Monthly Archives:

October 2008

Day-to-Day

Cuidado: Frágil! – Background 02 – As Caixas

October 9, 2008

Retomando de onde eu havia parado! Preparem-se para muitas palavras.

A data é 13 de Julho de 2008. É um domingo, como vocês podem notar se consultarem seus calendários de bolso. Estamos em minha residência, eu e Juliana. Já debatemos um bocado sobre o filme, e concluímos que, se queremos chegar a rodar, temos que conseguir objetos muito importantes: CAIXAS. Várias caixas. Eu, menino da cidade, não faço idéia de onde conseguir caixas. Juliana, sempre com uma solução na ponta da língua, dispara: “A gente pode pedir no mercado, oras. É a coisa mais fácil do mundo!”.

A princípio, não confio muito nessa idéia, mas, resolvemos arriscar. Aí vamos nós, no começo da tarde, rumo ao Extra Paralela. Paramos o carro tranqüilamente, entramos e fomos perguntar a umas moças-‘posso-ajudá-lo?’ sobre as caixas. Elas nos encaminharam para o setor de “Prevenção de Perdas”, vulgarmente conhecido como Segurança. Falamos com o camarada, ele disse que podíamos pegar qualquer caixa que estivesse pelos corredores, que era só pedir para os funcionários mais próximos, para confirmar se podíamos levar. O “Preventor” também pediu para mantermos sigilo sobre essa dica pois, de acordo com ele, havia uma empresa que trabalhava com as caixas, num esquema de reciclagem, então, nada do que a gente queria era realmente permitido.

Adentramos a área das prateleiras e começamos a rodar. Nada de caixas. Que maldição. Depois de alguma busca, chegamos à seção de produtos de limpeza. No corredor, duas caixas grandes, com várias outras menores dentro, desmontadas. Nenhuma pessoa nos arredores.

Pegamos. TODAS. Saímos correndo, na surdina. Alegres e serelepes, passamos pelo carinha da “Prevenção”, ele verificou as caixas e liberou nossa saída. Voltamos pra casa, satisfeitos com nossa empreitada. Chegamos e logo as caixas estavam em meu quarto, formando uma pilha relativamente grande. Grande para os parâmetros que existiam até esse momento. Depois de menos de uma semana, esse “grande” seria “ridículo”, mas, acompanhemos o andar da história, sim?

Pois bem, estávamos eu e Juliana, novamente em minha residência, com 17 caixinhas pequenas, montadas, em frente à minha janela. Ao passarmos pela sala, meu pai olha engraçado para nós e as caixas. Pensamento da ocasião:

Não podemos usar essas caixas com as marcas dos produtos! Vai poluir a imagem, além de fazer propaganda indesejada gratuita! Temos que forrar essas coisas!

Juliana concorda. Qual a solução que encontramos? Cola, durex, jornal e tesoura, além de MUITA habilidade manual. Oasis tocando alto. Depois de uns quinze minutos de luta corporal intensa, conseguimos forrar a primeira caixa. Partimos para a segunda. Enquanto fazíamos isso, concluímos que o jornal estava acabando, a cola era escassa e só tínhamos uma tesoura. Para os que são ruins de pegar idéias no ar: ESTÁVAMOS SEM MATERIAL. Decidimos ouvir “Don’t Look Back In Anger” mais uma vez, e então ir às “compras”, pegar material e mais algumas poucas caixas.

Enquanto organizávamos a saída, ligamos para Renato para convocá-lo a participar de nossa empreitada. Ele topou, e prometeu um pagamento de R$5, se a gente fosse buscar ele na Itinga. Oras, o que um amigo não faz por cinco conto? Partimos rumo à Itinga. Chegando lá, encontramos não só Renato, como também Fábio e Nathi! Passamos algum tempo conversando e foi aí que o relógio apontou seus ponteiros sobre nós. Saímos de lá correndo, rumo ao Hiper Bompreço do Iguatemi. Levamos Fábio e Nathi também! Já éramos 5 no carro. E eu ainda tinha planos mirabolantes.

