August 2008

Escrever sobre coisas passadas e presentes é FODA. Pra não antecipar nada…

Caminhada de 10 minutos de casa até o Etapa. Tudo deserto, e gelado. À exceção da Paulista, claro! Todo mundo parece mais velho do que o que é. Seria o frio? Ou as roupas? Ou simplesmente genética?

Na sala tem espaço pra umas duzentas pessoas. A turma “só” tem 100. Decente. A cadeira é pequena, mas dá pra ficar com duas tranquilamente! Risquei um trecho de música no caderno.

“Cold and frosty morning, there’s not a lot to say. About the things caught in my mind”. Mais tarde, algumas horas, a primeira música do Oasis que ouço na Kiss: “Don’t Go Away”. Totalmente Genial. Vou ressaltar a hora do dia em que isso aconteceu.

Nota do Editor: Os paulistanos xingam MUITO menos que os soteropolitanos. Treinar isso!
Observação 1: Aprender a desenhar é um objetivo.

As aulas são todas boas. Abrimos logo com física. Quando André (o professor) entrou na sala, logo pensei: aí vem bomba. O cara tava com um béquer grande numa das mãos, uma camisa de botões quase do tamanho de um jaleco, amarela, e uma faixa de pano vermelho na cabeça, além dos cabelos bastante bagunçados e a cara de psicopata. De longe, uma das melhores aulas de Eletricidade que eu já vi. Depois, mais aulas.

O próximo digno de nota foi Wally. Walter C. Ou W.C. Matéria: Inglês. Quoting uma frase só. Aliás, duas. O que tá em itálico ele falava com sotaque forte americano.

“(…) Todo mundo deveria ler textos em inglês. Nada técnico. Entretenimento mesmo. Deixa eu fazer um quickscan aqui. Poxa, não tô vendo ninguém do METAAAAAL, mas, é assim, se você curte METAAAAAL, vá no Google e procure sua banda favorita, leia a biografia dos caras, leia tudo dos caras. Aí vira o infeliz e pergunta: ‘ô professor, mas, pra quê eu vou ler metal? vai cair metal na prova?’. Não né, CRIATURA DAS TREVAS! Claro que não vai cair metal! Mas, você tá adquirindo vocabulário! (…)”

Ninguém da sala se aguentou com esse “Criatura das trevas”.

“(…) Download, por exemplo, é outra palavra que você já incorporou! Você faz downloads o tempo todo! Você faz download de músicas, você baixa discos inteiros… SEU PIRATA DESGRAÇADO, você baixa filmes, séries (…)”

Fazendo uma observação rápida… Porque diabos todo mundo veio me pedir cartas?! Eu falei aqui no blog que ia fazer cartas?! E se forem cartas de admissão na universidade? Ah, deixa pra lá. Hahahaha.

Enfim, as aulas se seguiram normalmente. Descobri que lembro de muita coisa, graças a um HD mental eficiente! Por fim, voltei pra casa e fiquei esperando do lado de fora. Minha mãe tinha ido comprar uma mala! Decente! Hahaha!

O apart-hotel foi entregue, tínhamos uma mudança pra fazer! Descemos as malas, pegamos uma carona com Laura. Engarrafamos o elevador do prédio, largamos tudo na sala e saímos. Quando eu digo “tudo”, não sei se vocês pegam o espírito da coisa. Eu me refiro a mais de 80kg de bagagem. Ok?

Rodamos cada quarteirão das redondezas umas três vezes, até decidirmos comprar comida no mercado e esquentar no microondas. Não foi engraçado, mas foi divertido. Descanso depois do almoço, foi quando eu postei aqui, falando que tinha sobrevivido às aulas.

Fomos comprar eletrodomésticos. Ponto Frio. Putz, que viagem. Chegamos lá, pedimos as paradas. Um mix, uma sanduicheira/grill (dois em um! Uhu!) e um microondas. Não sei porque diabos cismei que trazia o trambolho no braço até em casa. Até agora me arrependo. Mas, vamos aos detalhes. De acordo com meu tio, essa forma de transporte foi o melhor “estilo assaltante fugindo” que ele já ouviu falar em tempos recentes! De acordo com o google maps, são 900m, só de ladeiras. Subidas. Fudeu com meu bíceps de fortão. Mas valeu a pena. Agora ele – o microondas, e não meu bíceps! –  tá aqui, olhando pra mim, em cima de uma mesa de cabeceira, delicadamente acomodado e funcionando.

