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March 2013

Day-to-Day

Evolução Arraialesca.

March 15, 2013

Tenho certeza que já falei do Arraial por aqui, mas vou fazer uma explicação breve. O Arraial é uma colônia de férias em Salvador. Comecei a participar, como acampante, em 2002, com 12 anos. Fiz várias temporadas, até que cheguei ao limite definido pelo lugar, 15 anos. Então, aos 16, Gordo, um dos coordenadores da parada, me chamou para, junto com ele, trabalhar e desenvolver a parte de comunicação externa do acampamento durante as temporadas. Eu, como bom acampante, aceitei de pronto. Nada melhor que passar parte das férias num lugar maravilhoso, com uma experiência diferente, na equipe das pessoas que proporcionam tanta diversão e emoção para crianças e adolescentes.

Nessa minha primeira temporada, em Janeiro de 2007, o acampamento ainda era pequeno, tinha lá umas 40-50 crianças, divididas em três grupos de idade. Grandes, médios e pequenos. Ao longo de 15 dias, eles se dividem em equipes e competem numa gincana com jogos que envolvem todas as crianças e jogos voltados para idades específicas. A programação do Arraial sempre foi algo sensacional. Quem interage com as crianças durante os jogos são os monitores, que são responsáveis por elas durante a temporada. Cada grupo de idade tem seus monitores, para meninos e para meninas. Em 2007, eram seis monitores.

E o que eu fazia, como Comunicação? Escrevia num blog, acessado pelos pais, sobre cada dia da temporada, tirava fotos para ilustrar os posts – nessa época com uma Cybershot – e, uma vez por temporada, enviava as cartinhas das crianças para os pais. Essas cartinhas eram escritas pelos próprios acampantes. Agora pensa aí como era sua letra quando você tinha cinco ou seis anos. Ok, pensa quando você tinha 9. Até pouco tempo, minha letra era uma desgraça, então, lembro bem. Aí eu tinha que pegar essas cartinhas todas, DIGITAR!!! do jeito que foram escritas, com erros e palavras emboladas, pra enviar pro email dos pais.

Era surreal. Tinha pai que achava que eu não sabia escrever, tinha mãe que reclamava que não entendeu a cartinha, tinha criança que fazia um desenho, e eu explicava o desenho por escrito, enfim, soltem sua imaginação, que eu aposto que já encontrei mais da metade do que vocês pensarem em termos de cartinhas de crianças – cartinhas em código, fotos com códigos – e tinha que decifrar tudo pra ver se as regras estavam sendo respeitadas.

O blog sempre era muito frequentado e elogiado – foi por causa dessa experiência no Arraial que eu acabei começando esse! – e resolvemos (Gordo e eu) fazer um CD com as fotos da temporada para vender no último dia. Foi um sucesso, e foi daí que saiu meu pagamento pelos 15 dias. Lembro bem, ganhei R$300. Com 16 anos, R$300 é uma fortuna.

Além disso, também fui monitor de mesa, que acompanha as crianças durante as refeições, pra ver se todo mundo tá comendo direito e garantir a ordem no refeitório. Era bem divertido. As temporadas foram passando e as coisas mudaram na Comunicação e no acampamento. Em determinado momento, tive que deixar de ser monitor de mesa, porque os horários preferidos dos pais para mandar email são exatamente os das refeições, então eu tinha que sair correndo pra resolver os pepinos e voltar pra vigiar as crianças. Não estava dando certo.

Outra coisa que mudou foi o tamanho da equipe. No início éramos só eu e Gordo, depois entrou Marcelinho, também ex-acampante, e depois Akira – outro ex-acampante – e chegamos no número máximo e ideal da equipe de Comunicação. Quatro pessoas são suficientes pra escrever no blog, tirar fotos, organizar essas fotos, participar das atividades, cuidar dos emails – responder, imprimir, enviar – e inventar novidades.

Particularmente, tenho uma atração por jogos e RPG. No Arraial existe o Jogo de Vilas, onde os acampantes mais velhos se dividem em dois times, Espiões e Cientistas, e saem do sítio, percorrendo 12km ao longo de dois dias pelo meio do mato, estrada, pedindo comida e abrigo, para um embate final num campo de futebol, com uma bomba representada por uma galinha, ou uma jaca, ou uma melancia, ou um bolo, enfim, já tivemos muitas bombas. Por conta desse meu interesse pelo jogo, fui desenvolvendo provas para o mesmo, e com o passar dos anos, me apoderei dele por completo. Gosto muito de fazer o jogo, e acho que os acampantes se sentem desafiados pelo nível das provas que a gente coloca. Uma coisa importante é sempre mudar tudo, senão fica a sensação de que eles estão jogando a mesma coisa do ano anterior.