Perto do fim do caminho, ligo pra Vick. Ela, como sempre, diz que não pode. Insisto, passo o telefone para a galera insistir também. Nada, nenhum progresso. Chegamos ao Bompreço, entramos. Nada de burocracia de “Prevençao de Perdas”. Nos espalhamos em equipes. Eu, sozinho, Juliana e Renato em uma e Fábio e Nathi na outra. Depois de alguns minutos caçando caixas sem muito resultado aparente, Vick me liga. Ela diz que quer ir também e pede pra buscá-la. Ligo pra Juliana, digo pra ela e Renato irem para a saída do mercado, que vamos buscar Vick. Tesouro da ocasião: Caixas do Mc Donald’s. De batatas fritas e hamburguer! Muito estranho! Falo com Fábio e Nathi também, mas eles estão dobrando caixas, então traçamos nossa rota.

Primeiro, botar as caixas no carro, resgatar Vick, voltar pra buscar Fábio e Nathi, ir ao Salvador Shopping, deixar Vick em casa e, por fim, voltar pra casa. Detalhe sórdido: eram 20h40. O Salvador Shopping fechava às 21h. Era bom dar uma acelerada nas coisas.

Primeira parte, ok. Pegamos Vick. Tinha algum tempo que não a via. Não tava muito diferente não. Hahaha. Foi prensada com Renato no banco de trás, com algumas caixas maiores que não couberam no porta malas. Pobrezinha, mal sabia que as coisas só tendiam a piorar. Retomamos a entrada do mercado, encontramos o casal Mozzi (Fábio e Nathi), dobrando as caixas. Paramos bem perto, quase no meio da pista do estacionamento. Abrimos o porta malas, socamos tudo que coube e partimos para a pior parte. Socar as pessoas no banco de trás, apertadas com as caixas. Tava tudo tão caótico, que até Juliana, no banco da frente, dividia espaço com os tais objetos de papelão grosso. Duas caixas com o nome “Corona”, bem me recordo!

O tempo urgia. Faltavam seis minutos para o shopping fechar! Não me perguntem como, mas, eu consegui chegar a tempo. Com um minuto de atraso, na verdade, e sem quebrar (muitas) leis de trânsito. Brincadeira! Chegamos e corremos para a Papel & Cia. O plano original era comprar tudo que faltava no Bompreço mesmo, mas não tinha nada lá! NADA! Nem cola em tubos grandes, nem tesoura, nem jornal! Nem durex! NADA MESMO!

Utilizando Juliana-GPS, paramos numa vaga logo embaixo da papelaria e subimos correndo. O lugar só tava meio… vazio. Vazio do nível “nós e os seguranças”. Nosso alvo ainda estava aberto. Entramos correndo, todos. Cada um foi pegar uma coisa da lista. Na saída, tínhamos três rolos grandes de durex, dois litros de cola “Magic Glue”, a marca mais vagabunda, barata e com a embalagem e logotipo mais feios que alguém podia projetar, uma tesoura com ponta e cem folhas de papel metro. Isso mesmo, CEM folhas. Sugestão de Renato. “Cada uma sai a vinte e seis centavos!”. Fechando a conta, faltou dinheiro em minha carteira. Juliana e Vick colaboraram. Quando saímos, o “portão/grade” de metal da loja já tava quase todo fechado e todo mundo teve que se abaixar pra passar. Cena, no mínimo, inusitada e divertida. Voltamos pro carro.

Próxima etapa, deixar Vick em casa. Ela resolve mudar essa parte, contanto que eu possa levá-la pra aula no dia seguinte. Tudo bem, de acordo. Alguns telefonemas depois, estamos a caminho da casa de Juliana para buscar Felisberto, vulgo Happyberto, e uma mochila de roupas para então irmos lá pra casa.

Com algum esforço, descarregamos as caixas do carro até a sala. Um jantar está à nossa espera e nós, como bons aventureiros e trabalhadores esforçados, não nos fazemos de rogados. Sentamos à mesa como uma família. Muita conversa, muita brincadeira. Esse foi o momento-lazer-relax do dia. Acho que até hoje todo mundo lembra desse jantar.

Por fim, perto de 22h30, conseguimos levantar da mesa e levar todas as caixas lá pro quarto.

– É, vai ser um trabalho do inferno – digo.

[Continua…]

Day-to-Day

Just a few thoughts.

October 8, 2008

1. Hoje eu fui pra aula e esqueci lápis e caneta em casa.

2. Precisamos de um balde de lixo maior. BEM maior.

3. Acordei hoje achando que era terça. Achando não, tinha certeza. Aí, de noite, vi no relógio que era quarta. Admito, quase tive um ataque cardíaco.

Day-to-Day

Cartaz!

