa de teatro!
Só pra finalizar, nesses últimos tempos andei debatendo com várias pessoas sobre ‘modos de ver a vida’ e, hoje, a resposta sobre meu modo saltou diante de meus olhos. Ou melhor, ribombou no fundo dos meus ouvidos enquanto eu ouvia música no intervalo das aulas. A resposta é Monty Python.
Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse
When you’re chewing on life’s gristle
Don’t grumble, give a whistle
And this’ll help things turn out for the best
And…
Always look on the bright side of life
Always look on the light side of life
If life seems jolly rotten
There’s something you’ve forgotten
And that’s to laugh and smile and dance and sing
When you’re feeling in the dumps
Don’t be silly chumps
Just purse your lips and whistle – that’s the thing
And… always look on the bright side of life
Always look on the bright side of life
For life is quite absurd
And death’s the final word
You must always face the curtain with a bow
Forget about your sin – give the audience a grin
Enjoy it – it’s your last chance anyhow
So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath
Life’s a piece of shit
When you look at it
Life’s a laugh and death’s a joke, it’s true
You’ll see it’s all a show
Keep ’em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you
And always look on the bright side of life
Always look on the right side of life
Come on guys, cheer up
Always look on the bright side of life…
Always look on the bright side of life…
Worse things happen at sea, you know
Always look on the bright side of life…
I mean – what have you got to lose?
You know, you come from nothing
– you’re going back to nothing
What have you lost? Nothing!
Always look on the bright side of life
É isso.
PS – Paulinho Oliveira tá concorrendo, com nosso vídeo, a “Melhor Show de Rock Baiano”. O site da votação é o Bahia de Todos os Rocks. Se você tem CPF e tá lendo isso, peço encarecidamente que abra o link e vote em Paulinho Oliveira!
Okay, era só mais isso mesmo. Obrigado. E até breve!
Ah, como é bom ter as palavras de volta como amigas!
Holly fuck! eu te odeio por me fazer ler um post tao grande nesse pc barreado da facs!!!! glad to have you back!
“Bixo, seu anjo da guarda deve ser um negão de 2m pesando 160kg no minimo!” – mto boaa!
Até agora tento te imaginar cantando Sidney Magal em alto e bom tom pelas ruas de São Paulo….vai dizer q vc dançava tb????
Jumô que o diga.
Ela lhe conheceu assim, lembra?No ponto de ônibus.Ela me ligou na mesma hora pra contar como você era.hahaha:D
Seu cabelo tá grandãaaaaaaaao!
iuhuuul.
pqp, tito! Tô eu aqui me preprando pra sair e ir dormir quando vejo esse post gigantesco!
HUNF!
véi… eu preciso te ver.
fora isso, digo algo sobre o fim da paperball.
acho que, para mim, não vai ser tão triste.
fizemos muitas coisas, aprendemos muitas coisas e hoje sabemos lidar mais com os outros (amigos ou não) do que sabíamos antes de ‘fazer’ a paperball.
você falou uma coisa importantíssima: falta liderança, ordem talvez. Mas não faltou vontade, o que é mais importante.
e não há como não falar de sua saída, ela desestabilizou tudo, definitivamente não nos preparamos para isso. Mas não é pra se sentir culpado não! É pra se sentir importante, muito importante!
=D
Foi a Paperball a responsável por ter amigos como você, Tito, deígo, fábio… Por conhecer figuras como renato, por ter uma brother chic que vive nos eua e vai ser responsabilizada pela crise econômica e financeira de lá.
a paperball exercitou minha paciência, minha ‘marrência’, minha cultura, minha produtividade, meu sono, minha criatividade, meu fígado e meu sorriso.
a ’empresa’ não vingou, mas o legado é forte.
vai rolar “um conto de natal II” (vick, lila e tia fátima que se seguram, serão chamadas), nem que seja na base da fotográfica digital again.
huahauhauhauahuahauhauhauahuahuahua!!!
Fique triste não, man!
Você fez tudo e mais um pouco por nós aqui do Nordeste!
Beijo
e aproveite tudo por aí.
Como assim, cadê os creditos dessa foto, eu mereço!!! LOL
Tú se esqueceu de falar que SS se sentou do seu ladinho! Bem, mesmo se vc falasse ninguém acreditaria, afinal cadê a foto?!
“R’s” de baianos, gaúchos, caipiras e até de acreanos são aceitáveis, mas não me venha com R de carioca, que é querer cultivar inimizade! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ahhh, esqueci de te falar, quando eu contei pra Ju que tinham jogado um copo de vinho em cima de vc, ela disse que provavelmente tenha sido o Zé Celso, pq é ele quem fica lá no último andar bebendo vinho! Ele vive em outra realidade, dá um desconto, vai?!
[‘SS’ – Sylvano Sales, o cantor apaixonado!] ?
Okay, finalmente terminei de ler! – e só por causa disso, Tito postou outro enorme!
Uauuu, cinco horas de peça! Nunca tinha ouvido falar antes, quanto as fotos eu já vi!;)
Caramba, eu entraria em panico geral de estar de madrugada em são paulo deserta e especialmente com a sua camera!
Tenho que concordar com Donk (droga, não gosto de concordar com ele, ele mente pra mim! – terei minha vingança. muahahahaha). Eu tive a honrar de passar vários momentos com vocês – bons momentos- e ver as coisas por dentro da Paperball. E realmente é uma pena ver ela terminando. Mas vocês tem que lembrar que a PBP deu certo! Tudo que vocês construiram juntos.Tudo que vocês tem para levar com vocês. E eu realmente espero que vocês consigam se entender e tudo fique bem! Do fundo do meu coração! Vocês merecem! (dedos cruzados)
Beijo.