Com essa evolução toda, o acampamento cresceu bastante – já chegamos a temporadas com 200 crianças, e tivemos que colocar mais uma temporada em Janeiro pra englobar o fluxo de interessados. Já tem alguns anos que sou o coordenador da equipe de Comunicação, que pega as piores bombas, mas que também tem noção de tudo que acontece por lá, e define os caminhos a serem seguidos. É interessante. A maior mudança foi quando, uns três anos atrás, resolvemos mudar o sistema das cartas. Depois daquele de digitar tudo, passamos pra algo mais esperto, escaneando e enviando as mensagens, mas também era sofrido porque muitos emails estavam errados, fichas desatualizadas, etc. Dava muita dor de cabeça e funcionava aos trancos e barrancos, mas já era bem mais eficiente que digitar as cartinhas. O sistema ideal teria cadastro totalmente online, sem nada manual, a ser feito pelos próprios pais no conforto de suas casas, e poderia ser recuperado, caso o acampante volte numa temporada futura. As cartas também são enviadas por esse ambiente, que tem um módulo de controle offline, e todo o banco de dados online.

A primeira temporada com o sistema operando foi o caos completo. Muito mais terrível que a temporada imediatamente anterior, com os métodos antigos. O sistema tinha muitas falhas, bugs, erros, e a gente não dominava tudo ainda. De lá pra cá, fomos fazendo reuniões, listas, testes, e sobrevivendo a mais temporadas. O sistema foi melhorando e tá quase no ponto que a gente tinha idealizado, três anos atrás. A coisa tá tão eficiente e simplificada que agora não precisamos nem mais de quatro pessoas, e sim de três – Cogo, May e eu, cada um com seus interesses mais específicos, e já estamos repetindo a equipe tem pelo menos um ano e meio -, sendo que os momentos de stress simultâneo pros três são bem raros – basicamente o primeiro dia, o último, e os dias de cartinha.

Resolvi escrever o post justamente pra registrar esse contraste e evolução, assim como um pouco das minhas memórias da participação da equipe de Comunicação do acampamento que tanto significa pra mim, presente há mais de dez anos na minha vida!

Day-to-Day

Você Que Deveria Me Agradecer!

March 15, 2013

Ocasionalmente, na vida audiovisual a gente passa por situações absurdas de inversão de papéis e acaba nem percebendo. Me toquei disso outro dia, quando o caso era tão bizarro que parei pra prestar atenção. São poucas as coisas que me irritam, mas falta de seriedade e profissionalismo são duas das mais graves.

Mais ou menos no fim do ano passado, fiz um job para uma produtora e meu cachê era a diária e locação de duas câmeras. Isso foi em Novembro. O tempo de pagamento era padrão, 30 dias – o que já é ridículo até que alguém me dê uma explicação muito boa para isso – então ia ser no meio de Dezembro. Trocando emails com a moça responsável pelo pagamento, descobri que não só teria que emitir a nota, como também preencher um cadastro e levar uma cópia impressa da nota e um recibo, pra entregar antes de receber o cheque. Aí, depois tinha que ir lá de novo, buscar o cheque, porque eles não fazem depósito.

Fui resolvendo essas coisas, tudo o mais rápido possível, pra já ir pra Salvador tendo recebido esse pagamento. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que eles tinham tentado depositar o cheque – que eles mesmos falaram que não depositavam – e o banco recusou? Nem soube disso na época, só dias depois, quando entrei em contato pra passar lá e buscar o pagamento. Disseram que eu teria que esperar um pouco, porque o cheque tinha voltado, e perguntaram se era conta de pessoa física. Respondi que sim, e que havia explicado isso na nota. Resultado do “esperar um pouco” = mais dois meses além dos trinta dias. Fui e voltei de Salvador, resolvendo o máximo possível por email.

Era uma Sexta, reconfirmei que podia passar lá pra pegar o pagamento e peguei meu rumo. Cheguei, com nota e recibo, e fui resgatar o cheque. Aí um sujeito com toda a boa vontade do mundo – estou sendo irônico aqui, queria deixar claro e garantir que todo mundo entendeu – me disse que o cheque tinha voltado, e ninguém disse pra eles fazerem outro. Foi nessa hora que me veio a reflexão do post. Dá pra acreditar nisso? Um sujeito vai, deposita um pagamento e o cheque volta, de forma que a pessoa que ia receber aquele pagamento vai ter que buscar o cheque com ele, mas aí esse cheque não fica pronto, alguém tem que mandar fazer. Sério? Partindo de que pressuposto? De que, sei lá né, “acho que ninguém vai querer essa grana, então eu vou ficar com ela”?? Resultado, o cheque não tava pronto, e não ia ficar pronto naquele dia, de forma que eu teria que voltar novamente na Segunda.