October 7, 2008

É, parece que a inspiração voltou bem! Mais apoio pro vídeo da SKY!

Day-to-Day

After a long time away,

October 7, 2008

I have returned.

Caramba, foi complicado esse tempo sem escrever! Algo totalmente fora dos padrões. Eu até tinha idéias do que postar, mas não tinha inspiração pra botar as palavras no papel (ou na tela, como quiserem). Esse post vai abranger um longo período de tempo, mas não necessariamente será grande. Talvez seja, não sei, estou apenas começando.

Tá, a última postagem é da segunda feira seguinta a “Os Bandidos”. Falemos da peça primeiro. Não vou fazer uma crítica, pois não me julgo apto, nem tentar explicar a história, porque é complexa demais pra contar por escrito. “Tá, e vai falar o quê, então?” – vocês devem estar se perguntando. Bem, vou narrar os acontecimentos, oras!

Tudo começou na estação da Liberdade, onde encontrei meus companheiros de peça. Como todos já devem saber, levei a câmera, na esperança de tirar fotos. Depois de uma “breve” caminhada, chegamos ao Teatro Oficina. Pegamos os bilhetes que estavam reservados para nós graças a Ju e perguntamos sobre a permissão para tirar fotos. A resposta está logo abaixo, afinal, uma imagem vale mil palavras.

A peça começava às 18h. Durava 5h. No meio, dois intervalos de 20 minutos cada. Resultado: só saímos do teatro às 00:02. Não achamos um táxi nas ruas pra voltar pro metrô, até que Nádia deu a idéia:

– Por que a gente não vai à pé mesmo? É pertinho!

Lá fomos nós quatro. Rezando pra uma porção de coisas. Mais uma descoberta importante do dia: o metrô não pára de funcionar à meia noite! Consegui voltar pra casa são e salvo, com um monte de preocupação devido à câmera na mochila. Meia noite e quarenta eu pisei no apê. Depois Nádia veio me contar que eles só chegaram em casa depois das 2h da manhã, porquê quando chegaram em Barra Funda, não tinha mais trens passando…

Tirei 500 fotos na peça. A bateria acabou antes do espetáculo! Um sacripanta dos níveis mais altos da arquibancada deixou cair um copo de vinho semi-vazio, e a porcaria bateu bem em cima da Canon. Fiquei uma meia hora limpando ela, enquanto o espetáculo rolava… No fim das contas, quando cheguei em casa, limpei mais, e não tive nenhum efeito colateral.

De acordo com Vini: “Seu anjo da guarda é forte… Eu sei que vc é um cabeça-dura, mas depois de bater a cara no poste e não ter nada grave, andar na rua de SP depois das 00:00h e não achar nenhum ladrão ou traficante… Bixo, seu anjo da guarda deve ser um negão de 2m pesando 160kg no minimo!”.

Aos interessados, as fotos estão em meu orkut. Levei quase duas semanas tratando todas as sobreviventes. Não posto aqui porque ia ser um saco ficar arrumando tudo. Das 500, sobraram 180, e das 180, botei 60 pra visualizações online. Hoje entreguei o cd com todas em alta resolução pra Ju (a mesma que nos deu os ingressos e facilitou nossa vida pra tirar as fotos). Ela é atriz da peça.

O dia seguinte eu já falei, foi aquela insanidade toda… É, olhando aqui, acho que o post vai ser grandinho! Hahahaha. Foi só começar a escrever que as palavras estão voltando.

Nesse meio tempo, a tal encomenda que eu tinha enviado chegou em Salvador. Era o DVD de Júlio César. Totalmente autorado, impresso, tudo lindo. Só não produzo em maior escala pois o bichinho saiu caro como quê! Temos então apenas quatro exemplares. Dois em Salvador, um comigo e um em Recife, com Voodoo, o roteirista do filme!

Nessa semana também se acentuaram os conflitos dentro da Paperball. As coisas não estavam indo bem, e continuam não indo bem. Uma reunião está marcada e, acredito eu, que este será o fim da PBP, comercialmente falando. Pelo que tenho falado com os envolvidos, e até meu ponto de vista mesmo é de que, se as coisas não vão bem, o melhor a se fazer é dar um tempo. Acho que vai ser meio um “túnel do tempo”, “volta às origens”, pra daqui a um tempo voltar a fazer filmes só “para nós mesmos”, como foi no começo de tudo. O problema, eu acho, é que o grupo ficou sem uma liderança, mas, devido à união muito forte, as coisas até funcionaram por um tempo. Infelizmente, a tendência é a crise, e ela chegou.

