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September 2008

Specials

Angels – parte 01+y | y>10

September 16, 2008

29 de Julho de 2018

Três e Quarenta e quatro da manhã. A brisa morna dos trópicos arrepia os cabelos de ambos que ali estão. Nem frio, nem calor. A temperatura amena dos trópicos os envolve nestes momentos.

No céu, tão escuro como pode ser, completamente salpicado de pequenos pontos brancos e brilhantes que formam inúmeras constelações, uma grande lua cheia e branca banha aquela pequena extensão de costa com sua calma luz pálida. Desta vez, o azul dos olhos dela saiu vencedor.

Em pensar que, apenas algumas horas atrás, eles estavam ali ao lado, logo atrás da barreira das árvores, agitados, dançando, cantando e comemorando após a breve e marcante cerimônia, que contara apenas com a presença dos amigos mais próximos.

E agora, estão ali. Sentados na areia fina, macia e seca, um ao lado do outro. De mãos dadas, olhando para o céu. O silêncio reina absoluto, respeitado até mesmo pelas aves noturnas e pelo vento nas copas das árvores. Várias horas já se passaram sem que dissessem uma única palavra. Somente estiveram ali. Um com o outro, sem maiores pretensões.

Ele respira fundo e sorri, com os olhos e o canto da boca.

– É, acho que agora é pra sempre.

Ela murmura de volta.

– É… “Acho” não… Eu tenho certeza.

Num fugaz instante, desviam seus olhares das constelações rutilantes e se olham nos olhos. Nenhum dos dois fala mais nada, pois não é necessário. Eles apenas continuam a sentir. Isso é  mais que suficiente. Ele estende a mão até sua nuca, envolvendo-a, e seus rostos se aproximam lentamente, até seus lábios se tocarem, cálidos e apaixonados.

Suas silhuetas recortadas contra a luz da lua se projetam longas e sinuosas pela praia. Eles se deitam na areia.

Ah, se o mundo soubesse como os anjos esperaram por esse momento…

Fim.

Nota do Autor: Não é porque eu postei o fim que significa que esse conto não tem mais partes! Tem muita coisa no intervalo entre os capítulos que ainda está por vir! E tenho que agradecer a Vick, porquê foi ela quem me deu a idéia desse capítulo!

Day-to-Day

Promessas antigas e coisas esquecidas!

September 16, 2008

Oh céus, hoje isso aqui tá um formigueiro! A inspiração voltou pra escrever.

Pois bem, como não disse antes, conheci a Letícia! Quer dizer, encontrei-a pessoalmente. Já conversávamos há alguns meses, por conta da Filmes Trash Caseiros. Mas, devido ao fato de ela morar no interior (hahahaha, sacanagem), ainda não tínhamos nos encontrado! Por fim, quarta feira passada, marcamos na fnac e conseguimos nos encontrar! Elemento raro, e muito divertida. Em breve estaremos fazendo filmes juntos. Vai ser minha caloura na ECA. Hahahaha!

Agora, voltando a fita pra coisas mais anteriores.

A Santa Efigênia! Eu fiquei devendo, então lá vai. Fui pra lá de metrô. Estação da República. Tava com o mapa todo na cabeça, mas esqueci no caminho. Cheguei lá, fiquei meio perdido. Fui pedir informação pra um carinha na praça, o sujeito nem olhou pra mim. Apontou a direção com o beiço. Ok, sem problemas. Segui a “beiçada” do bróder. Mais pra frente, já não sabia pra onde tava indo, entrei numa ótica e pedi outra informação. O atendente me explicou o resto do caminho. Só mais duas quadras. Cheguei.

Lembram da descrição da 25 de Março? A “Santa”, como os paulistanos chamam, é mais ou menos parecida, exceto por ser mais estreita, menos policiada, só tem eletrônicos e importados, e você sempre tem a sensação de que vão levar sua carteira do bolso de trás a qualquer instante. Tem mais brasileiro, e o lugar é mais “crowded”.

