Day-to-Day

Reduza suas emissões de CO2.

March 6, 2011

Estava a passear pelos arquivos de post e encontrei esse aqui, iniciado em 11 Outubro de 2009, e abandonado desde então. Olhei o conteúdo e vi que precisava de alguma pesquisa. Aproveitei então a folga do carnaval pra levar ao mundo idéias tão práticas em resolver um dos nossos problemas mais graves.

O mundo está esquentando. Isso é inegável. “Efeito Estufa”, chamam os ambientalistas. Numa explicação bem rápida: o acúmulo de certos gases na atmosfera faz com que o calor vindo do Sol não seja rebatido de volta para o espaço, e fique quicando ao redor da própria Terra, aumentando sua temperatura.

Culpa do homem? Bem provável. As emissões de dióxido de carbono na atmosfera vem aumentando vertiginosamente desde a revolução industrial inglesa, na década de 1860, a qual demandou a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo como fontes de energia. Desde então, a concentração de CO2 passou de 280 ppm (partes por milhão) no ano de 1750, para os 368 ppm atuais, representando um incremento de aproximadamente 30%. Este acréscimo na concentração de CO2 implica no aumento da capacidade da atmosfera em reter calor e da temperatura do planeta. As emissões de CO2 continuam a crescer e, provavelmente, a concentração deste gás poder alcançar 550 ppm por volta do ano 2100.

Mas, fábricas não são as únicas fontes de gás carbônico, lógico. Assim como o CO2 não é o único gás do efeito estufa. Para falar a verdade, são quatro, os principais representantes do calor. Metano, CO2, Vapor d’água (dá pra acreditar?) e Óxido Nitroso. Ok, o óxido nitroso é pouco conhecido e pesquisado como gás estufa, então, por ora, será ignorado.

Onde eu quero chegar com isso? Nós contribuímos – MUITO – com o efeito estufa, com pequenas ações. Nós produzimos tanto gás carbônico, como vapor d’água e metano, por processos naturais, colaborando assim para a intensificação dos problemas ambientais. Mas há diversas saídas. No decorrer do post, pretendo apresentar algumas delas, para cada um desses gases.

Toda a vegetação do planeta absorve, por ano, 102 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, que equivale a 14% do total desse gás na atmosfera. Mas, também anualmente, acabamos devolvendo cerca de 100 bilhões de toneladas para a atmosfera, sendo 30 bilhões vindos da respiração de todos os seres vivos, e mais 70 bilhões da decomposição de matéria vegetal morta. Uma conta mais ou menos parecida acontece em relação aos oceanos. Desequilibrando a balança, a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), gera anualmente mais de 5,7 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, a estas devem ser acrescidas mais 2 bilhões, provenientes da queima e derrubada de florestas. Isso resulta em um aumento líquido de 3 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera. Em outras palavras, desde 1860 os seres humanos lançaram cerca de 175 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera.

Já que ele parecer ser o mais emergencial, vamos direto ao CO2.

Numa pesquisa rápida, descobri que um galão de gasolina queimado produz em CO2 o equivalente à respiração de dez pessoas num dia. Um galão de gasolina corresponde a aproximadamente 40 quilômetros rodados. Multiplique isso pelo número de carros no mundo, e no quanto eles viajam, todos os dias. É, assustador, eu sei. Estamos nos sabotando simplesmente por pressa! Carros devem ser imediatamente abolidos, assim como o asfalto, que é derivado do petróleo, e libera toneladas de gás carbônico durante sua produção. Arranquemos a cobertura de todas as ruas e plantemos árvores na terra embaixo delas. Elas consomem de volta o gás que liberamos na atmosfera. Temos também que respirar menos, pois cada expiração é uma dose extra de gás carbônico voando para rebater raios solares. Num futuro próximo, todos teremos um fôlego de dar inveja aos melhores nadadores da atualidade.

Falando em nadadores, exercícios consomem muita energia. Energia igual a oxigênio, oxigênio vira gás carbônico. Adeus exercícios. Mas também não é só farra, logo que falam em sedentarismo, já se imagina o carinha no bar, tomando sua cerveja. Bem, adeus cerveja! Produzida por fermentação, que é o mesmo que “respiração anaeróbica”, produz metano, que, vocês vão ver adiante, é terrível. Então tá, vamos, tira a cerveja, mas bota uma Coca gelada. Ooops, adeus Coca! Bebidas gaseificadas artificialmente contém CO2, e seu corpo não o absorve, sendo rapidamente liberado num arroto. Ficam só os sucos e água. Ah, e os destilados. Já que estamos querendo que a Terra absorva o dióxido de carbono excessivo liberado nos últimos anos, temos que valorizar os vegetais. Nada mais de comer plantinhas. Quanto mais verde, mais vivo, e mais longe das nossas bocas. Agora, só comemos carne. Peixe, frango, boi, vale tudo. Esses bichos também respiram, e portanto liberam o tal gás maligno, além de terem uma relação próxima com o metano.