Impossível dizer que “não tô nem aí” pro fim da PBP. O fim de um sonho. Sonho daqueles bons. Que começam e você acha que não vai acabar nunca, sacam? A galera que fez Júlio César, Cambalacho, Discriminação do Palavrão, Sexo Explícito, Cuidado: Frágil, Fearing To Bleed, Me Deseje Sorte e diversos recitais dA Poesia Quando Chega. Pelo menos a gente, como grupo, deixou um legado digno… Não sei se é utopia, mas, espero que um dia a gente volte a se unir de novo, como foi em 2007 na primeira metade desse ano de 2008.

O clima do término não parece que vai ser legal. Tá mais pra ‘lar desfeito PBP’ do que ‘família PBP’. Espero MESMO que todo mundo continue amigo, continue junto, marcando regs por aí, na casa de cogo, ah, sei lá. Sejam felizes. Algumas coisas dão certo do jeito que a gente quer, outras não. Fazer o quê?

Tá, passada a parte tristonha, vamos retomar o andamento da carruagem.

Vi uns trocentos filmes nesses tempos, mas só filminhos divertidos, nada digno de nota. Armei o tripé aqui no meio do quarto. O bicho tem um plástico fedorento da desgrama. Minha solução: “Bora passar desodorante nessa bagaça!”. Não é que funcionou? E eu nem exagerei na dose!

Nessa sexta que passou agora, Caio me chama no Gtalk. Caio era meu semi-irmão gêmeo na UFBA. A gente fazia tudo junto. As mesmas idéias, as mesmas abordagens. Enfim, Caio me chama no Gtalk.

– E aí véeeeei, cadê você?
– Tô aqui, em São Paulo
– Eu sei véi, eu também tô aqui! Vc tá onde?
– Você tá aqui?! Fazendo o quê?
– Tô aqui pra uma palestra! Venha aqui no hotel daqui a pouco!

Aí ele me disse o hotel, e o quarto. Era aqui perto. Localizei pelo Google Maps. Dei um tempo, me vesti pro frio e saí. Cheguei lá, encontrei o sujeito. Ficamos quase duas horas e meia conversando sobre a vida. Depois, me mandei porquê ele tinha que dormir. Ele tinha sido avisado que vinha na véspera da viagem, então tava congelando aqui, pois não tinha casaco. Nessa hora que ter dois casacos no corpo é mais útil e solidário! Dei um dos dois pra ele! Hahahaha! Eu, estúpido, tinha achado que ele vinha ver uma palestra, mas NÃO! Ele veio FAZER uma palestra, na Mackenzie, representando a UFBA! Genial!

Depois disso, passei uma boa parte do fim de semana adquirindo novos conhecimentos de After Effects, cujos resultados vocês devem ver em breve. Ou talvez não. Tô aplicando tudo num trailer pra Insight. Tá ficando BEM legal, apesar de meio vazio e trabalhoso feito o inferno.

Sábado jantamos na casa do Marcos. “A mai” fez tortillas e tinham uns abarazinhos por lá também. Uma maravilha, típico programa de família! A discussão maior girou em torno de burros, bestas, jegues, jumentos, cavalos, mulas e asnos. Não chegamos a conclusão alguma, e a pesca no dicionário mais atrapalhou do que ajudou! Depois, vimos um filminho interessante, sobre a participação de mulheres na segunda guerra mundial. “Mulheres das Sombras”, se não me engano sobre o título. Vale a pena, apesar de ser um filme bem “deprê”. Tudo que pode dar errado, dá errado…

No domingo, fui ao Dante, colégio aqui perto, justificar meu voto. Não levei mais do que 20 minutos nisso. Cidade vazia vazia… Fui e voltei cantando as obras do magnífico mestre Sidney Magal. Cantando em alto e bom tom. Fones no ouvido e pronto, não tô nem aí pra quem passa! Hahahaha!

Agora, explicando sobre o vídeo do post abaixo. Paulo é um companheiro de “profissão”. Conhecido na Filmes Trash Caseiros (comunidade no orkut, para os desinformados). Então, eu acompanhei o desenvolvimento do trabalho, praticamente do começo. Desde ajustes detalhistas no roteiro, idéias de ângulos para a filmagem, trilha sonora e detalhes finais de edição. Tudo isso através da nossa amiga internet. Por isso que meu nome tá nos agradecimentos. Hahaha.