Todas as portas levam a “mini-shoppings” no esquema de boxes, lado a lado, vendendo as mesmas coisas, das mesmas marcas, com preços diferentes. Eu estava à procura de um HD portátil de 320GB, e pen drives de 16GB pra Zé Bastos e companhia limitada. Depois de encontrar os melhores preços, eu percebi que não tinha dinheiro pra tudo. Genial. Fui procurar um banco. Com medo! Achei um daqueles caixas eletrônicos multi-bancos. Praticamente no meio da rua. Pensei. “Nem f****do que eu vou tirar dinheiro nesse caixa!”. Rodei um pouco mais, e achei outro. Esse dentro de uma galeria, com menos gente circulando. Entro na fila. Mais duas pessoas chegam logo depois e começam a conversar. Um conta que acabou de ver dois pivetes assaltando uma moça debaixo de um viaduto, e só não se meteu porque hoje ele não tava com saco pra dar explicação para policiais. O outro conta que acabaram de roubar o celular dele, enquanto tocava, e para disfarçar, atenderam. E lá estou eu, na fila pra sacar dinheiro. Haja coragem.

Por fim, saquei minha grana. O caixa disse que eu só podia sacar R$X. Mas, mesmo assim, ele me deu os 2X que eu tinha pedido. Fiquei sem entender nada, mas ali não era lugar de ficar contando dinheiro. Voltei aos lugares onde havia achado os melhores preços. ou melhor, tentei voltar. Mas não conseguia mais encontrar! É TUDO MUITO IGUAL! Perguntei as mesmas coisas para as mesmas pessoas. Os vendedores e vendedoras já deviam estar me achando com cara de maluco. Sem falar que me perdi várias vezes nas ruazinhas paralelas e perpendiculares.

No fim das contas, consegui encontrar tudo, comprar e sair! Me perdi DE NOVO na volta pro metrô e quando pedi direções pra um outro camarada na rua, o sujeito me ensinou quatro, QUATRO rotas pra chegar à estação. Agradeci. Só uma vez. Não quatro.

Olhei as horas. Cinco e meia. “Me ferrei”. Vou chega na Sé às seis. Horário de pico principal. Não deu outra. Peguei cada trem apertado do inferno. Mas, cheguei vivo em casa. Valeu a experiência, mas, vou pensar duas vezes quando me pedirem pra ir lá de novo comprar algo. Aliás, duas não. Pensarei logo quatro. André disse aqui que tá precisando ir lá, conhecer e comprar umas coisas. Desejei-lhe sorte. Oito vezes.

Os pontos! Ou melhor, a cicatriz. Já tá bem fraquinha, quase sumindo! Marcos é profissa mesmo!

“A zeladora”. Ou, “Miss Conception”, para os íntimos e moradores. Grande elemento, com muita presença de espírito na vida de nosso querido prédio. Sempre dando uma força, pra qualquer coisa que a gente precise. Na verdade, parece que ela é uma espécie de “mãezona” de todo mundo que mora aqui no prédio. Eu já vi ela conversando com outros moradores, e é realmente uma figura.

Graças a ela, nossa máquina de lavar já está funcionando! Consegui com ela o telefone do bróder eletricista! Hahahaha!

É, hoje escrevi um bocado. Quero ver quem vai reclamar. O espírito blogueiro andou meio de férias, mas voltou. Eu acho. Por hoje é só, pessoal. Em breve os contos devem continuar também.

PS – Também chegou aqui hoje uma carta de Vick. Mas, não vou ficar de melação por aqui, né? Só digo que a carta foi linda. E me lembrou de coisas legais. Agora, vocês outros, vagabundos, podem me mandar cartas também. Eu deixo.

E encontrei com Jonh hoje também. He was at the Post Office.

Day-to-Day

Cinéfilo. Só de leve.

September 16, 2008

Hoje foi dia de emendar no Espaço Unibanco. Depois da experiência legal de ontem, com Zé do Caixão, voltei hoje.

