Day-to-Day

FTW! Playstation 4.

June 5, 2014

Sim, eu comprei um Playstation 4, mas a história toda tem bons argumentos, principalmente no sentido financeiro!

Desde que cheguei, tinha considerado pegar um computador menos forte que o de São Paulo (que pesava uns vinte quilos), e resolver todas as questões relativas a jogo com um videogame. Com o lançamento de The Last of Us no ano passado – e como também sempre fui muito impressionado com aqueles jogos mais sérios (diferente de qualquer Nintendo) que não eram lançados para PC -, decidi que seria um Playstation. O PS3 tem uma variedade de jogos incrível, além do já citado Last of Us, mas o lançamento do PS4 foi uma sensação, e tudo que vi de gráficos e jogabilidade do novo console era muito impressionante.

Cheguei aqui, e fiquei na dúvida se era de fato um bom negócio. $450 pelo console, mais $40-70 por jogo. Nada pirata, tudo original (mais um conceito novo pra mim, só tive jogos originais depois de me apaixonar perdidamente por algumas franquias, e caçar por meses as melhores edições especiais, como Fallout e Bioshock). Era um gasto razoável. Fiquei ponderando isso por quase uma semana.

Por fim, recebi um email de uma loja virtual de eletrônicos brasileira e joguei na mistura o pensamento mercantil de “um Playstation aqui custa menos de R$1000. Daqui a um ano, se eu voltar para o Brasil, consigo vender tudo sem prejuízo, afinal, na promoção, por lá custa mais de R$1700”, aí no Sábado a balança desequilibrou e fui imediatamente à Future Shop comprar o videogame. Cheguei lá, ia pegar três jogos (Watch Dogs, Call of Duty: Ghosts e Killzone: Shadow Fall) além do console. Tava no caixa, pra passar o cartão – afinal, tinha brilhantemente depositado meu dinheiro – quando tive três tentativas recusadas. Achei muito estranho, e falei pro atendente que ia até uma agência do banco sacar o dinheiro, e voltava para pagar em espécie.

Aí rodei um monte até achar uma agência do TD. Infelizmente, não existem tantos bancos em Vancouver, e muito menos agências do que é possível encontrar nos Jardins, em São Paulo. Depois da caminhada, até quase chegar na beira da praia, encontrei um caixa eletrônico e fui tentar sacar o dinheiro. Então me apareceu um aviso terrível. No post de sexta feira, escrevi que “é mais jogo andar só com o cartão do que com trocentas notas na carteira”. Oh, como eu estava errado… Fiz o depósito depois do encerramento do expediente, na Sexta, então o dito cujo só seria verificado na segunda!

Voltei para casa cabisbaixo, pensando “Oh céus, o fim de semana parece tão longo para esperar!”, mas felizmente tivemos programações variadas – das quais já falei aqui, e segunda feira fui com o Paul até a Future Shop, buscar o maldito videogame. Nesses dias de intervalo aproveitei para vasculhar o eBay e Amazon para comprar jogos usados, e com o dinheiro de UM novo, pegar TRÊS usados! Na volta, resolvemos começar a conversar em inglês, porque, convivendo só com brasileiros, a prática tinha diminuído bastante de ritmo. Nessa presepada, entramos numa loja de quadrinhos, jogos de tabuleiros, bonecos colecionáveis, livros de RPG e TODAS AS VARIAÇÕES IMAGINÁVEIS DE CATAN, NUMA ÚNICA ESTANTE!


Tem até uma versão de Star Trek!

Depois de minutos de delírio, durante os quais quis comprar tudo e sair correndo, acabei saindo sem comprar nada, para avaliar os preços na internet. E enquanto explicava o jogo para Paul, entramos numa outra loja, de acessórios militares, roupas camufladas, coletes, coisas de caça, etc. Lá dentro, olhando ao redor – mais armas de bolinhas – um funcionário mexicano se aproxima, perguntando se queríamos ajuda. Agradecemos, e aí ele reparou no PS4. Disse que ficou na fila para comprar. Mais de seis horas em pé, esperando, no dia do lançamento. Comprou o console e todos os jogos que foram lançados com ele. Elogiou os gráficos e tudo mais, mas disse que vendeu o treco depois de uns meses, por $400, com todos os jogos, porque ele já tinha zerado tudo, e os novos jogos estavam demorando de serem lançados!

Aí contei que vinha do Brasil, e que se cansasse do PS4, levaria ele de volta para vender, e ele comentou “yeah, I heard these are very expensive down there!”, ou seja, a fama de caro do Brasil já chegou até nos imigrantes mexicanos do Canadá! E em seguida emendou numa série de conselhos de como vender da forma mais lucrativa possível, primeiro só o console, sem jogos. Depois, dali a duas semanas, dez dias, você fala com o comprador: “Ei cara, recebi uns jogos aqui, pro Playstation, tá interessado?”. E ir vendendo um jogo de cada vez, nunca em pacotes, e sempre por um preço mais alto do que o de compra. Assim você fica feliz, e o seu cliente também. Rimos bastante, e achamos a estratégia bastante sensata. Aguardem e verão se vou adotá-la na hora de vender esse bicho!

Enquanto isso, tô só com o Watch Dogs aqui, o que é bom, para pegar prática com os controles (é absolutamente diferente de jogar no teclado e mouse – ou caneta), porque experiência anterior não vale nada! Depois chegam mais jogos, e provavelmente já vou ter terminado todos eles até começarem minhas aulas, de forma que também não interfira nos estudos! Ahá!

Bom, é isso, tô me sentindo muito esperto depois dessa linha de raciocínio de prós e contras PS4. Provavelmente meus pais não vão aprovar a compra, mas vamos em frente!

  • May Guimarães June 5, 2014 at 9:51 pm

    o que realmente importa aqui é: você já comprou todos os Catans?

  • Tito Ferradans June 7, 2014 at 12:21 pm

    Ainda não, mas estou trabalhando no assunto!