Hoje, conversando com Nádia, descobri que ela também sempre queima a boca comendo lasanhas Sadia! Eu não sou o único! Ahá! Almoçamos juntos. Eu, ela e Ju. Na verdade, eu almocei antes, quando elas me ligaram, eu já tava no meio do rango. Aí, terminei e fui encontrá-las no outro restaurante. Eu achei que já tinha visto pessoas magras comerem muito, mas Nádia superou todos os meus outros testemunhos. Galera, ela bateu três pratos GRANDES. Fora do sério! E ainda comeu sobremesa depois! Nem Diego consegue. De verdade. O grande tema de debate foi o “R”. “R” carioca, ou baiano, que é aberto, “R” paulista, que é do Jornal Nacional, e o “R” do interior, que é aquele mais foRRçado. Altas discussões. Tudo isso por causa de teatro!

Só pra finalizar, nesses últimos tempos andei debatendo com várias pessoas sobre ‘modos de ver a vida’ e, hoje, a resposta sobre meu modo saltou diante de meus olhos. Ou melhor, ribombou no fundo dos meus ouvidos enquanto eu ouvia música no intervalo das aulas. A resposta é Monty Python.

Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse
When you’re chewing on life’s gristle
Don’t grumble, give a whistle
And this’ll help things turn out for the best
And…

Always look on the bright side of life
Always look on the light side of life

If life seems jolly rotten
There’s something you’ve forgotten
And that’s to laugh and smile and dance and sing
When you’re feeling in the dumps
Don’t be silly chumps
Just purse your lips and whistle – that’s the thing

And… always look on the bright side of life
Always look on the bright side of life

For life is quite absurd
And death’s the final word
You must always face the curtain with a bow
Forget about your sin – give the audience a grin
Enjoy it – it’s your last chance anyhow

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath
Life’s a piece of shit
When you look at it
Life’s a laugh and death’s a joke, it’s true
You’ll see it’s all a show
Keep ’em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you

And always look on the bright side of life
Always look on the right side of life

Come on guys, cheer up

Always look on the bright side of life…
Always look on the bright side of life…
Worse things happen at sea, you know
Always look on the bright side of life…

I mean – what have you got to lose?
You know, you come from nothing
– you’re going back to nothing
What have you lost? Nothing!

Always look on the bright side of life

É isso.

PS – Paulinho Oliveira tá concorrendo, com nosso vídeo, a “Melhor Show de Rock Baiano”. O site da votação é o Bahia de Todos os Rocks. Se você tem CPF e tá lendo isso, peço encarecidamente que abra o link e vote em Paulinho Oliveira!

Okay, era só mais isso mesmo. Obrigado. E até breve!
Ah, como é bom ter as palavras de volta como amigas!

Day-to-Day

Ela me abandonou.

October 6, 2008

Ela, a inspiração.

Enquanto isso, vejam esse vídeo aí. Participei como assessor de edição e crítico intenso.


Promoção SKY – Minha TV é +

Day-to-Day

São Paulo, por Washington Olivetto

October 2, 2008

Alguns dos meus queridos amigos cariocas têm mania de achar São Paulo parecida com Nova York.

Discordo deles. Só acha São Paulo parecida com Nova York quem não conhece bem a cidade. Ou melhor, quem a conhece superficialmente e imagina que São Paulo seja apenas uma imensa Rua Oscar Freire.

Na verdade, o grande fascínio de São Paulo é parecer-se com muitas cidades ao mesmo tempo e, por isso mesmo, não se parecer com nenhuma.

São Paulo, entre muitas outras parecenças, se parece com Paris no Largo do Arouche, Salvador na Estação do Brás, Tóquio na Liberdade, Roma ao lado do Teatro Municipal, Munique em Santo Amaro, Lisboa no Paris, com o Soho londrino na Vila Madalena e com a pernambucana Olinda na Freguesia do Ó.

São Paulo é um somatório de qualidades e defeitos, alegrias e tristezas, festejos e tragédias. Tem hotéis de luxo, como o Fasano, o Emiliano e o L’Hotel, mas também tem gente dormindo embaixo das pontes.

