Day-to-Day

Coisas paulistas.

August 16, 2008

Aconteceu um bocado de coisa e eu ainda não tive a inspiração suficiente pra inscrever aqui…

Mas, vamos nessa.

FATO 01

Ontem de manhã descobri que não teria simulado à tarde, o que eventualmente me dava uma folga pro almoço. Depois da aula, fui para casa, pensando no que comer. Decidi por comprar alguma coisa no Dia (o mercadinho lendário, que não tem nada). Pego um cacho de bananas, pra fazer vitamina, e mais umas outras coisas. Na fila, estou lá, parado, quando se aproxima um rapaz com um carrinho cheio de sacos de açúcar e uma folha solta de caderno na mão. Ele encara a folha como que esperando ela dizer algo. Não obtendo resposta do papel, se dirige a mim.

– Oi, com licença, vem cá, você acha que isso aqui é um 0 (zero) ou um 1 (um)?

Olho o papel. Tem um garrancho, seguido de um número dois, montando uma linha mais ou menos assim, como a linha em itálico:
#2kg de açúcar (02 pacotes de um quilo)

Numa primeira impressão, achei que o garrancho fosse um “1”, mas ao terminar de ler a linha, tive certeza que era um “0”.

– Olha, eu acho que é um zero. Dá dois quilos de açúcar.
– Você acha? Eu acho que é um um. O rapaz lá do atendimento também achou que era um um.
– É… tá bem feio esse número, mas eu digo que é um zero por causa disso aqui. – aponto pro “02 pacotes de um quilo”.
– Hmm… Você acha mesmo que é um zero? Eu acho que é um um… Mas eu nunca vi a patroa comprar tanto açúcar…

Continuo insistindo na idéia de que é um zero, e ele continua achando que é um um. Nádia me liga para almoçarmos. Saio do mercado, vejo o rapaz perguntando pro cara da segurança, que responde ser um “um”. Ele sorri feliz.

Penso comigo mesmo: ele queria uma opinião, mas não qualquer opinião. Queria uma que combinasse com a dele. Ok, seja feliz amigão. Mas quando a “patroa” dele notar os doze quilos de açúcar e for falar com ele, eu TENHO CERTEZA que ele vai lembrar de mim!

FATO 02

Não comam no lugar ilustrado pela foto abaixo. Fica na Jaú, entre a Augusta e a Haddock.

A história começa depois que eu encontrei com Nádia para almoçar. Estávamos indo para o Habib’s, na Augusta. Andávamos conversando até passarmos pela faixa indicada na foto. Na mesma hora, nós dois olhamos para a faixa e paramos de falar, mas continuamos andando. Depois, ao mesmo tempo:

– Nossa, 7 conto pra tudo… Será que vale arriscar? – Rimos e voltamos.

Conclusão: não valia arriscar.Caralho, a comida era bem intragável. Mas, deu pra bater o primeiro round. Na mesma mesa que a gente, nas cadeiras do lado, duas mulheres conversavam sobre um tal de “Carlos”. Pelo que deu pra entender, o cara era casado, ou namorado, ou algo do tipo de uma das duas, e ia na onda de outra, que dava em cima dele. Aí, a tal compromissada estava possessa, contando de todos os barracos que ela já tinha feito por causa dele, e estava tramando uma vingança.

Não vou mentir: estava MUITO difícil conter o riso ali. A segunda mulher só apóiava a primeira.

A muito custo, conseguimos sair de lá, depois de detonar nossos pratos, ainda com uma certa dúvida sobre a banana. Não sabemos se era frita, ou se era assada!

Fomos ao Habib’s para complementar nosso rango, e lá tudo saiu mais ou menos nos conformes. Me lembrei bem da minha última experiência no Habib’s, com Diego e Fábio, onde Diego terminou mancando e a gente se ferrou pra voltar pra casa!

FATO 03

Quando vim aqui no fim de 2006, para fazer FUVEST também, me recordo bem de um mendigo que andava na vizinhança. Qual não foi minha surpresa a encontrá-lo ontem aqui nos arredores?

De um lado da rua, uma loja de carros multimilionários. A Drezden. Um homem lavava uma BMW dourada na garagem. Do outro lado da rua, o tal mendigo. Imagino que ele tenha um nome, e uma história.

Honestamente, foi estranho. MUITO estranho. E triste.

Daqui a pouco conto mais fatos. Tem um da semana passada, do dia do teatro…

  • Jupê August 16, 2008 at 4:13 pm

    pq q eu sou sempre a primeira a postar???
    fatos interessantes. I’ll keep that in mind.

  • Jumo August 17, 2008 at 10:03 am

    Pobre da patroa!