Fiquei tão puto que voltei a pé pra casa, pra não chegar com vontade de quebrar as coisas. E o diabo do cachê nem era tão bom assim! Sinceramente, quem é que tá fazendo favor pra quem? Eles acham que mandam na parada, porque estão me pagando, mas, na real, eu trabalhei por um preço baixo, e ainda tive que aguentar tudo isso de incompetência e desorganização. Quem é que tá fazendo um favor pra quem? Eles estão me fazendo um favor em (mal) pagar pelo serviço, ou eu, que tô aguentando toda essa merda sem reclamar?

Citei esse exemplo específico porque foi o cúmulo, mas já passei por muitas outras do tipo – dentre essas, tô com um pagamento atrasado há UM ANO – e sei que muita gente tem que lidar com isso todo dia. Dá pra ganhar a vida com AV? Dá, mas é fundamental achar pessoas decentes pra trabalhar junto. Se essa produtora me chamar pra outro job, as regras – e os preços – vão ser outros. Se a partir disso, não quiserem mais me chamar, aposto que encontram outro com qualidade digna do trabalho deles.

Anamorphic Day-to-Day

LOMO Foton-A 37-140mm T/4 Full Kit.

March 15, 2013

Sabe quando você quer muito uma coisa, e a solução parece simples, mas tudo vai se complicando ao redor? Esse é o meu relacionamento com essa lente. Tava aqui no computador da May, de manhã cedo – pra não acordar a menina – quando me aparece no eBay a referida lente do título. Desse momento em diante, tudo foi ficando mais difícil e vou explicar porque.

Essa lente é uma raridade do cinema russo. Produzida em pequena escala, é uma zoom, com possibilidade de se tornar anamórfica com um adaptador original na frente, projetado especialmente para ela, e que se move de acordo com seu anel de foco. Em resumo, é um sistema de foco único, numa lente completa. O tipo de coisa que chama atenção entre os anamórficos. Já vi essa lente e o adaptador venderem rápido por mais de US$4000. Essa que me apareceu tava beeem abaixo disso, e não era só a lente, tinha também o resto do kit, de apoio, filtros, e dois dióptros – esses eu também já vi sair por US$1000 cada. Série dos pensamentos: dá pra comprar? dá. E se estiver muito bichada? vou vendendo aos pedaços, que já dá pra tirar mais dinheiro do que investi. Pronto, cliquei em comprar.

O grande detalhe era o encaixe. OCT-18, incompatível com a 5D3. Mas já tinha visto outras dessas em OCT-19, e sabia que a conversão era possível. Fui pedir ajuda num fórum, e um camarada do Reino Unido me passou o contato de um senhor chamado Olex Kalynychenko, Ucraniano, especializado em antigas lentes do cinema russo. Já tinha visto menções a ele em diversos outros lugares, então fui adiante e mandei um email. Achei que ia demorar de responder, então já fui elaborando um plano pra acalmar o vendedor quanto ao atraso no pagamento – não acho certo pagar por algo que não vai me ser útil! -, mas qual não foi minha surpresa quando a resposta de Olex chegou em 20 minutos (e ainda eram 6h30 da manhã)?


Adaptador OCT-19 para EF.

Era uma resposta muito prestativa, dizendo que a conversão era possível, e os preços, além de outras questões, como fotos da lente e transporte. Fomos trocando MUITOS emails – até agora essa conversa ainda tá rolando, com pelo menos um por dia – e acertando as modificações e reparos na lente. Enquanto isso, na conversa com o vendedor, que é um sujeito chamado Zbignev, da Lituânia, ele se recusava a enviar para outro endereço que não o meu. Mas veja se tem sentido, olha onde a Lituânia tá no mapa mundi. Agora olha a Ucrânia. Olha o Brasil. Como diabos eu ia me resolver com um pacote do tamanho do mundo (a lente mede uns 50cm, e a mala de transporte é bem grandinha) vindo pro Brasil, pra depois voltar pra Ucrânia e depois mais uma vez pro Brasil?

