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[SET] Para Doar, É Só Falar!

January 26, 2011

A movimentação por aqui vai voltando aos poucos, conforme o tempo vai me voltando também. Estou em Salvador, como vocês já devem saber/ter percebido isso. Sempre venho com o intuito de filmar coisas, mas nunca dá certo. Dessa vez, o processo até funcionou bem, só a conclusão que saiu pela culatra. Vamos à saga.

A movimentação começou em São Paulo mesmo, com a Simples Colher, para o concurso Para Doar É Só Falar, incentivado pela ABTO e Fnac. A idéia era fazer um vídeo de até 30 segundos, mostrando como é fácil se tornar um doador. Olhamos os concorrentes – todos bem fracos, salvo três casos, que se tornaram os vencedores – e pensamos em algumas coisinhas divertidas. O problema é que isso já foi na última semana em SP antes de vir pra Salvador.

Viemos, eu e May, engendrando algumas idéias e já articulando a equipe soteropolitana, da finada Paperball Productions, basicamente Cogo e Diego. Escrevemos o roteiro, bem simples, e ficamos enrolando para produzir. Por fim, já era dia 04, a deadline de entrega era dia 07, e precisávamos fazer o filme! Fechamos o elenco com Diego e Débora Patricia – indicada por minha mãe, futura estudante de teatro -, e começamos a correr atrás da direção de arte. Como estávamos sem Super Lud, nós mesmos começamos a improvisar.

A idéia era filmar à noite, sem luzes excessivas, uma coisa low-key, romântica. Única possibilidade: luz de velas! O que acabava limitando nossas lentes a uma única: 50mm f/1.4, aberta ao máximo, com ISO 1000. Em resumo, pra quem não entendeu nada do último parágrafo, as condições de luz eram muito adversas, com grande potencial para perda de foco ou granulação excessiva.


No dia 05 eu e May passamos por tudo quanto é parte pra encontrar velas de diversos tipos, flores, panos, líquidos inflamáveis, tochas… Rodamos o filme no dia 06, no quintal de casa. Cogo e Diego chegaram bem cedo e começamos a montar o cenário, posicionar todas aquelas velas, tochas e parafernálias com fogo, arrumar a mesa, as flores, disfarçar uma coisa aqui, outra ali, pensar no contraluz, que seria feito com um led colorido, providenciar comidinhas e bebidas para a equipe, ar-condicionado (é difícil usar roupas sociais em Salvador, ainda mais no meio de tantas velas). Fizemos o boom com um tripé, e gravamos o som direto no macbook de Diego.

Resgatamos Débora em casa e voltamos pra rodar. Ensaios mil, começamos perto das 22h (horário planejado pra encerrar o set), e terminamos à meia noite, já marcando a edição para o dia seguinte, na casa de Cogo. 9h da manhã estávamos por lá, para uma montagem rápida e leves toques de correção de cor. Na hora de enviar, entretanto, o site estava bloqueado, impedindo novos cadastros. O ponto é: as inscrições eram válidas até aquele dia. Batemos, xingamos e até tentamos invadir o site, mas não conseguimos nada. Por fim, enviei algumas dezenas de emails pedindo ajuda à própria equipe do site, e até hoje espero resposta. Ficamos de fora de um que era garantido.

Abaixo, o resultado em HD, e a promessa da Colher, de não mais vacilar e adiar as coisas em 2011.