Tem o deslumbrante pôr-do-sol do Alto de Pinheiros e a exuberante vegetação da Cantareira, mas também tem o ar mais poluído do país. Promove shows dos Rolling Stones e do U2, mas também promove acidentes como o da cratera do metrô e o do avião da TAM em Congonhas.

São Paulo é sempre surpreendente. Um grupo de meia dúzia de paulistanos significa
um italiano, um japonês, um baiano, um chinês, um curitibano e um alemão.

São Paulo é realmente curiosa. Por exemplo: tem diversos grandes times de futebol, sendo que um deles leva o nome da própria cidade e recebeu o apelido ‘o mais querido’. Mas, na verdade, o maior e o mais querido é o Corinthians, que tem nome inglês, fica perto da Portuguesa e foi fundado por italianos, igualzinho ao seu inimigo de estimação, o Palmeiras.

São Paulo nasceu dos santos padres jesuítas, em 1554, mas chegou a 2007 tendo como celebridade o permissivo Oscar Maroni, do afamado Bahamas.

São Paulo já foi chamada de ‘o túmulo do samba’ por Vinicius de Moraes, coisa que Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Germano Mathias provaram não ser verdade, e, apesar da deselegância discreta de suas meninas, corretamente constatada por Caetano Veloso, produziu chiques, como Dener Pamplona de Abreu e Gloria Kalil.

São Paulo faz pizzas melhores que as de Nápoles, sushis melhores que os de Tóquio, lagareiras melhores que as de Lisboa e pastéis de feira melhores que os de Paris, até porque em Paris não existem pastéis, muito menos os de feira.

Em alguns momentos, São Paulo se acha o máximo, em outros um horror. Nenhum lugar do planeta é tão maniqueísta.

São Paulo teve o bom senso de imitar os botequins cariocas, e agora são os cariocas que andam imitando as suas imitações paulistanas.

São Paulo teve o mau senso de ser a primeira cidade brasileira a importar a CowParade, uma colonizada e pavorosa manifestação de subarte urbana, e agora o Rio faz o mesmo.

São Paulo se poluiu visualmente com a Cow Parade, mas se despoluiu com o Projeto Cidade Limpa.

Agora tem de começar urgentemente a despoluir o Tietê para valer, coisa que os ingleses já provaram ser perfeitamente possível com o Tâmisa.

Mesmo despoluindo o Tietê, mantendo a cidade limpa, purificando o ar, organizando o mobiliário urbano, regulamentando os projetos arquitetônicos, diminuindo as invasões sonoras e melhorando o tráfego, São Paulo jamais será uma cidade belíssima. Porque a beleza de São Paulo não é fruto da mamãe natureza, é fruto do trabalho do homem.

Reside, principalmente, nas inúmeras oportunidades que a cidade oferece, no clima de excitação permanente, na mescla de raças e classes sociais.

São Paulo é a cidade em que a democratização da beleza, fenômeno gerado pela miscigenação, melhor se manifesta.

São Paulo é uma cidade em que o corpo e as mãos do homem trabalharam direitinho, coisa que se reconhece observando as meninas que circulam pelas ruas.

E se confirma analisando obras como o Pátio do Colégio (local de fundação da cidade), a Estação da Luz (onde hoje fica o Museu da Língua Portuguesa), o Mosteiro de São Bento, a Oca, no Parque do Ibirapuera, o Terraço Itália, a Avenida Paulista, o Sesc Pompéia, o palacete Vila Penteado, o Masp, o Memorial da América Latina, a Santa Casa de Misericórdia, a Pinacoteca e mais uma infinidade de lugares desta cidade que não pode parar, até porque tem mais carros do que estacionamentos.

São Paulo não é geograficamente linda, não tem mares azuis, areias brancas nem montanhas recortadas.

Nossa surfista mais famosa é a Bruna, e nossos alpinistas, na maioria, são sociais.

Mas, mesmo se levarmos o julgamento para o quesito das belezas naturais, São Paulo se dá mundialmente muito bem por uma razão tecnicamente comprovada.

Entre as maiores cidades do mundo, como Tóquio, Nova York e Cidade do México, em matéria de proximidade da beleza, São Paulo é, disparado, a melhor. Porque é a única que fica a apenas 45 minutos de vôo do Rio de Janeiro. O mais importante é que com essa distância nenhuma bala perdida pode alcançar São Paulo!

Washington Olivetto é paulista, paulistano e publicitário.