Fui confiante que conseguiria convencê-lo e efetuei o pagamento. Por motivos desconhecidos, o eBay não deixou colocar meu endereço brasileiro, então coloquei o de uma amiga nos EUA. Nesse mesmo dia, mandei mais uma mensagem para o vendedor, dizendo que logo mais enviaria o endereço correto para envio. Essa ele me respondeu que não poderia fazer isso, que precisava enviar para o endereço do comprador. Esse dia foi tenso. Porque nem minha amiga tinha condições de receber a lente nos EUA, e o transporte ia ficar ainda mais confuso. Escrevi uma mensagem emocionada e indignada, pedindo ajuda ao sujeito, explicando toda a situação, explicando quem era Olex e o que ele ia fazer na lente, explicando que se viesse pro Brasil, a lente não ia ter nenhuma utilidade, que se fosse pros EUA, eu certamente perderia o pacote, enfim. Nessa mensagem coloquei também o endereço e contato de Olex. Aí fiquei esperando. Tenso. O paypal também não tinha liberado o pagamento, então, se eu quisesse cancelar, a hora era aquela, mas eu não queria cancelar. Eu queria a lente, e do meu jeito!

Na mensagem seguinte, Zbignev se tornou outra pessoa – acredito ter relação com o fato de o pagamento ter entrado certo – agradeceu o pagamento e disse que já tinha entrado em contato com “o senhor Kalynychenko” para resolver o envio, mas precisava de uma carta escrita por mim, indicando que eu solicitava e autorizava o envio de tamanho produto para um endereço diferente do meu. Aí foi moleza. Escrevi a carta em cinco minutos, com todo o cuidado do mundo, e fiquei esperando a resposta de Olex, pra saber se o vendedor tinha sido honesto e já tinha falado com ele. Quando ele confirmou, enviei a carta. Até pedi desculpas por ter sido um pouco rude na mensagem anterior.

Daí pra frente, com Zbignev, só tenho recebido updates do que eles estão combinando. Dividir o conjunto em dois ou três pacotes, despachá-los separadamente com baixos valores declarados e com três ou quatro dias de intervalo entre cada pacote, para que tudo chegue a Olex sem problemas. Ele já até me mandou fotos da embalagem cuidadosa do primeiro bloco enviado – o anamórfico – e o número de rastreio. Acredito que agora vai dar certo, mas não estou totalmente tranquilo até tudo ser entregue. Olex já disse que vai me mandar fotos de tudo que chegar por lá, números de série, e comentários sobre o estado geral da lente.

Na nossa troca de emails, porém, o assunto tem avançado, e já tô vendo direto com ele todas as modificações e ajustes possíveis e imagináveis pra tornar esse monstrinho mais trabalhável. Em primeiro lugar, vamos trocar o mount, de OCT-18 para OCT-19 – o adaptador EOS/OCT-19 já está a caminho do Brasil, vindo direto da Polônia, enviado por um Krzysztof que também foi muito gente boa -, depois, colimar separadamente e em conjunto o bloco esférico e anamórfico, ajustar o encaixe entre os dois, instalar anéis de foco e zoom – que virão da Rússia -, desclicar a abertura, para transições suaves e, o que mais tem quebrado nossa cabeça – fazer uma pecinha para substituir o sistema de sustentação russo original, padrão dovetail e pesadíssimo, por um com rosca de 1/4 de polegada para um rig de longarinas de 15mm e espaçamento de 60mm.


Circulando o suporte original, dovetail.


O suporte americano, e sua utilização desengonçada.

Até ontem, tínhamos um bom caminho através de um contato pelo Vimeo: um americano me mandou fotos de uma pecinha feita especialmente para isso, mas o rig dele fica meio desengonçado porque essa peça não permite controle de altura para a lente não ficar inclinada em relação à câmera, então, é preciso ter mais peças para compensar. O problema é que esse controle de altura que eu tava imaginando ou era muito chinês – e vagabundo -, ou era muito improvisado – e feio – até que ontem encontrei uma peça perfeita, que vai exigir algumas alterações na pecinha customizada, deixando a parte de baixo dela mais arredondada, mas isso é moleza. Agora só tenho que conseguir comprar e despachar pra Ucrânia.


A peça ideal.

Escrevi o post focando na lente porque tô bem empolgado com ela, mas queria deixar claro também o quão surreal é a rede de contatos pra fazer isso funcionar. O vendedor da lente tá na Lituânia, o técnico tá na Ucrânia, eu no Brasil e as pessoas que me deram dicas e suporte estão nos EUA e na Inglaterra, sem contar com os acessórios, que vêm da Rússia e Itália! Sério, se até o fim de Abril essa lente já estiver por aqui, tenho um projeto para fazer com ela.