Além disso, compramos pratos, talheres, copos, comida. Tenho alguns artigos pra fotografar e postar aqui, mas vou ficar devendo também. Amanhã eu faço isso. Aliás, amanhã eu termino de contar ontem, e conto hoje. Tá foda de escrever, tô com sono. Vou estudar um tanto ainda.

Boa noite, meu povo. Até amanhã! :D

Porra, logo no dia que eu não posto nada, vocês estouram as visitas! Foi maaaal! Mas, vocês andam meio viciados… Hahaha, aguardem, que hoje vem muita coisa. Tem ontem, e tem hoje, e tudo antes das 21h. Tenho que estudar! :D

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha…

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.

Olavo Bilac

Sobrevivi a elas. Tô saindo, depois escrevo direito!

Foi só pra vocês não se preocuparem! hahaha!

Sobre o Globo de Luz:

Só notícias tristes.

1 – Os atuais donos do apê vão levá-lo embora. :(
2 – É pequeninho, não acho que dê pra dormir em cima.
3 – Não fica no meu quarto. :(
4 – Gira, SIM!

5 – Posso pesquisar preços aqui, e botar um no meu quarto, se vocês ajudarem a rachar os gastos! E eu tô falando sério. Hahahahaa!

Não os de esparta, mas sim visitantes do blog. Putaquepariu. 300 em um dia, galera. Vocês estão meio viciados nisso. Hahahaha!

Mas, felizmente, também ando na onda de escrever. Ah, ainda não respondi os comentários. Fiquei meio atordoado. Abri o email esperando umas 4 ou 5 mensagens, e me deparo com 22. Genial. Aprovei tudo, to escrevendo agora, depois respondo todos, um por um.

Certo, retomando a narrativa, saí pra almoçar. Devo corrigir que saí DO COMPUTADOR pra almoçar. Descobri que Marcos (meu tio) é um cozinheiro excelente! Tem até uma foto da mesa, que amanhã eu coloco nesse post, porque agora ando meio sem paciência pra ligar a câmera. Depois disso, André (um dos que vai dividir o apartamento) chegou, com Carmem (minha avó). Terminado o almoço, fiquei ali pelo sofá, e quando me dei conta, estava dormindo. Perspicaz isso, não? Se dar conta de que está dormindo? Enfim, dormindo estava, dormindo continuei. Acordei umas 15 pras cinco.

Algo remoto me dizia que sairíamos às 17h30. E era verdade. Descobri que iríamos ao teatro. E fomos! Eu, minha mãe e Roberto (aquele louco de quem havia falado antes, e que provavelmente agora deve estar lendo isso também, hahahaha). Saímos, correndo, às pressas, para o Conjunto Nacional. Aqui pertinho, pra variar. Livraria Cultura. Lembram o que eu falei da Livraria da Vila? Aumentem. É MUITO grande. Porra, fiquei impressionado. Mas não é tão agradável, nem de tão fácil consulta das coisas. Ainda prefiro a da Vila. Fiquei rodando o lugar mais de uma hora, até que por fim entramos no teatro para assistir “A Alma Imoral”, com Clarice Neski. É um monólogo, por demais surreal e profundo. Não vou tentar explicar, porque transcende minha habilidade com palavras. É algo a ser assistido e pensado. MUITO pensado.

Saímos de lá, tentamos ir a uma pizzaria, tava muito lotada. Roberto me contou que uma vez ele já entrou num restaurante, tinha uma fila imensa na porta. Ele entrou, viu uma mesa vazia e sentou. O garçom se aproximou dele, e perguntou: “Com licença, senhor. Você estava na fila de espera?”. A resposta dele foi a mais adequada ao momento. Aposto como vocês adivinham. Roberto: “Hã?”. Depois disso o garçom pediu pra ele se retirar. Que sacanagem. Saímos da pizzaria e voltamos pra casa. E agora estou aqui, terminando de escrever e olhando pro relógio.

Putz, amanhã tem aula. 7h10. Vida nova. É isso aí! Amanhã já mudo de endereço, para um que deve durar um tanto mais.

Agradeço pelos comentários. Agradeço MUITO. Valeu galera. Se não fosse por eles, nem ia rolar esse post de agora.

trilha: “Jethro Tull – With You There To Help Me” – indicação de Renato. Ficou repetindo aqui.