Dessa vez, peguei “Ensaio sobre a Cegueira” e “Linha de Passe”. Nessa ordem. E agradeço ao acaso pro não ter sido ao contrário. São dois filmes completamente distintos. Ambos dirigidos por brasileiros. Fernando Meirelles e Walter Salles, respectivamente. Ambos excelentes e chocantes, daqueles filmes que fazem a gente parar pra pensar.

Não vou entrar muito em detalhes, mas Linha de Passe superou Ensaio. Não por técnica, nem por atuações, mas por conteúdo mesmo. É uma história absolutamente realista e verossímil, que pode estar acontecendo neste exato momento. Os personagens são tão reais que você sai do filme pensando que pode encontrar com eles a qualquer momento nas ruas, ainda mais que o filme se passa aqui em São Paulo. É um filme intenso, carregado. Valeu cada centavo do ingresso.

Bate MUITO filme nacional “clichêzão” de violência. Recomendo a todos. Vejam, que é excelente.

Day-to-Day

Donk

September 16, 2008

Me acabei de chorar aqui com o comentário do cabra. Vou ter que responder publicamente.

man! Tou com uma saudade da porra de você.
quando você voltar, vamo andar a paralela toda de novo? ao som de novos baianos.”

COM CERTEZA! Não só Novos Baianos, como também tudo mais que tiver nos players. Tem que rolar aquele techno básico, pra manter o ritmo. E espero que dessa vez não chova! Se bem que, se fizer Solzão, a gente tá lenhado do mesmo jeito. Ah, quem liga. Vai ser uma conversa boa! Eu topo.

“sei lá, acho que foi pq paguei hj a minha inscrição na federal e li hj que vc já está inscrito na fuvest.
passar por toda essa confusão de ‘estudar’, me inscrever, pegar filas, filosofar, xingar alguém e outras coisas sem vc é meio bizarro. como se eu tivesse esquecido a forma correta de se fazer esse tipo de coisa errada.

Era muito mais sociedade que amizade, mas acho que isso nos fazia bem. é como se a gente aproveitasse melhor as experiências vividas ao discutirmos sobre elas.
e era como esquecer que tava tudo dando errado pq a gente sempre tinha um plano pra dar certo.

hoje foi um dia nostálgico, mas não chegou a ser infeliz.
lembra de “fé em deus e pé na tábua”?
logo no início do livro don diz que os demais amigos tinham, na verdade, uma certa ponta de inveja por não ter tido a coragem de ir atrás daquele sonho, ou daquela experiencia (de pegar uma kombi véa e ir rodar o país). eu queria ter essa sua coragem, essa coragem que vem de dentro, que não é oriunda de incentivos de outrem. você é corajoso e me desperta essa pequena inveja, uma inveja orgulhosa. eu sinto muito orgulho de voce, muito mesmo. e, apesar de tudo, me sinto feliz, feliz pq, ao menos, vc teve coragem de mudar, de descobrir, de sonhar.
quando tá dificil por aqui, lembro das merdas que planejamos e das merdas que conseguimos concretizar juntos, dos amigos que fizemos, das ‘revoluções’ que levantamos, das marcas, das histórias, das corridas, das loucuras todas…

beijo.

É, essa coisa de sempre entrar em barril junto, foi algo que a gente desenvolveu junto. E olha que não foram poucos os barris. Sempre dando um jeito de rir da desgraça e dar a volta por cima. A presença, um do outro, era um “energético” pra essas situações, servia muito pra seguir adiante! E o plano pra dar certo, geralmente dava errado sempre que podia, e um novo plano aparecia em segundos!

O mais engraçado de todos foi o dia da carteira de motorista, com certeza. Hahahahaha! Mil voltas, ir em Alphaville, as xerox, o banco, e tinha tudo no Detran. Genial!

Mas, sempre que a gente pegava buzu junto, eram horas e horas de conversa, passando pela folha polícial da Tribuna, até os últimos lançamentos internacionais de carros e, claro, Paperball e PARC.

É. Mas não se preocupe, a gente vai arranjar um plano insano pra botar inveja no resto do povo! E nossa Kombi que se prepare, porque, antes de sair dessa vida, a gente vai rodar essa budega sobre quatro rodas.

