Day-to-Day

Buggles.

September 8, 2010

Esse é potencialmente um daqueles posts estranhos, sem pé nem cabeça, que aparecem nesse blog de vez em quando. Aviso logo de partida, pra ninguém se sentir enganado com o evoluir do post. Aos desinteressados nesse possível devaneio, pulem logo pro final, onde tem mais fotos de A Vingativa Dra. Vanessa.

Semana passada, na aula menos útil da programação (Grafismo Eletrônico), vimos a transmissão inaugural da MTV americana, em primeiro de Agosto de 1981. Dois pensamentos me ocorreram no momento, e eles acabam se relacionando em algum ponto que não consigo definir ao certo, talvez seja um terceiro pensamento. O clipe que abre a programação da emissora – que revolucionou a forma de ver e fazer televisão no mundo inteiro – não podia ter sido melhor escolhido. Buggles – Video Killed The Radio Star.

In my mind and in my car, we can’t rewind we’ve gone to far.
Pictures came and broke your heart, put the blame on VCR.

Não sei se o desajuste é em mim, mas essa música me é bem melancólica, nostálgica, bela e até mesmo épica. Ok, encerrado o comentário sobre a canção, vamos aos pensamentos. Primeiro: como saber ali, de partida, se aquela sua idéia vai dar incrivelmente certo, atingindo a tudo e a todos? Hoje a gente tem centenas de pesquisas antes de qualquer grande movimento financeiro/econômico/investimento, mas as grandes idéias da atualidade surgiram sem enormes planos.

MTV, Youtube, Apple, Google, Robert Rodriguez? (tá, apelei) Todos eles eram, no começo, só um bocadinho de gente fazendo o que gostava de fazer, sem a ganância que vemos pelo mundo. E hoje estão aí, no topo. Fico me perguntando como deve ser essa sensação, de começar sem pretensão e subir vertiginosamente. Como deve ser “olhar pra trás”.

O que nos leva ao segundo pensamento: o que é “fazer parte dessa história” antes da explosão, sem o olhar de cobiça, sem o interesse comercial da coisa. Se eu tivesse que apostar, nunca diria que Buggles PAGARIA para abrir (literalmente) a programação da MTV. Entretanto, quando o negócio já é sucesso, ou quando a abertura é “aqueeela coisa toda”, não faltam marcas e nomes dispostos a pagar para serem associados à marca que está “inaugurando” (não podemos dizer “surgindo”, já que existiu muito planejamento antes disso…). O que digo é: nesse começo, quem emprestava o nome pra quem? Buggles ajudava a MTV mais do que a MTV ajudava Buggles, ou vice versa? Notam como esse pensamento muda, com a chegada do sucesso?

Tá, escrevi esse post porque estava com devaneios de “como saber o que é sucesso”, mas agora a onda já passou e o sono toma conta. Só pra não perder o embalo, como diz a Bia (AV2008), “vamos falar de coisa boa?” Ou melhor, ver coisa boa?



Não sei quão informados de fracassos hollywoodianos vocês são, mas recentemente tivemos o Hot Tub Time Machine. O filme é muito bobo, sem propósito, e cai no clichê infinitas vezes. Talvez eles devessem ter apostado numa Cold Refrigerator Time Machine