Day-to-Day

Terra Arrasada.

July 21, 2010

Voltei pra casa! São Paulo, estamos de volta, e com introduções! Esse post é mais revoltado que o comum, mas não achem tudo tão absurdo. O objetivo de escrevê-lo era justamente diverti-los a partir de nossa desgraça!

Sacam a estratégia russa, durante a Segunda Guerra Mundial, usada contra a invasão nazista rumo a Moscou? “Terra Arrasada”, o nome soa familiar? Achei que fosse algo só histórico, mas a situação é real, e mais próxima do que se pensa!

Cheguei em casa, encontrei quase todas as luzes acesas. E um ventilador… ventilando a casa vazia! Nosso vaso sanitário tá meio defeituoso de encanamento e vaza água por baixo. Antes de viajar, coloquei um pano por lá, pra segurar a barra até a vinda do encanador. O pano ainda tava lá, só que agora mofado, e fedendo que nem a desgraça. Ninguém deve nem ter tocado nele ao longo desses dez dias de Tito e Lila em Salvador. Todas as toalhas (cinco) no banheiro estavam molhadas, sem contar a de rosto. Ops, me enganei! Fui colocar elas na máquina e encontrei uma, oculta, atrás de outras duas. Totalizando então seis toalhas molhadas num banheiro de uma casa onde estavam duas pessoas! Incluindo nessa conta as NOSSAS toalhas (minhas e de Lila), que teoricamente não deveriam ser usadas por outras pessoas além de nós mesmos, correto?

Aaaah! Abri a máquina de lavar e o filtro de armazenamento de fiapos que se soltam das roupas lavadas só faltava criar pernas e atacar o prédio vizinho. Já tinha passado de muitas fases no processo evolutivo, acho que tava no momento de “abandonar a vida aquática”. Tive que tirar a parada usando uma faca de ponta pra me defender! Deixei as toalhas lá dentro girando e fui averiguar mais coisinhas da casa.

O chão da cozinha apresenta marcas de passagem de um trator, além de toda uma flora e fauna exóticas de coisas grudadas. A poeira quase não deixa a gente respirar. Ao abrir a geladeira, me bati um pelotão de comidas vencidas, só esperando pra atacar com artilharia. Os pratos e trocentos copos (todos levemente esbranquiçados, para nosso terror), aparentemente lavados, no escorredor, na verdade estavam só aparentemente lavados mesmo, ou seja, encontrei de tudo neles, desde um pedaço de queijo segregacionista, determinado a fundar sua própria colônia de mofo, a listras de chocolate imitando um padrão de zebra. Tive que lavar tudo de novo. Fedor insuportável de água suja e velha dentro daqueles tais copos esbranquiçados.

Passada essa etapa, parti para a próxima. Botar o lixo pra fora. Diego tirou o do banheiro, que tava transbordando de tanto papel. Eu tirei um saco do da cozinha. Enchi outro só de coisas espalhadas pelo chão. Botei pra fora. Enchi mais um com uma pilha de garrafas plásticas escondidas na área de serviço. Por fim, o quarto saco lotou só com aquela tropa de comidas vencidas na geladeira. A pobre Brastemp só faltou agradecer verbalmente. Como não podia falar, agradeceu no cheiro, livre do azedume de todo aquele rango passado.

Ainda não criamos coragem pra atacar o chão da cozinha. Tá muito complexo. Temos medo de pegar alguma infecção por ali, ou algo pior. Além disso, tô caçando telefones de encanador pra resolver o problema do banheiro. Alguém se habilita?

Indo para o lado mais positivo, marquei o upgrade de internet! Teoricamente amanhã… Mas nenhuma confirmação da NET ainda. Vamos pular de 1mb de conexão mau humorada pra 10mb de pura velocidade! E a gente tá fazendo umas comidinhas beeem gostosas, com deve ilustrar um dos próximos posts. Sucesso. Conseguimos reerguer a casa da mesma forma que os russos reergueram a pátria mãe após vencer o inimigo.

Ok, aqui acaba minha revolta, e o post.

  • Tito Ferradans July 23, 2010 at 12:17 am

    Porra, esqueci de falar que não tinha comida quase nenhuma, e a gente teve que se sustentar numa refeição baseada em torradas e pasta de amendoim. Foi foda.

    Pronto, AGORA acabou minha revolta. :D

  • Sammy July 23, 2010 at 12:48 pm

    Amélia’s life experience! =p