E tem o plano de morro também… Dar a volta na ilha, acampando. Acho que rola, nas férias de Janeiro. Vumbora? A gente já vai se organizando…

Pois bem, senhor Fiuza, espero que tudo esteja dando muito certo por aí, estude, sacana, estude! Eu tô estudando aqui! E é FODA estudar história e geografia sem suas opiniões! E saiba que também te admiro pra caramba (sem excesso de palavrões no blog, mas, ao vivo eu diria outra coisa), você tá, ao mesmo tempo, trabalhando, facultando e cursinhando. É muita raça! Desejo-lhe muito boa sorte pra TUDO. E nos vemos em breve. Ou aqui, ou aí.

Se for aqui, a gente vai fazer test-drive em TODAS as concessionárias da Al. Estados Unidos. Falando só das mais pobrezinhas, Mercedes e BMW, de motos inclusive. Então, trate de tirar essa carteira A. :D

Saudade pra caralho (esse tinha que passar)

Beijo!

Day-to-Day

O Frio.

September 16, 2008

Ontem, quando saí pra aula, esqueci de pegar um casaco. MORRI. Meu braço que tava carregando a mochila chegou no cursinho com os músculos totalmente travados… Hoje, por segurança, resolvi consultar a temperatura antes de sair.

Minha surpresa desagradável: 10ºC. MÁXIMA do dia: 15ºC.

COMO DIABOS a temperatura máxima pode ser 15 GRAUS CÉLSIUS? Hoje é dia de duas calças, com certeza.

Ah, e hoje eu pago minhas dívidas aqui. As histórias que eu prometi, e ainda não contei, e quem sabe até mesmo um guia “Como escrever e enviar uma carta de amor”.

Day-to-Day

José Mojica Marins

September 16, 2008

O caso foi mais ou menos assim: eu tava aqui, em casa, “falando” com Diego, Ju e Ju, procurando os horários de sessão para “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Linha de Passe”, no Espaço Unibanco de Cinema.

Meu humor não tava dos melhores. Finalmente, achei o site com os horários do lugar. Tô lá, olhando na tranquilidade, quando me deparo com um título exótico, cuja existência já era de meu conhecimento. “Encarnação do Demônio”. O terceiro filme da… trilogia! de Zé do Caixão. Sessão iniciando às 22 horas. Olho no relógio. 21h55.

Vocês vão ter que perdoar meu vocabulário, mas vou narrar com precisão. Soltei um daqueles “PUTAQUEPARIU!” de dar gosto. Comecei a vestir camisas em sobreposição, ao mesmo tempo que calçava o sapato e pegava um casaco no guarda-roupa. Meti a chave no bolso, gritei um “tchau-sem-maiores-explicações” pro povo, e saí correndo pela Augusta. Cheguei no cinema. 22h05. Rezei pra ainda poder entrar. Aqui a galera é mais exigente com horários e programas culturais…

Mas, era Zé do Caixão! Comprei meu ingresso e entrei. Sobre o filme, é divertido, pra quem já vai sabendo o que vem pela frente. Mas, mesmo assim, é NOJENTO PRA CARAAAAAmba. Hahahahahaahhaa! MUITO GORE. Se você enjoa com cenas fortes, fique longe. Se enjoa com sangue, fique longe. Com tripas, fique longe. Com mortos, ou ratos, baratas e afins, fique longe.

Foi uma experiência muito boa. Mais “interessante” do que “boa”, na verdade! A sala de cinema era do tamanho de meu quarto. E só tinham 3 pessoas, contando comigo. Voltei correndo, ouvindo trance no máximo. Pouquíssimas pessoas na rua, mas ainda muitos carros, e ônibus, MUITOS ônibus.

Bem, agora que terminei a narrativa-fora-de-série e que meu humor já está consideravelmente melhor, vou-me. Tenho uma reunião importante com Morfeu.

Ah, e sobre o post da tarde, eu saí pra comprar os cabides. Mas as bananas, simplesmente estavam fora de alcance. Amanhã é o dia delas.

Buenas noches, caros telespectadores.