Quer ter filhos? Garanta que plantou árvores o suficiente para consumirem o gás gerado pela respiração do pimpolho! Cada família terá sua “taxa de carbono”, como um imposto, e todo o comércio não mais será sustentado por dinheiro, e sim por Créditos de Carbono. Igualzinho aos que temos atualmente, a nível mundial, só que num âmbito muito mais individual.

Mas, espera aí! Enquanto pesquisava pra escrever os parágrafos acima, me deparei com essa informação: “O metano é o segundo gás-estufa em importância, produzido durante a decomposição anaeróbica. As principais fontes de metano são arrozais, pântanos, animais, e o gás natural (que é o próprio metano). Sua taxa na atmosfera aumenta 1% ao ano. Algumas causas disso podem ser o aumento dos rebanhos domésticos, a expansão de cultura de arroz e principalmente os vazamentos de gás natural ou aterros. E o mais grave 1 Kg de metano, ao longo de vinte anos, produzirá 63 vezes o aquecimento global de 1 Kg de dióxido de carbono, portanto o metano e 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono.”. A situação se revela ainda mais grave!

Tá, quais são as principais fontes de metano mesmo? Decomposição, animais e arroz. Como já foi dito antes, nem todas as mudanças sugeridas aqui são “confortáveis”, mas elas se fazem necessárias se queremos continuar a viver nesse planeta, e queremos que ele continue vivo, certo? Acho que todo mundo abre mão de comer arroz… Tá, deve ser um problema na Ásia, mas aposto que eles conseguem se virar e inventar algo melhor. Os japoneses são mestres em fazer isso com tecnologia, não deve ser diferente para a agricultura. Animais, esses já foram citados, uma vez que não mais comeremos vegetais, diminuir o tamanho dos rebanhos vai ser moleza com toda essa população pra alimentar. E aproveitaremos até os últimos pedacinhos, pra que não sobre muito a se decompor.

A educação também será aprimorada, uma vez que arrotos, peidos e similares são liberações de metano, e deveram ser sumariamente controlados. Ainda na questão da decomposição, nos forçará a trabalhar melhor com o lixo, reciclagem, reaproveitamento, essas coisas ambientais, que a gente sempre soube que seriam salvações, mas até então eram anti-econômicas.

A situação não para de piorar, e vejo que o vapor d’água é o maior colaborador no efeito estufa… E o vapor d’água é cruel porque ele retroalimenta o calor. Quanto mais calor, mais vapor, quanto mais vapor, mais calor, e assim por diante. Seria meio exagerado forçar todos os rios a correr abaixo da superfície, ainda mais porque não teríamos como cobrir os oceanos e evitar que eles evaporassem com o calor, mas podemos diminuir o vapor gerado por transpiração! Quando é que suamos mais? Exercícios físicos! Hora de assumir o sedentarismo, pelo bem da espécie. Imagine o quanto de vapor será economizado, acabando com a transpiração de seis bilhões de seres humanos! Por conseqüência, menos vapor, menos calor, menos suor. Viu só? Revertemos o ciclo!

Num rápido resumo, seremos sedentários para não suar nem produzir um excesso de gás carbônico na respiração – mas teremos um super-fôlego -, não comeremos mais vegetais, apenas frutas – para que não se decomponham, gerando metano – e animais – afinal eles respiram, suam e se decompoem -, arroz tá fora da dieta, será extinto. De bebida, só sucos, água e destilados. Nada de refrigerante, cerveja, qualquer outro fermentado (respiração anaeróbica gera metano!) ou líquidos gaseificados artificialmente.

Reciclaremos o lixo, teremos poucos filhos, não andaremos de carros ou consumiremos artefatos produzidos em fábricas. Árvores são os bens mais preciosos, pois elas absorvem dióxido de carbono. Lareiras, nunca mais. Nos lugares mais frios, as pessoas vão se reunir umas em torno das outras para se aquecerem, sem uma liberação de grandes quantidades de gases estufa, e portanto se aproximarão mais umas das outras, em níveis sociais e psicológicos, algo que apenas transmite boas conseqüências para a humanidade.

Incontáveis vezes foi dito que o fogo foi a grande descoberta da humanidade. Nos tempos atuais, acho que podemos dizer que o fim do fogo vai ser nossa maior descoberta. Descobriremos uns aos outros, para sobreviver.

Faça sua parte, eu já estou fazendo a minha.

  • Tito Ferradans March 6, 2011 at 3:10 pm

    Eu realmente espero que as pessoas percebam que esse não é um artigo para ser levado a sério…

  • May March 6, 2011 at 3:28 pm

    Ué, então não é pra parar de comer arroz?

    ¬¬

  • Yugo Hattori March 6, 2011 at 4:33 pm

    Sobre o sedentarismo eu já faço a minha parte. hahahaha!

  • fatima March 6, 2011 at 5:43 pm

    o ‘caso é sério’! Mas estou dando risada. A informação a serviço da imaginação é uma REVOLUÇÃO, é a contramão, é queda do tédio da verdade absoluta. A-do-rei! (viu que virou “a do rei”?)