Anamorphic Day-to-Day

[Anamórficos XI] Fotos Decentes.

March 4, 2013

Esse post não tem exatamente um conteúdo teórico, só imagens bonitas, mas é que gostei tanto delas que achei digno postar. Cá estão todas as minhas lentes anamórficas. São muitas. Só agora que me dei conta. Me dei conta também que não vou usar todas, nunca. Já tenho as minhas preferidas, e vou começar a passar as outras adiante. Stretch de 2x é lindo e maravilhoso, mas foco duplo é um verdadeiro pesadelo. Entre Sankor, Hypergonar, Lomo e Kowa, vou manter só o Kowa Bell & Howell, que tem – indiscutivelmente – a melhor qualidade óptica.


Sankor 16-D

LOMO 35NAS4-1 50mm f/2.5

Hypergonar Hi-Fi 2


Kowa for Bell & Howell

Já no stretch de 1.33x, à lá cinemascope, o Panasonic é uma mão na roda porque fica extremamente grande-angular, e o Century Optics de 58mm aceita uma variedade maior de filtros e close-ups de rosca 72mm, permitindo planos próximos com maior qualidade. O Optex vai embora e o Century Optics de baioneta também, aproveitando a subida dos preços de tudo no eBay. Ah, como dá pra ver na foto do Panasonic, conseguimos tornar real (ou metal) aquela idéia de filtro 105mm. Só precisamos afinar alguns detalhes e colar na frente da lente!


Optex 52mm

Century Optics 58mm

Panasonic AG-LA7200

Century Optics Bayo

Quanto aos Iscoramas, me sentiria meio criminoso de vendê-los. Cheguei a considerar despachar o M42, baleado, mas resolvi que vou procurar uma forma de polir o elemento frontal, que é onde tá todo o problema. Certamente vai ser mais barato que vender o conjunto e rezar pra um Isco36 aparecer.


Iscorama M42 50mm f/2.8

Iscorama 54

Enfim, por ora é só isso! Em breve, novidades e experiências com essas lentes tão loucas – meu TCC vai ser relacionado a elas, não há outra opção!

Day-to-Day

Far Cry 3.

March 3, 2013

Já dei mais de um exemplo aqui no blog que sou uma pessoa que aprecia uma boa jogatina virtual. De gênero favorito, first-person shooters – talvez seja algum efeito colateral de infância (minha mãe me proibiu), talvez seja pela dinâmica acelerada – e RPGs – pelo sistema de customização e avanço do personagem. Enfim, quando um jogo consegue misturar as duas coisas, já tem grande chance de me ganhar. E, claro, como sou um sujeito de imagem, o visual da parada conta muitos pontos.

Como o título entrega, vou falar muito brevemente de Far Cry 3, que comecei a jogar no fim do ano passado, antes de ir pra Salvador, tirei férias no meio e terminei só ontem/hoje de madrugada. Fazia tempo que eu não pegava um jogo assim, de querer completar 100%, missões principais e side quests, explorar o mundo, bagunçar, testar os limites da inteligência virtual, completar a mesma tarefa de várias formas diferentes. Ok, a série de Far Cry sempre foi excelente, e sempre prezou pelos gráficos, mas nesse último, mergulhei na experiência. Os personagens são incríveis, e quando você acha que não dá pra situação piorar pro pobre Jason Brody – o protagonista -, os roteiristas encaram isso como um desafio. A história principal não é lá essas coisas, em termos de reviravoltas e profundidade, mas diverte o suficiente, especialmente se você pega o desafio de explorar a ilha e a natureza.

Fiquei tão inspirado que baixei a trilha sonora! E pra eu baixar uma trilha sonora de jogo – e de fato ouvir, na vida -, ou ela tem que ser uma compilação excelente (à lá Bioshock e Fallout) ou dar tanto brilho durante a ação que você depois percebe que metade da aventura é só por causa da música (à lá Portal e Bioshock 2). Recomendo Further e Rook Island.

Uma das coisas mais lamentáveis é que o personagem mais incrível – Vaas – morre muito cedo. Sério, o ator que fez esse cara é um gênio. Conforme a história avança, a gente realmente começa a levar em consideração as loucuras que ele fala. Fica aqui uma palhinha pra vocês, até que – será? – eu crie coragem pra transformar isso em tipografia.

Bom, chega de jogo por hoje. Acho que o assunto vai ficar meio apagado até o lançamento de Bioshock Infinite, no fim do mês. Agora a pegada é TCC, e tenho que achar uma proposta digna pra me formar até o fim do ano.